Página da INSIDER: www.insiderstore.com.br/Glossonauta Cupom de 12%: GLOSSONAUTA12 ------------------------------ 00:00 Introdução 01:45 Crase 03:43 Elisão 04:49 Sinérese 08:33 A complexidade desse fenômeno 10:44 Sinalefa de 3 sílabas para 1 só 11:55 Dificuldade para estrangeiros 13:07 Exemplo na poesia 16:08 Na sinalefa, 2 + 1 pode dar 2 17:24 Processamento cerebral das palavras 19:28 INSIDER 20:15 Cupom GLOSSONAUTA12 20:29 Motivo da escolha do tema 20:55 "Sei as palavras, mas não entendo a língua" 25:22 Comentários finais e encerramento ------------------------------ Experimente você também os produtos da Insider e diga se a sua opinião sobre a qualidade deles é a mesma que a minha! :)
Os professores falam muito de elisão e sinerese quando ensinam sobre o cordel, que tem 7 sílabas por verso e quando a elisão ou a sinerese acontecem geralmente duas sílabas contam como uma só, mas nunca ensinam essas palavras
Sou professora aposentada de Português e Inglês - nosso idioma é lindissimo. Pena q essas informaçōes são desconhecidas inclusive pelos meus colegas de profissão da atualidade. Acho q nem tem eStudo de linguística no curso de letras, o q é uma pena. É enriquecedor.
Tem um canal de preces que a pessoa está usando IA pra narrar, sempre que tem a palavra "aos" a voz fala "a o s" tudo separado, e a pessoa nunca ajeita isso nos áudios🥲
Eu já estava revoltado com o processo que eu faço sem pensar ao falar aí depois ele manda no 19:28 "Sabe o que é mais revoltante?". Eu fiquei tipo: "E TEM MAIS???", "As camisas da insider". Aaah kkkkk me tirou boas risadas.
"Isso me lembra a frase atribuída ao físico Albert Einstein: 'Após ter formulado a teoria da relatividade geral, os matemáticos vieram e a explicaram. Confesso que, depois que os matemáticos explicaram, até eu tive dificuldade para entender.'"
Neste caso, eu penso que, ao contrário, os "matemáticos" (os teóricos da linguística) desmontaram o mecanismo de nossa fala cotidiana e deixaram tudo mais claro.
Não sei porque o TH-cam me recomendou isso, mas foi muito interessante. O nosso cérebro foi criando automaticamente esses atalhos conforme fomos aprendendo a falar durante a infância, qdo ele tem mais plasticidade. Por isso é muito difícil aprender depois de adulto, ainda mais de forma consciente.
É verdade isso, mas adultos tendem a aprender mais lentos do que crianças muito por conta do tempo de prática. Adultos recorrem a conformidade mais comumente do que as crianças por exemplo, que mesmo fazendo errado continuam praticando, muito em formas de brincadeiras... Brincar com o erro te faz tentar acertar muito mais do que só partir para uma solução mais fácil e já aprendida.
Me encontrei finalmente falando na Sinérese. Trabalho como garçom em um restaurante durante o dia no buffet, e por isso tenho que passar de mesa em mesa para perguntar aos clientes se eles querem algo para beber. Quando pedem água ou algum refri, eu tenho que perguntar: "gelo e limão?", mas a pergunta sai "gelilimão?" que chega ao ponto de as vzs sentir vergonha de ficar falando com a língua travada entre os dentes, qse como se falasse de maneira preguiçosa ou travada, mas na verdade isso se torna um costume de fazer essa pergunta no modo automático e assim ela soa menos expressiva como deveria soar.
Uma coisa que eu percebi que faço, por ser curioso, é perguntar "o que aconteceu" mas falo tão rápido que parecem duas sílabas: "quion-tseu" kkkkkk fala rapido, fica igualzinho e da pra entender por incrivel que pareça
Sou francês, falante fluente do português há quase 20 anos, e nunca tinha me deparado com este fenômeno fonético. Pelo menos, não de forma consciente. Obrigado! E parabéns pelo seu canal, estou amando a qualidade do conteúdo e a clareza de suas explicações.
O TH-cam na língua portuguesa tem muitos canais pequenos como esse, mas que são gigantescos em qualidade. O difícil é achar mesmo, quase um garimpo que se tem que fazer 😂
Pelo que sei, o francês também tem várias "junções" de palavras na pronúncia e até na escrita. Talvez você já estivesse acostumado com isso e nem percebeu quando aprendeu português.
Sendo que o francês basicamente "come" e/ou junta quase todas as sílabas de uma palavra na pronúncia 😅. Quando eu penso em "au revoir" ou o famoso "j'sais pas"
@@JasaDavid quase hahahaha o que foi dito é: “você sabe se esse ônibus passa na Savassi?” Savassi é um bairro de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
Por isso que oa gringos falam que a gente fala cantando... Na parte do "Abre a porta do carro azul" se for repetida duas vezes e tocar duas notas de fundo vira uma cantiga hahaha o nome/sobrenome Santana também surgiu assim... Juntaram "Santa Ana" e virou Santana
Nós portugueses falamos e escrevemos correctamente ... Vocês n̈ aprendem português e escrever como nós... Agora n̈ entendi porque existe muitos brasileiros que falam mal da maneira que falamos e escrevemos... E ainda nos chamam de burros...
@@anamariliaoliveira4534existem pesquisas sobre o fato do português de Portugal ser uma língua diferente do português do Brasil, então o de Portugal não seria o "correto" para nós. Aliás, tudo que se fala é correto, mesmo que sejam palavras de regiões específicas, pois continua sendo da língua, só não está nos dicionários como o modo "certo".
@@anamariliaoliveira4534 Quanta arrogância, vocês falam e escrevem “corretamente” o português de Portugal, onde as regras gramaticais têm algumas diferenças em relação ao português do Brasil. Essas diferenças refletem as particularidades de cada variante da língua, como o uso do gerúndio, a conjugação verbal e a colocação dos pronomes. Além disso, há nuances culturais e regionais que influenciam o uso da língua em cada país. Não há um português “correto”; o que existe são as regras de cada país, que devem ser respeitadas e entendidas em seu contexto.
Moro no interior de Alagoas. Outro dia fui ao mercadinho aqui da esquina e o cara que estava na minha frente olhou pro dono e falou algo como "mrêuagradcevê" quase assoprando todas as sílabas bem rápido. Fiquei bem confuso esperando a reação do dono que usando uma capacidade que eu mesmo não tenho mais, compreedeu e puxou UMA GRADE DE CERVEJA pro cara. Aí eu percebi que ele falou "Me vê uma grade de cerveja" Esse tipo de coisa é bem comum por aqui, principalmente vindo de pessoas mais velhas ou das partes mais rurais. Nesse canal eu venho entendo que esse tipo de fenômeno tem uma lógica por trás e agora eu venho prestando mais atenção na forma como as pessoas daqui falam. É fascinante identificar os padrões. Em minha fase escolar quem falava assim era ridicularizado entre os colegas como alguém burro que fala errado. É gratificante tirar essa ideia da minha mente.
Isso demonstra a variedade dos "português BR", que temos aqui no nosso País. Bem legal! Sou de São Paulo. Em 2007 vim morar em Minas gerais, Minduri. No início eu não entendia bem o que as pessoas diziam. Hoje já consigo entender e até falar o "PT-BR-MG-MINDURI". 😅
A: "Dontu ren? Ontu rai? B: "Eu nu rô pacaninhun... eu tendbarrê unsbagúi dibada reladêra..." Ou: "Tô querenunpokindágua relada." Outro exemplo: A: "Ôrri dizê q'tu tarra remenondinôi. Tu tarra cuaguma dô?" B: "Eu não. Eu tarremendôtacoisa". 😂 Ou: "tutarremenidô?" Ou ainda: "Coméqtutarrondinôi?" "Coméqturrondimanhã. Tarsisentinu ben?" "Cadiquê tu tarrescutanaconversatrái da porta?" já ouvi esse inusitado dialeto algumas vezes aqui em Alagoas, e falado bem rápido 😂 com as palavras bem aglutinadas e sílabas totalmente dispensáveis em nome desse pragmatismo linguístico. E o detalhe é que o v ou o g é frequentemente substituído pelo r 😂 e o d desaparece na terminação dos gerúndios. Gostaria de entender linguisticamente esse fenômeno 🤔
O inglês do Canadá é o mais maluco de todos. A gente chega aqui e tem que entender pessoas de vários lugares do mundo, falando inglês e interpretando sons conforme sua língua natal. E a hora que você finalmente consegue entender um sotaque, aparece outra pessoa, falando de uma forma completamente diferente.
muito louco isso, eu tenho um amigo paquistanês, conversávamos em ingles mas eu tinha o meu sotaque e ele o dele, por exemplo eu não entendia quando ele falava uma palavra como "five", ele me explicou que no idioma dele não existe a letra "V" então eles praticamente nao conseguem falar direito palavras que tenham V, com o tempo acostumei mas era estranho
Mas piora, nada no Canadá é pior do que o francês, que é falado pelos próprios nativos da parte francófona, mas que ninguém de fora entende nada, só eles mesmos se entendem entre si…
@@PauloPereira-jj4jv Uma vez na sala de aula de ingles uns alunos do oriente médio apresentaram um trabalho sobre uma personalidade brasileira que eles admiravam, um tal de Bili.. demorou um pouco pra entendermos que era o Pelé..
Essa é a razão por que entender língua estrangeira é difícil. Não é que se fala rápido, é pelas elisões etc. Se o falante falar rápido pronunciando tudo claramente sem elisão, entende-se bem qualquer língua estrangeira que se estudou.
Verdade rsrsrs qdo comecei a estudar francês minha professora foi explicar as liaisons e saiu com “é igual em português, a mesma coisa. Ninguém fala igual a um GPS” kkkk adoooro professores assim!
Menino, eu tô dando aula de português pra uma aluna japonesa que é cantora e quer cantar bossa nova. A quantidade de reduções de sílabas é loucura… Por exemplo: O Barquinho - Maysa “…e o barquinho é o coração…” “yu baquinnuéu coração” Desafinado - João Gilberto “…no peito dos desafinados também bate um coração.” “… também batchum coração.”
EU ESTUDAVA CANTO NO RIO E NO CONSERVATORIO TINHA UM ALUNO AMERICANO QUE SO QUERIA CANTAR SAMBA, EERA ABSURDO, MAS ELE INSISTIA, NAO SOUBE MAIS, MAS TO ACHANDO QUE NAO EMPLACOU.KK
Crianças ou adultos, no início da alfabetização, quando tentam escrever o sons das palavras, percebem esses fenômenos e transcrevem da forma que realmente falamos.
Já notei o que a maioria de quem aprende inglês tem dificuldade em pronunciar palavras como town e down. Para facilitar, dou como exemplo as expressões "dá um tempo" e "tá um dia bonito". Particularmente chamo isso de ditongo intervocálico. Ideia minha para mim.
@@vivies2pra falar girl tem que fazer um malabarismo na lingua kkkkkkk mas ja reparou que a boca não abre muito quando falamos português? Ja no inglês tem que fazer vários gestos com a boca.
@@vivies2 depois que aprende é tranquilo pq você já deve fazer esse som tranquilamente, só que quando você olha a palavra parece que é dificil. a parte que "pega" é simplesmente o mesmo som "ir" de "bird" que você provavelmente já deve falar corretamente
Moro em Portugal e uma coisa que reparei é que os portugueses dão uma pequena (às vezes nem tão pequena) pausa após o "que" e o "porque", quase como se precisasse de algum ato solene pra chamar a próxima palavra. E eu sinto que isso quebra muito o ritmo, depois que reparei isso, nunca mais deixou de me chamar a atenção. Sua explicação sobre elisão me esclareceu o porquê de essa pequena pausa causar uma estranheza...
@@zuarbrincar769Acho que ela quis dizer que os portugueses deixam de vocalizar o "e" no final dos "porquês". Mas depende do sotaque também,mesmo em Portugal há diferentes sotaques. Eu escuto mais um "p'rcã" do que "por quê" quando os portugueses falam.
Primeira vez que o algoritmo me sugere um vídeo realmente interessante. Sou bilíngue e formada em Letras. Esse conteúdo me fez voltar a conteúdos que vi na graduação e já nem lembrava mais.
🤯 Passamos anos "estudando português" na escola e, realmente, não estudamos coisa alguma. Esta "simples" explicação, sim, faz toda a diferença para fluência de uma língua. Neste caso, no mínio o nativa! Obrigadíssimo (inscrito)
@@RoddyBezerraEles fazem o correto, sabem que a adaptação para a linguagem "corrida" acontece. Nenhuma pessoa que leciona o idioma, quer "reger". E a língua precisa ter uma base referencial.
Acho incrível como ver esse canal ao mesmo tempo q me FAZ SORRIR com tanto aprendizado me FAZ CHORAR por não ter a capacidade desse cara de aprender tantos idiomas de forma a parecer algo tão simples kkkkkkkkkkkk
Este é meu primeiro contato com o seu canal... Fascinante Mundo Novo para os meus ouvidos... Encantada. Muita satisfação e alegria em conhecê-lo. Brasilia - DF
Acho que o grande segredo é que não pensamos nos processos continuamente, não pensamos na proxima palavra, simplesmente pensamos as palavras de forma encadeada o que torna esse processo natural. O estrangeiro aprende palavra por palavra, enquanto o nativo aprende as palavras por encadeamento.
@@eric45005 Quando aprendemos um idioma de forma nativa, ou seja, como seu primeiro idioma não aprendemos palavra por palavra, aprendemos ouvindo e repetindo, é um processo natural. Quando aprendemos uma lingua estrangeira o processo é diferente, pois aprendemos palavra por palavra, foi o que eu disse na mensagem acima, talvez vc não tenha conseguido interpretar corretamente. Aprender um idioma de forma nativa é diferente de aprendê-lo sendo estrangeiro.
@@vinicruz77 o aprendizado na infancia é totalmente diferente do adulto. Concordo nao devemos aprender palavras separadas, mas essa ideia de decorar frases no lugar de entender o idioma eu discordo totalmente
Não sei se encaixaria na proposta do seu canal, mas quando você chegou na parte em que usou da poesia como exemplo, percebi que seria bem interessante se você fizesse um vídeo sobre a "musicalidade" da nossa língua. Digo, das influências estrageiras e nativas ao decorrer do tempo... seria massa! Sairia uma vídeo desses algum dia?
Obrigado pelo comentário! No caso que você mencionou, acontece uma *apócope,* que é um fenômeno diferente do mencionado no vídeo: _dentro da pia --> den' da pia_ Como pode ver, o que acontece aí é o desaparecimento do final da palavra "dentro" sem que isso tenha qualquer relação com o contato entre duas vogais, então não tem nenhuma relação com a sinalefa, que foi mostrada no vídeo. Esse aí é um outro fenômeno que ocorre na nossa língua, mas não em todos os sotaques. Entretanto, a sinalefa (explicada no vídeo) é própria de todos os sotaques da língua portuguesa. Ficou claro? Abraço!
Como sou cantora, preciso pronunciar cada sílaba bem explicadinha junto com cada nota. Fica engraçado o que a gente se surpreende pronunciando de uma maneira que não costuma. Um fenômeno que já reparei é que quando a gente está usando o grau digamos normal do substantivo e resolve usar o diminutivo, ou vice-versa, os sons das sílabas átonas se modificam.
Kkkkkkkk Eu lembrei que quando criança eu pensava que papel higiênico era "papelgênico" até que um dia, sozinha, veio a luz e eu me toquei que era papel higiênico, de higiene 😅😅😅
Como gosto de brincar com o Suno - aquele programa de fazer músicas - tive de aprender a mexer com fonemas pra quando eu queria forçar o aplicativo a cantar como eu precisava naquele momento. No caso, por exemplo, em vez de "Meu grande amigo", eu poderia ter posto "Meu _grandjamigo_". Ou coisas do gênero! Já quando eu queria garantir a separação entre fonemas, colocava hífem!
É engraçado essa dificuldade acontecer com nativos de inglês, sendo que eles fazem várias elisões na própria língua. Acho que é porque a nova língua não faz as conexões cerebrais da fluência no aprendizado, até que o aluno esteja em um nível avançado e também porque as elisões não são as mesmas. Dei várias lições de inglês para minhas filhas e mulher e isso sempre me incomodou. Não sou linguista nem formado em Letras, mas recentemente eu recorro a analogias nas elisões para tentar facilitar esse aprendizado da fluência.
17:25 Isso! Quando eu aprendi português e falava com brasileiros, eles dizem "português é difícil, porque falamos tão rápido" - pra mim não. Velocidade foi nunca um problema pra mim. O que foi o problema foi como se as palavras ligam, sem saber as palavras próprias foi quase impossível distinguir palavras novas na frase que se seguiram. Também eu precisei praticar para dizer estes conjuntos naturalmente, a minha língua materna é bem diferente nisso, mas falar nesse jeito foi mais fácil que reconhecer palavras que ainda não sabia 🙂
Esse tópico me lembrou outro fenômeno muito interessante do português, que uma professora minha da faculdade comentou, mas sobre o qual nunca estudei a fundo: como a gente omite certas estruturas como acontece em "Machado de Assis", que falamos "Macha'de Assis", ou "faculdade de Letras", "faculda'de Letras". Já reparei acontecendo com estruturas diferentes de "d", mas não me ocorrem agora. Como isso funciona?
Acabei de compartilhar esse vídeo com meu marido gaúcho. É uma vida de mais de 35 anos com ele me corrigindo o 'Portalegre'...hoje ficou claro pra mim o porquê dele não conseguir fluência no inglês por mais que estude: se não puder se fluente na língua nativa não vai conseguí-lo em nenhuma outra! Outro dia o vi no YT pelejando com "schwa" que o professor ensinava.
Já estou recomendando pra estudantes de sânscrito este vídeo pra entenderem com "mais naturalidade" o sandhi. Muito bom! Já senti um cheiro/vontade de tratar das semivogais (em sânscrito "antaḥstha", literalmente "que está antes"). Pro sânscrito é fundamental o sandhi, e é importantíssimo entender isso pra entender a influência do sânscrito em outras línguas, como o grego antigo, latim antigo, oersa antigo e afins. Muito bom!
@VainaMoinen-b7h sim, há um "intercâmbio verbético" entre os povos antigos. Não sou especialista no assunto, mas em uma aula com HD Gosvāmī, doutor em sânscrito (entre outros assuntos), ele trouxe diversas raízes verbais destas línguas que certamente vieram do sânscrito.
Um fenômeno que percebo no sotaque aqui da minha região (moro em Sergipe), é que, quando a palavra termina em consoante + vogal + s, a última vogal normalmente é omitida, por exemplo, diferentes vira diferents, aves vira avs, lápis vira láps, a palavra que mais sofre com isso é a palavra ônibus, que perde duas vogais normalmente, tornando-se ônbs.
eu sabia que no inglês tinha bastante disso como por exemplo no "djev" pra "Did you have?". Mas eu achava que no português acontecia em poucos casos como no 'mineirês' "oncotô?" pra "onde que eu estou?" e "poncovô?" pra "para onde que eu vou?". Foi muito interessante aprender que a aplicação disso no português é muito mais abrangente do que eu pensava!
Talvez estudar a área de computação, mais especificamente a área de linguagens de programação e construção de compiladores, possa satisfazer esse desejo de aprender mais sobre linguística. Recomendo demais!
@@flaviobaran7135 kkkkkkkkk É complicado mesmo. Lembro até hoje que um dos primeiros assuntos que o professor passou foi a hierarquia de gramaticas de Chomsky. Demorou pra cair a ficha que era o mesmo Chomsky da linguística kkkk
I noticed your accent is definitely a mixture of Spanish and Portuguese. It sounds also more Portuguese from Portugal. I'm learning Portuguese. I'm surprised I can understand you but yet I don't know if other Brazilians would be able to able to do so depending on the region.
Muito interessante. Já presenciei um caso engraçado de um conhecido que se chamava Vitor Hugo ter o apelido de Torugo, pelas pessoas perceberem essa junção kk
E é por isso que AQUISIÇÃO e APRENDIZAGEM nunca serão a mesma coisa! Ambos nos tornam capazes de nos comunicar através de idiomas, mas os processos são completamente diferentes...
Confesso que mesmo sendo brasileiro, às vezes não consigo entender direito algumas pessoas falando, principalmente pessoas do nordeste quando falam muito rápido. Parece quase outro idioma. Aí penso naquela polêmica de dizer que são dialetos. A propósito, o que define um dialeto? Podemos dizer que as diferentes regiões do país falam diferentes dialetos? Qual é a característica que diferencia os dialetos de simples acentuações regionais? Acho incrível seus vídeos! Faz cada vez mais eu gostar do nosso idioma! Obrigado!
@@lucas-pradonão sei se no Brasil exista um "dialeto". Existem regionalismos e sotaques. Porém na Itália, existem dialetos:são "idiomas" totalmente diferentes. Os do Sul praticamente não entendem os do Norte. Até a forma escrita é diferente. Totalmente diferentes!
Isso. Em alguns sotaques, é mais comum a sinérese (conectar as palavras transformando uma das vogais em semivogal, mas sem eliminar o som), já em outros sotaques a elisão é mais comum (simplesmente eliminar o som). Em todos os sotaques da língua portuguesa, a sinalefa acontece, mas o tipo de sinalefa mais frequente pode variar mesmo. Abraço!
Mas eu acho que isso é comum nas línguas em geral só que isso se manifesta de diferentes formas em cada uma delas, pq esse tipo de coisa acontece naturalmente na língua/pronúncia falada do dia a dia
Em português eu não tinha feito muita atenção, mas aprendendo italiano eu percebi, inclusive porque é também representado na escrita. Mudando de assunto, quando eu era mais jovem eu entendia que as línguas eram formas de criptografia de cada povo. Inclusive, a primeira vez que conversei com alguém que falava tão bem português, minha mente "bugou", porque visualmente minha mente identificava que aquela pessoa era de outra "tribo", mas sonoramente minha mente interpretava que eu falava com um brasileiro.
Genial ! Estou com muita dificuldade para entender a fala relaxada do inglês coloquial, mas agora sei uma das explicações possíveis para essa dificuldade.
Interessante que há casos onde a crase não é marcada. Quando criança aprendi que a crase é quando dois As se juntam e são pronunciados como um único A, daí então quando eu fui escrever a frase "o menino entregou a agenda para a mãe", eu escrevi "o menino entregou àgenda para a mãe". Bom, a professora só disse que tava errado e não deu maiores explicações kkkk, mas vejo que tinha uma lógica no que pensei.
Mas nesse caso não ocorre crase, pois como o "A"(artigo) é forte, enquanto o "A" de agenda é fraco(tendo em vista que a sílaba tônica de agenda é em "gen"), os falantes pronunciam os dois As. Portanto não é uma cráse não marcada, já que não ocorre cráse.
@@99temporal Quando o a palavra seguinte tem um "A" forte, é aí que ambos os "As" são pronunciados, em "ele viu a árvore" os dois "As" sempre são pronunciados, não há crase. Já no caso de palavras iniciadas em "A" fraco, eu sempre pronuncio apenas um "A", realizando crase, não sei se é a maioria dos falantes que falam assim, mas pelo menos as pessoas que conheço falam.
Voltando aqui pra falar que o conteúdo desse vídeo tá me ajudando muito a ler poesia, principalmente a poesia épica. A Ilíada na tradução de Carlos Alberto Nunes tá maravilhosa de se ler!
Caramba. Eu queria entender isso desde o primário. Nunca me explicaram isso. E eu não gostava de português pq nao era lógico. Poesia funcionava só na escrita e nao na hr de "cantar". Esse vídeo abriu minha cabeça
Incrível! Parece com aquela técnica de alguns professores de inglês, que é a conexão. Fonemas que se ligam imediatamente, é isso que ocorre aqui com o português.
Olá, Glossonauta! Sou fã das suas explicações! Sou leigo.. por favor, explica por que em português nós mudamos a acentuação de várias palavras gregas, por exemplo Aristóteles no lugar de Aristotéles. Obrigado e todo sucesso
Como um músico que trabalha frequentemente com arranjos e transcrições de canções brasileiras, sinéreses e elisões (ambas as quais eu chamava erroneamente de elisões até agora) são parte significativa do meu trabalho. Já tive momentos de achar lindo quando três partes de palavras se juntavam em uma nota só (não vou saber citar exemplos específicos agora). Na notação musical, existe uma convenção de juntar essas sílabas por um símbolo de ligadura, ou (quando não estou muito disposto a ficar fazendo isso), simplesmente escrever tudo junto sem espaço, embaixo da nota. Já percebi que em inglês que isso raramente acontece, o que explica a dificuldade em colocar esse símbolo no software que eu uso, o Finale. Como compositor de canções também já atestei a falta de naturalidade que se dá ao atribuir mais de uma nota onde se espera uma elisão ou sinérese. A musicalidade da nossa língua é uma coisa bonita demais 🧡
No primário de escola pública, minha professora nos ensinou a história do " Vossa Mercê". Pelo menos pra mim aceitar esses fenômenos como algo normal e prosaico está de boa. Inclusive, às vezes a gente escolhe usar ou não esses fenômenos. O Maria Isabel é um bom exemplo: Quando queremos apresentar essa Maria para alguém, a gente capricha na articulação da pronúncia para ficar o nome real bem claro para o interlocutor, mas depois vira Marisabel mesmo.
Consoante a Castilho, em Tratado de Versificação Portuguesa: "Vogais contrai a Sinérese, Dentro na mesma dicção; mas tu, Sinalefa, absorve-las se em duas palavras são".
Antonio Feliciano de Castilho diferencia sinérese de sinalefa, pois para poesia são modos de escandir diferentes. A sinérese acontece dentro de uma só palavra, já a sinalefa (elisão) ocorre na passagem de uma palavra para outra. "Uma escada": para a poesia, existem quatro sons. U(01)ma es(02)ca(03)da(04). Sinalefa.
Contudo, não ocorre sempre, pois existem algumas regras. Uma vogal, seguida de outra ou agá, elidem-se, exceto quando a antecessora é fortemente acentuada ou parte dum ditongo. Podem haver elisões com mais de quatro sílabas gramaticais, contudo é considerado um barbarismo. Por fim, vogais mais pausadas, fortemente acentuadas ou abertas não se elidem com facilidade.
Não somente existem essas formas de escansão, mas também várias outras. Como escandir a sílaba átona após um hemistíquio. Em suma, tudo isso está presente no Tratado de Versificação Portugueza (com -z por causa da ortografia da época). Castilho foi importante para com metaplasmos e a versificação da nossa língua. Os textos não foram reeditados, infelizmente. Para quem quiser os ler, precisará os consumir numa edição de 1800. Espero ter contribuído para esta aula! Tenho 17 anos e sou aficionado por Português. Glossonauta, seu canal é o melhor quando se fala sobre ensino!
Sensacional!!!! Fui alfabetizado pelo método silábico, então, elisão, etc, proibido na minha cabeça. Assim, a tendência minha sempre foi reduzir esse fenômeno na minha mente (apesar de estar sempre fazendo sem perceber). A primeira forte percepção da elisão eu tive quando recebi algumas aulas de francês, mas na minha cabeça o português tinha sílabas e todas deveriam ser ditas. Daí percebi, depois de muito tempo, que a língua inglesa também abriga fortemente esse fenômeno. Por isso o que eu lia não batia com o que ouvia nessas línguas. Obrigado pela explicação. Agora está tudo muito claro.
Nossa, que explicação incrrível! Já tinha visto isso no francês, mas como são conexões bem diferentes do português parecia algo muito estranho, mas perceber que isso também existe na nossa língua abriu muito a minha mente.
Tem um motivo pra as conexões entre palavras em francês serem complicadas pra a gente: O francês tem a _liaison,_ só que na verdade, a _liaison_ do francês é o contrário da nossa elisão. A elisão e a _liaison_ (que pode ser traduzida como "ligação"), apesar de serem dois tipos de sândi, são tipos opostos desse fenômeno. A _liaison_ (ligação) faz com que um som que não aparecia venha a *aparecer* devido ao contato com uma palavra. A elisão, por outro lado, faz com que um som venha a *desaparecer* devido ao contato. São dois tipos de sândi, mas são tipos opostos. Elisão em francês seria _élision._ Abraço!
Show de bola! Aproveitando que você falou da crase, por que será que a nossa convenção diacritica é tão excentrica em relação às nossas linguas irmãs? Usamos o grave (`) para crase, o agudo (´) para as vogais abertas e o circunflexo (^) para as fechadas; já nas demais romances a convenção é (`) para as abertas, (´) para as fechadas e (^) para a crase. Poderia rolar um video sobre?
O conteúdo desse canal é ótimo. O meu favorito de linguística em português. Mas vídeos como esse seriam ainda melhores se tivessem mais gráficos como o da "Emília é inteligente". Pra algumas pessoas essa ajuda visual é o empurrãozinho que falta pra cair a ficha.
Quem nunca sofreu com esses fenômenos aprendendo um idioma? 😅 What is your name? O que você espera ouvir: wót is iôr neim? O que você escuta: wó shâr neim. 😂 i am on my way > ai êm on mai wei? Não, mas: â ma maw êi 😂😂😂
Desculpa comentar isso professor, sei que o objetivo do vídeo é sobre esse fenômeno, mas não tem como não ver o quanto o senhor é belo. Parabéns pela natureza e pela inteligência única
É verdade que as palavras "para" e "porque" são as duas únicas palavras átonas com mais de uma sílaba? Porque eu reparei que embora na teoria elas devessem ser paroxítonas, elas mudam de tonalidade dependendo da frase. Isso acontece mais com "porque", que se fosse seguir a regra de pronúncia normal, deveria soar "pôrqui", mas você só ouve "purquê", "purqui", "p'que"...
Nossa que legal! Caí de paraquedas aqui. Outro dia tava pensando que "Avenida Bandeirantes", como é longa, eu pronuncio "Aviná Bandeirantes". Já "Avenida Paulista" as vezes pronuncio certo e às vezes algo como "Avindá Paulista".
Fiquei pensando que boa parte da identidade do sotaque mineiro é justamente uma ênfase nesses fenômenos de sinalefa, em especial uma substituição mais acentuada de sinéreses por elisões. Por exemplo, em vez de falarmos carroazul, vamos direto para carrazul. Muito boa a explicação!!
Nossa, sim! Como mineiro, passei o vídeo inteiro tentando identificar se as sinéreses que ele usou de exemplo não soavam ainda mais naturais pra mim como elisões. Foi muito interessante perceber que esses fenômenos tão característicos do meu sotaque, na verdade são muito universais, mesmo que eu dê um peso maior a eles.
Oi, tudo bem? Vou explicar melhor sobre o que acontece no sotaque mineiro: A elisão dos mineiros *não* é diferente da dos outros brasileiros. No caso deles, o que acontece de diferente é a *apócope* (da qual eu não falei no vídeo), que é quando se elimina o final de uma palavra sem que isso tenha relação com o contado de duas vogais, como em: _dentro de casa -> den' de casa_ A elisão tem a ver com o contato de uma *vogal* final com a *vogal* inicial da próxima palavra, que nada tem a ver com essas reduções características dos mineiros. A variação entre "carrazul" (elisão) e "carroazul" (sinérese) acontece em todo o país. Coisas como apócope (cortar o final das palavras), aférese (cortar o começo das palavras), entre outros fenômenos semelhantes, esses têm mais relação com o sotaque mineiro (e sem que isso tenha a ver com o contato de duas vogais). Ficou claro? Abraço!
Rapaz, eu percebia muito isso na língua inglesa (não exatamente com vogais) e me perguntava porque não tinha algo parecido com isso na língua portuguesa. Com esse vídeo, já percebi que pode ter em qualquer língua o fenômeno de "criar atalhos" na pronúncia.
O que mais me empressiona é a elisão dum pronome oblíquo com outro pronome oblíquo, por exemplo: Um homem tinha uma flor e vendo uma mulher bela *lha* deu. Apenas neste lha temos a informação "a flor para ela". Percebem o que ocorre aqui? Uma só palavra ao mesmo tempo carrega um objeto direto e um indireto! Imagino que seja um fenômeno especialíssimo, pena que não acontece na fala corrente. E uma pergunta, alguém poderia dizer se ele ocorre em outro idioma?
Pois é! Comum encontrar em textos antigos; contudo nos atuais, até mesmo para tradução da Biblia, por exemplo, estão preferindo a forma mais dispendiosa, tipo: «ela disse isso para mim», em vez de «ela disse-mo».
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Cupom de 12%: GLOSSONAUTA12
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00:00 Introdução
01:45 Crase
03:43 Elisão
04:49 Sinérese
08:33 A complexidade desse fenômeno
10:44 Sinalefa de 3 sílabas para 1 só
11:55 Dificuldade para estrangeiros
13:07 Exemplo na poesia
16:08 Na sinalefa, 2 + 1 pode dar 2
17:24 Processamento cerebral das palavras
19:28 INSIDER
20:15 Cupom GLOSSONAUTA12
20:29 Motivo da escolha do tema
20:55 "Sei as palavras, mas não entendo a língua"
25:22 Comentários finais e encerramento
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Experimente você também os produtos da Insider e diga se a sua opinião sobre a qualidade deles é a mesma que a minha! :)
hj é o dia que eu entendo a crase, ou melhor o acento grave.
EU desapareço com os Is
É mágico!!!
A parte da Elisão explodiu minha cabeça. Nunca tinha percebido que na fala era diferente 🤯. Vou nem comentar do resto pq 🤯🤯🤯🤯
Os professores falam muito de elisão e sinerese quando ensinam sobre o cordel, que tem 7 sílabas por verso e quando a elisão ou a sinerese acontecem geralmente duas sílabas contam como uma só, mas nunca ensinam essas palavras
😂😂😂😂
Sou professora aposentada de Português e Inglês - nosso idioma é lindissimo. Pena q essas informaçōes são desconhecidas inclusive pelos meus colegas de profissão da atualidade. Acho q nem tem eStudo de linguística no curso de letras, o q é uma pena. É enriquecedor.
Cara, o título desse vídeo podia ter sido "Entenda pq a voz do google é estranha"
seu comentário foi perfeito 😂
Caramba, é mesmo kkkkkk
Percebi também com esse vídeo 😂
Hahaha. Bem observado
Tem um canal de preces que a pessoa está usando IA pra narrar, sempre que tem a palavra "aos" a voz fala "a o s" tudo separado, e a pessoa nunca ajeita isso nos áudios🥲
Igual minha tia, se chama Daisy Aparecida. Eu chamo ela de Desaparecida. 😁
Kkkkkkkkk muito bom!
😂😂😂😂😂
😂😂😂😂 Coitada!
Seria melhor chamar de Cida kakakakw
🤣 ahahahahahaha 🤣
Eu já estava revoltado com o processo que eu faço sem pensar ao falar aí depois ele manda no 19:28 "Sabe o que é mais revoltante?". Eu fiquei tipo: "E TEM MAIS???", "As camisas da insider". Aaah kkkkk me tirou boas risadas.
"Isso me lembra a frase atribuída ao físico Albert Einstein: 'Após ter formulado a teoria da relatividade geral, os matemáticos vieram e a explicaram. Confesso que, depois que os matemáticos explicaram, até eu tive dificuldade para entender.'"
ótemóadorei 😁
Neste caso, eu penso que, ao contrário, os "matemáticos" (os teóricos da linguística) desmontaram o mecanismo de nossa fala cotidiana e deixaram tudo mais claro.
Kkkk se for ver bem, isso se aplica a tudo, até o ato de andar fica incompreensível se alguém mostrar o cálculo das forças aplicadas
kkkkk
Kkkkk
Não sei porque o TH-cam me recomendou isso, mas foi muito interessante. O nosso cérebro foi criando automaticamente esses atalhos conforme fomos aprendendo a falar durante a infância, qdo ele tem mais plasticidade. Por isso é muito difícil aprender depois de adulto, ainda mais de forma consciente.
O algoritmo desse cara é muito forte pra mim. Eu me neguei a clicar por uns bons dias, mas não teve jeito.
É verdade isso, mas adultos tendem a aprender mais lentos do que crianças muito por conta do tempo de prática. Adultos recorrem a conformidade mais comumente do que as crianças por exemplo, que mesmo fazendo errado continuam praticando, muito em formas de brincadeiras... Brincar com o erro te faz tentar acertar muito mais do que só partir para uma solução mais fácil e já aprendida.
Elisão e sinésere são simplesmente ignoradas por professores de dicção em escolas de teatro. Resultado: atores e atrizes canastrões.
Fazia muito tempo que não via esse adjetivo: canastrão.
Não consigo entender como isso torna os atores canastrões.
@@ilcastilho , vi outro dia num alamanaque do Mickey
@@minka866 pq torna toda a experiência pouco convincente
@@minka866 Artificiais, sempre com o subtexto "veja, estou no palco!".
Me encontrei finalmente falando na Sinérese. Trabalho como garçom em um restaurante durante o dia no buffet, e por isso tenho que passar de mesa em mesa para perguntar aos clientes se eles querem algo para beber. Quando pedem água ou algum refri, eu tenho que perguntar: "gelo e limão?", mas a pergunta sai "gelilimão?" que chega ao ponto de as vzs sentir vergonha de ficar falando com a língua travada entre os dentes, qse como se falasse de maneira preguiçosa ou travada, mas na verdade isso se torna um costume de fazer essa pergunta no modo automático e assim ela soa menos expressiva como deveria soar.
Uma coisa que eu percebi que faço, por ser curioso, é perguntar "o que aconteceu" mas falo tão rápido que parecem duas sílabas: "quion-tseu" kkkkkk fala rapido, fica igualzinho e da pra entender por incrivel que pareça
Eu tratava como um erro, mas pelo visto é como funciona
Um apóstrofo como indicador de pronúncia seria interessante em alguns pontos.
Sou francês, falante fluente do português há quase 20 anos, e nunca tinha me deparado com este fenômeno fonético. Pelo menos, não de forma consciente. Obrigado! E parabéns pelo seu canal, estou amando a qualidade do conteúdo e a clareza de suas explicações.
O TH-cam na língua portuguesa tem muitos canais pequenos como esse, mas que são gigantescos em qualidade. O difícil é achar mesmo, quase um garimpo que se tem que fazer 😂
Acho que existem proximidades fonéticas entre o francês e o português, diminuindo as dificuldades de aprendizado.
Eu enviei esse vídeo pro meu professor de francês. Talvez (espero que) ele tenha a mesma surpresa que você.
Pelo que sei, o francês também tem várias "junções" de palavras na pronúncia e até na escrita. Talvez você já estivesse acostumado com isso e nem percebeu quando aprendeu português.
Sendo que o francês basicamente "come" e/ou junta quase todas as sílabas de uma palavra na pronúncia 😅. Quando eu penso em "au revoir" ou o famoso "j'sais pas"
E o mineirês elevou isso a um outro nível.
Gringo: já aprendi todos os fenômenos fonéticos da língua portuguesa, nada mais pode me deter.
Mineiro mais fraco: "cêssássessônpásnasavás?" 😂
@@semnome9536 um gringo aqui. 😂
Tô certo:
Você sabe
pode ser?
se sons das palavras
Não entendo nada: nasavás
😅
Cê tem umlí di leiti?
@@JasaDavid significa "você sabe se esse ônibus passa na savassi?" kkkkkk
@@JasaDavid
quase hahahaha
o que foi dito é: “você sabe se esse ônibus passa na Savassi?”
Savassi é um bairro de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
Sempre tive dificuldades para contar sílabas poéticas, mas agora que eu descobri o fenômeno do Sandi, tudo fez sentido de repente kkkkk
Agora podes analisar as letras das canções de Sandy usando sandi.
Contar sílabas poéticas é uó kkkkk
@@desiderioelielton2051 kkkkkkkkkkkkkk
@@RobertaSouza1 Como assim? é a coisa mais fácil
🎶Se a lenda dessa elisãaao/ faz a sílaba juntaar/ o português é quem sabeee🎶
Por isso que oa gringos falam que a gente fala cantando... Na parte do "Abre a porta do carro azul" se for repetida duas vezes e tocar duas notas de fundo vira uma cantiga hahaha o nome/sobrenome Santana também surgiu assim... Juntaram "Santa Ana" e virou Santana
Kkkkkkk
Nós portugueses falamos e escrevemos correctamente ... Vocês n̈ aprendem português e escrever como nós... Agora n̈ entendi porque existe muitos brasileiros que falam mal da maneira que falamos e escrevemos... E ainda nos chamam de burros...
@@anamariliaoliveira4534existem pesquisas sobre o fato do português de Portugal ser uma língua diferente do português do Brasil, então o de Portugal não seria o "correto" para nós. Aliás, tudo que se fala é correto, mesmo que sejam palavras de regiões específicas, pois continua sendo da língua, só não está nos dicionários como o modo "certo".
@@anamariliaoliveira4534 Quanta arrogância, vocês falam e escrevem “corretamente” o português de Portugal, onde as regras gramaticais têm algumas diferenças em relação ao português do Brasil. Essas diferenças refletem as particularidades de cada variante da língua, como o uso do gerúndio, a conjugação verbal e a colocação dos pronomes. Além disso, há nuances culturais e regionais que influenciam o uso da língua em cada país. Não há um português “correto”; o que existe são as regras de cada país, que devem ser respeitadas e entendidas em seu contexto.
Moro no interior de Alagoas. Outro dia fui ao mercadinho aqui da esquina e o cara que estava na minha frente olhou pro dono e falou algo como "mrêuagradcevê" quase assoprando todas as sílabas bem rápido.
Fiquei bem confuso esperando a reação do dono que usando uma capacidade que eu mesmo não tenho mais, compreedeu e puxou UMA GRADE DE CERVEJA pro cara.
Aí eu percebi que ele falou "Me vê uma grade de cerveja"
Esse tipo de coisa é bem comum por aqui, principalmente vindo de pessoas mais velhas ou das partes mais rurais. Nesse canal eu venho entendo que esse tipo de fenômeno tem uma lógica por trás e agora eu venho prestando mais atenção na forma como as pessoas daqui falam. É fascinante identificar os padrões.
Em minha fase escolar quem falava assim era ridicularizado entre os colegas como alguém burro que fala errado. É gratificante tirar essa ideia da minha mente.
Se esse cara falasse isso para mim, eu iria perguntar assim: você poderia falar bem devagar para mim? Eu só entendo português devagar. 😂😂😂
Isso demonstra a variedade dos "português BR", que temos aqui no nosso País. Bem legal! Sou de São Paulo. Em 2007 vim morar em Minas gerais, Minduri. No início eu não entendia bem o que as pessoas diziam. Hoje já consigo entender e até falar o "PT-BR-MG-MINDURI". 😅
Sou de Maceió e eu entendi de cara o "mrêuagradcevê" kkkkkkk
Sou de Arapiraca xd
A: "Dontu ren? Ontu rai?
B: "Eu nu rô pacaninhun... eu tendbarrê unsbagúi dibada reladêra..."
Ou: "Tô querenunpokindágua relada."
Outro exemplo:
A: "Ôrri dizê q'tu tarra remenondinôi. Tu tarra cuaguma dô?"
B: "Eu não. Eu tarremendôtacoisa". 😂
Ou: "tutarremenidô?"
Ou ainda: "Coméqtutarrondinôi?" "Coméqturrondimanhã. Tarsisentinu ben?"
"Cadiquê tu tarrescutanaconversatrái da porta?"
já ouvi esse inusitado dialeto
algumas vezes aqui em Alagoas, e falado bem rápido 😂 com as palavras bem aglutinadas e sílabas totalmente dispensáveis em nome desse pragmatismo linguístico.
E o detalhe é que o v ou o g
é frequentemente substituído pelo r 😂 e o d desaparece na terminação dos gerúndios.
Gostaria de entender linguisticamente esse fenômeno 🤔
O inglês do Canadá é o mais maluco de todos. A gente chega aqui e tem que entender pessoas de vários lugares do mundo, falando inglês e interpretando sons conforme sua língua natal. E a hora que você finalmente consegue entender um sotaque, aparece outra pessoa, falando de uma forma completamente diferente.
muito louco isso, eu tenho um amigo paquistanês, conversávamos em ingles mas eu tinha o meu sotaque e ele o dele, por exemplo eu não entendia quando ele falava uma palavra como "five", ele me explicou que no idioma dele não existe a letra "V" então eles praticamente nao conseguem falar direito palavras que tenham V, com o tempo acostumei mas era estranho
@@Striderr10... a língua dele é o ÁRABE, amigo. Também não tem som de P.
Mas piora, nada no Canadá é pior do que o francês, que é falado pelos próprios nativos da parte francófona, mas que ninguém de fora entende nada, só eles mesmos se entendem entre si…
@@PauloPereira-jj4jv Uma vez na sala de aula de ingles uns alunos do oriente médio apresentaram um trabalho sobre uma personalidade brasileira que eles admiravam, um tal de Bili.. demorou um pouco pra entendermos que era o Pelé..
@@tamiresalybia1743Vocês não corrigiram a pronúncia pra eles? .-.
Essa é a razão por que entender língua estrangeira é difícil. Não é que se fala rápido, é pelas elisões etc. Se o falante falar rápido pronunciando tudo claramente sem elisão, entende-se bem qualquer língua estrangeira que se estudou.
japonêso é facílimoru💀
Não tenho esse problema.
Agora entendi por que mando bem no inglês, mas não entendo o que os gringos falam kkkkkkk
Eu tenho muito essa dificuldade com o inglês. Boa observação!
@@Catiane.Oliveira Isto acontece (em parte) porque existe uma coisa chamada "SINTAGMA MORFOLÓGICO".
O poder da lingua materna é inexplicavel
Língua materna/paterna/natal.
Verdade rsrsrs qdo comecei a estudar francês minha professora foi explicar as liaisons e saiu com “é igual em português, a mesma coisa. Ninguém fala igual a um GPS” kkkk adoooro professores assim!
Em menos de 4 minutos você me fez entender a crase, coisa que nenhum professor conseguiu até agora, não desista, seu conteúdo é incrível
Cara exatamente pqp, eu falei “era isso crase todo esse tempo?”
Menino, eu tô dando aula de português pra uma aluna japonesa que é cantora e quer cantar bossa nova. A quantidade de reduções de sílabas é loucura…
Por exemplo: O Barquinho - Maysa
“…e o barquinho é o coração…”
“yu baquinnuéu coração”
Desafinado - João Gilberto
“…no peito dos desafinados também bate um coração.”
“… também batchum coração.”
A gente não é obrigado a pensar na complexidade dessas conexões até precisar ensinar um estrangeiro a pronunciar a nossa língua corretamente haha
EU ESTUDAVA CANTO NO RIO E NO CONSERVATORIO TINHA UM ALUNO AMERICANO QUE SO QUERIA CANTAR SAMBA, EERA ABSURDO, MAS ELE INSISTIA, NAO SOUBE MAIS, MAS TO ACHANDO QUE NAO EMPLACOU.KK
Crianças ou adultos, no início da alfabetização, quando tentam escrever o sons das palavras, percebem esses fenômenos e transcrevem da forma que realmente falamos.
Já notei o que a maioria de quem aprende inglês tem dificuldade em pronunciar palavras como town e down. Para facilitar, dou como exemplo as expressões "dá um tempo" e "tá um dia bonito". Particularmente chamo isso de ditongo intervocálico. Ideia minha para mim.
Esse eu considero até tranquilo, o que me pega mesmo é o som de 'rl' como em 'girl' ou 'world.
@@vivies2pra falar girl tem que fazer um malabarismo na lingua kkkkkkk mas ja reparou que a boca não abre muito quando falamos português? Ja no inglês tem que fazer vários gestos com a boca.
@@vivies2preciso me esforçar toda vez pra sair essas palavras 😂
@@vivies2 depois que aprende é tranquilo pq você já deve fazer esse som tranquilamente, só que quando você olha a palavra parece que é dificil. a parte que "pega" é simplesmente o mesmo som "ir" de "bird" que você provavelmente já deve falar corretamente
@@maiks2891Tem certas palavras que só aprende na prática mesmo
Moro em Portugal e uma coisa que reparei é que os portugueses dão uma pequena (às vezes nem tão pequena) pausa após o "que" e o "porque", quase como se precisasse de algum ato solene pra chamar a próxima palavra. E eu sinto que isso quebra muito o ritmo, depois que reparei isso, nunca mais deixou de me chamar a atenção. Sua explicação sobre elisão me esclareceu o porquê de essa pequena pausa causar uma estranheza...
Eles fazem essa pausa por influência do francês.
Eles falam porq e não porque (com o som do E no final)😅
@@isag.s.174 ????
@@zuarbrincar769Acho que ela quis dizer que os portugueses deixam de vocalizar o "e" no final dos "porquês". Mas depende do sotaque também,mesmo em Portugal há diferentes sotaques. Eu escuto mais um "p'rcã" do que "por quê" quando os portugueses falam.
@@oreidaazenha23 p'rcã, também escuto isso
Primeira vez que o algoritmo me sugere um vídeo realmente interessante. Sou bilíngue e formada em Letras. Esse conteúdo me fez voltar a conteúdos que vi na graduação e já nem lembrava mais.
🤯 Passamos anos "estudando português" na escola e, realmente, não estudamos coisa alguma. Esta "simples" explicação, sim, faz toda a diferença para fluência de uma língua. Neste caso, no mínio o nativa! Obrigadíssimo (inscrito)
eu odiava estudar portugues na escola mas achei o video interessantíssimo
Os professores reproduzem à gramática normativa, querem reger normas à língua, o que não condiz com a fala dia a dia.
Estudamos pelo menos um desses casos que é a crase.
A gente estuda, você só esqueceu
@@RoddyBezerraEles fazem o correto, sabem que a adaptação para a linguagem "corrida" acontece. Nenhuma pessoa que leciona o idioma, quer "reger". E a língua precisa ter uma base referencial.
Acho incrível como ver esse canal ao mesmo tempo q me FAZ SORRIR com tanto aprendizado me FAZ CHORAR por não ter a capacidade desse cara de aprender tantos idiomas de forma a parecer algo tão simples kkkkkkkkkkkk
Não diga que não tem a capacidade. Se você fala português fazendo sinalefas sem perceber, você pode tudo kkkk
19:06
Deve ter um componente genético que faz com que certas pessoas tenham mais capacidade de aprender outros idiomas.
Este é meu primeiro contato com o seu canal... Fascinante Mundo Novo para os meus ouvidos... Encantada. Muita satisfação e alegria em conhecê-lo. Brasilia - DF
@@darienchiba6682Uma pequena dose autismo também.
Acho que o grande segredo é que não pensamos nos processos continuamente, não pensamos na proxima palavra, simplesmente pensamos as palavras de forma encadeada o que torna esse processo natural. O estrangeiro aprende palavra por palavra, enquanto o nativo aprende as palavras por encadeamento.
Nao, há infinitas frases, somos seres pensantes, não papagaios.
É preciso pensar nisso no começo de aprendizado de uma lingua extrangeira
@@eric45005 Quando aprendemos um idioma de forma nativa, ou seja, como seu primeiro idioma não aprendemos palavra por palavra, aprendemos ouvindo e repetindo, é um processo natural. Quando aprendemos uma lingua estrangeira o processo é diferente, pois aprendemos palavra por palavra, foi o que eu disse na mensagem acima, talvez vc não tenha conseguido interpretar corretamente. Aprender um idioma de forma nativa é diferente de aprendê-lo sendo estrangeiro.
@@vinicruz77 o aprendizado na infancia é totalmente diferente do adulto. Concordo nao devemos aprender palavras separadas, mas essa ideia de decorar frases no lugar de entender o idioma eu discordo totalmente
@@vinicruz77 É necessario entender como as palavras se juntam, os porques da lingua, não dá pra aprender como criança, sendo um adulto.
@@eric45005 Mas em nenhum momento foi falado em decorar frases hahaha só falei da diferença de aprendizado entre um nativo e um estrangeiro.
Não sei se encaixaria na proposta do seu canal, mas quando você chegou na parte em que usou da poesia como exemplo, percebi que seria bem interessante se você fizesse um vídeo sobre a "musicalidade" da nossa língua.
Digo, das influências estrageiras e nativas ao decorrer do tempo... seria massa!
Sairia uma vídeo desses algum dia?
Também apóio essa ideia! 😁
"não sei se me encaixaria na proposta do seu canal" meu objetivo é ser educado assim
Up
Vídeo altamente explicativo e didático. Eu amo o "dendá" pia, o "dendá" gaveta de alguns falantes brasileiros.
Reparei que eu falo assim 😂
Obrigado pelo comentário!
No caso que você mencionou, acontece uma *apócope,* que é um fenômeno diferente do mencionado no vídeo:
_dentro da pia --> den' da pia_
Como pode ver, o que acontece aí é o desaparecimento do final da palavra "dentro" sem que isso tenha qualquer relação com o contato entre duas vogais, então não tem nenhuma relação com a sinalefa, que foi mostrada no vídeo.
Esse aí é um outro fenômeno que ocorre na nossa língua, mas não em todos os sotaques.
Entretanto, a sinalefa (explicada no vídeo) é própria de todos os sotaques da língua portuguesa.
Ficou claro? Abraço!
Ele estava na borda da piscina, escorregou e CAIU DEND'ÁGUA.
Como sou cantora, preciso pronunciar cada sílaba bem explicadinha junto com cada nota. Fica engraçado o que a gente se surpreende pronunciando de uma maneira que não costuma.
Um fenômeno que já reparei é que quando a gente está usando o grau digamos normal do substantivo e resolve usar o diminutivo, ou vice-versa, os sons das sílabas átonas se modificam.
Um exemplo do que foi falado no vídeo é a famosa frase "Eva e Adão"
É assim que pensam os políticos... fornecedores de matéria-prima pro STF. Kkk 😂
😄
Não me recordo quem foi, mas algum escritor brasileiro já disse que quando criança entendia a professora dizer Pedroal Vares Cabral xD
Kkkkkkkk Eu lembrei que quando criança eu pensava que papel higiênico era "papelgênico" até que um dia, sozinha, veio a luz e eu me toquei que era papel higiênico, de higiene 😅😅😅
Como gosto de brincar com o Suno - aquele programa de fazer músicas - tive de aprender a mexer com fonemas pra quando eu queria forçar o aplicativo a cantar como eu precisava naquele momento. No caso, por exemplo, em vez de "Meu grande amigo", eu poderia ter posto "Meu _grandjamigo_". Ou coisas do gênero!
Já quando eu queria garantir a separação entre fonemas, colocava hífem!
É engraçado essa dificuldade acontecer com nativos de inglês, sendo que eles fazem várias elisões na própria língua. Acho que é porque a nova língua não faz as conexões cerebrais da fluência no aprendizado, até que o aluno esteja em um nível avançado e também porque as elisões não são as mesmas. Dei várias lições de inglês para minhas filhas e mulher e isso sempre me incomodou. Não sou linguista nem formado em Letras, mas recentemente eu recorro a analogias nas elisões para tentar facilitar esse aprendizado da fluência.
Na experiência, isso vêm com o tempo, quando pegava vídeos sem legenda pra estudar, eu reparava nesses fenômenos, mas não sabia o nome.
Tenho um vizinho que conheço desde a infância que todos o chamam de "zantonho", fui perceber q ele se chamava José Antonio depois de adulto.
Hehehe. E ninguém contraiu isso aí pra 'zantõi', não?
@@Ollemhebb não hahaha
Kkkkkkkkkk
Agora eu sei porque eu achava que o nome era BELORIZONTE, e porque eu achava que era um nome próprio sem significado kkkkkkkk
Ou Belzonte...
Não foi às aulas de geografia?
Nunca leu um jornal?
17:25 Isso!
Quando eu aprendi português e falava com brasileiros, eles dizem "português é difícil, porque falamos tão rápido" - pra mim não. Velocidade foi nunca um problema pra mim. O que foi o problema foi como se as palavras ligam, sem saber as palavras próprias foi quase impossível distinguir palavras novas na frase que se seguiram.
Também eu precisei praticar para dizer estes conjuntos naturalmente, a minha língua materna é bem diferente nisso, mas falar nesse jeito foi mais fácil que reconhecer palavras que ainda não sabia 🙂
SE A LENDA DESSA PAIXÃO
Faz sorrir ou faz choraaaar (8)
O coração é quem sabe
aí seria uma haplologia, camarada: se a lend'dessa paixão hahahahahaha
Se a Lua toca no mar
Ela pode nos tocar
Eu, às vezes, abrevio "mais rápido" para "marrápido". Imagine explicar isso para um dos seus alunos que não falam português hahha
No mineirês tem muito exemplo: Oncotô, oncovô, proncê vai, rôsdoce, docindileti.
Não é só MG
O Brasil inteiro faz essas reduções em alguma medida
E no Rio acrescentam hahaha coinsciência , vocêis hahaha
No mineirês tem algo que chamam de haplologia, salvo engano.
Meu idioma é lindemai sô
Afi, dói só em pronunciar...😅 é feio
Trabalhei muitos anos num call center português. Os tugas evidenciam muito as crases… ouvi falar muitas vezes “a a igreja”
Esse tópico me lembrou outro fenômeno muito interessante do português, que uma professora minha da faculdade comentou, mas sobre o qual nunca estudei a fundo: como a gente omite certas estruturas como acontece em "Machado de Assis", que falamos "Macha'de Assis", ou "faculdade de Letras", "faculda'de Letras". Já reparei acontecendo com estruturas diferentes de "d", mas não me ocorrem agora. Como isso funciona?
Acabei de compartilhar esse vídeo com meu marido gaúcho. É uma vida de mais de 35 anos com ele me corrigindo o 'Portalegre'...hoje ficou claro pra mim o porquê dele não conseguir fluência no inglês por mais que estude: se não puder se fluente na língua nativa não vai conseguí-lo em nenhuma outra! Outro dia o vi no YT pelejando com "schwa" que o professor ensinava.
Já estou recomendando pra estudantes de sânscrito este vídeo pra entenderem com "mais naturalidade" o sandhi. Muito bom! Já senti um cheiro/vontade de tratar das semivogais (em sânscrito "antaḥstha", literalmente "que está antes"). Pro sânscrito é fundamental o sandhi, e é importantíssimo entender isso pra entender a influência do sânscrito em outras línguas, como o grego antigo, latim antigo, oersa antigo e afins. Muito bom!
@VainaMoinen-b7h sim, há um "intercâmbio verbético" entre os povos antigos. Não sou especialista no assunto, mas em uma aula com HD Gosvāmī, doutor em sânscrito (entre outros assuntos), ele trouxe diversas raízes verbais destas línguas que certamente vieram do sânscrito.
Cara você é fã do Slackware, xícara e sistema operacional, aí sim em, usuário raiz.
Salve Glossonauta! Poderia fazer um vídeo falando sobre por que o Português brasileiro para ser "cantado"?
Um fenômeno que percebo no sotaque aqui da minha região (moro em Sergipe), é que, quando a palavra termina em consoante + vogal + s, a última vogal normalmente é omitida, por exemplo, diferentes vira diferents, aves vira avs, lápis vira láps, a palavra que mais sofre com isso é a palavra ônibus, que perde duas vogais normalmente, tornando-se ônbs.
0:45 Acho IMPORTANTÍSSIMO complementar que o coração é quem sabe e se a lua toca no mar, ela pode nos tocar. Pra dizer que o amor não se acabe.
eu sabia que no inglês tinha bastante disso como por exemplo no "djev" pra "Did you have?". Mas eu achava que no português acontecia em poucos casos como no 'mineirês' "oncotô?" pra "onde que eu estou?" e "poncovô?" pra "para onde que eu vou?". Foi muito interessante aprender que a aplicação disso no português é muito mais abrangente do que eu pensava!
Sou de exatas, mas linguística sempre me fascinou. Ótimo conteúdo!
Eu também tenho um grande fascínio pela área de exatas. Eu não poderia viver só de linguística haha
Eu também!
Talvez estudar a área de computação, mais especificamente a área de linguagens de programação e construção de compiladores, possa satisfazer esse desejo de aprender mais sobre linguística. Recomendo demais!
@@galdutro não concordo... eu estudei linguagens de programação na faculdade e, sinceramente, quero distância daquilo kkkkk
@@flaviobaran7135 kkkkkkkkk
É complicado mesmo. Lembro até hoje que um dos primeiros assuntos que o professor passou foi a hierarquia de gramaticas de Chomsky. Demorou pra cair a ficha que era o mesmo Chomsky da linguística kkkk
Como alguém pode ser tão bonito explicando língua portuguesa?
Ótimo vídeo, há uma explicação de o porquê no nordeste isso parece acontecer de maneira mais intensa?
*Ex: "Alkingel" = "Álcool em gel"*
Rsrs.
Essa aula é otima para estrangeiros que estai apreendendo português.
Eu estudava inglês e assistia aulas com essas mesmas explicações em inglês.
Dei aulas de inglês por 33 anos. Mostrava isso em inglês onde temos a "strong" x "weak" pronunciation e comparava com examplos como Esses em Português
I noticed your accent is definitely a mixture of Spanish and Portuguese. It sounds also more Portuguese from Portugal. I'm learning Portuguese. I'm surprised I can understand you but yet I don't know if other Brazilians would be able to able to do so depending on the region.
Todos os brasileiros, de qualquer região, entendem o sotaque dele
Agora são novoras aqui em Portugal... haha beijinhos
Exatamente haha
Muito interessante. Já presenciei um caso engraçado de um conhecido que se chamava Vitor Hugo ter o apelido de Torugo, pelas pessoas perceberem essa junção kk
E é por isso que AQUISIÇÃO e APRENDIZAGEM nunca serão a mesma coisa! Ambos nos tornam capazes de nos comunicar através de idiomas, mas os processos são completamente diferentes...
Confesso que mesmo sendo brasileiro, às vezes não consigo entender direito algumas pessoas falando, principalmente pessoas do nordeste quando falam muito rápido. Parece quase outro idioma. Aí penso naquela polêmica de dizer que são dialetos. A propósito, o que define um dialeto? Podemos dizer que as diferentes regiões do país falam diferentes dialetos? Qual é a característica que diferencia os dialetos de simples acentuações regionais? Acho incrível seus vídeos! Faz cada vez mais eu gostar do nosso idioma! Obrigado!
Boas observações. 👍
Não são dialetos
O conceito de dialeto é tão arbitrário quanto o de continentes. Já vi estudiosos negando o uso desse termo. Seria interessante aprofundar isso.
@@lucas-pradonão sei se no Brasil exista um "dialeto". Existem regionalismos e sotaques. Porém na Itália, existem dialetos:são "idiomas" totalmente diferentes. Os do Sul praticamente não entendem os do Norte. Até a forma escrita é diferente. Totalmente diferentes!
Eu falo 8 línguas, mas fico muito feliz por ter o Português como primeira língua lol
Grava um video comentado nossa capacidade de compreender e se comunicar com diferentes sotaques simultâneamente
Caberia um vídeo sobre o tema: A gramática portuguesa está ficando mais brasileira .
O cara do estranha história te citou na live dele ontem
Isso é cultura!
Ele quer fazer um vídeo sobre o "j" ou algo assim
A elisão foi algo muito interessante. Dependendo do sotaque esse fenômeno se acentua ainda mais
Isso. Em alguns sotaques, é mais comum a sinérese (conectar as palavras transformando uma das vogais em semivogal, mas sem eliminar o som), já em outros sotaques a elisão é mais comum (simplesmente eliminar o som).
Em todos os sotaques da língua portuguesa, a sinalefa acontece, mas o tipo de sinalefa mais frequente pode variar mesmo.
Abraço!
Mas eu acho que isso é comum nas línguas em geral só que isso se manifesta de diferentes formas em cada uma delas, pq esse tipo de coisa acontece naturalmente na língua/pronúncia falada do dia a dia
Em português eu não tinha feito muita atenção, mas aprendendo italiano eu percebi, inclusive porque é também representado na escrita.
Mudando de assunto, quando eu era mais jovem eu entendia que as línguas eram formas de criptografia de cada povo. Inclusive, a primeira vez que conversei com alguém que falava tão bem português, minha mente "bugou", porque visualmente minha mente identificava que aquela pessoa era de outra "tribo", mas sonoramente minha mente interpretava que eu falava com um brasileiro.
Genial !
Estou com muita dificuldade para entender a fala relaxada do inglês coloquial, mas agora sei uma das explicações possíveis para essa dificuldade.
Cara, sem chances de fazer isso de forma consciente e soar natural.
Interessante que há casos onde a crase não é marcada. Quando criança aprendi que a crase é quando dois As se juntam e são pronunciados como um único A, daí então quando eu fui escrever a frase "o menino entregou a agenda para a mãe", eu escrevi "o menino entregou àgenda para a mãe". Bom, a professora só disse que tava errado e não deu maiores explicações kkkk, mas vejo que tinha uma lógica no que pensei.
Mas nesse caso não ocorre crase, pois como o "A"(artigo) é forte, enquanto o "A" de agenda é fraco(tendo em vista que a sílaba tônica de agenda é em "gen"), os falantes pronunciam os dois As. Portanto não é uma cráse não marcada, já que não ocorre cráse.
@@99temporal Quando o a palavra seguinte tem um "A" forte, é aí que ambos os "As" são pronunciados, em "ele viu a árvore" os dois "As" sempre são pronunciados, não há crase. Já no caso de palavras iniciadas em "A" fraco, eu sempre pronuncio apenas um "A", realizando crase, não sei se é a maioria dos falantes que falam assim, mas pelo menos as pessoas que conheço falam.
@@camaradatrotsky5584 todo mundo que conheço sempre pronuncia, nesse caso da agenda e similares, dois "A" com sons diferentes
@@99temporal De que estado você é? Eu sou do Sul do Rio, aqui todo mundo pronuncia um só "A".
@@camaradatrotsky5584 interior do Rio (o sotaque é um pouco diferente do rio capital)
Voltando aqui pra falar que o conteúdo desse vídeo tá me ajudando muito a ler poesia, principalmente a poesia épica. A Ilíada na tradução de Carlos Alberto Nunes tá maravilhosa de se ler!
Fico muito feliz por isso! Um abraço! :)
Eu acho que no espanhol tbm tem esses fenomenos, deve ser um fenomeno de linguas latinas
Isso mesmo, tem em espanhol também.
Caramba. Eu queria entender isso desde o primário. Nunca me explicaram isso. E eu não gostava de português pq nao era lógico. Poesia funcionava só na escrita e nao na hr de "cantar". Esse vídeo abriu minha cabeça
Agora entendi por que alguns gringos falam de forma robótica, eles não conseguem fazer essa conexão subconsciente
Incrível! Parece com aquela técnica de alguns professores de inglês, que é a conexão. Fonemas que se ligam imediatamente, é isso que ocorre aqui com o português.
Olá, Glossonauta! Sou fã das suas explicações! Sou leigo.. por favor, explica por que em português nós mudamos a acentuação de várias palavras gregas, por exemplo Aristóteles no lugar de Aristotéles. Obrigado e todo sucesso
Boa. Brasileiro tem tara pela pronunciação jônica do grego kkkk
@@Stray___ Olá, caro! Vc entende desse assunto? Poderia me dar uma referência pra ler / escutar, por favor? Abs
Como um músico que trabalha frequentemente com arranjos e transcrições de canções brasileiras, sinéreses e elisões (ambas as quais eu chamava erroneamente de elisões até agora) são parte significativa do meu trabalho. Já tive momentos de achar lindo quando três partes de palavras se juntavam em uma nota só (não vou saber citar exemplos específicos agora). Na notação musical, existe uma convenção de juntar essas sílabas por um símbolo de ligadura, ou (quando não estou muito disposto a ficar fazendo isso), simplesmente escrever tudo junto sem espaço, embaixo da nota. Já percebi que em inglês que isso raramente acontece, o que explica a dificuldade em colocar esse símbolo no software que eu uso, o Finale. Como compositor de canções também já atestei a falta de naturalidade que se dá ao atribuir mais de uma nota onde se espera uma elisão ou sinérese. A musicalidade da nossa língua é uma coisa bonita demais 🧡
isso no portugues de Portugal ainda é mais dificil, por causa da redução, a pelavra 'excelente' dissem como 'shelent'
Se no Brasil eu pronunciar "xce" como "xe", vou ser chamado de burro, hahaha.
KRLH, esse canal é um puta achado, você ensina morfologia da linguagem de uma forma muito legal
Muito obrigado, rapaz! Um abraço!
O melhor 😊 Faça um vídeo sobre a métrica da poesia, se possível 👍
No primário de escola pública, minha professora nos ensinou a história do " Vossa Mercê".
Pelo menos pra mim aceitar esses fenômenos como algo normal e prosaico está de boa.
Inclusive, às vezes a gente escolhe usar ou não esses fenômenos. O Maria Isabel é um bom exemplo: Quando queremos apresentar essa Maria para alguém, a gente capricha na articulação da pronúncia para ficar o nome real bem claro para o interlocutor, mas depois vira Marisabel mesmo.
Consoante a Castilho, em Tratado de Versificação Portuguesa:
"Vogais contrai a Sinérese,
Dentro na mesma dicção;
mas tu, Sinalefa, absorve-las
se em duas palavras são".
Antonio Feliciano de Castilho diferencia sinérese de sinalefa, pois para poesia são modos de escandir diferentes. A sinérese acontece dentro de uma só palavra, já a sinalefa (elisão) ocorre na passagem de uma palavra para outra.
"Uma escada": para a poesia, existem quatro sons. U(01)ma es(02)ca(03)da(04). Sinalefa.
Contudo, não ocorre sempre, pois existem algumas regras. Uma vogal, seguida de outra ou agá, elidem-se, exceto quando a antecessora é fortemente acentuada ou parte dum ditongo. Podem haver elisões com mais de quatro sílabas gramaticais, contudo é considerado um barbarismo. Por fim, vogais mais pausadas, fortemente acentuadas ou abertas não se elidem com facilidade.
Não somente existem essas formas de escansão, mas também várias outras. Como escandir a sílaba átona após um hemistíquio. Em suma, tudo isso está presente no Tratado de Versificação Portugueza (com -z por causa da ortografia da época). Castilho foi importante para com metaplasmos e a versificação da nossa língua. Os textos não foram reeditados, infelizmente. Para quem quiser os ler, precisará os consumir numa edição de 1800. Espero ter contribuído para esta aula! Tenho 17 anos e sou aficionado por Português. Glossonauta, seu canal é o melhor quando se fala sobre ensino!
Sensacional!!!! Fui alfabetizado pelo método silábico, então, elisão, etc, proibido na minha cabeça. Assim, a tendência minha sempre foi reduzir esse fenômeno na minha mente (apesar de estar sempre fazendo sem perceber). A primeira forte percepção da elisão eu tive quando recebi algumas aulas de francês, mas na minha cabeça o português tinha sílabas e todas deveriam ser ditas. Daí percebi, depois de muito tempo, que a língua inglesa também abriga fortemente esse fenômeno. Por isso o que eu lia não batia com o que ouvia nessas línguas. Obrigado pela explicação. Agora está tudo muito claro.
Só que no inglês esse "fenômeno" é imprescindível, é natural para a fluência. Você tem de falar assim ou NÃO SERÁ ENTE NDIDO.
Em Minas Gerais eles levaram a Elisão muito a sério 😂
Fascinante e belíssima a linguagem, sempre! Sou apaixonado pela palavra!
Nossa, que explicação incrrível! Já tinha visto isso no francês, mas como são conexões bem diferentes do português parecia algo muito estranho, mas perceber que isso também existe na nossa língua abriu muito a minha mente.
Tem um motivo pra as conexões entre palavras em francês serem complicadas pra a gente:
O francês tem a _liaison,_ só que na verdade, a _liaison_ do francês é o contrário da nossa elisão.
A elisão e a _liaison_ (que pode ser traduzida como "ligação"), apesar de serem dois tipos de sândi, são tipos opostos desse fenômeno.
A _liaison_ (ligação) faz com que um som que não aparecia venha a *aparecer* devido ao contato com uma palavra. A elisão, por outro lado, faz com que um som venha a *desaparecer* devido ao contato.
São dois tipos de sândi, mas são tipos opostos.
Elisão em francês seria _élision._
Abraço!
Eu tive um professor de história que falava "os alemães chegaram 'a á' Polônia"
Um caso de bullying por elisão: tirávamos muito sarro de um colega no ensino médio, de família japonesa, porque a mãe dele se chama Emi Okuda.
Show de bola! Aproveitando que você falou da crase, por que será que a nossa convenção diacritica é tão excentrica em relação às nossas linguas irmãs? Usamos o grave (`) para crase, o agudo (´) para as vogais abertas e o circunflexo (^) para as fechadas; já nas demais romances a convenção é (`) para as abertas, (´) para as fechadas e (^) para a crase. Poderia rolar um video sobre?
Sabia no francês ser diferente, mas não que era regra nas outras línguas. Fiquei curioso também.
"Xoude bola! Aproveitando quecê falou da crase, pque será quea nossa convenção diacritiqué tão excêntriquem relação às nossas linguazirmãs"
O conteúdo desse canal é ótimo. O meu favorito de linguística em português. Mas vídeos como esse seriam ainda melhores se tivessem mais gráficos como o da "Emília é inteligente". Pra algumas pessoas essa ajuda visual é o empurrãozinho que falta pra cair a ficha.
Quem nunca sofreu com esses fenômenos aprendendo um idioma? 😅 What is your name? O que você espera ouvir: wót is iôr neim? O que você escuta: wó shâr neim. 😂 i am on my way > ai êm on mai wei? Não, mas: â ma maw êi 😂😂😂
Nossa! Eu já havia percebido essa questão do verbo ser no inglês, mas não fazia ideia que se tratava desse fenômeno, que legal!
😂😂😂😂😂
I'm on my way = auimauê auimauê auimauê auuuuuuuuu
@@Ice_Soup_3k 🤣😂🤣😂🤣
Meu, você me fez apaixonar pela minha língua materna. Sua didática é maravilhosa.
Fico feliz! Muito obrigado pelo comentário!
Desculpa comentar isso professor, sei que o objetivo do vídeo é sobre esse fenômeno, mas não tem como não ver o quanto o senhor é belo. Parabéns pela natureza e pela inteligência única
Obrigado! Fico feliz em saber que a minha aparência é agradável. Abraço!
@@glossonautase tirar essa barba ñ o reconhecerei mais,isso passa uma sensação boa de franqueza🧐🇫🇷
Carente
Antes desse vídeo achava que o Português brasileiro era silábico, agora tenho certeza que é tudo conectado. Ótimo vídeo..🎉🎉🎉
É verdade que as palavras "para" e "porque" são as duas únicas palavras átonas com mais de uma sílaba? Porque eu reparei que embora na teoria elas devessem ser paroxítonas, elas mudam de tonalidade dependendo da frase.
Isso acontece mais com "porque", que se fosse seguir a regra de pronúncia normal, deveria soar "pôrqui", mas você só ouve "purquê", "purqui", "p'que"...
O "para" também é estranho porque se o primeiro A fosse realmente tônico, a gente não omitiria ele...
Nossa que legal! Caí de paraquedas aqui. Outro dia tava pensando que "Avenida Bandeirantes", como é longa, eu pronuncio "Aviná Bandeirantes". Já "Avenida Paulista" as vezes pronuncio certo e às vezes algo como "Avindá Paulista".
Fiquei pensando que boa parte da identidade do sotaque mineiro é justamente uma ênfase nesses fenômenos de sinalefa, em especial uma substituição mais acentuada de sinéreses por elisões. Por exemplo, em vez de falarmos carroazul, vamos direto para carrazul. Muito boa a explicação!!
Nossa, sim! Como mineiro, passei o vídeo inteiro tentando identificar se as sinéreses que ele usou de exemplo não soavam ainda mais naturais pra mim como elisões. Foi muito interessante perceber que esses fenômenos tão característicos do meu sotaque, na verdade são muito universais, mesmo que eu dê um peso maior a eles.
Oi, tudo bem? Vou explicar melhor sobre o que acontece no sotaque mineiro:
A elisão dos mineiros *não* é diferente da dos outros brasileiros. No caso deles, o que acontece de diferente é a *apócope* (da qual eu não falei no vídeo), que é quando se elimina o final de uma palavra sem que isso tenha relação com o contado de duas vogais, como em:
_dentro de casa -> den' de casa_
A elisão tem a ver com o contato de uma *vogal* final com a *vogal* inicial da próxima palavra, que nada tem a ver com essas reduções características dos mineiros.
A variação entre "carrazul" (elisão) e "carroazul" (sinérese) acontece em todo o país.
Coisas como apócope (cortar o final das palavras), aférese (cortar o começo das palavras), entre outros fenômenos semelhantes, esses têm mais relação com o sotaque mineiro (e sem que isso tenha a ver com o contato de duas vogais).
Ficou claro? Abraço!
@@glossonauta Muito obrigado!!
Rapaz, eu percebia muito isso na língua inglesa (não exatamente com vogais) e me perguntava porque não tinha algo parecido com isso na língua portuguesa. Com esse vídeo, já percebi que pode ter em qualquer língua o fenômeno de "criar atalhos" na pronúncia.
"Sea" lenda dessa paixão
Faz sorrir ou faz chorar
O coração é quem sabe
Sandi da Sandy 😅
Isso mesmo! Haha
"sorrirou"
Em Minas Gerais as palavras sofrem conexao o tempo todo abria porta, me vê um cadindi pão di queijo ai sô!
O que mais me empressiona é a elisão dum pronome oblíquo com outro pronome oblíquo, por exemplo:
Um homem tinha uma flor e vendo uma mulher bela *lha* deu.
Apenas neste lha temos a informação "a flor para ela".
Percebem o que ocorre aqui? Uma só palavra ao mesmo tempo carrega um objeto direto e um indireto!
Imagino que seja um fenômeno especialíssimo, pena que não acontece na fala corrente.
E uma pergunta, alguém poderia dizer se ele ocorre em outro idioma?
Pois é! Comum encontrar em textos antigos; contudo nos atuais, até mesmo para tradução da Biblia, por exemplo, estão preferindo a forma mais dispendiosa, tipo: «ela disse isso para mim», em vez de «ela disse-mo».
Acho que no romeno ainda tem. Não sei em outras línguas latinas.
Cai de paraquedas, e achei o vídeo interessantíssimo!
Muito obrigado e seja bem-vindo ao canal!