Pela primeira vez uma mulher comanda helicóptero de ataque da Força Aérea Brasileira (FAB)
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- เผยแพร่เมื่อ 31 ม.ค. 2025
- A Tenente Aviadora Vitória Bernal Cavalcanti entrou para a história da aviação brasileira ao se tornar a primeira mulher do País a alçar voo no comando de um helicóptero de ataque. Ela realizou a sua primeira instrução no cockpit da aeronave AH-2 Sabre, com sede na Base Aérea de Porto Velho.
“É uma grande honra e responsabilidade ser a primeira mulher a pilotar um helicóptero de ataque da Força Aérea Brasileira. Espero que isso sirva de inspiração para todas as mulheres, mostrando que, por meio do esforço e da dedicação, nós podemos alcançar qualquer objetivo”, ressaltou.
Formada pela Academia da Força Aérea (AFA) em 2013, a Tenente Vitória, hoje aos 23 anos, é natural de São Paulo (SP). Ela é a primeira aviadora do Esquadrão Poti, equipado com os helicópteros de ataque AH-2. A aeronave, armada com um canhão de 23mm e capaz de lançar mísseis e foguetes, é blindada e pesa 12 toneladas.
"Ainda terei muitos estudos e treinamentos pela frente para cumprir todas as ações da FAB atribuídas ao Esquadrão Poti, que são defesa aérea, ataque, escolta, supressão de defesa aérea inimiga, varredura e apoio aéreo aproximado”, destacou.
Após voar aviões T-25 e T-27 na AFA, a Tenente Vitória passou um ano em Natal (RN), no comando de helicópteros H-50 Esquilo. Transferida em 2015 para Porto Velho, seu primeiro desafio foi o curso teórico da aeronave AH-2 Sabre. Agora, ela treina para atuar como POSA (Piloto Operador de Sistemas de Armas), responsável por acionar o armamento do AH-2.
O esquadrão está sediado em Rondônia devido à posição estratégica dentro da Amazônia, que possibilita às aeronaves chegar a qualquer lugar do território nacional.
Vitória, que fez inúmeras missões durante a especialização no RN, como busca e salvamento, transporte de carga externa, navegação e emprego armado, se identificou com o emprego armado. Ela optou pelo Poti porque é um dos esquadrões da FAB mais especializados em helicópteros.
Chegada
A dificuldade da 2º tenente foi se adaptar à aeronave russa, que ela define como complexa e diferente de todas que ela já estava acostumada. Segundo Vitória, nunca houve estranhamento na Base Aérea pelo fato de ela ser mulher.
"Para mim é uma coisa normal. Cheguei aqui com um colega que foi da mesma turma que eu. Nós fazemos as mesmas missões, estudamos as mesmas coisas. Tem impacto maior, porque há poucos pilotos mulheres nas Forças Armadas. De 100 que integravam minha turma, por exemplo, oito eram mulheres", diz.
Para Vitória, as pessoas que não trabalham na Base Aérea são as que mais costumam se assustar pelo fato dela pilotar aeronaves. "Você vai aos lugares da cidade e quando digo que sou piloto, perguntam: Como assim?".
Com todas as qualificações, Vitória diz que as mulheres não só podem correr atrás dos sonhos, como devem.
"Se você põe um negócio na cabeça, não há nada que não possa fazer. Não desista, não abaixe a cabeça. Foco e determinação é o segredo para qualquer coisa, não só para o militarismo. As meninas não podem se assustar só porque a maioria é homem. As pessoas me receberam aqui superbem, com profissionalismo. Nunca me trataram mal ou melhor pelo fato de ser mulher. As meninas precisam ter dedicação que elas conseguem qualquer coisa”, conta.
Apesar do treinamento pesado, Vitória garante que não tem uma história "emocionante" de combate. Até hoje só participou de interceptações simuladas, porém garante que se um dia chegar a participar de um combate, estará a postos para cumprir a tarefa como qualquer outro tenente.
Cantadas no esquadrão? "Eu tenho um namorado/marido que trabalha no esquadrão ao lado. Aí todo mundo sabe e não tenho nenhum problema", diz aos risos.
Segundo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (2º/8º GAV)
/ potiesquadrao
"Ataque no Combate, Escolta no Resgate"
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Parabéns às Guerreiras Potis de ontem, hoje, sempre. Uma vez Poti, sempre Poti!