Este vídeo é um corte da aula maior, intitulada "Ética de Immanuel Kant | História da Filosofia | Prof. Vitor Lima | Aula 22", do Curso de História da Filosofia do INÉF (2020), disponível aqui: th-cam.com/video/gx2cEtI4Z1o/w-d-xo.html
@@danielbugni7504 Sempre, basta perguntar a quem o afirma...kkk Brincadeira a parte, trata-se de um excerto de O Estrangeiro, de Caetano Veloso. Ao enfrentar a questão seria, primeiro, necessário definir o que é certo, i.e., sua definição linguística (certo como verdadeiro, como formalmente correto, como certeza ou convicção etc.). Depois precisaríamos separar as abordagens metafísica (ou ontologia) da epistemológica; lembrar o que a filosofia, em seus vários momentos históricos nos diz sobre a verdade e sobre a nossa capacidade de apreendê-la; sabermos distinguir valor de verdade; e, finalmente, alcançarmos alguma compreensão sobre as gêneses possíveis dos valores professados pela humanidade. Em linhas gerais, o certo, por definição (semanticamente falando), é certo para todos os tempos e lugares, ao mesmo tempo em que o conteúdo do que é certo varia no tempo e no espaço.
Bom dia, professor. Existe uma anedota segundo a qual Kant passou seus quase 80 anos de vida inteiramente na sua cidade natal, Königsberg, chegando a se afastar dela não mais de 10 km, ao longo de toda a vida. A minha pergunta é: se Kant tivesse viajado mais, tivesse conhecido pessoalmente outras culturas, outras tradições, outras crenças e modos de ver a realidade, teria, ainda assim, formulado um conceito como o do 'imperativo categórico'? E se a resposta, porventura, for 'não', qual seria a motivação para tentar entender o que ele quis dizer, de fato, com aquela formulação?
A Máxima, é uma materialisação sofística, como pode "Determinação subjetiva da vontade", não vejo lógica na construção deste conceito. Como pode isso ser um princípio, ainda mais prático? Não entendo. Platão e Aristóteles já foram tão claros, difícil para mim entender a gana da humanidade reinventar a roda tantas vezes. O que da questão, eu poria, é que as pessoas não tem nem opção de serem diferentes do que são eventualmente pela ausência de ferramentas entregues. Como pode alguem não querer o Bem, a não ser que não o conheça de forma alguma, em sendo assim, quando o conhecer o quererá. Interessante a menção sobre a intenção dele, por coadunar evidentemente com Aristóteles, Platão, Tomás e por ai vai, que é a investigação de si, através das virtudes, e a intenção mora na mais alta das virtudes, na Prudência. Genitora de todas as demais virtudes, necessariamente toda ação anteriormente foi elaborada. A virtude cardeal dianoetica. Afinal, o que é Prudência? Possuir reta intenção de fazer o bem. Daí vem com diversas ferramentas para isso que podemos elaborar, mas novamente, percebemos em Kant uma tentativa de readequar o adequado, ao menos aos meus olhos, ainda mais quando há a deturpação da impossibilidade da percepção do bem ou mal, daí realmente me choca. Muito relativismo sofistico, prefiro a clareza das eticas cardeais. Muito obrigado pelo vídeo! Sempre agregador.
Há diferentes lentes com as quais se pode mirar o mundo. Enquanto alguns hipostasiam bem e mal, outros têm olhos para as afetações do que tomam por bom ou ruim; enquanto uns procuram pela finalidade da existência, outros constroem sentidos; enquanto alguns se satisfazem com a metafísica, outros repudiam-na, simpáticos à imanência; enquanto alguns se perguntam sobre o que devem fazer, sobre como alcançar a santidade, aferrando-se à moral, pretensamente transcende, universal e absoluta, identificada com a ideia de verdade, condizente com o dever, outros se questionam sobre o bem viver, sobre como alcançar a felicidade, orientando-se por valores relativos, perspectivados, imanentes, cunhados na própria experiência. Enfim, enquanto uns contemplam pelas lentes ordenativas da lógica, outros singram, fortuitamente, os mares vivazes da dialética.
@@alexandre9832 não há felicidade na relatividade, justamente pela inconstância. A felicidade sendo algo posto como viver bem e viver bem sendo posto por uma vida virtuosa como Tomas de Aquino coloca enaltecendo as virtudes cardeais as quais guiaram a vida de Sócrates por exemplo nos proporcionam felicidade e não alegria. Obrigado pela interação, muito pertinente o comentário.
@@filosofianofiodobigode7831 Pois é, respeito seu ponto de vista como perspectivista que sou...kkk Tamos juntos, a despeito de parecermos apartados pelas nossas concepções de realidade. Afinal, não poderíamos mesmo estar em outro lugar...kkk
Este vídeo é um corte da aula maior, intitulada "Ética de Immanuel Kant | História da Filosofia | Prof. Vitor Lima | Aula 22", do Curso de História da Filosofia do INÉF (2020), disponível aqui: th-cam.com/video/gx2cEtI4Z1o/w-d-xo.html
"O jeito que ele fala de Kant é diferente " gosto demais dessas tuas aulas, muito oportunos esses cortes!
Boa explicação prof. Seria interessante falar sobre a falta de fundamentação filosófica do imperativo categórico.
Perfeito, a máxima da liberdade do homem é poder nascer dele mesmo.
Parabéns pelo trabalho.
"O certo é saber que o certo é certo".
;)
E o certo é o certo em todos os tempos e lugares?
@@danielbugni7504 Sempre, basta perguntar a quem o afirma...kkk
Brincadeira a parte, trata-se de um excerto de O Estrangeiro, de Caetano Veloso.
Ao enfrentar a questão seria, primeiro, necessário definir o que é certo, i.e., sua definição linguística (certo como verdadeiro, como formalmente correto, como certeza ou convicção etc.). Depois precisaríamos separar as abordagens metafísica (ou ontologia) da epistemológica; lembrar o que a filosofia, em seus vários momentos históricos nos diz sobre a verdade e sobre a nossa capacidade de apreendê-la; sabermos distinguir valor de verdade; e, finalmente, alcançarmos alguma compreensão sobre as gêneses possíveis dos valores professados pela humanidade.
Em linhas gerais, o certo, por definição (semanticamente falando), é certo para todos os tempos e lugares, ao mesmo tempo em que o conteúdo do que é certo varia no tempo e no espaço.
PF faz um vídeo sobre Emergentismo e Reducionismo
Show....se aula....
Bom dia, professor. Existe uma anedota segundo a qual Kant passou seus quase 80 anos de vida inteiramente na sua cidade natal, Königsberg, chegando a se afastar dela não mais de 10 km, ao longo de toda a vida. A minha pergunta é: se Kant tivesse viajado mais, tivesse conhecido pessoalmente outras culturas, outras tradições, outras crenças e modos de ver a realidade, teria, ainda assim, formulado um conceito como o do 'imperativo categórico'? E se a resposta, porventura, for 'não',
qual seria a motivação para tentar entender o que ele quis dizer, de fato, com aquela formulação?
👏
Olá!
Por gentileza, qual o nome da música de abertura do programa?
Obrigada por me ensinar o que 4 anos de graduação não conseguiram 🤣
A Máxima, é uma materialisação sofística, como pode "Determinação subjetiva da vontade", não vejo lógica na construção deste conceito. Como pode isso ser um princípio, ainda mais prático? Não entendo. Platão e Aristóteles já foram tão claros, difícil para mim entender a gana da humanidade reinventar a roda tantas vezes.
O que da questão, eu poria, é que as pessoas não tem nem opção de serem diferentes do que são eventualmente pela ausência de ferramentas entregues. Como pode alguem não querer o Bem, a não ser que não o conheça de forma alguma, em sendo assim, quando o conhecer o quererá.
Interessante a menção sobre a intenção dele, por coadunar evidentemente com Aristóteles, Platão, Tomás e por ai vai, que é a investigação de si, através das virtudes, e a intenção mora na mais alta das virtudes, na Prudência. Genitora de todas as demais virtudes, necessariamente toda ação anteriormente foi elaborada. A virtude cardeal dianoetica.
Afinal, o que é Prudência? Possuir reta intenção de fazer o bem. Daí vem com diversas ferramentas para isso que podemos elaborar, mas novamente, percebemos em Kant uma tentativa de readequar o adequado, ao menos aos meus olhos, ainda mais quando há a deturpação da impossibilidade da percepção do bem ou mal, daí realmente me choca.
Muito relativismo sofistico, prefiro a clareza das eticas cardeais.
Muito obrigado pelo vídeo! Sempre agregador.
Há diferentes lentes com as quais se pode mirar o mundo. Enquanto alguns hipostasiam bem e mal, outros têm olhos para as afetações do que tomam por bom ou ruim; enquanto uns procuram pela finalidade da existência, outros constroem sentidos;
enquanto alguns se satisfazem com a metafísica, outros repudiam-na, simpáticos à imanência; enquanto alguns se perguntam sobre o que devem fazer, sobre como alcançar a santidade, aferrando-se à moral, pretensamente transcende, universal e absoluta, identificada com a ideia de verdade, condizente com o dever, outros se questionam sobre o bem viver, sobre como alcançar a felicidade, orientando-se por valores relativos, perspectivados, imanentes, cunhados na própria experiência.
Enfim, enquanto uns contemplam pelas lentes ordenativas da lógica, outros singram, fortuitamente, os mares vivazes da dialética.
@@alexandre9832 não há felicidade na relatividade, justamente pela inconstância. A felicidade sendo algo posto como viver bem e viver bem sendo posto por uma vida virtuosa como Tomas de Aquino coloca enaltecendo as virtudes cardeais as quais guiaram a vida de Sócrates por exemplo nos proporcionam felicidade e não alegria. Obrigado pela interação, muito pertinente o comentário.
@@filosofianofiodobigode7831 Pois é, respeito seu ponto de vista como perspectivista que sou...kkk
Tamos juntos, a despeito de parecermos apartados pelas nossas concepções de realidade. Afinal, não poderíamos mesmo estar em outro lugar...kkk