Quando HEGEL trás a ilustração da planta ao abordar a NEGAÇÃO na dialética, ele fala também da transformação da semente no seu processo de se tornar fruto. Mas, por que ao se TRANSFORMAR o fruto NEGA❓ Gostaria de saber se,em HEGEL, Transformar é o mesmo que NEGAR ❓Em outras palavras, gostaria de saber se HEGEL está dizendo que transformar e negar são a mesma coisa.
Talvez sim, se compreender a dialética de hegel, em última análise, como *desenvolvimento*. Antes de qualquer coisa, tem q ficar claro que dialética hegeliana é metafisica. A negação é sempre uma negação determinada do processo de desenvolvimento. Que neste caso, é o desabrochar da flor. Para entender melhor, darei outro exemplo. Para Hegel, o fim é o começo desenvolvido, amadurecido. Consegue perceber a dialética nesta idéia? O fim nega o começo, pq o fim não é o começo. Mas, essa negação é conservada de tal forma, que foi a partir do começo q chegamos no fim. A significação e a verdade não está nem no começo, nem no fim. A significação e a verdade está no começo, no fim e no processo (percurso) até o fim.
Interessante que o Professor contradiz o princípio de Organização de Hegel na sua aplicação na questão de gênero. A influência nesse caso é externa e não interna, seguindo o princípio da organização: não é possível esperar uma laranjeira quando plantamos sementes de mangueira. A negação da origem genética na afirmação comportamental de seu contrário é simultânea e não dialética pois não ocorreu um processo de modificação da sua origem, que continua a mesma. A negação é externa pelo comportamento, que é vinculado e condicionado a esteriótipos sociais em oposição, logo não é uma dialética interna como definida por Hegel.
Um dos primeiros exemplos que Hegel utiliza para demonstrar a realização através da contradição é a dialética do senhor e do escravo. Nesse caso, o processo é externo.
@@raunifontana6321 mas na Dialética do Senhor e do Escravo, a duplicação de autoconsciência não ocorre em uma mesma unidade de origem? O reconhecimento, no final das contas, não é prejudicado justamente por ser inicialmente unilateral?
@@peterpetrell7301 Creio que o caráter revolucionário da dialética hegeliana seja o de romper as noções de interno e externo e de borrar as fronteiras entre o "eu" e o "outro". Quando à duplicação da autoconsciência, entendo que ela não ocorra em nenhum dos polos. Ela ocorre no processo em si. Hegel diz, por exemplo, que o senhor se torna escravo do escravo na medida que seu próprio status de senhor depende de sua oposição ao status de escravo. Creio que um exemplo que corrobora com isso é que a psicanálise se fundamenta na dialética hegeliana e, a partir da contradição, apresenta o inconsciente como um outro. Nesse caso, a contradição se dá dentro de um único sujeito, cindido.
Odiei esse formato de vídeo d'A Casa do Saber; áudio baixo, enquadramento exangue, o que prejudica a atenção sobre o conteúdo da aula! O outro modelo era mil vezes melhor!
Que clareza!! Muito excelente.
Fascinante você conseguir explicar com tanta facilidade algo que quebro tanto minha cabeça
Que aula seu moço. Simples como a vida!!! Obrigada☘🥂☘
Muito bom. Curti muito, Lucas. Esclareceu várias dúvidas em relação a Hegel.
OBG. PROF.
Massa! Poder te ouvir na Casa do Saber!
Quando HEGEL trás a ilustração da planta ao abordar a NEGAÇÃO na dialética, ele fala também da transformação da semente no seu processo de se tornar fruto. Mas, por que ao se TRANSFORMAR o fruto NEGA❓ Gostaria de saber se,em HEGEL, Transformar é o mesmo que NEGAR ❓Em outras palavras, gostaria de saber se HEGEL está dizendo que transformar e negar são a mesma coisa.
Talvez sim, se compreender a dialética de hegel, em última análise, como *desenvolvimento*. Antes de qualquer coisa, tem q ficar claro que dialética hegeliana é metafisica. A negação é sempre uma negação determinada do processo de desenvolvimento. Que neste caso, é o desabrochar da flor.
Para entender melhor, darei outro exemplo. Para Hegel, o fim é o começo desenvolvido, amadurecido. Consegue perceber a dialética nesta idéia? O fim nega o começo, pq o fim não é o começo. Mas, essa negação é conservada de tal forma, que foi a partir do começo q chegamos no fim.
A significação e a verdade não está nem no começo, nem no fim. A significação e a verdade está no começo, no fim e no processo (percurso) até o fim.
excelente explicação!
Excelente!!
muito boa a explicação, muito sucesso!
Professor, parabéns !!!
I don't speak Portuguese or Spanish, but I am interested in your talk 'Hegel and India'. Could you direct me to a paper related to the topic?
Sensacional!
Muito foda!
massa demais
Por gentileza, poderiam informar se o Lucas Nascimento Machado tem canal no TH-cam? Caso tenha, favor informar. Obrigado.🌸
filosofo que ri
Interessante que o Professor contradiz o princípio de Organização de Hegel na sua aplicação na questão de gênero. A influência nesse caso é externa e não interna, seguindo o princípio da organização: não é possível esperar uma laranjeira quando plantamos sementes de mangueira. A negação da origem genética na afirmação comportamental de seu contrário é simultânea e não dialética pois não ocorreu um processo de modificação da sua origem, que continua a mesma. A negação é externa pelo comportamento, que é vinculado e condicionado a esteriótipos sociais em oposição, logo não é uma dialética interna como definida por Hegel.
Um dos primeiros exemplos que Hegel utiliza para demonstrar a realização através da contradição é a dialética do senhor e do escravo. Nesse caso, o processo é externo.
@@raunifontana6321 mas na Dialética do Senhor e do Escravo, a duplicação de autoconsciência não ocorre em uma mesma unidade de origem? O reconhecimento, no final das contas, não é prejudicado justamente por ser inicialmente unilateral?
@@peterpetrell7301 Creio que o caráter revolucionário da dialética hegeliana seja o de romper as noções de interno e externo e de borrar as fronteiras entre o "eu" e o "outro". Quando à duplicação da autoconsciência, entendo que ela não ocorra em nenhum dos polos. Ela ocorre no processo em si. Hegel diz, por exemplo, que o senhor se torna escravo do escravo na medida que seu próprio status de senhor depende de sua oposição ao status de escravo. Creio que um exemplo que corrobora com isso é que a psicanálise se fundamenta na dialética hegeliana e, a partir da contradição, apresenta o inconsciente como um outro. Nesse caso, a contradição se dá dentro de um único sujeito, cindido.
Professor o senhor tem canal no TH-cam?
filosofo que ri
Vídeo bom , mas a explicação fica confusa quando chega nas exemplificações
👏👏👏
🤯🤯🤯🤯
Mera negação afirmo-negativa
👍🏼👍🏼👊🏼
Acho que não é dentro. E sim a própria forma.
Algumas boas pistas de como começar a ler Hegel. Porém, nada substitui a leitura do próprio autor.
Não sei por qual razão certas pessoas se põe a falar de assunto que não domina. Vai estudar amigo pra não pagar mico.
Obaa.. quando eu ficar mais velho quero ser um Sayajin 🤣
Odiei esse formato de vídeo d'A Casa do Saber; áudio baixo, enquadramento exangue, o que prejudica a atenção sobre o conteúdo da aula! O outro modelo era mil vezes melhor!
Grande Marx.. Mao e Stalin mandaram lembranças 😁