Gabriel, essa sua leitura das Metamorfoses está excelente, eu daqui nem sei como agradecer esse trabalho de leitura que você vem compartilhando conosco. Muito obrigado.
Olá, Dirce! Estou retomando, agora no mês de Julho, as atividades com o canal. Então, neste mês, lançarei mais um episódio da série. Obrigado por acompanhar!
Obrigado, Gabriel, por mais um vídeo. Eu não interdito a interpretação de que a história de Romeu e Julieta tenha sido inspirada no mito de Píramo e Tisbe - diferentemente da sua veemente opinião. Se levarmos em conta que todas as histórias do mundo já foram escritas (🤭) não há como escapar de referências e adaptações. Acho tão válido considerar esse 'parentesco' entre R & J e P & T quanto as referências que 'Match Point' (filme do Woody Allen) faz de 'Crime e Castigo'. E não há nenhum demérito nas obras por conta disso. No mais, o livro 4 me mostrou que os mitos são como a Teoria da Evolução, do Darwin: servem para tudo! Da explicação para o eclipse solar ('a enfermidade da tua alma transfere-se para a tua luz', que coisa linda!) ao 'soft porn' do mito de Hermafrodito - passando pela deliciosa picardia dos deuses no mito de Vênus e Marte ('houve um que fez votos para passar pela mesma vergonha' - quem nunca, né? 😛). Até o livro 5!
Olá, Rafael! Como eu disse no vídeo, a implicância com essa leitura de Romeu e Julieta não passa disso: implicância de minha parte, mesmo. 🤭 Mas não significa que não posso explicá-la. A ideia de referência, como temos desde os Românticos, não fazia parte do mundo literário antigo, nem medieval, mal chegando ao moderno. A própria literatura não era uma disciplina tão autônoma e consciente de si. Com isso, ideias como plágio, imitação, intertextualidade, referência etc. não faziam sentido para o grosso dos autores (entre eles Ovídio e Shakespeare). Se se parecem, é por conta do acaso e da tradição, a um só tempo, que faziam girar a roda da Literatura! Mesmo porque a distância temporal entre os dois é de uma penca de anos, deixando difícil (se não impossivel) saber e garantir que foi "Tisbe e Príamo" a referência do bardo inglês: várias versões dessa narrativa circularam junto dela, e Shakespeare pode ter se inspirado em qualquer uma, ou em todas. Hoje, especialmente após o XX, nos preocupamos mais em ter esses registros genéticos do texto. Tanto que queremos aplicar o método genealógico no passado, com leituras que buscam a "verdadeiro origem" de determinadas narrativas clássicas. Funciona para nós, para o passado, não muito, porque registrar não só era difícil, mas o tempo era experimentado de outro modo (além das guerras, secas, pestes, incêndios etc.). No mais, a etiologia de Ovídio é realmente algo assustador. Tenho chegado a pensar que ela - a História (do mundo e das coisas) - e o herói implícito no texto, que faz dele um épico! Obrigado pelo seu envolvimento com esta série! Fico feliz de vê-lo comentando por aqui. Abraços ☺️
Gabriel, essa sua leitura das Metamorfoses está excelente, eu daqui nem sei como agradecer esse trabalho de leitura que você vem compartilhando conosco. Muito obrigado.
Vídeos maravilhosos, estou adorando acompanhar. Vou assistindo e relendo os trechos. Aguardando ansiosamente os próximos!
Quando teremos o próximo vídeo? Amando e aguardando pelo próximo.
Olá, Dirce! Estou retomando, agora no mês de Julho, as atividades com o canal. Então, neste mês, lançarei mais um episódio da série. Obrigado por acompanhar!
Obrigado, Gabriel, por mais um vídeo. Eu não interdito a interpretação de que a história de Romeu e Julieta tenha sido inspirada no mito de Píramo e Tisbe - diferentemente da sua veemente opinião. Se levarmos em conta que todas as histórias do mundo já foram escritas (🤭) não há como escapar de referências e adaptações. Acho tão válido considerar esse 'parentesco' entre R & J e P & T quanto as referências que 'Match Point' (filme do Woody Allen) faz de 'Crime e Castigo'. E não há nenhum demérito nas obras por conta disso.
No mais, o livro 4 me mostrou que os mitos são como a Teoria da Evolução, do Darwin: servem para tudo! Da explicação para o eclipse solar ('a enfermidade da tua alma transfere-se para a tua luz', que coisa linda!) ao 'soft porn' do mito de Hermafrodito - passando pela deliciosa picardia dos deuses no mito de Vênus e Marte ('houve um que fez votos para passar pela mesma vergonha' - quem nunca, né? 😛). Até o livro 5!
Olá, Rafael!
Como eu disse no vídeo, a implicância com essa leitura de Romeu e Julieta não passa disso: implicância de minha parte, mesmo. 🤭 Mas não significa que não posso explicá-la.
A ideia de referência, como temos desde os Românticos, não fazia parte do mundo literário antigo, nem medieval, mal chegando ao moderno. A própria literatura não era uma disciplina tão autônoma e consciente de si. Com isso, ideias como plágio, imitação, intertextualidade, referência etc. não faziam sentido para o grosso dos autores (entre eles Ovídio e Shakespeare). Se se parecem, é por conta do acaso e da tradição, a um só tempo, que faziam girar a roda da Literatura! Mesmo porque a distância temporal entre os dois é de uma penca de anos, deixando difícil (se não impossivel) saber e garantir que foi "Tisbe e Príamo" a referência do bardo inglês: várias versões dessa narrativa circularam junto dela, e Shakespeare pode ter se inspirado em qualquer uma, ou em todas.
Hoje, especialmente após o XX, nos preocupamos mais em ter esses registros genéticos do texto. Tanto que queremos aplicar o método genealógico no passado, com leituras que buscam a "verdadeiro origem" de determinadas narrativas clássicas. Funciona para nós, para o passado, não muito, porque registrar não só era difícil, mas o tempo era experimentado de outro modo (além das guerras, secas, pestes, incêndios etc.).
No mais, a etiologia de Ovídio é realmente algo assustador. Tenho chegado a pensar que ela - a História (do mundo e das coisas) - e o herói implícito no texto, que faz dele um épico!
Obrigado pelo seu envolvimento com esta série! Fico feliz de vê-lo comentando por aqui. Abraços ☺️
@@blogdurasletras obrigado pela resposta!