O Auto da compadecida é quase um ato folclórico pros Brasileiros. E uma coisa que eu percebo com quem converso sobre o filme, é como a maioria remete esse filme à imagem da Avó Brasileira... aquela que tem santinhos no quarto, acende vela pros netos, faz chá no fogao de lenha... não sei explicar, mas tem uma certa energia kkkkkkkk que bom que gostou Marisa 🥰
@@SuperCasalXou Marisa reage a o fime Ó PAI Ó conta um pouco da Bahia o estado mais negro do Brasil com forte influencia africana é uma comédia muito engraçada.
Meu filho mostrou um trecho desse filme num trabalho de escola quando morávamos aí em Portugal. A professora ficou tão encantada que depois separou uma aula para mostra-lo inteiro aos alunos, foi bem legal. Recomendo a biografia do Luiz Gonzaga, que também mostra esse lado alegre do sertão.
Alguns pontos sobre o Auto da Compadecida: - Chama-se Auto porque originalmente é uma peça de Teatro que ganhou um festival e acabou dando projeção pra Ariano Suassuna como dramaturgo. - Originalmente esse "filme" era uma série da Rede Globo em 4 ou 5 episódios que por ter sido gravada em pelicula como os filmes de cinema, depois foi editado como filme e lançado no cinema. Na epoca, a TV tinha aspect ratio 4x3 e não 21x9 como o cinema. - Ariano tem outras obras com temáticas parecidas, mas nenhuma das que eu li são tão boas e completas em termos de arco quanto o Auto. Agora queremos Marisa reagindo a "Os Normais", "O homem que copiava" e "Doidas pra casar"
Talvez seja um pouco complicado para a Marisa sacar o humor do filme. Para os brasileiros esse filme é hilário, mas há muitas piadas impregnadas da cultura nordestina, que soam como piadas internas. Seja nas falas, seja nos sotaques, seja nas ações, cenários. Ele é a melhor comédia brasileira de todos os tempos. E um correção, não existe uma série posterior ao filme. O filme é uma versão reduzida da série. As cenas são as mesmas.
Acho que para quem gostou de O Auto da Compadecida a sugestão óbvia é Lisbela e o Prisioneiro, já que também é do mesmo diretor e tem várias semelhanças. Acho os dois ótimos filmes, mas Lisbela e o Prisioneiro tem uma linguagem de filmagem mais moderna, embora seja um pouco menos dramático, tem vários recursos que surpreendem.
É dificil explicar... esse filme vai fundo nas nossas raízes. Minha família é toda do Rio de Janeiro, que eu saiba não tenho parentes nordestinos , mas o Brasil começou no nordeste, a cultura que se mostra ali tem 400 anos de idade! Então sinto como se o filme falasse da minha história também.
moro em Pernambuco, e tenho parentes que moram na cidade onde aconteceu o Filme, e na verdade a forma de se comporta das pessoas la não é por ser pobre, é algo cultural a forma de falar, de lidar com o dia a dia se espalhou até pela capital aqui em Recife, mesmo em bairros ricos daqui, ainda se usam as mesmas tramoias e jeitos de lidar com as adversidades do dia a dia, como traições, roubos, fofocas, a forma de zombar, de se corromper, mas é claro que muita coisa mudou de la pra cá, mas a essência desse povo do Interior ainda é muito parecido com a época do filme, e muda só os personagens, ao invés dos Cangaceiros temos os Políticos que exploram a pobreza do povo do interior e a falta de conhecimento, ainda existem corrupção nas igrejas daqui, só que agora são outras como a Igreja universal que também explora tanto o povo do interior como os da grandes cidades até em bairro de ricos, o filme é inspirado também em LITERATURA DE CORDEL , que é uma revitinha com figuras e contos sobre histórias que acontece em vários lugares aqui do Nordeste envolvendo várias pessoas.
Uma correção ; primeiro lançaram a serie pra tv, mas viram que o publico gostou e editaram ela pra entrar no "padrão" de filme nacional. Tanto que a serie que tem no youtube somam umas 3 horas, enquanto o filme tem umas 2 horas e pouca, e se perceberem, o filme tem algumas partes com falta de continuidade, ao que a serie completa repara essaas partes.
Curiosidades: 1 O filme O auto da compadecida é roteirizado de dois livros(peças teatrais) de Ariano Suassuna; O testamento da cachorra e O auto da compadecida, que dá nome ao filme. 2 A série foi filmada em películas com a intenção de fazer o filme, ou seja, o filme é um resumo da série.
Gosto muito do canal de vocês. É muito legal ver essa interação Brasil-portugal. Existem tantos filmes brasileiros bons que não são conhecidos no mundo. • Central do Brasil; • O Homem que Copiava; • Lisbela e o Prisioneiro; • O Homem do Futuro; • O Palhaço; • Meu Nome Não é Jhonny. Aí tem alguns exemplos de estilos variados. Um grande abraço.
Parabéns pelo vídeo! Adorei poder ouvi sobre a obra através do olhar de uma portuguesa. O Auto da compadecida é uma peça de teatro escrita pelo dramaturgo e poeta brasileiro Ariano Suassuana. Ele escreveu grande parte das suas peças baseadas na literatura de cordel, outra arte bem popular no nordeste do Brasil. Basicamente toda essa estrutura tem influência dos contos medievais europeus. O filme é uma adaptação da peça para uma mini seria, mas com tamanho sucesso, foi adaptada para o cinema e continua sendo o filme mais popular do Brasil. É uma obra com criticas sociais bem presentes no Brasil até hoje, mas vale ressaltar que o espaço tempo do filme é retrato em uma nordeste entre os anos 1920 e 1940, não é o nordeste de agora, apesar da pobreza ainda presente em todo Brasil, hoje as coisas são bem diferentes. Recomendo pra quem quer entender mais sobre o Auto, pesquisar sobre Ariano Suassuna, O Movimento Armorial e a literatura de cordel. Mais um vez parabéns pelo vídeo! E sugiro ver um vídeo sobre o que você achou quando leu um livreto de cordel brasileiro. Abraços!
Que bom que gostou, vc absorveu mta coisa q eu só fui reparar c o tempo e reassistindo, qnd a gente assiste pequeno só da mta risada dps de grande entende o resto. Assista Lisbela e o Prisioneiro, vc iria gostar
Só para lembrar, o Auto da Compadecida (adaptação do Guel Arraes) não é originalmente um filme, e sim uma série do fim dos anos 1990. Mas eles filmaram de uma forma que poderia ser trasnformado em um filme.
ปีที่แล้ว
Não amigo, é um filme baseado numa peça mesmo. e a primeira versão do filme é de 1969. Inclusive tem completo aqui no youtube
@ Sim, mas o filme que eles assistiram é retirado da série do Guel Arraes, que ele mesmo filmou e adaptou do livro/peça teatral do Ariano Suassuna de mesmo nome, e lançou no ano 2000. Existe alguns outros filmes de fato, os trapalhões fizeram também. Mas a obra que é celebrada é a série e depois filme do Guel Arraes.
ปีที่แล้ว
@@AndreyPaiva entendi. é a mesma obra mas com inspirações distintas
ปีที่แล้ว
@Willian Queiroz Bom saber! Só conhecia o filme de 69 e esse mais atual. Vou assistir a série
Oi, não sou nordestino, mas assisti o Auto da Compadecida mais de 30 vezes. Seus comentários são muito pertinentes, apenas faltou ressaltar a genialidade do autor, Ariano Suassuna (já falecido). Ele era membro da Academia Brasileira de Letras, e quase tudo que ele escreveu tem personagens que representam a realidade da pequena cidade sertaneja que ele viveu. O humor de Ariano é mais intelectual. Eu o considero, ainda que morto um dos mais notáveis escritores brasileiros contemporâneos. Foi ótimo assistir seu comentário
Na verdade não, Kayo. Essa versão de filme é um corte feito pra cinema da minissérie que passou na Globo. Ela foi gravada já nessa intenção de ter uma versão de longa-metragem, mas o produto "original" é a minissérie. Porém, como a galera já tava falando aí nos comentários, a obra é, em sua origem, uma peça teatral. Se vocês forem pesquisar, vocês vão ver que antes dessa versão, teve um filme dos Trapalhões baseado no Auto da Compadecida, que segue a peça de forma mais fiel. A adaptação da Globo teve várias alterações pra formar a narrativa que a gente conhece, mas é muito bom ver como ela foi concebida na origem. Vale a pena.
Sobre os cangaceiros, Marisa, acho bom destacar que o tema é controverso e a memória deles é objeto de disputa. Alguns eram efetivamente vilões enquanto alguns aparecem como anti-heróis. Eram figuras fora da lei, que viviam cometendo crimes e essencialmente buscando os próprios interesses; porém, em algumas circunstâncias, poderiam aparecer em contraposição às oligarquias locais e ao poder do Estado, cruel e impiedoso e conhecido por promover violências maiores que as dos criminosos que deveria, em tese, combater. A memória dos cangaceiros como heróicos em alguma dimensão dialoga com o fato de eles se acharem em conflito com uma ordem injusta, que em parte reproduzem, em parte combatem. Entrar para o cangaço poderia ser um grito de desespero e um ato de profunda rebeldia contra a ordem estabelecida, mas também carregava a contradição de atuar, às vezes, como braço armado (paralelo ao Estado) de oligarquias que eram, em síntese, a própria ordem vigente. Por fim, a rebelião que adentrar ao cangaço simbolizava poderia ser apenas a busca de poder e interesse pessoal, que parte da memória popular perdoa em virtude do quão subjugadas as pessoas se encontravam nesses contextos. Essa moral flexível, dúbia e situacional aparece no filme em todas as pessoas e é, de alguma maneira, até mesmo advogada por Nossa Senhora, que parece ser a única a compreender a dura contradição entre a vida concreta e os ideais.
Parabéns por mais um ótimo vídeo Super Casal Xou. Minha dica é de um ótimo filme, mas com título pouco convidativo - A Marvada Carne. Retrata a vida caipira no interior do Brasil, seus costumes e dialetos. Espero que consiga assistir.
Marisa, sou do sul do Brasil e moro em Portugal. Minha região é considerada das mais desenvolvidas do país e quando fui morar no nordeste no final dos anos 90 também foi um grande choque cultural pra mim, pois tudo era muito diferente desde a comida, a música, o sotaque, o clima. Entretanto, o que mais me chamou a atenção foi a desigualdade social e a pobreza, apesar de também existir no sul mas em menor grau, ao menos na minha região no interior. Conheci minha esposa no nordeste e mais tarde fomos morar no sul, o que pra ela também foi um imenso choque cultural. Imagino pra você que é portuguesa perceber os grandes constrastes do Brasil sendo que nós brasileiros também ficamos surpresos com as diferenças. O nordeste é incrível, tem uma força cultural marcante e muitas pessoas bacanas, pena ser historicamente negligenciado ao longos dos anos. Tem grande potencial para se desenvolver e espero que um dia possa diminuir as diferenças sociais.
Eu realmente senti esse choque cultural e até hoje me impressiono com a beleza e a desigualdade do nordeste... é triste que uma região tão rica seja tão negligenciada... espero que isso mude no futura também!
@@SuperCasalXou O nordeste não é o mesmo dos anos 90, a região vem crescendo bastante. A realidade é que a cultura do nordeste é sugada pelo Brasil, o nordeste só aparece na tv quando o assunto principal é: pobreza, seca, e violência. Eu realmente não consigo entender pq fazer isso com o nordeste. Esse filme é um bom exemplo!! 95% dos filmes e séries que são gravados no nordeste são passados no sertão, mesmo em pleno 2023 eles ainda preferem mostrar esse lado do nordeste. Infelizmente sempre foi assim…
@@SuperCasalXou Até o sotaque do nordeste eles mudam totalmente, fazem de tudo pra deixar de uma forma mais “caricata” na tv, é terrível o que fazem. É tipo um estadunidense chegando ao Brasil pra gravar um clipe na FAVELA, como se no Brasil só existisse FAVELA. Fora a xenofobia nojenta que temos que aguentar do pessoal do SUL que sempre dão um jeito de colocar a região deles em tudo até quando o assunto não é sobre eles… semore dão um jeito de falar o quão ricos e desenvolvidos eles são🙄🙄
O Nordeste é imenso, dividido em 4 sub-regiões - Zona da Mata (porção mais desenvolvida, onde há as metrópoles Recife, Salvador e Fortaleza), Agreste, Sertão e Meio Norte. O filme retrata a região do Sertão do Paraíba, onde o autor, Ariano Suassuna, nasceu. ;)
Ariano Suassuna foi dos grandes da língua portuguesa e pelo que conheço, passou muitos anos da sua vida a tentar evitar que outras influências afetassem a verdadeira cultura brasileira. O Auto da Compadecida é só mais um dos grandes trabalhos de Ariano. Agora, uma curiosidade. Pode informar qual a região de Portugal que usa esse sotaque? Cumprimentos.
1:59 Sim, de fato é isso mesmo. Inclusive Ariano Suassuna era apaixonado por romances e peças da Idade Média (em especial, da região ibérica). O próprio Auto da Compadecida tem influencias desse período, tanto na estética quanto na trilha sonora. Logo, o nome "auto" não é a toa.
Deve ser impactante pra um gringo vê a riqueza cultural do Brasil, e mesmo ela sendo fluente (ou todos nós que somos na verdade) no idioma português deve ainda ter dificuldade de pegar tudo de prima. Eu gostaria de ver uma portuguesa reagindo a "Carlota Joaquina, Princesa do Brazil" esse sim, deve gerar talvez um desconforto e mal estar da sátira pesada que fizemos com nossos colonizadores tão queridos kk.
Os Pobres Tem Coração, É O Que Temos No Lugar Do Dinheiro, Além é claro de uma felicidade que não se explica, mas também tem muito rico com Alma e Coração de Pobre, e isso é Muito Bom!.
Cangaceiros de verdade lutavam contra coronéis, fazendeiros ricos e poderosos em geral. Mas também saqueavam cidades e faziam suas crueldades. São admirados por sua grande coragem de enfrentar a tudos e a todos.
Marisa, você viu o filme (filme não, obra prima!) do jeito certinho! É um belíssimo retrato desse Brasil sertanejo, que luta todos os dias pra sobreviver, e apesar de todas as dificuldades, tem sua alegria e seu jeito de levar a vida.
Essa é uma obra adaptada para o cinema do Grande escritor Brasileiro e Nordestino Ariano Suassuna. imortal da academia brasileira de letras principais obras: Uma Mulher Vestida de Sol,Auto da Compadecida,O Santo e a Porca,A Pena e a Lei,A Farsa da Boa Preguiça,O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta. Pergunte ao Caio ele sabe muito bem quem é. façam reacts das palestras dele, é muito hilário. infelizmente ele partiu já faz alguns anos.
O autor Ariano Suassuna era uma figura humana maravilhosa, do Estado da Paraíba, um dos estados nordestinos. Ariano foi um grande admirador da língua portuguesa. E tem um TH-camr português que fala sobre Ariano.
Na verdade,primeiro foi apresentado como uma mini série na tv Globo e posteriormente,devido ao grande sucesso,foi lançado nos cinemas.Gostei do canal,do casal e dos gatos,que particularmente amo muito.
Ariano Suassuna é maravilhoso! Corrigindo é nordeste brasileiro mas, é sertão nordestino e não é q seja pobre, hoje minha concepção de pobreza vai meio além de dinheiro e tecnologia, pq o sertão é castigado pela falta de chuvas mas, possui uma riqueza culinária, cultural e higiene que não consigo enxergar pobreza. Claro que qd somam-se anos subsequentes sem chuvas aí entra outro aspecto que torna a vida impossível mas, só pra deixar bem claro que não é por ser sertão que o lugar é pobre mas, é difícil até pro próprio brasileiro entender isso. Só indo no local mesmo e escutando seus moradores. É delicioso!!!
Exatamente! O auto era por ser uma peça de teatro, Ariano Suassuna era conhecido por escrever autos, o único que li era do Santo e a Porca, que em um dos trechos inclusive se passa em Portugal.
Primeiro que não é uma vila e sim uma cidade, segundo foi filmado em uma cidade do interior da Paraíba que tem o nome de Taperoá e terceiro que eu gostei muito que você escolheu um dos melhores filmes que fala da vida no nordeste brasileiro como era na vida real.... Muito bom o vídeo!
Para os portugueses há uma clara distinção entre o tamanho das cidades, o que não ocorre aqui no Brasil, pois geralmente as cidades crescem muito rápido. Minha cidade, por exemplo, com 20 anos de fundação, já possue mais de 200.000 habitantes. Coisa inimaginável em Portugal.
" A Invenção do Brasil" (com Selton Melo e Camila Pitanga) e tem os clássicos dos Trapalhões: " Os Trapalhões no Planalto dos Macacos" ( sátira de Planeta dos Macacos), "Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão", "Os Saltimbancos Trapalhões"...
Leia o livro e pesquise sobre esse grande autor. Assista também às entrevistas e palestras de Ariano Suassuana, vc vai se apaixonar por esse brasileiro incrível!!!
Meus queridos, o "Auto da Compadecida, é de fato uma peça teatral em forma de auto, em três atos, escrita pelo gênio brasileiro e autor Ariano Suassuna, em 1955. Sua primeira encenação aconteceu em 1956, no Recife, em Pernambuco. Enfim, não é que a qualidade da filmagem é amadora, é que o filme é um pouco antigo(tem 23 anos), quando ainda não existia qualidade HD. Mas é uma obra-prima este filme, inclusive com a participação da maior atriz Brasileira, Fernanda Montenegro, no papel de Nossa Senhora, e de um de nossos maiores atores, Lima Duarte, e claro, os 2 personagens principais, que são simplesmente ótimos, Selton Mello e Matheus Nachtergaele, além de outros grandes atores, como Marcos Nanini, Luis Melo, Denise Fraga, Bruno Garcia, os saudosos Rogério Cardoso e Paulo Goulart, e outros tantos não menos importantes da dramaturgia brasileira.
o sertão mudou bastante mas ainda sim falta avançar muito, moro numa cidade no interior da Paraiba chamada Junco do Serdó, ela fica vizinha a cidade de Assunção - PB, onde algumas cenas desse filme foram gravadas la, e ainda hoje tem um museu lá guardando toda a memoria do tempo da gravação
O filme o Alto da Compadecida é um clássico e um tesouro do cinema Brasileiro, uma obra do nosso querido Ariano Suassuna, um detalhe sobre o filme é que o roteiro foi criado através da junção de diversos contos do autor, já foi confirmado em breve teremos alto da Compadecida 2, uma dica de filme com o mesmo ator que interpretou o personagem Chicó seria Lisbela e o prisioneiro, muito bom.
Ah, Marisa! Chama o Auto da Compadecida pq é baseado em um livro, que por sua vez, é o roteiro de uma peça. A título de curiosidade: a história da Dona Rosinha não existe no texto original. Ela é personagem de outro texto do Suassuna chamado O santo e a porca. 🥰
É bem complicado para quem é de fora rir muito neste filme mesmo, é um humor muito peculiar, a gente ri de chorar! Mas vc entendeu perfeitamente a moral, da história, detalhes que nem todo mundo percebe, muito bom!
Eu nunca tinha parado pra pensar em uma perspectiva como essa de uma pessoa de uma cultura totalmente diferente da nossa, mas pela visão interpretativa da portuguesa percebo que o filme realmente é sério apesar de cômico, sou nordestino e essa é a minha cultura, fiquei extremamente emocionado pois eu sempre via esse filme como uma comédia, mas o que ela relata é tudo verdade, não tiro uma vírgula.
Pontuando um pouco acerca do Cangaço: os cangaceiros não são vistos no Nordeste nem como heróis e muito menos como vilões. Eles representam uma parte importante da nossa cultura, pois apesar de serem saqueadores, são vistos por muitos como um grupo de pessoas que foram contra o status quo da época. Ou seja, sendo bons ou ruins, eles não baixavam a cabeça para os coronéis, e não aceitaram viver passando fome e sede, preferindo lutar para sobreviver, mesmo que para isso fosse necessário matar, roubar, etc. E eu acredito que o filme retrata bem isso quando mostra o passado do Severino. Além disso, o grupo de Lampião, o mais conhecido grupo de cangaceiros, foi responsável pela criação da dança "Xaxado", e inclusive o próprio Lampião compôs alguns sucessos como "Acorda Maria Bonita", "Mulher Rendeira", "Minha Vida", entre muitas e muitas outras. 😊
Uma outra curiosidade é que os grupos de cangaceiros eram enormes, e eles se movimentavam por dentro das matas da Caatinga, por isso a roupa de couro para evitar se cortar com os galhos secos e os espinhos de Mandacaru. Além disso, eles não utilizavam nenhum meio de transporte e nem mesmo cavalo. Ou seja, todo percurso era feito a pé!
A ligação entre Severino (do filme), e o "Padim Padre Cícero" está ligado ao fato de que Lampião e Padre Cícero estreitaram laços na década de 30. Existia uma "ameaça comunista" no Brasil, através da Coluna Prestes, que estava entrando no Nordeste com o objetivo de atrair pessoas para o movimento. O Governo de Getúlio Vargas na época, por intermédio do Padre Cícero (padre e político de grande influência no Sertão do Ceará), acabou dando a Patente de Capitão para Virgulino Ferreira (Lampião), e forneceu armas e munição para seu bando, para que eles, caso houvesse a necessidade, entrassem em conflito junto com a Volante (como era conhecida a polícia da época) contra os membros da coluna Prestes.
O Auto da Compadecida é realmente um clássico, um dos melhores filmes brasileiros. Fica a sugestão agora, para conhecer outra parte da cultura do páis, assistir a série "a casa das sete mulheres" e o filme "o tempo e o vento", ambos são ambientados na região sul do Brasil, e são obros muito boas.
O Kayo vive falando para eu assistir essa série, inclusive comprei um livro na última viagem ao Brasil sobre a Anita Garibaldi e é incrível!!! Vou assistir a série sim ❤️
@@SuperCasalXou, a série é baseada em um livro de mesmo nome. Vale muito a pena, fez muito sucesso na época que passou na TV. O tema de abertura (th-cam.com/video/XAfuY1myRfQ/w-d-xo.html) é MARAVILHOSO!!!
A série foi feita antes. São 4 episódios. Primeiro fizeram a série pra TV, depois adaptaram como um filme. Cortaram várias partes para ter a duração de um filme. Uma das partes cortadas foi "O gato que descomia dinheiro".
Olá casal, tudo bem? Gostei muito do filme o Auto da compadecida, e assisti duas vezes. Durante o vídeo os gatos em evidência. Recomendo o filme Lisbela e o prisioneiro que assisti quando lançou no cinema. Você comentou sobre a cidade Piaçabuçu, quando eu e minha esposa fomos a Maceió, conhecemos essa cidade, foi muito legal os passeios. Abraços
Acompanho vocês a mais de um ano, o tempo passa rapido e acho que deve ser 2 anos para mais rsrs, vocês lembram um relacionamento meu a distancia com uma Cearense, sou de são paulo, é uma historia bem parecida, mas enfim eu não sei se voces leram isso mas vou indicar para vocês '"os melhores do mundo " Hermanoteu na terra de godah, tenho certeza que gostaram.
Sobre as questões culturais do filme pela visão de um nordestino: A obra original escrita pelo mestre da literatura brasileira (e mundial) Ariano Suassuna. Nordestino, nascido na Paraíba, pernambucano de coração e torcedor do Sport Clube do Recife. A obra foi escrita em uma época do Brasil em que os grandes centros do eixo Sul e Sudeste do país estavam imersos na produção cultural focada nas vanguardas européias do início do Séc. XX, traduzindo suas linguagens e provocações para a realidade cultural brasileira. Ariano e outros artistas, por sua vez, encaravam a dura realidade do descaso, ainda existente, que grande parte da região Nordeste do país sofria por ter sido historicamente abandonada pelos governos centrais, que cada vez mais se voltavam para o desenvolvimento do Centro-Sul do país. Com base nisso, foi então desenvolvido o Movimento Armorial, que visava um resgate e valorização da cultura tradicional nordestina e suas raízes indígenas, africanas e européias que remontavam o tempo da chegada dos primeiros colonizadores nessa região. Esse resgate tinha, em certo grau, rejeição à modernidade proposta pelos artistas de 22 (Da Semana de Arte Moderna de São Paulo de 1922. O início do modernismo) e valorizavam o que era a "raiz" desse Brasil tão esquecido e brutalizado. O mestre Suassuna então escreve um "auto" como forma de resgatar elementos da literatura tradicional européia da época dos grandes escritores Barrocos portugueses, em que se fazem presentes elementos que aludem à realidade do povo que vivia nesse Sertão arrasado e brutal, trazendo sua luta, sua conduta e sua fé. E mesmo parecendo que o movimento era apenas uma forma de conservadorismo barata, na cena em que o autor faz questão de representar Nosso Senhor Jesus Cristo como um homem negro, ele salta muito à frente do seu tempo (até mesmo para os "modernos" da época) quando provoca o racismo e a religião Cristã "tradicional" trazendo as próprias figuras religiosas para o contexto que ele mesmo visava evidenciar: nosso Nordeste, nosso Sertão, nosso Brasil! Viva a Cultura nordestina! Viva Ariano Suassuna! E que Deus abençoe a todos. ❤️
Em resumo: a lógica da glorificação da pobreza - o rico é mal, o pobre é bom , o bandido é vítima e absolvido e ninguém vai para o inferno; exceto o expectador que é levado a crer na teologia da libertação.
A série é o filme e o filme é a série. A Globo produziu originalmente como série, juntáram todos os episódios e virou o filme.
ปีที่แล้ว +4
Marisa, que tal ver Bye Bye Brasil ? Filme de 1980 , um dos filmes mais lindos já produzidos no Brasil ... Se ver se prepare pra chorar e querer conhecer o interior do Brasil!
Sem esquecer que o filme se passa no início dos anos 30, tanto que até a moeda é diferente, foi a primeira coisa que percebi mesmo ainda sendo pequeno (na época).
Corrigindo a informação no fim do vídeo: o produto original e mais completo é efetivamente a série. Depois, fizeram cortes e lançaram o filme. A série adapta tanto a peça intitulada O Auto da Compadecida como mais duas outras histórias do mesmo autor (Ariano Suassuna). A estética, desde a escrita e concepção até a execução, é construída sobre o Movimento Armorial, fundado por Suassuna, para preservar a cultura ancestral do nordeste, que herdamos, adaptamos e preservamos a partir da cultura ibérica medieval para o contexto do nordeste brasileiro (graças à presença de portugueses e espanhóis por aqui). Bem, o comentário já está meio longo. Tem muito mais a se fizer sobre o tema, acho que vale a pena pesquisar, pois é fascinante!
Gostei do seu vídeo. Esse filme é uma comédia mesmo, pois os brasileiros fazem piada até a própria desgraça. O seriado da TV é o mesmo do filme só que com mais cenas. Fazendo uma correção sobre o que você falou do filme, o único que vai para o céu direto é o cangaceiro, o Bispo, o Padre o Padeiro e a mulher dela vão para o purgatorio. O autor dessa história é o grande Ariano Suassuna. Tenho uma dica pra você que é a peça de Dias Gomes, O pagador de Promessas, tem o filme que é de 1962 que ganhou a Palma de ouro no festival de Cannes e tem a minissérie da Rede Globo que foi em 1988, se quiser pode ler o livro que é MARAVILHOSO! Beijos 😘
Pessoal, quero fazer um comentário que não é sobre o filme. Seguinte: eu sempre tive curiosidade sobre como o sotaque Português mudou para o que usamos hoje no Brasil. Ouvindo a Marisa falar, percebi que ela tem uma dicção intermediária. Algo como o "elo perdido" entre os dois dialetos! Estou maravilhado, pq a maneira de dizer algumas palavras explica o sotaque carioca. Já outras, dão uma ideia de onde pode ter vindo o jeito de falar em São Paulo e em alguns estados do Sul! Obrigado pela experiência!
É minha primeira vez no canal e eu percebi a mesma coisa, ela tem um sotaque mais solto, com vogais mais abertas do que a gente espera do português europeu. No entanto, acho que o português de SP foi muito mais influenciado pelos imigrantes italianos.
ela emula um pouco o português do brasil, ela ja comentou isso. o portugues de la mesmo come muito as vogais, pois uma época de Portugual eles intencionalmente quiseram se aproximar do francês
A mini-série veio primeiro. Esse filme é só uma edição da própria mini-série, cortando cerca de uma hora de material. Você pode ver a mini-série como se fosse uma versão estendida.
Mariza, assiste o filme "meu nome não é Johnny ", tem aqui no youtube, é na minha opinião o melhor filme já feito pelo Selton Mello (o Chicó de auto da compadecida). Inclusive tem cenas aí na Europa (mais especificamente na Itália). Esse filme tem aventura, tem comédia, tem drama, enfim, filme muito bom mesmo. Esse filme é muito bem feito. Pode confiar, filme muitoooo bom. Na minha humilde opinião e gosto pessoal, melhor filme brasileiro que eu já vi. Sem falar que ele é baseado em fatos reais.
Marisa crítica de cinema brasileiro, espero mais análises no futuro, principalmente dos filmes dos Trapalhões, inclusive os Trapalhões fizeram um filme do Auto da Compadecida, igualmente bom e muito mais cult.
O filme pelo seu aspecto de imagen retrata a decada de 30 e 40 , e não que seja uma produção de má qualidade. o filme é muito profissional, uma obra prima do cinema nacional Brasileiro.
Assista O Tempo e o Vento (2013). É um filme que trata da formação do Rio Grande do Sul. É baseado em uma trilogia de romance de época. É muito bom e mostra a cultura do sul, a qual infelizmente é muitas vezes negligenciada na mídia
*O Auto da Compadecida é a realidade brasileira em todos os sentidos e sempre atual. Representado pelo Nordeste multicultural, mas a forma de ser do brasileiro de qualquer região quanto a religião, política, educação, classes sociais retratando a malandragem, o coronelismo, preconceitos, bondade do povo humilde, arrogância, maldade, ego, invejas e crendices de um povo sofrido que sempre espera dias melhores.*
Vou ser sincero. O brasileiro gosta desse filme por ser muuuuito engraçado. Mas acho que tem que ser brasileiro pra compreender isto. É uma comédia pra brasileiro rir.
Reage ao Ariano Suassuna :) O auto da compadecida foi escrito por ele e esse filme é uma adaptação de uma minissérie da Globo que juntou causos de algumas outras obras dele.
Maravilhoso te ver analisando o filme de forma tão honesta. Tem muito brasileiro que não entendeu a forte crítica social. O filme veio da série. Eu prefiro a série pois é o filme com mais estórias. E passa a ideia de ser um Auto.
Parece pegar muito na intençao literária do auto da Barca do inferno de gil vicente, mas adaptada a realidade brasileira e a época em que foi escrito, muito interessante, terei que ver
"Auto remete a peça teatral" Pois o livro foi escrito pra ser uma peça de teatro, inclusive, já foram feitas muitas adaptações teatrais, principalmente em colégios nordestinos, depois Os Trapalhões fizeram uma adaptação em filme em 1987 e em 1999, a Globo adaptou pra uma série que,em 2000, virou o filme que você assistiu...
Marisa e Kayo, assistam ao filme A Vida Invisível, baseado no livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha. Outra obra prima do cinema brasileiro.
O Auto da compadecida é quase um ato folclórico pros Brasileiros. E uma coisa que eu percebo com quem converso sobre o filme, é como a maioria remete esse filme à imagem da Avó Brasileira... aquela que tem santinhos no quarto, acende vela pros netos, faz chá no fogao de lenha... não sei explicar, mas tem uma certa energia kkkkkkkk que bom que gostou Marisa 🥰
Awww que energia boa 🥰
@@SuperCasalXou Você está praticamente falando o português do Brasil!
@@SuperCasalXou Marisa reage a o fime Ó PAI Ó conta um pouco da Bahia o estado mais negro do Brasil com forte influencia africana é uma comédia muito engraçada.
Filme chato da bexiga
Na verdade pelo que sei ele idealizado como uma mini série e depois com alguns cortes condensado em um filme.
Meu filho mostrou um trecho desse filme num trabalho de escola quando morávamos aí em Portugal. A professora ficou tão encantada que depois separou uma aula para mostra-lo inteiro aos alunos, foi bem legal. Recomendo a biografia do Luiz Gonzaga, que também mostra esse lado alegre do sertão.
Tudo isso só pra falar que vc morou em Portugal 😂😂
@@Geniodabahia ????
Que massa a "divulgação" que seu filho vez!!!!❤❤❤
Para continuar na pegada do Nordeste falta assistir o filme Lisbela e o Prisioneiro
é do mesmo diretor
Ariano Suassuna, o nordestino arretado responsável por essa obra incrível!
Alguns pontos sobre o Auto da Compadecida:
- Chama-se Auto porque originalmente é uma peça de Teatro que ganhou um festival e acabou dando projeção pra Ariano Suassuna como dramaturgo.
- Originalmente esse "filme" era uma série da Rede Globo em 4 ou 5 episódios que por ter sido gravada em pelicula como os filmes de cinema, depois foi editado como filme e lançado no cinema. Na epoca, a TV tinha aspect ratio 4x3 e não 21x9 como o cinema.
- Ariano tem outras obras com temáticas parecidas, mas nenhuma das que eu li são tão boas e completas em termos de arco quanto o Auto.
Agora queremos Marisa reagindo a "Os Normais", "O homem que copiava" e "Doidas pra casar"
Pra mim esse homem q copiava é o melhor filme brasileiro
@@VitorEmanuelOliver Um filme pra assistir vestindo um "chambre"...pena que televisão dá um soooono.
Eu assisti uma versão com os trapalhões.
Do auto da compadecida assistir uma versão com os trapalhões.
Alguma ideia de onde eu acho a série? Eu já procurei tanto mas só acho o filme
Talvez seja um pouco complicado para a Marisa sacar o humor do filme. Para os brasileiros esse filme é hilário, mas há muitas piadas impregnadas da cultura nordestina, que soam como piadas internas. Seja nas falas, seja nos sotaques, seja nas ações, cenários. Ele é a melhor comédia brasileira de todos os tempos.
E um correção, não existe uma série posterior ao filme. O filme é uma versão reduzida da série. As cenas são as mesmas.
Acho que para quem gostou de O Auto da Compadecida a sugestão óbvia é Lisbela e o Prisioneiro, já que também é do mesmo diretor e tem várias semelhanças. Acho os dois ótimos filmes, mas Lisbela e o Prisioneiro tem uma linguagem de filmagem mais moderna, embora seja um pouco menos dramático, tem vários recursos que surpreendem.
quem não gostou kkkkk
É dificil explicar... esse filme vai fundo nas nossas raízes. Minha família é toda do Rio de Janeiro, que eu saiba não tenho parentes nordestinos , mas o Brasil começou no nordeste, a cultura que se mostra ali tem 400 anos de idade! Então sinto como se o filme falasse da minha história também.
moro em Pernambuco, e tenho parentes que moram na cidade onde aconteceu o Filme, e na verdade a forma de se comporta das pessoas la não é por ser pobre, é algo cultural a forma de falar, de lidar com o dia a dia se espalhou até pela capital aqui em Recife, mesmo em bairros ricos daqui, ainda se usam as mesmas tramoias e jeitos de lidar com as adversidades do dia a dia, como traições, roubos, fofocas, a forma de zombar, de se corromper, mas é claro que muita coisa mudou de la pra cá, mas a essência desse povo do Interior ainda é muito parecido com a época do filme, e muda só os personagens, ao invés dos Cangaceiros temos os Políticos que exploram a pobreza do povo do interior e a falta de conhecimento, ainda existem corrupção nas igrejas daqui, só que agora são outras como a Igreja universal que também explora tanto o povo do interior como os da grandes cidades até em bairro de ricos, o filme é inspirado também em LITERATURA DE CORDEL , que é uma revitinha com figuras e contos sobre histórias que acontece em vários lugares aqui do Nordeste envolvendo várias pessoas.
Uma correção ; primeiro lançaram a serie pra tv, mas viram que o publico gostou e editaram ela pra entrar no "padrão" de filme nacional. Tanto que a serie que tem no youtube somam umas 3 horas, enquanto o filme tem umas 2 horas e pouca, e se perceberem, o filme tem algumas partes com falta de continuidade, ao que a serie completa repara essaas partes.
O zoom nos gatos foi muito bom 😂😂😂😂
Eu perdi tudo com eles kkkkkkkkkkkkkkkkk
Afinal de contas, que imagem pode ser mais interessante que a de gatos brincando de porrada como se fossrm dois irmãos ( humanos no caso) kkkk
Curiosidades:
1 O filme O auto da compadecida é roteirizado de dois livros(peças teatrais) de Ariano Suassuna; O testamento da cachorra e O auto da compadecida, que dá nome ao filme.
2 A série foi filmada em películas com a intenção de fazer o filme, ou seja, o filme é um resumo da série.
Gosto muito do canal de vocês. É muito legal ver essa interação Brasil-portugal.
Existem tantos filmes brasileiros bons que não são conhecidos no mundo.
• Central do Brasil;
• O Homem que Copiava;
• Lisbela e o Prisioneiro;
• O Homem do Futuro;
• O Palhaço;
• Meu Nome Não é Jhonny.
Aí tem alguns exemplos de estilos variados.
Um grande abraço.
Parabéns pelo vídeo! Adorei poder ouvi sobre a obra através do olhar de uma portuguesa. O Auto da compadecida é uma peça de teatro escrita pelo dramaturgo e poeta brasileiro Ariano Suassuana. Ele escreveu grande parte das suas peças baseadas na literatura de cordel, outra arte bem popular no nordeste do Brasil. Basicamente toda essa estrutura tem influência dos contos medievais europeus. O filme é uma adaptação da peça para uma mini seria, mas com tamanho sucesso, foi adaptada para o cinema e continua sendo o filme mais popular do Brasil. É uma obra com criticas sociais bem presentes no Brasil até hoje, mas vale ressaltar que o espaço tempo do filme é retrato em uma nordeste entre os anos 1920 e 1940, não é o nordeste de agora, apesar da pobreza ainda presente em todo Brasil, hoje as coisas são bem diferentes. Recomendo pra quem quer entender mais sobre o Auto, pesquisar sobre Ariano Suassuna, O Movimento Armorial e a literatura de cordel. Mais um vez parabéns pelo vídeo! E sugiro ver um vídeo sobre o que você achou quando leu um livreto de cordel brasileiro. Abraços!
Que bom que gostou, vc absorveu mta coisa q eu só fui reparar c o tempo e reassistindo, qnd a gente assiste pequeno só da mta risada dps de grande entende o resto. Assista Lisbela e o Prisioneiro, vc iria gostar
Só para lembrar, o Auto da Compadecida (adaptação do Guel Arraes) não é originalmente um filme, e sim uma série do fim dos anos 1990. Mas eles filmaram de uma forma que poderia ser trasnformado em um filme.
Não amigo, é um filme baseado numa peça mesmo. e a primeira versão do filme é de 1969. Inclusive tem completo aqui no youtube
nao
@ Sim, mas o filme que eles assistiram é retirado da série do Guel Arraes, que ele mesmo filmou e adaptou do livro/peça teatral do Ariano Suassuna de mesmo nome, e lançou no ano 2000. Existe alguns outros filmes de fato, os trapalhões fizeram também. Mas a obra que é celebrada é a série e depois filme do Guel Arraes.
@@AndreyPaiva entendi. é a mesma obra mas com inspirações distintas
@Willian Queiroz Bom saber! Só conhecia o filme de 69 e esse mais atual. Vou assistir a série
Oi, não sou nordestino, mas assisti o Auto da Compadecida mais de 30 vezes. Seus comentários são muito pertinentes, apenas faltou ressaltar a genialidade do autor, Ariano Suassuna (já falecido). Ele era membro da Academia Brasileira de Letras, e quase tudo que ele escreveu tem personagens que representam a realidade da pequena cidade sertaneja que ele viveu.
O humor de Ariano é mais intelectual. Eu o considero, ainda que morto um dos mais notáveis escritores brasileiros contemporâneos.
Foi ótimo assistir seu comentário
O Auto da Compadecida, originalmente, é uma peça criada por Ariano Suassuna. Fez tanto sucesso que foi adaptado paara cimena e até para livros.
Na verdade não, Kayo. Essa versão de filme é um corte feito pra cinema da minissérie que passou na Globo. Ela foi gravada já nessa intenção de ter uma versão de longa-metragem, mas o produto "original" é a minissérie. Porém, como a galera já tava falando aí nos comentários, a obra é, em sua origem, uma peça teatral. Se vocês forem pesquisar, vocês vão ver que antes dessa versão, teve um filme dos Trapalhões baseado no Auto da Compadecida, que segue a peça de forma mais fiel. A adaptação da Globo teve várias alterações pra formar a narrativa que a gente conhece, mas é muito bom ver como ela foi concebida na origem. Vale a pena.
Sobre os cangaceiros, Marisa, acho bom destacar que o tema é controverso e a memória deles é objeto de disputa. Alguns eram efetivamente vilões enquanto alguns aparecem como anti-heróis. Eram figuras fora da lei, que viviam cometendo crimes e essencialmente buscando os próprios interesses; porém, em algumas circunstâncias, poderiam aparecer em contraposição às oligarquias locais e ao poder do Estado, cruel e impiedoso e conhecido por promover violências maiores que as dos criminosos que deveria, em tese, combater. A memória dos cangaceiros como heróicos em alguma dimensão dialoga com o fato de eles se acharem em conflito com uma ordem injusta, que em parte reproduzem, em parte combatem. Entrar para o cangaço poderia ser um grito de desespero e um ato de profunda rebeldia contra a ordem estabelecida, mas também carregava a contradição de atuar, às vezes, como braço armado (paralelo ao Estado) de oligarquias que eram, em síntese, a própria ordem vigente. Por fim, a rebelião que adentrar ao cangaço simbolizava poderia ser apenas a busca de poder e interesse pessoal, que parte da memória popular perdoa em virtude do quão subjugadas as pessoas se encontravam nesses contextos. Essa moral flexível, dúbia e situacional aparece no filme em todas as pessoas e é, de alguma maneira, até mesmo advogada por Nossa Senhora, que parece ser a única a compreender a dura contradição entre a vida concreta e os ideais.
Alegria na simplicidade. Isso sim é fartura na vida
Parabéns por mais um ótimo vídeo Super Casal Xou. Minha dica é de um ótimo filme, mas com título pouco convidativo - A Marvada Carne. Retrata a vida caipira no interior do Brasil, seus costumes e dialetos. Espero que consiga assistir.
Marisa, sou do sul do Brasil e moro em Portugal. Minha região é considerada das mais desenvolvidas do país e quando fui morar no nordeste no final dos anos 90 também foi um grande choque cultural pra mim, pois tudo era muito diferente desde a comida, a música, o sotaque, o clima.
Entretanto, o que mais me chamou a atenção foi a desigualdade social e a pobreza, apesar de também existir no sul mas em menor grau, ao menos na minha região no interior. Conheci minha esposa no nordeste e mais tarde fomos morar no sul, o que pra ela também foi um imenso choque cultural. Imagino pra você que é portuguesa perceber os grandes constrastes do Brasil sendo que nós brasileiros também ficamos surpresos com as diferenças.
O nordeste é incrível, tem uma força cultural marcante e muitas pessoas bacanas, pena ser historicamente negligenciado ao longos dos anos. Tem grande potencial para se desenvolver e espero que um dia possa diminuir as diferenças sociais.
Eu realmente senti esse choque cultural e até hoje me impressiono com a beleza e a desigualdade do nordeste... é triste que uma região tão rica seja tão negligenciada... espero que isso mude no futura também!
O brasil todo é um pais pobre de terceiro mundo mas só falam do nordeste
@@SuperCasalXou O nordeste não é o mesmo dos anos 90, a região vem crescendo bastante. A realidade é que a cultura do nordeste é sugada pelo Brasil, o nordeste só aparece na tv quando o assunto principal é: pobreza, seca, e violência. Eu realmente não consigo entender pq fazer isso com o nordeste. Esse filme é um bom exemplo!! 95% dos filmes e séries que são gravados no nordeste são passados no sertão, mesmo em pleno 2023 eles ainda preferem mostrar esse lado do nordeste. Infelizmente sempre foi assim…
@@SuperCasalXou Até o sotaque do nordeste eles mudam totalmente, fazem de tudo pra deixar de uma forma mais “caricata” na tv, é terrível o que fazem. É tipo um estadunidense chegando ao Brasil pra gravar um clipe na FAVELA, como se no Brasil só existisse FAVELA. Fora a xenofobia nojenta que temos que aguentar do pessoal do SUL que sempre dão um jeito de colocar a região deles em tudo até quando o assunto não é sobre eles… semore dão um jeito de falar o quão ricos e desenvolvidos eles são🙄🙄
O Nordeste é imenso, dividido em 4 sub-regiões - Zona da Mata (porção mais desenvolvida, onde há as metrópoles Recife, Salvador e Fortaleza), Agreste, Sertão e Meio Norte. O filme retrata a região do Sertão do Paraíba, onde o autor, Ariano Suassuna, nasceu. ;)
Ariano Suassuna foi dos grandes da língua portuguesa e pelo que conheço, passou muitos anos da sua vida a tentar evitar que outras influências afetassem a verdadeira cultura brasileira. O Auto da Compadecida é só mais um dos grandes trabalhos de Ariano. Agora, uma curiosidade. Pode informar qual a região de Portugal que usa esse sotaque? Cumprimentos.
1:59 Sim, de fato é isso mesmo. Inclusive Ariano Suassuna era apaixonado por romances e peças da Idade Média (em especial, da região ibérica). O próprio Auto da Compadecida tem influencias desse período, tanto na estética quanto na trilha sonora. Logo, o nome "auto" não é a toa.
Deve ser impactante pra um gringo vê a riqueza cultural do Brasil, e mesmo ela sendo fluente (ou todos nós que somos na verdade) no idioma português deve ainda ter dificuldade de pegar tudo de prima. Eu gostaria de ver uma portuguesa reagindo a "Carlota Joaquina, Princesa do Brazil" esse sim, deve gerar talvez um desconforto e mal estar da sátira pesada que fizemos com nossos colonizadores tão queridos kk.
Nem sabia desse filme. Brigada pela dica!
@@Ta.Mires.2 Não sei se a versão que acha fácil é censurada, porque me recordo de assisti-lo no ensino médio; tinha muitas cenas picantes e palavrões.
Quero! Vai pra lista haha
@@SuperCasalXou opa, muito obrigado; vlw!
Os Pobres Tem Coração, É O Que Temos No Lugar Do Dinheiro, Além é claro de uma felicidade que não se explica, mas também tem muito rico com Alma e Coração de Pobre, e isso é Muito Bom!.
Cangaceiros de verdade lutavam contra coronéis, fazendeiros ricos e poderosos em geral. Mas também saqueavam cidades e faziam suas crueldades. São admirados por sua grande coragem de enfrentar a tudos e a todos.
Marisa, você viu o filme (filme não, obra prima!) do jeito certinho! É um belíssimo retrato desse Brasil sertanejo, que luta todos os dias pra sobreviver, e apesar de todas as dificuldades, tem sua alegria e seu jeito de levar a vida.
A Marisa bem que podia reagir a castelo Rá-Tim-Bum um dia desses hein 👀
Principalmente agora que dia 25 de fevereiro vai ter Castelo Rá-Tim-Bum reencontro
E também sítio do pica-pau Amarelo
@@brunoromao722 Os personagens do castelo ratimbum apareceram num comercial da oreo!
Já assisti muitas vezes, muito bom. (O conto dos dois cegos, Ariano Suassuna), bom também, abs
Uma das melhores obras que o Brasil já produziu.
Quem veio parar aqui depois de anunciarem o filme 2 do auto da comparecida
Essa é uma obra adaptada para o cinema do Grande escritor Brasileiro e Nordestino Ariano Suassuna. imortal da academia brasileira de letras principais obras: Uma Mulher Vestida de Sol,Auto da Compadecida,O Santo e a Porca,A Pena e a Lei,A Farsa da Boa Preguiça,O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta. Pergunte ao Caio ele sabe muito bem quem é. façam reacts das palestras dele, é muito hilário. infelizmente ele partiu já faz alguns anos.
O autor Ariano Suassuna era uma figura humana maravilhosa, do Estado da Paraíba, um dos estados nordestinos. Ariano foi um grande admirador da língua portuguesa. E tem um TH-camr português que fala sobre Ariano.
Na verdade,primeiro foi apresentado como uma mini série na tv Globo e posteriormente,devido ao grande sucesso,foi lançado nos cinemas.Gostei do canal,do casal e dos gatos,que particularmente amo muito.
Ariano Suassuna é maravilhoso! Corrigindo é nordeste brasileiro mas, é sertão nordestino e não é q seja pobre, hoje minha concepção de pobreza vai meio além de dinheiro e tecnologia, pq o sertão é castigado pela falta de chuvas mas, possui uma riqueza culinária, cultural e higiene que não consigo enxergar pobreza. Claro que qd somam-se anos subsequentes sem chuvas aí entra outro aspecto que torna a vida impossível mas, só pra deixar bem claro que não é por ser sertão que o lugar é pobre mas, é difícil até pro próprio brasileiro entender isso. Só indo no local mesmo e escutando seus moradores. É delicioso!!!
Exatamente! O auto era por ser uma peça de teatro, Ariano Suassuna era conhecido por escrever autos, o único que li era do Santo e a Porca, que em um dos trechos inclusive se passa em Portugal.
Vocês sao foda. Aliàs, parabéns pela entrevista com o meirelles. Próximo filme, sicuro tropa de elite 1e 2. Beijao da Australia
Primeiro que não é uma vila e sim uma cidade, segundo foi filmado em uma cidade do interior da Paraíba que tem o nome de Taperoá e terceiro que eu gostei muito que você escolheu um dos melhores filmes que fala da vida no nordeste brasileiro como era na vida real.... Muito bom o vídeo!
Para os portugueses há uma clara distinção entre o tamanho das cidades, o que não ocorre aqui no Brasil, pois geralmente as cidades crescem muito rápido. Minha cidade, por exemplo, com 20 anos de fundação, já possue mais de 200.000 habitantes. Coisa inimaginável em Portugal.
" A Invenção do Brasil" (com Selton Melo e Camila Pitanga) e tem os clássicos dos Trapalhões: " Os Trapalhões no Planalto dos Macacos" ( sátira de Planeta dos Macacos), "Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão", "Os Saltimbancos Trapalhões"...
Leia o livro e pesquise sobre esse grande autor. Assista também às entrevistas e palestras de Ariano Suassuana, vc vai se apaixonar por esse brasileiro incrível!!!
Olá portuguinha fofa!
Marisa, eu já assisti esse filme tantas vezes, que já perdi a conta, mas morro de rir todas as vezes que vejo!
Meus queridos, o "Auto da Compadecida, é de fato uma peça teatral em forma de auto, em três atos, escrita pelo gênio brasileiro e autor Ariano Suassuna, em 1955. Sua primeira encenação aconteceu em 1956, no Recife, em Pernambuco. Enfim, não é que a qualidade da filmagem é amadora, é que o filme é um pouco antigo(tem 23 anos), quando ainda não existia qualidade HD. Mas é uma obra-prima este filme, inclusive com a participação da maior atriz Brasileira, Fernanda Montenegro, no papel de Nossa Senhora, e de um de nossos maiores atores, Lima Duarte, e claro, os 2 personagens principais, que são simplesmente ótimos, Selton Mello e Matheus Nachtergaele, além de outros grandes atores, como Marcos Nanini, Luis Melo, Denise Fraga, Bruno Garcia, os saudosos Rogério Cardoso e Paulo Goulart, e outros tantos não menos importantes da dramaturgia brasileira.
Eu amo esse filme!! Sou de Pernambuco e o povo é exatamente o que vc falou
o sertão mudou bastante mas ainda sim falta avançar muito, moro numa cidade no interior da Paraiba chamada Junco do Serdó, ela fica vizinha a cidade de Assunção - PB, onde algumas cenas desse filme foram gravadas la, e ainda hoje tem um museu lá guardando toda a memoria do tempo da gravação
O Auto da compadecida é a cara do Brasil! Melhor produção brasileira!!! Amo, amo, amo!
O filme o Alto da Compadecida é um clássico e um tesouro do cinema Brasileiro, uma obra do nosso querido Ariano Suassuna, um detalhe sobre o filme é que o roteiro foi criado através da junção de diversos contos do autor, já foi confirmado em breve teremos alto da Compadecida 2, uma dica de filme com o mesmo ator que interpretou o personagem Chicó seria Lisbela e o prisioneiro, muito bom.
Ah, Marisa! Chama o Auto da Compadecida pq é baseado em um livro, que por sua vez, é o roteiro de uma peça.
A título de curiosidade: a história da Dona Rosinha não existe no texto original. Ela é personagem de outro texto do Suassuna chamado O santo e a porca. 🥰
É bem complicado para quem é de fora rir muito neste filme mesmo, é um humor muito peculiar, a gente ri de chorar!
Mas vc entendeu perfeitamente a moral, da história, detalhes que nem todo mundo percebe, muito bom!
Originalmente era de fato uma peça teatral. Foi escrito para ser, de fato, um auto.
Ok agora a Marisa vai ter que dar uma olhada em outra obra magnífica do nordeste que é o "Ôpaio"
Auto da Compadecida foi escrito originalmente em formato de uma peça de teatro. Por isso o nome Auto.
Tempos depois foram feitos alguns filmes.
Eu nunca tinha parado pra pensar em uma perspectiva como essa de uma pessoa de uma cultura totalmente diferente da nossa, mas pela visão interpretativa da portuguesa percebo que o filme realmente é sério apesar de cômico, sou nordestino e essa é a minha cultura, fiquei extremamente emocionado pois eu sempre via esse filme como uma comédia, mas o que ela relata é tudo verdade, não tiro uma vírgula.
Uma notícia que foi dado essa semana vai ter a continuação, o auto da compadecida 2
Pontuando um pouco acerca do Cangaço: os cangaceiros não são vistos no Nordeste nem como heróis e muito menos como vilões. Eles representam uma parte importante da nossa cultura, pois apesar de serem saqueadores, são vistos por muitos como um grupo de pessoas que foram contra o status quo da época.
Ou seja, sendo bons ou ruins, eles não baixavam a cabeça para os coronéis, e não aceitaram viver passando fome e sede, preferindo lutar para sobreviver, mesmo que para isso fosse necessário matar, roubar, etc. E eu acredito que o filme retrata bem isso quando mostra o passado do Severino.
Além disso, o grupo de Lampião, o mais conhecido grupo de cangaceiros, foi responsável pela criação da dança "Xaxado", e inclusive o próprio Lampião compôs alguns sucessos como "Acorda Maria Bonita", "Mulher Rendeira", "Minha Vida", entre muitas e muitas outras.
😊
Uma outra curiosidade é que os grupos de cangaceiros eram enormes, e eles se movimentavam por dentro das matas da Caatinga, por isso a roupa de couro para evitar se cortar com os galhos secos e os espinhos de Mandacaru.
Além disso, eles não utilizavam nenhum meio de transporte e nem mesmo cavalo. Ou seja, todo percurso era feito a pé!
A ligação entre Severino (do filme), e o "Padim Padre Cícero" está ligado ao fato de que Lampião e Padre Cícero estreitaram laços na década de 30.
Existia uma "ameaça comunista" no Brasil, através da Coluna Prestes, que estava entrando no Nordeste com o objetivo de atrair pessoas para o movimento.
O Governo de Getúlio Vargas na época, por intermédio do Padre Cícero (padre e político de grande influência no Sertão do Ceará), acabou dando a Patente de Capitão para Virgulino Ferreira (Lampião), e forneceu armas e munição para seu bando, para que eles, caso houvesse a necessidade, entrassem em conflito junto com a Volante (como era conhecida a polícia da época) contra os membros da coluna Prestes.
Muito interessante 😯 e faz todo o sentido. Obrigada!
@@SuperCasalXou por nada! 😊
O Auto da Compadecida é realmente um clássico, um dos melhores filmes brasileiros. Fica a sugestão agora, para conhecer outra parte da cultura do páis, assistir a série "a casa das sete mulheres" e o filme "o tempo e o vento", ambos são ambientados na região sul do Brasil, e são obros muito boas.
O Kayo vive falando para eu assistir essa série, inclusive comprei um livro na última viagem ao Brasil sobre a Anita Garibaldi e é incrível!!! Vou assistir a série sim ❤️
@@SuperCasalXou, a série é baseada em um livro de mesmo nome. Vale muito a pena, fez muito sucesso na época que passou na TV. O tema de abertura (th-cam.com/video/XAfuY1myRfQ/w-d-xo.html) é MARAVILHOSO!!!
Foi escrito como uma peça de teatro, depois acharam tão bom que fizeram um filme!
A série foi feita antes. São 4 episódios. Primeiro fizeram a série pra TV, depois adaptaram como um filme. Cortaram várias partes para ter a duração de um filme. Uma das partes cortadas foi "O gato que descomia dinheiro".
Olá casal, tudo bem? Gostei muito do filme o Auto da compadecida, e assisti duas vezes. Durante o vídeo os gatos em evidência. Recomendo o filme Lisbela e o prisioneiro que assisti quando lançou no cinema. Você comentou sobre a cidade Piaçabuçu, quando eu e minha esposa fomos a Maceió, conhecemos essa cidade, foi muito legal os passeios. Abraços
que legal que vc assistiu esse filme. ele é realmente um classico da nossa cultura.
*_Engraçado a Marisa falando do filme e o gatos quebrando o pau lá atrás kkkkk_*
TH-cam me recomendou esse vídeo. Vc é muito fofinha🥰 os gatinho brincando eu não aguentei 😂😂😂😂😂😂❤
O Auto da Compadecida traz em si a alma da herança lusíada comum a Brasil e Portugal.
Eu moro no Nordeste e graças a deus aqui não é ruim não, eu vivo de boas mais a minha família
Acompanho vocês a mais de um ano, o tempo passa rapido e acho que deve ser 2 anos para mais rsrs, vocês lembram um relacionamento meu a distancia com uma Cearense, sou de são paulo, é uma historia bem parecida, mas enfim eu não sei se voces leram isso mas vou indicar para vocês '"os melhores do mundo " Hermanoteu na terra de godah, tenho certeza que gostaram.
Sobre as questões culturais do filme pela visão de um nordestino: A obra original escrita pelo mestre da literatura brasileira (e mundial) Ariano Suassuna. Nordestino, nascido na Paraíba, pernambucano de coração e torcedor do Sport Clube do Recife. A obra foi escrita em uma época do Brasil em que os grandes centros do eixo Sul e Sudeste do país estavam imersos na produção cultural focada nas vanguardas européias do início do Séc. XX, traduzindo suas linguagens e provocações para a realidade cultural brasileira. Ariano e outros artistas, por sua vez, encaravam a dura realidade do descaso, ainda existente, que grande parte da região Nordeste do país sofria por ter sido historicamente abandonada pelos governos centrais, que cada vez mais se voltavam para o desenvolvimento do Centro-Sul do país. Com base nisso, foi então desenvolvido o Movimento Armorial, que visava um resgate e valorização da cultura tradicional nordestina e suas raízes indígenas, africanas e européias que remontavam o tempo da chegada dos primeiros colonizadores nessa região. Esse resgate tinha, em certo grau, rejeição à modernidade proposta pelos artistas de 22 (Da Semana de Arte Moderna de São Paulo de 1922. O início do modernismo) e valorizavam o que era a "raiz" desse Brasil tão esquecido e brutalizado. O mestre Suassuna então escreve um "auto" como forma de resgatar elementos da literatura tradicional européia da época dos grandes escritores Barrocos portugueses, em que se fazem presentes elementos que aludem à realidade do povo que vivia nesse Sertão arrasado e brutal, trazendo sua luta, sua conduta e sua fé. E mesmo parecendo que o movimento era apenas uma forma de conservadorismo barata, na cena em que o autor faz questão de representar Nosso Senhor Jesus Cristo como um homem negro, ele salta muito à frente do seu tempo (até mesmo para os "modernos" da época) quando provoca o racismo e a religião Cristã "tradicional" trazendo as próprias figuras religiosas para o contexto que ele mesmo visava evidenciar: nosso Nordeste, nosso Sertão, nosso Brasil!
Viva a Cultura nordestina!
Viva Ariano Suassuna!
E que Deus abençoe a todos. ❤️
Em resumo: a lógica da glorificação da pobreza - o rico é mal, o pobre é bom , o bandido é vítima e absolvido e ninguém vai para o inferno; exceto o expectador que é levado a crer na teologia da libertação.
A série é o filme e o filme é a série. A Globo produziu originalmente como série, juntáram todos os episódios e virou o filme.
Marisa, que tal ver Bye Bye Brasil ? Filme de 1980 , um dos filmes mais lindos já produzidos no Brasil ... Se ver se prepare pra chorar e querer conhecer o interior do Brasil!
Vou assistir com certeza!!
Bye bye brasil é incrível
Ela fala com um sotaque mais Brasileiro do que o sotaque de Portugal.
Sem esquecer que o filme se passa no início dos anos 30, tanto que até a moeda é diferente, foi a primeira coisa que percebi mesmo ainda sendo pequeno (na época).
Corrigindo a informação no fim do vídeo: o produto original e mais completo é efetivamente a série. Depois, fizeram cortes e lançaram o filme.
A série adapta tanto a peça intitulada O Auto da Compadecida como mais duas outras histórias do mesmo autor (Ariano Suassuna). A estética, desde a escrita e concepção até a execução, é construída sobre o Movimento Armorial, fundado por Suassuna, para preservar a cultura ancestral do nordeste, que herdamos, adaptamos e preservamos a partir da cultura ibérica medieval para o contexto do nordeste brasileiro (graças à presença de portugueses e espanhóis por aqui).
Bem, o comentário já está meio longo. Tem muito mais a se fizer sobre o tema, acho que vale a pena pesquisar, pois é fascinante!
também existe uma versão deste filme dos Trapalhões que se chama "OS TRAPALHŌES NO AUTO DA COMPADECIDA" de 1987... vale a pena conferir...
Tá faltando agora Lisbela e o Prisioneiro
Agora vocês tem que vê o filme Lisbela e o prisioneiro, uma comédia que também se passa no Nordeste!
Gostei do seu vídeo. Esse filme é uma comédia mesmo, pois os brasileiros fazem piada até a própria desgraça. O seriado da TV é o mesmo do filme só que com mais cenas. Fazendo uma correção sobre o que você falou do filme, o único que vai para o céu direto é o cangaceiro, o Bispo, o Padre o Padeiro e a mulher dela vão para o purgatorio. O autor dessa história é o grande Ariano Suassuna. Tenho uma dica pra você que é a peça de Dias Gomes, O pagador de Promessas, tem o filme que é de 1962 que ganhou a Palma de ouro no festival de Cannes e tem a minissérie da Rede Globo que foi em 1988, se quiser pode ler o livro que é MARAVILHOSO! Beijos 😘
Ariano Suassuna era um escritor esplêndido... sou apaixonada pela obra dele...Se tiver chance leia o Sedutor do Sertão...
Pessoal, quero fazer um comentário que não é sobre o filme. Seguinte: eu sempre tive curiosidade sobre como o sotaque Português mudou para o que usamos hoje no Brasil. Ouvindo a Marisa falar, percebi que ela tem uma dicção intermediária. Algo como o "elo perdido" entre os dois dialetos! Estou maravilhado, pq a maneira de dizer algumas palavras explica o sotaque carioca. Já outras, dão uma ideia de onde pode ter vindo o jeito de falar em São Paulo e em alguns estados do Sul! Obrigado pela experiência!
É minha primeira vez no canal e eu percebi a mesma coisa, ela tem um sotaque mais solto, com vogais mais abertas do que a gente espera do português europeu.
No entanto, acho que o português de SP foi muito mais influenciado pelos imigrantes italianos.
ela emula um pouco o português do brasil, ela ja comentou isso. o portugues de la mesmo come muito as vogais, pois uma época de Portugual eles intencionalmente quiseram se aproximar do francês
Ganhou like e Inscrição porque o Caio é daqui de Alagoas. Sou de Arapiraca. ^^
Muito legal o conteúdo.
Arapiraca bom demais! Ia direto aí quando era mais novo :D Abraço!
A mini-série veio primeiro. Esse filme é só uma edição da própria mini-série, cortando cerca de uma hora de material. Você pode ver a mini-série como se fosse uma versão estendida.
Na verdade é uma mini série que foi editada pra virar filme.
Por favor assista o filme "Central do Brasil" é uma obra maravilhosa, que mostra os confins do Brasil, além ter Fernanda Monte Negro.
Mariza, assiste o filme "meu nome não é Johnny ", tem aqui no youtube, é na minha opinião o melhor filme já feito pelo Selton Mello (o Chicó de auto da compadecida). Inclusive tem cenas aí na Europa (mais especificamente na Itália). Esse filme tem aventura, tem comédia, tem drama, enfim, filme muito bom mesmo. Esse filme é muito bem feito. Pode confiar, filme muitoooo bom. Na minha humilde opinião e gosto pessoal, melhor filme brasileiro que eu já vi. Sem falar que ele é baseado em fatos reais.
Marisa crítica de cinema brasileiro, espero mais análises no futuro, principalmente dos filmes dos Trapalhões, inclusive os Trapalhões fizeram um filme do Auto da Compadecida, igualmente bom e muito mais cult.
O filme pelo seu aspecto de imagen retrata a decada de 30 e 40 , e não que seja uma produção de má qualidade. o filme é muito profissional, uma obra prima do cinema nacional Brasileiro.
Assista O Tempo e o Vento (2013). É um filme que trata da formação do Rio Grande do Sul. É baseado em uma trilogia de romance de época. É muito bom e mostra a cultura do sul, a qual infelizmente é muitas vezes negligenciada na mídia
*O Auto da Compadecida é a realidade brasileira em todos os sentidos e sempre atual. Representado pelo Nordeste multicultural, mas a forma de ser do brasileiro de qualquer região quanto a religião, política, educação, classes sociais retratando a malandragem, o coronelismo, preconceitos, bondade do povo humilde, arrogância, maldade, ego, invejas e crendices de um povo sofrido que sempre espera dias melhores.*
Vou ser sincero. O brasileiro gosta desse filme por ser muuuuito engraçado. Mas acho que tem que ser brasileiro pra compreender isto. É uma comédia pra brasileiro rir.
Os cangaceiros são um tipo de personagem cinza da história brasileira.
Reage ao Ariano Suassuna :)
O auto da compadecida foi escrito por ele e esse filme é uma adaptação de uma minissérie da Globo que juntou causos de algumas outras obras dele.
Maravilhoso te ver analisando o filme de forma tão honesta. Tem muito brasileiro que não entendeu a forte crítica social. O filme veio da série. Eu prefiro a série pois é o filme com mais estórias. E passa a ideia de ser um Auto.
Assista "2 coelhos"
É uma pérola do cinema br que poucos brasileiros assistiram, mas que considero primoroso no roteiro.
Se der por favor, reajam alguma entrevista do autor do livro,Ariano Suassuna,vale a pena .
Parece pegar muito na intençao literária do auto da Barca do inferno de gil vicente, mas adaptada a realidade brasileira e a época em que foi escrito, muito interessante, terei que ver
"Auto remete a peça teatral"
Pois o livro foi escrito pra ser uma peça de teatro, inclusive, já foram feitas muitas adaptações teatrais, principalmente em colégios nordestinos, depois Os Trapalhões fizeram uma adaptação em filme em 1987 e em 1999, a Globo adaptou pra uma série que,em 2000, virou o filme que você assistiu...
Quanto mais vejo o filme ,mais descubro o meu Brasil .
Griló e João Chico ri muito akkakakka muito legal a análise.
Marisa e Kayo, assistam ao filme A Vida Invisível, baseado no livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha. Outra obra prima do cinema brasileiro.
Os seus gatos foram um show a parte do vídeo. kkkkk