A entrevista se reveste de peculiaridade digna de nota. Primeiro, quem fala e de quem se fala. Quem fala é - sem favor - o maior dos críticos contemporâneos. Segundo, fala-se do mais genial escritor do século XX e um dos mais geniais da literatura universal. Interessou-me sobremaneira o depoimento de A. Candido, notadamente quanto aos detalhes sobre a pessoa de Guimarães Rosa, ou seja, o homem convencional, o abismo entre o homem e a obra e o homem encantador. Mais ainda: o resgate da conversa entre eles havida, na qual se resgata uma fala de Guimarães Rosa, para quem o único problema de monta, no universo da condição humana, é o de saber se Deus existe ou não existe. Em síntese, é de arrepiar ouvir de Antonio Candido, com ênfase, que o nosso Guimarães Rosa é universal. Muito obrigado pela postagem. Ficará ad perpetuam rei memoriam!
...caríssima +ione Barbosa , quem teve Grande Sertão na cabeceira, tentando, a fio e pavio, entender lhe o sentido sabe q ele nada temia, senão revelar se o íntimo. Gênio, cuja cifra ainda está longe do senso vão! __
Acabei fazer a travessia do Grande Sertões:Veredas e ainda impactada com a obra, o que encontro? Esta maravilhosa entrevista com o brilhante crítico Antônio Cândido!!!Quanta cultura e sabedoria, sem arrogância!!!Amei a análise que ele fez!!!Este sim é o Brasil que queremos ver!Não este que despreza a Cultura, a Educação e a Arte!!!!Obrigada!!!!
Tive o privilégio de ter algumas longas e boas conversas com meu primo Antônio Cândido (ambos da família Pereira do Lago) em 2001, mas pouco falamos sobre Literatura, pois em nós dois o interesse pela História era muito forte. Falamos de Genealogia, de História, de Minas Gerais, de memorialismo e outros assuntos. Era homem de grande elegância e gentileza, fundamente racional e erudito. «Sagarana» e «Primeiras histórias» são coletâneas de contos magníficos, nos quais Guimarães Rosa dissecou com muita elegância os grandes problemas da humanidade. (Celso do Lago Paiva, Minas Gerais)
O próprio Guimarães definiu Riobaldo como o Fausto no sertão. Guimarães era uma homem extremamente culto, e em Grande Sertão; Veredas pode-se ver todos os dramas dos maiores clássicos da literatura trazidos para o sertão, valendo-se de um meio rude com gente rude , como aliás gostava Guimarães.
Fiquei muito feliz dele eleger A Hora e a Vez de Augusto Matraga como um dos melhores contos de todos os tempos. A ler primeiro Sagarana e depois Grande Sertão, achei mais do mesmo que já havia em Sagarana
assisti umas cem x este depoimento. Acho que Cândido faz a melhor análise da obra do Guimarães Rosa. " Grande Sertão: Veredas" é uma obra muito além da temática sertaneja, há na estória uma abordagem do mal e o bem dentro da gente. Incrível! Curioso " Sagarana" ter sido preterida pela bancada do júri que incluía Graciliano Ramos, que votou em Luís Jardim no concurso Machado de Assis em fins dos anos 40, antes de Rosa ter diminuído todos os contos até sair pela José Olympio. Gosto particularmente da " fala " sertaneja de Riobaldo, da sabedoria da indagação que se repete e ninguém tem uma resposta. É, " viver é muito perigoso..."
Crítica fabulosa!!! À altura do imenso livro criticado. Quem sabe fala com calma e sem pedantismos, fala de forma compreensível por mais difícil que seja o assunto. Excelente.
Acabei de comprar um Livro de António Cândido na feira do Livro de Lisboa.....a unica coisa que posso dizer é sobretudo que vou ler e ouvir TUDO o que possa de e sobre António Cândido...vai virar obsessão! Absoluto brilhantismo!
Penso no modernismo e mais particularmente em Mário de Andrade e sua valorização da cultura nacional. Outros tantos modernistas nas artes na poesia e na literatura o grande Guimarães Rosa.Aa mente me vem Monteiro Lobato com sua literatura infantil ambientada no vale do Paraíba.Eu vi na linguagem de Guimarães uma espécie de prestidigitação criativa da lingua.Para dar um exemplo a primeira que nunca esqueço: NONADA. "No começo" e outras tantas lembradas com curiosidade.
Vídeos como esse justificam o TH-cam. Olhem para o que é a comparação entre Os sertões e Grande sertão que ele faz em algumas poucas palavras... Por um Brasil que volte a ter nomes como Antônio Candido, Vinícius de Moraes e Guimarães Rosa na mesma frase.
Simplesmente espetacular, que aula de literatura!!!! Pena que o vídeo é muito curto, mas mesmo assim sensacional!!!! O mestre Antonio Cândido faleceu em 12 de maio de 2017. Mas a sua obra é eterna.
Depois de ler duas vezes percebi que deveria ter usado um marca texto, assinalando as passagens geniais, que são inúmeras. Li novamente pela terceira e quarta vezes, sempre descobrindo novas facetas, outras abordagens.
Um dos poucos criticos bons do Brasil nas artes, no cinema ainda se engatinha, afinal literatura tem 5000 anos. Sem desmerecer, mas sociologia antropologia de hj nunca vao produzir esse tipo de criticoe, ate assusta ver o que produzem e pensam hj em dia.
A segunda travessia do liso do suassuarão se dá na época das chuvas. A explicação do pacto se junta ao momento das estações. Pouco antes da segunda travessia, ele descreve a saída das siriricas, que acontece no início das chuvas. As duas explicações são válidas
@@urucuiapescaeaventura3149 não. Tiririca é planta daninha que não depende das chuvas nem marca estações. O trecho fala de insetos voadores. Mas o ideal seria eu ter o livro em PDF ou outra versão digital pra localizar o trecho, né! 🙂 Fora de Minas Gerais as siriricas são chamas de aleluia. São a fase alada dos cupins.
@@urucuiapescaeaventura3149 legal! Sou de Bom Despacho. Minas é um estado heterogêneo mesmo né! E vc é conterrâneo do Riobaldo! 🙂 Urucuia faz parte das minhas memórias de infância porque meu bisavô contava que possuiu um boi do Urucuia. Dizia se que no início do século havia gado ferocificado (selvagem) no vale do rio Urucuia e boiadeiros iam pra lá se apossar de animais. Juridicamente eram res nulius. Meu bisavô contava que seu boi ainda tinha alguns comportamentos diferentes do gado doméstico e que quando trovejava o boi berrava muito longamente. Enfim, só um momento de nostalgia do meu querido vô Etelvino.
@Damião Alves de Azevedo, meu caro, anteontem dei uma palestra a respeito da vida e obra do João Guimarães Rosa, e falei sobre o Rio baldo. Meu bisavô, o saudoso Zé Nenê, foi um dos pioneiros aqui na região, o que meus tio avôs me contam contaram é que naquela época aqui só existia gado pé duro, ou lambe barranco, que deve ser restoio do primeiro gado trazido pelos colonizadores. me disseram que meu bisavô começou a reunir esse gado e levar tocado para Pirapora. Daí começou a comprar e trazer para cá o nelore, imagino que isso começou a ocorrer no inicio do século XX, certamente Pirapora já tinha o gado nelore que se criava desde 1868, se não me engano. Obrigado pela atenção.
Acabei de fazer esta travessia, absolutamente fantástica. Sem dúvida a Obra (com "O" maiúsculo mesmo) brasileira mais completa do século XX. Se houver uma outra que supere, desconheço.
Antônio Cândido está parcialmente enganado ao dizer que nenhum caipira ou jagunço fala a linguagem de Guimarães Rosa. No interior de minas, que eu conheci, há formas de falar muito exóticas e praticamente incompreensíveis.
As falas, o jeito, o pensar, os ditados, as metáforas são transcritos fielmente pelo autor. O povo do lugar era assim, vivia assim, exatamente. Sou testemunha, pois minha avó, contemporanea de Rosa, nascida e criada em povoados distantes dezenas de km de cordisburgo, nas décadas de 60 e 70, já morando na cidade, sem ter contato com a literatura Roseana, falava literalmente assim. O quê me impressionou foi a semelhança. Num dos contos, o nome do fazendeiro é pronunciado de várias formas. É como o nome da cidade, ainda hoje: de Cordisburgo a Cósb, cada um pronuncia conforme a circunstância.
Acho equivocada ver Grande Sertão como "universal". Toda obra é local. A não ser que se admita que "universal" é o europeu. Deus, bem e mal não são temas universais, são ocidentais. Grande Sertão é fortemente marcado pelo regionalismo e não há nada de mal nisso. O que o diferencia das outras obras ditas "regionais" é que Rosa, grande leitor, soube trazer os grandes temas da literatura europeia: o amor romântico, o pacto fáustico etc, de modo que o leitor ocidental possa se identificar com certos temas. Do mesmo modo, Dostoiévski falava do russo em conflito com valores ocidentais e não do Homem universal como se pretende ver. O universalismo é uma forma eurocêntrica de ver as culturas.
@@daimon00000 Se existem temas ocidentais ou europeus, então a sua afirmação de toda obra é local está errada. A ideia de Deus existe no oriente também, é óbvio, a questão é como isso é tratado por lá.
Não estou à altura de tecer qualquer comentário, mas homens como Guimarães Rosa e Antônio Cândido me fazem ter profunda esperança na humanidade.
Se pensasse assim mesmo não teria escrito o comentário.
Assuma o que tem desejo de falar.
eu nem me atrevo.
Sensacional e emocionante. Não só pelo Cândido, mas por Guimarães Rosa também. Obrigado.
Grandes momentos da vida. Com quem sabe nos guiar pela estrada
A entrevista se reveste de peculiaridade digna de nota. Primeiro, quem fala e de quem se fala. Quem fala é - sem favor - o maior dos críticos contemporâneos. Segundo, fala-se do mais genial escritor do século XX e um dos mais geniais da literatura universal. Interessou-me sobremaneira o depoimento de A. Candido, notadamente quanto aos detalhes sobre a pessoa de Guimarães Rosa, ou seja, o homem convencional, o abismo entre o homem e a obra e o homem encantador. Mais ainda: o resgate da conversa entre eles havida, na qual se resgata uma fala de Guimarães Rosa, para quem o único problema de monta, no universo da condição humana, é o de saber se Deus existe ou não existe. Em síntese, é de arrepiar ouvir de Antonio Candido, com ênfase, que o nosso Guimarães Rosa é universal. Muito obrigado pela postagem. Ficará ad perpetuam rei memoriam!
Concordo.
...caríssima +ione Barbosa , quem teve Grande Sertão na cabeceira, tentando, a fio e pavio, entender lhe o sentido sabe q ele nada temia, senão revelar se o íntimo. Gênio, cuja cifra ainda está longe do senso vão! __
Excelentíssimo Antônio cândido
Preciosidade!! Obrigado ao canal!!
Que voz calma, que privilégio deveria ser ter aula com Antonio Cândido
Antônio Cândido e sua capacidade analítica literária incomensurável. Sem falar na sua cândida força expressiva. Saudade!😢
É emocionante escutar tanta sabedoria de mãos dadas com humildade. São raros os grandes.
Mestre prestidigitador da lingua.Ele valorizou o verdadeiro modo de falar coloquial
Um gênio comentando sobre outro gênio. Brasileiros que nos orgulham.Sem mais.
Postem mais. Precisamos desta elegância sem pedantismo.
Verdade!
Que presente maravilhoso esse video!
Obrigada pela postagem! Como é bom ouvir Antônio Cândido falando!
Ótimo esclarecimento. É lindo, então, perceber Grande Sertão Veredas como uma obra universalmente brasileira.
Muito bom, Grande Sertão é o melhor livro que ja li! É mais do que um livro, é um oráculo de vida e morte! obrigado pela postagem!
Antônio Cândido!!!! Que genial! Capturou a essência da obra: o é e não é - a ambiguidade e paradoxo que impulsionam toda a obra. 💕
É uma pena que tenha morrido tão cedo. Certamente nos daria novas obras maravilhosas e talvez nosso primeiro Nobel.
Que aula! Que espírito formidável!
Por quê os autores se superam quando retratam o amor pulsando quase eterno
Acabei fazer a travessia do Grande Sertões:Veredas e ainda impactada com a obra, o que encontro? Esta maravilhosa entrevista com o brilhante crítico Antônio Cândido!!!Quanta cultura e sabedoria, sem arrogância!!!Amei a análise que ele fez!!!Este sim é o Brasil que queremos ver!Não este que despreza a Cultura, a Educação e a Arte!!!!Obrigada!!!!
Passo agora pela mesma experiência.
Tive o privilégio de ter algumas longas e boas conversas com meu primo Antônio Cândido (ambos da família Pereira do Lago) em 2001, mas pouco falamos sobre Literatura, pois em nós dois o interesse pela História era muito forte.
Falamos de Genealogia, de História, de Minas Gerais, de memorialismo e outros assuntos.
Era homem de grande elegância e gentileza, fundamente racional e erudito.
«Sagarana» e «Primeiras histórias» são coletâneas de contos magníficos, nos quais Guimarães Rosa dissecou com muita elegância os grandes problemas da humanidade.
(Celso do Lago Paiva, Minas Gerais)
Um literato notável, falando de um gênio da nossa Literatura!
Quão prazeroso é ouvir Antônio Cândido falar, ainda mais sobre Guimarães Rosa...
comecei nessa leitura incrível de grande sertão veredas, absolutamente sensacional.
Inteligência e alta cultura comentando uma obra monumental da literatura brasileira
O próprio Guimarães definiu Riobaldo como o Fausto no sertão. Guimarães era uma homem extremamente culto, e em Grande Sertão; Veredas pode-se ver todos os dramas dos maiores clássicos da literatura trazidos para o sertão, valendo-se de um meio rude com gente rude , como aliás gostava Guimarães.
Perfeito Augusto.
Fiquei muito feliz dele eleger A Hora e a Vez de Augusto Matraga como um dos melhores contos de todos os tempos. A ler primeiro Sagarana e depois Grande Sertão, achei mais do mesmo que já havia em Sagarana
Muito interessante. Um deleite ouvir Antonio Cândido falando sobre literatura.
o livro da minha vida...
o sertão: o senhor sabe.
Lindo, estou chorando aqui. De verdade. Lindo.
Esse grande crítico e ensaísta sempre me emociona. Eu o vi uma vez na Sesc Pompéia. Fiquei emocionado. Falando de Guimarães no vídeo é demais!
Que maravilha!!! Muito obrigado pela postagem
Grande e saudoso professor Antônio Candido!!
assisti umas cem x este depoimento. Acho que Cândido faz a melhor análise da obra do Guimarães Rosa. " Grande Sertão: Veredas" é uma obra muito além da temática sertaneja, há na estória uma abordagem do mal e o bem dentro da gente. Incrível! Curioso " Sagarana" ter sido preterida pela bancada do júri que incluía Graciliano Ramos, que votou em Luís Jardim no concurso Machado de Assis em fins dos anos 40, antes de Rosa ter diminuído todos os contos até sair pela José Olympio. Gosto particularmente da " fala " sertaneja de Riobaldo, da sabedoria da indagação que se repete e ninguém tem uma resposta. É, " viver é muito perigoso..."
Crítica fabulosa!!! À altura do imenso livro criticado. Quem sabe fala com calma e sem pedantismos, fala de forma compreensível por mais difícil que seja o assunto. Excelente.
Falar o quê? Bater palmas para fluir o encanto...😍👏👏👏
Nossa n conhecia esse homem tão inteligente
Acabei de comprar um Livro de António Cândido na feira do Livro de Lisboa.....a unica coisa que posso dizer é sobretudo que vou ler e ouvir TUDO o que possa de e sobre António Cândido...vai virar obsessão! Absoluto brilhantismo!
Adoro ouvir Antônio Cândido a inteligência maior. O Rosa é compreendido muito bem na sua força e ambiguidade.
Penso no modernismo e mais particularmente em Mário de Andrade e sua valorização da cultura nacional. Outros tantos modernistas nas artes na poesia e na literatura o grande Guimarães Rosa.Aa mente me vem Monteiro Lobato com sua literatura infantil ambientada no vale do Paraíba.Eu vi na linguagem de Guimarães uma espécie de prestidigitação criativa da lingua.Para dar um exemplo a primeira que nunca esqueço: NONADA. "No começo" e outras tantas lembradas com curiosidade.
Moro em Riachinho aonde Guimarães Rosa falava Sagarana
Vídeos como esse justificam o TH-cam. Olhem para o que é a comparação entre Os sertões e Grande sertão que ele faz em algumas poucas palavras... Por um Brasil que volte a ter nomes como Antônio Candido, Vinícius de Moraes e Guimarães Rosa na mesma frase.
Grande aula!
Simplesmente espetacular, que aula de literatura!!!! Pena que o vídeo é muito curto, mas mesmo assim sensacional!!!! O mestre Antonio Cândido faleceu em 12 de maio de 2017. Mas a sua obra é eterna.
Uma senhora aula. Espetacular. Salve Candido.
nem terminei de ler ainda e já executo: grande serão é a maior obra criada pelo homem humano
Depois de ler duas vezes percebi que deveria ter usado um marca texto, assinalando as passagens geniais, que são inúmeras.
Li novamente pela terceira e quarta vezes, sempre descobrindo novas facetas, outras abordagens.
Perfeicao no dialogismo de Candido! Gostaria de ter mais tempo p aprimorar minhas leituras e certamente minhas criticas.
Caralho, António Cândido. Brilhante ser. Ele ocorre. Grato, muito grato.
Um dos poucos criticos bons do Brasil nas artes, no cinema ainda se engatinha, afinal literatura tem 5000 anos. Sem desmerecer, mas sociologia antropologia de hj nunca vao produzir esse tipo de criticoe, ate assusta ver o que produzem e pensam hj em dia.
Homem lúcido e inteligente!
Que tudo!!! Que entrevista!!!
GRANDE ENTREVISTA, GRANDE PENSADOR.
É um privilégio ouvir Antônio Cândido.
Gratidão.
Como é bom ouvir alguém pessoas com autoridade e fluência.
Como é bom ouvir um sábio.
Que coisa linda, professor.
Parabéns pelo post, meu amigo, que maravilha
Que critica! 😍
Essa é a minha vontade, de paz luz e amor pelo meu avô!
Bela entrevista. Obrigada pela postagem.
Excelente. ❤👏🏽
Grande sertão é nosso dom Quixote e Antônio cândido o viu.
Excelente
Extraordinário! Brilhante! Abominoso...
Como José Cândido de Carvalho que criava uma linguagem para os livros que retratam o norte fluminense.
Máravilhoso!!!!!!!!
"me deu a impressão de um abismo entre o homem e a obra" - vixe!
Análise interessante
Uma obra excepcional e uma ótima entrevista!
magnífico
Muito bom! Obrigada
Que prazer!
A segunda travessia do liso do suassuarão se dá na época das chuvas. A explicação do pacto se junta ao momento das estações. Pouco antes da segunda travessia, ele descreve a saída das siriricas, que acontece no início das chuvas. As duas explicações são válidas
não seria tiriricas? as plantas?
@@urucuiapescaeaventura3149 não. Tiririca é planta daninha que não depende das chuvas nem marca estações. O trecho fala de insetos voadores. Mas o ideal seria eu ter o livro em PDF ou outra versão digital pra localizar o trecho, né! 🙂 Fora de Minas Gerais as siriricas são chamas de aleluia. São a fase alada dos cupins.
@@damiaoalvesdeazevedo5635 ah tá. Não conhecia por esse nome. Moro no noroeste de MG, na cidade de urucuia.
@@urucuiapescaeaventura3149 legal! Sou de Bom Despacho. Minas é um estado heterogêneo mesmo né! E vc é conterrâneo do Riobaldo! 🙂 Urucuia faz parte das minhas memórias de infância porque meu bisavô contava que possuiu um boi do Urucuia. Dizia se que no início do século havia gado ferocificado (selvagem) no vale do rio Urucuia e boiadeiros iam pra lá se apossar de animais. Juridicamente eram res nulius. Meu bisavô contava que seu boi ainda tinha alguns comportamentos diferentes do gado doméstico e que quando trovejava o boi berrava muito longamente. Enfim, só um momento de nostalgia do meu querido vô Etelvino.
@Damião Alves de Azevedo, meu caro, anteontem dei uma palestra a respeito da vida e obra do João Guimarães Rosa, e falei sobre o Rio baldo. Meu bisavô, o saudoso Zé Nenê, foi um dos pioneiros aqui na região, o que meus tio avôs me contam contaram é que naquela época aqui só existia gado pé duro, ou lambe barranco, que deve ser restoio do primeiro gado trazido pelos colonizadores. me disseram que meu bisavô começou a reunir esse gado e levar tocado para Pirapora. Daí começou a comprar e trazer para cá o nelore, imagino que isso começou a ocorrer no inicio do século XX, certamente Pirapora já tinha o gado nelore que se criava desde 1868, se não me engano. Obrigado pela atenção.
Obrigada mestre.
Excelente!
Regionalismo Universal
RIP Antonio Candido, um Professor sem egual.
MAI NAAAAADA!!!!
Maravilhoso 💫
TÔDAS me chamam A$$IM !!!!
Quisera eu ter essa cultura. E hoje em dia isso é considerado irrelevante, até mesmo no mundo acadêmico brasileiro.
olá! gostaria de saber o ano desta entrevista! Agradeço desde já!
Estou fazendo a travessia literária do sertão fluido de Guimarães.
Caro Ademar: eu fiz algumas vezes - é absolutamente recompensador. Abs
Concordo c Claudio e me preparo pra atravessar novamente. Brasil com B maiusculo.
Acabei de fazer esta travessia, absolutamente fantástica. Sem dúvida a Obra (com "O" maiúsculo mesmo) brasileira mais completa do século XX. Se houver uma outra que supere, desconheço.
❤
Sem dúvida, um intelecual até no modo de falar. Já não se faz erudito como antigamente.
Qual o nome do professor de BH que ele cita no final? Não consegui entender.
Guimarães Rosa sensato
Podemos sitar qualquer sertão!
Vi. Ótimo
Tô com os olhinhos molhados
Joinha!
JOINHA ,tambem me CHAMAM!!!
E «Minha JÓIA»!!!!
Eta trem bao...Ce tá bao so uai ?
"viver é muito perigoso"
Alguem sabe o ano do vídeo?
Quando essa entrevista foi feita? A quem o prof Antonio Candido deu a entrevista?
Também gostaria de saber, o texto de descrição do vídeo dá mil datas... menos essa.
De qualquer forma, ótima entrevista :~
é provavelmente dos anos 90 como a do haroldo e do décio
1974
Guimarães no escreveu sobre ideologia, mas o entrevistado a incluiu. Ou seja, reescreveu a obra. É F.
Você não entendeu nada do Candido. Ademais, Ideologia, enquanto meta-Ideia, existe em toda criação.
🤌
Antônio Cândido está parcialmente enganado ao dizer que nenhum caipira ou jagunço fala a linguagem de Guimarães Rosa. No interior de minas, que eu conheci, há formas de falar muito exóticas e praticamente incompreensíveis.
As falas, o jeito, o pensar, os ditados, as metáforas são transcritos fielmente pelo autor. O povo do lugar era assim, vivia assim, exatamente. Sou testemunha, pois minha avó, contemporanea de Rosa, nascida e criada em povoados distantes dezenas de km de cordisburgo, nas décadas de 60 e 70, já morando na cidade, sem ter contato com a literatura Roseana, falava literalmente assim. O quê me impressionou foi a semelhança. Num dos contos, o nome do fazendeiro é pronunciado de várias formas. É como o nome da cidade, ainda hoje: de Cordisburgo a Cósb, cada um pronuncia conforme a circunstância.
Na opinião de vocês o prof. Candido é um pouco avesso à pessoa do Guimarães Rosa? Ou é apenas impressão minha?
Melhor que isso só um discurso do Lula da Silva !
Acho equivocada ver Grande Sertão como "universal". Toda obra é local. A não ser que se admita que "universal" é o europeu. Deus, bem e mal não são temas universais, são ocidentais. Grande Sertão é fortemente marcado pelo regionalismo e não há nada de mal nisso. O que o diferencia das outras obras ditas "regionais" é que Rosa, grande leitor, soube trazer os grandes temas da literatura europeia: o amor romântico, o pacto fáustico etc, de modo que o leitor ocidental possa se identificar com certos temas. Do mesmo modo, Dostoiévski falava do russo em conflito com valores ocidentais e não do Homem universal como se pretende ver. O universalismo é uma forma eurocêntrica de ver as culturas.
Achar que universal é europeu é fruto de conhecimento muito limitado.
@@moisesparaibabrasil5079 por que?
@@daimon00000 Se existem temas ocidentais ou europeus, então a sua afirmação de toda obra é local está errada. A ideia de Deus existe no oriente também, é óbvio, a questão é como isso é tratado por lá.
O dia em que Antonio Cândido trocou Moraes pelo Rosa...rsrsrs, Pela diplomacia..... Moraes nunca escreveria o que Rosa fez....