Em 15:59, você pontuou que a "Barbie Grávida" é marginalizada na Barbieland porque, naquela utopia matriarcal, as Barbies não precisariam engravidar. Mas essa informação está errada! Na verdade, a "Barbie Grávida" não existe! A boneca representada no filme é a Midge, amiga da Barbie e esposa do Allan, amigo do Ken, e foi lançada na década de 60. No entanto, a polêmica em torno de uma boneca grávida para crianças fez a Mattel tirar o brinquedo de linha, pois muitos pais na época alegaram que uma boneca grávida poderia despertar nas crianças o desejo de engravidar também. Por isso, a piadinha com a Midge (que não é e nem nunca foi Barbie Grávida) aparece no filme. Essa piada é super explícita no filme, principalmente na cena em, no final, em que o Sr. Mattel vê a Midge. Em tempo: não acho que a Greta Gerwing faça uma crítica à maternidade em "Barbie". Pelo contrário, a Glória (personagem humana) tem uma família tradicional, com marido e filha, e em nenhum momento esta constituição é colocada como "negativa" na película.
Acho que eu deveria ter deixado mais claro como eu interpretaria o filme. Há limitações na hora de interpretar um filme e essa já tinha ficado bem longa (por exemplo, eu nem cito o Allan). Eu falo em "Barbie Grávida" para não ter que contar essa história que você contou, que me obrigaria a contar todo contexto fora do filme para entender as ironias do filme (essa é uma das coisas que me irritaram num filme tão autorreferente). Eu também não acho que a Greta faça uma crítica à maternidade, mas acho que é perfeitamente possível interpretar a ausência de qualquer outro desejo das Barbies e Kens ali por formar uma família como uma preterição. Não existe "família" no mundo da Barbie do filme. No caso da Glória, podemos existe aquela leve ridicularização do marido naquela cena em que a filha pergunta se ela não vai avisar o pai e ela diz que ele vai ficar bem (daí mostra o pai num hobby sem graça, não me lembro agora qual era). Mas, como eu disse, nada de mais.
Que análise sensata! Antes de ver o filme, vi comentários de pessoas mais à esquerda e mais à direita, e ambos levando o filme muito a sério. Quando assisti com meu marido, vimos que era uma sátira muito explícita! 😅 Até me surpreendeu. Mas também não acho que seja um filme que valha a pena ver novamente
Assisti ao filme esperando ver algum ponto polêmico a ensejar tantas discórdias. No entanto, nada vi de extraordinário. É como vc diz, não há qualquer discussão política, ideológica. É um filme para uma sessão da tarde da Globo. Não recomendo, a menos que a entrada seja grátis.
Em 15:59, você pontuou que a "Barbie Grávida" é marginalizada na Barbieland porque, naquela utopia matriarcal, as Barbies não precisariam engravidar. Mas essa informação está errada! Na verdade, a "Barbie Grávida" não existe! A boneca representada no filme é a Midge, amiga da Barbie e esposa do Allan, amigo do Ken, e foi lançada na década de 60. No entanto, a polêmica em torno de uma boneca grávida para crianças fez a Mattel tirar o brinquedo de linha, pois muitos pais na época alegaram que uma boneca grávida poderia despertar nas crianças o desejo de engravidar também. Por isso, a piadinha com a Midge (que não é e nem nunca foi Barbie Grávida) aparece no filme. Essa piada é super explícita no filme, principalmente na cena em, no final, em que o Sr. Mattel vê a Midge. Em tempo: não acho que a Greta Gerwing faça uma crítica à maternidade em "Barbie". Pelo contrário, a Glória (personagem humana) tem uma família tradicional, com marido e filha, e em nenhum momento esta constituição é colocada como "negativa" na película.
Acho que eu deveria ter deixado mais claro como eu interpretaria o filme. Há limitações na hora de interpretar um filme e essa já tinha ficado bem longa (por exemplo, eu nem cito o Allan). Eu falo em "Barbie Grávida" para não ter que contar essa história que você contou, que me obrigaria a contar todo contexto fora do filme para entender as ironias do filme (essa é uma das coisas que me irritaram num filme tão autorreferente). Eu também não acho que a Greta faça uma crítica à maternidade, mas acho que é perfeitamente possível interpretar a ausência de qualquer outro desejo das Barbies e Kens ali por formar uma família como uma preterição. Não existe "família" no mundo da Barbie do filme. No caso da Glória, podemos existe aquela leve ridicularização do marido naquela cena em que a filha pergunta se ela não vai avisar o pai e ela diz que ele vai ficar bem (daí mostra o pai num hobby sem graça, não me lembro agora qual era). Mas, como eu disse, nada de mais.
Que análise sensata!
Antes de ver o filme, vi comentários de pessoas mais à esquerda e mais à direita, e ambos levando o filme muito a sério.
Quando assisti com meu marido, vimos que era uma sátira muito explícita! 😅 Até me surpreendeu. Mas também não acho que seja um filme que valha a pena ver novamente
A melhor análise que vi até agora, sem sensacionalismo e profundidade forçada
Assisti ao filme esperando ver algum ponto polêmico a ensejar tantas discórdias.
No entanto, nada vi de extraordinário. É como vc diz, não há qualquer discussão política, ideológica. É um filme para uma sessão da tarde da Globo. Não recomendo, a menos que a entrada seja grátis.
Sem dúvida! É mais interessante estudar o marketing do filme do que ver o filme.
muito boa análise, parabéns
Eu também achei que foi muito barulho desnecessário, nem fui assistir pq tanta falação encheu o saco haha
Muito bom, Rafael.👏🏼
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adorei a análise. Faz a análise do Harry Potter. O Jordan Peterson utiliza muiiitos simbolos para explicar algumas coisas em seus livros.
A ideologia do resultado da Mattel..
ahahahahhahahaa