Na parte sa segmentação, eu vi um estudo - que ainda pretendo ler - que fala sobre sintaxe em outros animais não humanos. Achei o tom do seu vídeo meio assertivo em algumas partes, como se esses tópicos fossem pontos indiscutíveis na area, mas acho q talvrz ainda n tenhamos descoberto ainda, nosso dever é pesquisar pra tentar entender melhor essas coisas. Mas enfim, obrigado por esse vídeo, foi mt bom
Os macacos-de-campbell tem uma vocalização de alerta para leopardo: "crac". No entrando, se acrescentam um "-u" esta vocalização (crac-u) não se refere mais ao leopardo, ao invés disto se torna em um alerta genérico de predadores. Alguns linguistas discutem se este "u" seria um morfema ou não.
3 ปีที่แล้ว +3
Esse "u" pode ser acrescentado a outros gritos para mudar o significado deles da mesma forma, ou seja, para dar um sentido mais genérico ao grito?
2 ปีที่แล้ว
Complementando: se o "u" for usado APENAS nesse caso, não podendo ser usado em outros gritos com o MESMO efeito, não é um morfema.
@ em alguns grupos esta é uma regra que se aplica para as três vocalizações que eles tem. Eles tem vocalizações específicas para três situações de perigo e quase se acrescenta o "-u" em qualquer uma das vocalizações específicas, elas se tornam alertas genéricos. Por exemplo, tem uma para águia, mas se usado o "-u" se torna um alerta de perigo vindo de cima (um galho caindo, um drone passando ou alguma espécie voadora que não conhecem). Mesma coisa para a vocalização para leopard que se torna uma vocalização para qualquer perigo terrestre (incluindo um animal em uma mata que não dá pra identificar). Por isto, uns discutem se seria. Mais interessante é que se o grupo vive em local que não tem um dos três predadores (a águia, por exemplo) tanto a vocalização que seria pra ela em outras espécies quanto a vocalizações com o "-u" se tornam vocalizações genéticas para qualquer perigo aéreo. Alguns até chegam a sugerir que esta diferença esteja relacionada a uma variação regional (um dialeto) relacionado ao espaço geográfico do grupo e os possíveis perigos. No entanto, nenhum estudo ainda teve caráter conclusivo. Deixei de falar isso no comentário anterior. Ainda há muito na comunicação de primatas não-humanos que seria preciso investigar (até o fato de que se estes traços nas vocalizações seriam os precursores evolutivos de nossa comunicação).
@ pode sim. Pros três tipos de vocalizações. Para águias, leopardo e serpentes, nos grupos de espécies que tem os três tipos de predadores disponíveis na localidade. Alguns estudiosos rejeitam que seja um morfema com base na teoria gerativista da linguagem. Mas ainda há debates. Maioria das pessoas rejeita que é morfema. Uns levantam a hipótese. E outros levam que nossa linguagem poderia ter emergido assim, relacionado o surgimento de nossa linguagem à sobrevivência da espécie.
Perfeito!
Ótimo vídeo. Valeu! Aprendi a diferenciação entre linguagem humana e comunicação animal.
Parabéns pelo seu trabalho🎉❤❤❤😊
Obrigado!
Parabéns pelo conteúdo interessante!
Na parte sa segmentação, eu vi um estudo - que ainda pretendo ler - que fala sobre sintaxe em outros animais não humanos. Achei o tom do seu vídeo meio assertivo em algumas partes, como se esses tópicos fossem pontos indiscutíveis na area, mas acho q talvrz ainda n tenhamos descoberto ainda, nosso dever é pesquisar pra tentar entender melhor essas coisas. Mas enfim, obrigado por esse vídeo, foi mt bom
Os macacos-de-campbell tem uma vocalização de alerta para leopardo: "crac". No entrando, se acrescentam um "-u" esta vocalização (crac-u) não se refere mais ao leopardo, ao invés disto se torna em um alerta genérico de predadores. Alguns linguistas discutem se este "u" seria um morfema ou não.
Esse "u" pode ser acrescentado a outros gritos para mudar o significado deles da mesma forma, ou seja, para dar um sentido mais genérico ao grito?
Complementando: se o "u" for usado APENAS nesse caso, não podendo ser usado em outros gritos com o MESMO efeito, não é um morfema.
@ em alguns grupos esta é uma regra que se aplica para as três vocalizações que eles tem. Eles tem vocalizações específicas para três situações de perigo e quase se acrescenta o "-u" em qualquer uma das vocalizações específicas, elas se tornam alertas genéricos. Por exemplo, tem uma para águia, mas se usado o "-u" se torna um alerta de perigo vindo de cima (um galho caindo, um drone passando ou alguma espécie voadora que não conhecem).
Mesma coisa para a vocalização para leopard que se torna uma vocalização para qualquer perigo terrestre (incluindo um animal em uma mata que não dá pra identificar). Por isto, uns discutem se seria.
Mais interessante é que se o grupo vive em local que não tem um dos três predadores (a águia, por exemplo) tanto a vocalização que seria pra ela em outras espécies quanto a vocalizações com o "-u" se tornam vocalizações genéticas para qualquer perigo aéreo. Alguns até chegam a sugerir que esta diferença esteja relacionada a uma variação regional (um dialeto) relacionado ao espaço geográfico do grupo e os possíveis perigos.
No entanto, nenhum estudo ainda teve caráter conclusivo. Deixei de falar isso no comentário anterior. Ainda há muito na comunicação de primatas não-humanos que seria preciso investigar (até o fato de que se estes traços nas vocalizações seriam os precursores evolutivos de nossa comunicação).
@ pode sim. Pros três tipos de vocalizações. Para águias, leopardo e serpentes, nos grupos de espécies que tem os três tipos de predadores disponíveis na localidade.
Alguns estudiosos rejeitam que seja um morfema com base na teoria gerativista da linguagem. Mas ainda há debates. Maioria das pessoas rejeita que é morfema. Uns levantam a hipótese. E outros levam que nossa linguagem poderia ter emergido assim, relacionado o surgimento de nossa linguagem à sobrevivência da espécie.
@@chrisiumable também se discute se morfologia seria um módulo da linguagem distinto da sintaxe e do léxico.
❤❤❤❤