Texto da tese de Pedro Mazzocco sobre Juçara(Euterpe edulis) que fala que a Juçara tem 10x a mais de antocianina que o Açaí do Pará(E.oleracea): Ao comparar conteúdo de antocianinas monoméricas da polpa da palmeira juçara com a polpa do açaizeiro, a polpa da palmeira juçara destaca-se por possuir conteúdo de antocianinas monoméricas (13,47 mg/g) dez vezes maior que o encontrado na polpa do açaizeiro (com 3,36 mg/g) (IADEROZA et al., 1992; YUYAMA et al. 2002). Na análise do pH diferencial, por Dias et al (2016), o resultado obtido no extrato de juçara foi consideravelmente elevado com 20,94 ± 1,57 mg/g de antocianina monomérica por extrato. Para Hassimotto et al. (2008) a ampla variação nos teores de antocianinas monoméricas é resultado de possíveis efeitos das condições climáticas da região cultivada, estágio de maturação, espécie e cultivar, além da metodologia empregada. Com as florestas tropicais de várzea como bioma ancestral da tribo Euterpeae, E. oleracea emergiu primeiro em escala evolutiva. A região periférica amazônica como centro de origem (Clement et al. 2010) e registros fósseis de sementes há mais de 13 mil anos (Guimarães et al. 2011, Roosevelt 2013) fortalecem esta hipótese. Mais especificamente, a região estuarina do Estado do Pará (região periférica da Amazônia brasileira) é citada como centro de origem e possuidora das maiores populações e alta variação fenotípica (Oliveira et al. 2009, Clement et al. 2010). Supondo que as áreas montanhosas foram colonizadas a partir da floresta tropical de várzea e os táxons montanhosos são produtos de especiação recente e dinâmica (Gentry 1982, Pichardo-Marcano et al. 2018), então a distribuição atual de E. precatoria (Fig. 3) tipifica a transição e muda da floresta tropical de planície para as montanhas. As regiões de diversidade genética registradas em Sánchez (2013) para variedades de E. precatoria (E. precatoria var. longevaginata - corresponde à região dos Andes; E. precatoria var. precatoria - corresponde à Amazônia Central e Ocidental) oferecem suporte para esta postulação (Fig. 3). Considerando a Amazônia como centro de origem e diversidade genética da Euterpe, Reis et al. (2000) levantaram a hipótese de que E. edulis pode ter se originado da radiação adaptativa de espécies amazônicas e ter sido dispersada na Mata Atlântica por populações indígenas nômades ou mesmo pelo fluxo migratório de animais de grande porte. Pichardo-Marcano et al. (2018) propuseram que eventos ambientais dos biomas cerrado e caatinga poderiam ter promovido barreiras ao fluxo gênico, o que por sua vez causou o isolamento e especiação de E. edulis. A ocorrência de E. oleracea e E. edulis no bioma cerrado podem ser vestígios desse passado recente de especiação. Lopes e cols. (2021) estudaram características evolutivas em E. edulis e E. oleracea comparando seus plastomas completos. As descobertas sugerem que fatores ambientais exercem pressão seletiva sobre o plastoma, e assinaturas positivas para variantes de aminoácidos foram identificadas em E. edulis, indicando variações genéticas adaptativas influenciadas pela especiação vicariante. Tal como acontece com outras palmeiras e árvores na Amazônia, a importância do açaí como alimento desde os tempos pré-colombianos levou a processos precoces de domesticação e dispersão, e a influência de intervenções humanas passadas ligadas a processos ambientais e evolutivos parece ter impulsionado padrões modernos de distribuição (Levis e outros 2017). Considerando a ampla gama de fatores ambientais importantes para o estabelecimento de palmeiras em geral (Einserhardt et al. 2011), estudos ainda precisam explorar essas complexas interações ecológicas e como elas influenciam os atuais padrões de diversidade para açaizeiros. Textos tirado do artigo: A review of the genus Euterpe: botanical and genetic aspects of açai, the purple gold of the Amazon Botanical Journal of the Linnean Society, 2024, XX, 1-13 doi.org/10.1093/botlinnean/boae060 Advance access publication 12 September 2024
O nosso Brasil tem muitas riquezas pra ser descoberta.fotes de reda e estrativizimo se os nossos governantes tivessem mais interesse com certeza a população auinvés de corta essas árvores iriam preservar
@@LerivaldoLenílson É questão de cultura também, aqui no Amazonas não é nosso costume comer palmito e quando quer só compra de supermercado, mas são poucas pessoas que gostam e usamos mais no natal nas comidas!
Municípios que já encontrei juçara cespeitosa no ES: Serra, Aracruz, Linhares, municípios litoraneos , de baixa altitude próximo ao nível do mar e vegetação de transiçao de mata atlântica com restinga
Com as florestas tropicais de várzea como bioma ancestral da tribo Euterpeae, E. oleracea emergiu primeiro em escala evolutiva. A região periférica amazônica como centro de origem (Clement et al. 2010) e registros fósseis de sementes há mais de 13 mil anos (Guimarães et al. 2011, Roosevelt 2013) fortalecem esta hipótese. Mais especificamente, a região estuarina do Estado do Pará (região periférica da Amazônia brasileira) é citada como centro de origem e possuidora das maiores populações e alta variação fenotípica (Oliveira et al. 2009, Clement et al. 2010). Supondo que as áreas montanhosas foram colonizadas a partir da floresta tropical de várzea e os táxons montanhosos são produtos de especiação recente e dinâmica (Gentry 1982, Pichardo-Marcano et al. 2018), então a distribuição atual de E. precatoria (Fig. 3) tipifica a transição e muda da floresta tropical de planície para as montanhas. As regiões de diversidade genética registradas em Sánchez (2013) para variedades de E. precatoria (E. precatoria var. longevaginata - corresponde à região dos Andes; E. precatoria var. precatoria - corresponde à Amazônia Central e Ocidental) oferecem suporte para esta postulação (Fig. 3). Considerando a Amazônia como centro de origem e diversidade genética da Euterpe, Reis et al. (2000) levantaram a hipótese de que E. edulis pode ter se originado da radiação adaptativa de espécies amazônicas e ter sido dispersada na Mata Atlântica por populações indígenas nômades ou mesmo pelo fluxo migratório de animais de grande porte. Pichardo-Marcano et al. (2018) propuseram que eventos ambientais dos biomas cerrado e caatinga poderiam ter promovido barreiras ao fluxo gênico, o que por sua vez causou o isolamento e especiação de E. edulis. A ocorrência de E. oleracea e E. edulis no bioma cerrado podem ser vestígios desse passado recente de especiação. Lopes e cols. (2021) estudaram características evolutivas em E. edulis e E. oleracea comparando seus plastomas completos. As descobertas sugerem que fatores ambientais exercem pressão seletiva sobre o plastoma, e assinaturas positivas para variantes de aminoácidos foram identificadas em E. edulis, indicando variações genéticas adaptativas influenciadas pela especiação vicariante. Tal como acontece com outras palmeiras e árvores na Amazônia, a importância do açaí como alimento desde os tempos pré-colombianos levou a processos precoces de domesticação e dispersão, e a influência de intervenções humanas passadas ligadas a processos ambientais e evolutivos parece ter impulsionado padrões modernos de distribuição (Levis e outros 2017). Considerando a ampla gama de fatores ambientais importantes para o estabelecimento de palmeiras em geral (Einserhardt et al. 2011), estudos ainda precisam explorar essas complexas interações ecológicas e como elas influenciam os atuais padrões de diversidade para açaizeiros. Textos tirado do artigo: A review of the genus Euterpe: botanical and genetic aspects of açai, the purple gold of the Amazon Botanical Journal of the Linnean Society, 2024, XX, 1-13 doi.org/10.1093/botlinnean/boae060 Advance access publication 12 September 2024
O maior cacho de juçara de monocaule que no ES pesou 17kg um cacho um marco isso! th-cam.com/users/shortsXe9_7z1W0ak?si=oy8lCs91_oruYrZl th-cam.com/video/plSftRDq43g/w-d-xo.htmlsi=EP-TibCiCJoxpHDG
Texto da tese de Pedro Mazzocco sobre Juçara(Euterpe edulis) que fala que a Juçara tem 10x a mais de antocianina que o Açaí do Pará(E.oleracea):
Ao comparar conteúdo de antocianinas monoméricas da polpa da palmeira juçara com a polpa do açaizeiro, a polpa da palmeira juçara destaca-se por possuir conteúdo de antocianinas monoméricas (13,47 mg/g) dez vezes maior que o encontrado na polpa do açaizeiro (com 3,36 mg/g) (IADEROZA et al., 1992; YUYAMA et al. 2002). Na análise do pH diferencial, por Dias et al (2016), o resultado obtido no extrato de juçara foi consideravelmente elevado com 20,94 ± 1,57 mg/g de antocianina monomérica por extrato. Para Hassimotto et al. (2008) a ampla variação nos teores de antocianinas monoméricas é resultado de possíveis efeitos das condições climáticas da região cultivada, estágio de maturação, espécie e cultivar, além da metodologia empregada.
Com as florestas tropicais de várzea como bioma ancestral da tribo Euterpeae, E. oleracea emergiu primeiro em escala evolutiva. A região periférica amazônica como centro de origem (Clement et al. 2010) e registros fósseis de sementes há mais de 13 mil anos (Guimarães et al. 2011, Roosevelt 2013) fortalecem esta hipótese. Mais especificamente, a região estuarina do Estado do Pará (região periférica da Amazônia brasileira) é citada como centro de origem e possuidora das maiores populações e alta variação fenotípica (Oliveira et al. 2009, Clement et al. 2010). Supondo que as áreas montanhosas foram colonizadas a partir da floresta tropical de várzea e os táxons montanhosos são produtos de especiação recente e dinâmica (Gentry 1982, Pichardo-Marcano et al. 2018), então a distribuição atual de E. precatoria (Fig. 3) tipifica a transição e muda da floresta tropical de planície para as montanhas. As regiões de diversidade genética registradas em Sánchez (2013) para variedades de E. precatoria (E. precatoria var. longevaginata - corresponde à região dos Andes; E. precatoria var. precatoria - corresponde à Amazônia Central e Ocidental) oferecem suporte para esta postulação (Fig. 3). Considerando a Amazônia como centro de origem e diversidade genética da Euterpe, Reis et al. (2000) levantaram a hipótese de que E. edulis pode ter se originado da radiação adaptativa de espécies amazônicas e ter sido dispersada na Mata Atlântica por populações indígenas nômades ou mesmo pelo fluxo migratório de animais de grande porte. Pichardo-Marcano et al. (2018) propuseram que eventos ambientais dos biomas cerrado e caatinga poderiam ter promovido barreiras ao fluxo gênico, o que por sua vez causou o isolamento e especiação de E. edulis. A ocorrência de E. oleracea e E. edulis no bioma cerrado podem ser vestígios desse passado recente de especiação. Lopes e cols. (2021) estudaram características evolutivas em E. edulis e E. oleracea comparando seus plastomas completos.
As descobertas sugerem que fatores ambientais exercem pressão seletiva sobre o plastoma, e assinaturas positivas para variantes de aminoácidos foram identificadas em E. edulis, indicando variações genéticas adaptativas influenciadas pela especiação vicariante. Tal como acontece com outras palmeiras e árvores na Amazônia, a importância do açaí como alimento desde os tempos pré-colombianos levou a processos precoces de domesticação e dispersão, e a influência de intervenções humanas passadas ligadas a processos ambientais e evolutivos parece ter impulsionado padrões modernos de distribuição (Levis e outros 2017). Considerando a ampla gama de fatores ambientais importantes para o estabelecimento de palmeiras em geral (Einserhardt et al. 2011), estudos ainda precisam explorar essas complexas interações ecológicas e como elas influenciam os atuais padrões de diversidade para açaizeiros.
Textos tirado do artigo: A review of the genus Euterpe: botanical and genetic aspects of açai, the purple gold of the Amazon
Botanical Journal of the Linnean Society, 2024, XX, 1-13 doi.org/10.1093/botlinnean/boae060 Advance access publication 12 September 2024
O nosso Brasil tem muitas riquezas pra ser descoberta.fotes de reda e estrativizimo se os nossos governantes tivessem mais interesse com certeza a população auinvés de corta essas árvores iriam preservar
@@LerivaldoLenílson É questão de cultura também, aqui no Amazonas não é nosso costume comer palmito e quando quer só compra de supermercado, mas são poucas pessoas que gostam e usamos mais no natal nas comidas!
Olá Patrícia aqui em Bonito PE temos os dois tipos a juçara de monocauli e a de touceira sendo que a de monocauli os cachos são maiores
@@LerivaldoLenílson Eu estou atrás dessa juçara de touceira, você tem certeza que é a juçara de touceira e não o açaí do pará?
Municípios que já encontrei juçara cespeitosa no ES: Serra, Aracruz, Linhares, municípios litoraneos , de baixa altitude próximo ao nível do mar e vegetação de transiçao de mata atlântica com restinga
@@RendrickGuizzardi eu não estou conseguindo te enviar meu contato do zap e nem de e-mail o youtube não deixa ele apaga!
Com as florestas tropicais de várzea como bioma ancestral da tribo Euterpeae, E. oleracea emergiu primeiro em escala evolutiva. A região periférica amazônica como centro de origem (Clement et al. 2010) e registros fósseis de sementes há mais de 13 mil anos (Guimarães et al. 2011, Roosevelt 2013) fortalecem esta hipótese. Mais especificamente, a região estuarina do Estado do Pará (região periférica da Amazônia brasileira) é citada como centro de origem e possuidora das maiores populações e alta variação fenotípica (Oliveira et al. 2009, Clement et al. 2010). Supondo que as áreas montanhosas foram colonizadas a partir da floresta tropical de várzea e os táxons montanhosos são produtos de especiação recente e dinâmica (Gentry 1982, Pichardo-Marcano et al. 2018), então a distribuição atual de E. precatoria (Fig. 3) tipifica a transição e muda da floresta tropical de planície para as montanhas. As regiões de diversidade genética registradas em Sánchez (2013) para variedades de E. precatoria (E. precatoria var. longevaginata - corresponde à região dos Andes; E. precatoria var. precatoria - corresponde à Amazônia Central e Ocidental) oferecem suporte para esta postulação (Fig. 3). Considerando a Amazônia como centro de origem e diversidade genética da Euterpe, Reis et al. (2000) levantaram a hipótese de que E. edulis pode ter se originado da radiação adaptativa de espécies amazônicas e ter sido dispersada na Mata Atlântica por populações indígenas nômades ou mesmo pelo fluxo migratório de animais de grande porte. Pichardo-Marcano et al. (2018) propuseram que eventos ambientais dos biomas cerrado e caatinga poderiam ter promovido barreiras ao fluxo gênico, o que por sua vez causou o isolamento e especiação de E. edulis. A ocorrência de E. oleracea e E. edulis no bioma cerrado podem ser vestígios desse passado recente de especiação. Lopes e cols. (2021) estudaram características evolutivas em E. edulis e E. oleracea comparando seus plastomas completos.
As descobertas sugerem que fatores ambientais exercem pressão seletiva sobre o plastoma, e assinaturas positivas para variantes de aminoácidos foram identificadas em E. edulis, indicando variações genéticas adaptativas influenciadas pela especiação vicariante. Tal como acontece com outras palmeiras e árvores na Amazônia, a importância do açaí como alimento desde os tempos pré-colombianos levou a processos precoces de domesticação e dispersão, e a influência de intervenções humanas passadas ligadas a processos ambientais e evolutivos parece ter impulsionado padrões modernos de distribuição (Levis e outros 2017). Considerando a ampla gama de fatores ambientais importantes para o estabelecimento de palmeiras em geral (Einserhardt et al. 2011), estudos ainda precisam explorar essas complexas interações ecológicas e como elas influenciam os atuais padrões de diversidade para açaizeiros.
Textos tirado do artigo: A review of the genus Euterpe: botanical and genetic aspects of açai, the purple gold of the Amazon
Botanical Journal of the Linnean Society, 2024, XX, 1-13 doi.org/10.1093/botlinnean/boae060 Advance access publication 12 September 2024
O maior cacho de juçara de monocaule que no ES pesou 17kg um cacho um marco isso!
th-cam.com/users/shortsXe9_7z1W0ak?si=oy8lCs91_oruYrZl
th-cam.com/video/plSftRDq43g/w-d-xo.htmlsi=EP-TibCiCJoxpHDG