Eu me sinto exatamente assim, me sinto deslocado do lugar. Minha irmã passou pelo mesmo, estudou ópera aqui no Brasil mas não era valorizada, aos trancos e barrancos ela conseguiu morar na Áustria graças aos programas de incentivo à cultura no governo Dilma e hoje tem sua atividade valorizada. Muito feliz pela minha irmã.
O discurso meritocrata, vem da classe dominante para as outras classes, com o propósito de nos acharmos culpados, nos acharmos um fracassado e isso, é pensado para que traga esse resultado.
não só isso. Também desmobiliza a classe trabalhadora a se organizar, criar consciência de classe. É a “mentalidade (mindset como eles gostam de chamar) do empreendedor, do vendedor de curso”, mentalidade totalmente individualista.
Seu tabalho é absurdamente necessário, a cada vídeo eu vejo como a filosofia afeta minha vida e perspectiva sobre ela. Como um trabalhador afetado pelo sistema, é bem comum se deparar mal por conta das injustiças e contradições absurdas que a gente percebe a cada dia estudando mais sobre Marx e afins. Não é fácil transformar frustação e ódio em ações pela revolução, até porque nossas particularidades podem tornar esse caminho mais uma responsabilidade dentre as outras do dia a dia, mudar a perspectiva sobre isso com seus vídeos foi muito necessário para que eu começasse a questionar tudo isso e me tornar mais feliz. É combustivel para ver a vida de outra forma, agir pela nossa causa e não só ficar com a parte dificil que é lidar com essa realidade. Muito obrigado.
Glauber, sou publicitário e desde que iniciei no processo de consciência de classe eu sinto que trabalho com algo que faz mal pra sociedade. É foda acordar todos os dias e aceitar que trabalho com algo que piora o mundo. Mas tá foda conseguir sair desse mercado tendo família e casa pra sustentar
Teria como usar o seu conhecimento e potencial em projeto alternativo? Sei que é difícil deixar a fonte de renda, mas se fizer outra coisa nas poucas horas livres, que possa começar a ajudar na conscientização de outras pessoas. É uma forma de canalizar o potencial, enquanto não consegue deixar o sistema. Talvez procurar a Soberana e pedir uma sugestão...
relaxa irmão, eu entendo sua frustração. Mas não há emprego totalmente “digno” no capitalismo, e vc tem de sustentar sua casa. Se pararmos pra pensar, se vc não pudesse ser publicitário e comunista, seria igualmente contraditório ter iphone e ser comunista. Se não fosse vc, seria outro em seu lugar. Quanto melhor vc realizar seu trabalho, no sentido moral, dentro do possível, excelente
Também sou publicitário, cara, e o que mais tem nas agências, principalmente na área de criação, são comunistas de iPhone. Então relaxa que vc não está sozinho.
Também sou publicitário e o que mais tem nas agências, principalmente na área de criação, são comunistas de iPhone. Por isso relaxa, você não está sozinho.
Isso seria assumir que o valor de um produto advém do trabalho posto sobre esse até o momento da comercialização ou seja, valor final = horas de trabalho, o que não é verdade.
@@vaeep mas o valor do produto sempre advém do trabalho posto sobre esse até o momento da comercialização. A diferença é que não é apenas um trabalhador envolvido no processo, mas sim vários, mas isso não muda em nada o fato de que lucro é salário não pago, pq TODOS esses indivíduos envolvidos no trabalho não recebem o devido valor que deveriam pelo produto comercializado.
@@GriiiiiiM Esqueceu dos casos em que 2 produtos possuem o mesmo tempo de trabalho empregado sobre eles e ainda assim possuem valores diferentes. Escassez, nicho de mercado, marca, até mesmo nostalgia e etc influenciam no valor final do produto, e muitas dessas características são transferidas somente se tendo uma marca por trás daquela produção, o mesmo conjunto de trabalhadores começando do zero provavelmente não poderiam comercializar ao mesmo preço porque precificação NÃO É baseada em horas trabalhadas, o interesse do mercado é que dita esse valor e isso qualquer estudante de economia do primeiro ano sabe ou deveria saber. Logo, não, lucro não é salário não pago, lucro é a riqueza gerada ALÉM do valor puramente material do produto que se dá por diversos fatores geralmente externos ao conjunto de trabalhadores. É um fenômeno social.
@@vaeep agora a pergunta que não quer calar, em que momento eu falei que preço tem a ver com hora trabalhada? Eu falei claramente que preço advém do trabalho empregado e não da hora trabalhada, basta ler.
Sim, só temos que tomar cuidado para não cair no estocismo atual que acabou se tornou semelhante ao fenômeno do platonismo para o povo. Estoicismo para o povo = Surgimento do sujeito como instancia absoluta/individualismo de hoje que reforça o capitalismo.
Querido Glauber, sou um estudante recente em relação às coisas que tocam a perspectiva socialista. Já fiz o seu curso e assisti a vários vídeos seus e só tenho a agradecer pelo seu trabalho e por ter aberto a minha mente em muitos aspectos e me feito enxergar obviedades que me foram escondidas por tanto tempo. Entretanto, estimado professor, durante o meu período de alienação intelectual (se assim posso colocar) tive contato com várias teorias acerca de explanações de esquerda através de uma ótica conservadora, e algumas pareciam irrefutáveis para mim. Estou escrevendo isso pois me lembrei, quando o senhor tocou no assunto tocante à superprodução ("se os trabalhadores não consumissem, o capitalismo entraria em crise" 12:20), de uma explanação que um youtuber super famoso fez sobre a crise de 1929 buscando refutar que fora uma crise de superprodução. Ele fez isso em vários episódios de diversas horas, quase como se fosse uma tese de doutorado, e eu realmente não vejo como o senhor poderia fazer um react assim como fez com o vídeo do Olavo de Carvalho, mas talvez pegando a partir de trechos de um vídeo ou outro seja possível. De qualquer forma, gostaria de deixar esse pedido para um possível vídeo futuro. O canal se chama "Ideias Radicais" do Raphäel Lima. Acho que um pedido grande desses só se sustenta pelo fato de que esse ato faria com que um grande público de jovens encontraria o seu canal através desse contato de react do streamer que eles consomem e possivelmente traria bons frutos para nosso país, o que eu sei que é uma meta do senhor com estes excelentes vídeos que produz com tanto esmero. Um abraço de um apoiador que sonha alto!
Acho que esses assuntos você deveria falar com o Humberto Matos, creio que ele poderia fazer um react sobre. Ele é mais ligado a ecnomia política do que o professor Glauber.
Sou eu de novo, assisti novamente porque me lembrei do Glauber citando Sêneca. Também lembrei da mensagem que lutar por uma sociedade melhor não exclui a busca por felicidade na sociedade atual. E gostaria de comentar uma coisa: Eu pessoalmente me informo bastante com conteúdos materialistas (e informações do mundo), com análise da realidade. E a minha reação destas análises na maioria das vezes vai para o pessimismo e acredito que isso reflete no meu cotidiano e das ações que decido sobre minha vida. Sabendo que, na verdade, as análises materialistas se tratam de questões macro, questões sociais, não individuais. Porém quem vejo muitas vezes abordar questões individuais e busca por felicidade são os Coachs, que são do outro lado político e acredito que fazem parte da batalha das ideias. Se existe um conflito de ideias e em ambos existe uma luta por se aproximar e agitar as massas, raríssimas vezes vejo marxista dando conselho de como viver a vida individual diante do capitalismo enquanto luta contra ele. Se existem obras de marxistas que já fizeram algo em relação a isso eu estou completamente por fora e eu gostaria de saber. Se não existe então creio que estudar Sêneca vai ser o caminho.
Tive uma experiência bacana no meu like; quando estava em 1.6.. likes o meu virou para 1.700. Acho sua didática diferenciada, o tempo voa ao ver seus vídeos e não cansa! Parabéns por compartilhar experiências e conhecimentos!
O que no vídeo foi chamado de "fatos subjetivos" eu chamo de "acaso". Muitas vezes queremos crer que tudo tem alguma razão de acontecer, pois indicaria termos algum controle sobre o nosso destino. Mas observando a história de vida de pessoas próximas, outras nem tanto, percebi como o acaso pode fazer alguêm mudar completamente de rumo, tanto para melhor como para pior. Para ilustrar, conto a história de uma colega de curso técnico. Nossa formatura aconteceu em 1976 e logo no ano seguinte já estávamos trabalhando no nosso primeiro emprego, mas em empresas diferentes. Um dia ela ficou sabendo que um colega de trabalho, da mesma função, formação e experiência, ganhava mais. Ao falar com o patrão sobre isso, recebeu um balde de água fria, isto é, não só os salários não seriam equiparados, como a perspectiva de crescimento na carreira não existiria. Decepcionada é muito triste com a situação, no intervalo do almoço resolveu sentar num banco de uma praça próxima. Queria pensar sobre o seu plano de pedir demissão. Mas ainda impactada pela decepção, ela começou a chorar. Um rapaz que passava por ali, percebendo o choro, aproximou-se perguntando o motivo? Então ela desabafou sobre os acontecimentos daquele dia para o desconhecido. Ele ficou empático pela situação. Disse que a empresa onde trabalhava frequentemente abria vaga para a área de processamento de dados. Entregou um cartão e sugeriu para ela ir até lá preencher uma ficha de emprego. Minha colega agradeceu e se despediram. Mas antes de retornar ao trabalho, ainda no calor do momento, foi até o endereço do cartão, pois era próximo. Três dias depois ela foi chamada, mesmo sem qualquer experiência. Era época que as empresas treinavam pessoas para trabalhar nesta nova área. O salário era um pouco maior e ela viu a possibilidade de crescimento. Com isso mudou de profissão e investiu na especialização ao ganhar uma bolsa para estudar na França. Trabalhou em empresas de ponta e chegou a ser professora. Ela já se aposentou, mas ainda presta alguns trabalhos de assessoria. Quando éramos colega de curso, percebi como era dedicada. Caso continuasse na área gráfica, tenho certeza que tb teria sucesso, só não sei se o mesmo que teve na carreira de informática. Foi um acaso ela, literalmente, ir chorar na praça. Assim como foi o acaso o rapaz passar ali naquele momento. Várias circunstâncias aconteceram, mas se ela não fosse tão dedicada e quem a entrevistou não percebesse o potencial que ela tinha, possivelmente, talvez quem sabe, ele seria mais uma pessoa que só trabalhou para sobreviver.
Como apreciadora de metal sinfônico (só Epica rsrs), progressivo a metal gothic fui diretamente ouvir sua canção kkk. A letra representou para mim como a percepção de nós é difícil e essencial. Ao perceber a emoção negativa, lembra-se que não caracteriza o indivíduo, mas faz parte dele. Não conhecia o Doom metal, mas gostei. Muito bom camarada, parabéns. Sobre a questão da meritocracia ser válida, mas não num cenário qualquer, você me fez lembrar o quão comum é que pessoas da área de T.I. ou pesquisadores, como Miguel Nicolelis, tenham saído do país para serem valorizados. Não formaremos mais tantos pesquisadores, e os que já existem estão desistindo ou saindo. Desemprego e baixo salários destrói talentos, estado mínimo também.
Ótimo vídeo e ótima EP. Muito foda, parabéns!! Estou torcendo para que um futuro album seja lançado e que tenha muito sucesso!! Além disso, vi no Metallum que você tem várias outras bandas, muito foda!!
No Brasil, ao contrário do que descreveu Pero Vaz em sua carta, em se plantando quase nada dá. Aqui, há uma sensação de nadar, nadar e morrer na praia.
As reflexões do camarada são muito refinadas, o discurso meritocrata pela boca dos liberais precisa mesmo ser esmiuçado. Já aproveitando também pra conferir seu single! Abs
Num país como o Brasil onde a grande massa é trabadora, ganhamos o suor pra por o pão na mesa, uma boa parte da sociedade joga na nossa cara porque não chegamos lá, humilhação e desprezo pelo que nós fazemos, pela nossa força de trabalho, ou seja aqui no Brasil a meritocracia não serve pra nada. Produzimos muito sem valor nenhum e no lugar errado.
Finalizei o curso CRÍTICA DA RELIGIÃO, simplesmente fantástico conteúdo. Quem tiver oportunidade de fazer não perca tempo. Vale cada centavo (e está a "preço de banana")
Sempre um conteúdo top e realista ( goste quem gostar “ é assim na vida real “ não como no mundinho de cada um ou do coletivo )! Sobreviver não é o mesmo que viver, queiramos ou não!
Uma dica pro trabalhador: veja o preço de um celular ou notebook e compare com o salário que vc recebe. Quantos celulares, notebooks ou TVs saem por dia e vc verá o qto é explorado. Há um caso de humilhação famoso em Fortaleza; houve uma briga de garotas, numa lanchonete, e uma delas falou que o preço da bolsa dela era maior que o salário mensal da outra. Ambas estavam em um ambiente chique e fico imaginando o motivo das meninas trabalhadoras quererem se parecer, visualmente, com quem as humilha. Não adianta querer pertencer a algo que talvez vc nem goste da essência.
Shalon A meritocracia é um regime JUSTO, é assim que Deus trabalha. O Bem e o Mal sempre estarão presente na criatura humana; em mãos certas o povo sorri, em mãos erradas o povo chora. É preciso saber escolher; àqueles que são merecedores devem serem os escolhidos. Shalon
Meu caro, leia sobre a Reforma Sanitária Brasileira, e sobre o conceito de saúde, biopsicossocial. Antes desse conceito se firmar, existia o de responsabilizar a pessoa pela sua saúde (persiste e insiste-se ainda, a depender do país). Vale a reflexão.
Ótimos video, Glauber. Como sempre trazendo ótimas reflexões nas mais variadas instâncias filósoficas. E quanto a sua banda hein? Vou dar uma conferida, ainda mais quando disse que seu projeto é de Doom, meu sub gênero favorito de todos hehe.
Vou rever essas reflexões. Parecem- me cair como uma luva, pois estou tentando um projeto para o doutorado e a coisa tá saindo sem inspiração. Estou certo no lugar errado ou estou errando sem enxergar os erros? A banca acadêmica massacra, o tempo é escasso, tenho que trabalhar em dois lugares para sobreviver. Valeu pelas dicas, eminente professor!
Pode ser muito fora da curva o que vou dizer, mas Isso me fez pensar que é mais eficaz ter contato de amigos próximos para conseguir um emprego, do que tentar enviar vários currículos em sites e ficar lendo discurso bizarro do LinkedIn.
Este vídeo pode ser um estímulo aos brasileiros deixarem o país ao invés de tentarem muda-lo para melhor através da criação de uma consciência de classe individual.
Meritocracia é uma mentira. Existem casos e casos, mas é exceção a superação individual. Tudo depende, no final, do acaso. Mas creio que, se houver um Estado forte e que induz o desenvolvimento e apoia o bem-estar, há maiores chances de as pessoas melhorarem de vida.
Olá, mestre! Tenho acompanhado e gostado muito dos seus vídeos. Gostaria de fazer uma sugestão para uma reflexão filosófica e um vídeo inspirado na sua fala sobre ter um trabalho musical de metal. Também gosto muito de rock, mas às vezes me pego pensando sobre um certo desencontro entre meus gostos estéticos, adquiridos ao longo da minha vida a partir do material a que tive acesso (que, quando não brasileiro, é majoritariamente estadunidense ou europeu) e a minha posição intelectual crítica ao colonialismo. Simplesmente não consigo gostar da maior parte da musicalidade produzida na região em que vivo (moro no estado da Bahia, no Brasil). Sei que, no final das contas, talvez seja sempre impossível conciliar completamente estas duas esferas, mas gostaria de saber como você lida com isto e se há algum filósofo ou corrente da filosofia que se debruçou sobre este problema. Desde já agradeço e parabenizo pelo seu excelente trabalho.
Então!! Projeção da felicidade???.... tem como ser realmente feliz quando vc olha em volta e vê só tristeza? Acho essa realização muito artificial.... sinceramente, felicidade não existe!!... Apenas temos momentos de gozo .. e esses sim podem ser individuais ....
Notei que de alguns vídeos atrás você começou a gesticular mais. Qual foi o motivo? De qualquer forma seus vídeos são muito positivos e nos ajudam a entender um pouco mais as lições filosóficas. Obrigado e parabéns pelo good job.
O problema do pensamento liberal é que, além de formalista, é igualmente atomistico, não leva em consideração o contexto e nem o ponto de partida, é portanto uma falácia
Mas na parte final do vídeo não teríamos um equívoco? Não importa se for na Alemanha ou no Brasil, a classe trabalhadora não estaria sendo explorada da mesma forma? A única diferença seria que na Alemanha, nos EUA, na China, São Paulo, Santa Catarina, etc você estaria sendo explorado da melhor forma possível. Ainda que eu entenda o objetivo do vídeo, a questão não permaneceria a mesma? A de que no capitalismo a meritocracia é falsa ou degenerada? O que seriam as questões objetivas? A situação do país ou a forma de organização social? Se puder responder, agradeço.
não sou o mestre, mas gostaria de te recomendar: 'Sociedade do Cansaço' Byung-Chul Han, 'A construção do idiota: o processo de idiossubjetivação' Rubens Casara e o 'Hiperativos! Abaixo a cultura do déficit de atenção' Christoph Turcke
Boa noite. Fiz o pagamento duas vezes sem querer do curso de 25 reais na promoção, sobre religião, mas acabei tazendo o pagamento duas vezes pois não recebi o curso de imediato. tem possibilidade de devolução de 25 reais, já que eu paguei duas vezes?
Olá, eu não tenho controle sobre esta parte de inscrições, tudo é feito pela plataforma Udemy. Acredito não ser possível fazer a inscrição duas vezes no mesmo curso.
Não consigo entender como o trabalhador, que está sendo pago pela sua mão de obra, pode ter direito de algo que o dono da empresa projetou, forneceu o material, ferramentas e um ambiente para realizar o trabalho. Poderia discorrer mais sobre isso?
Simples, você sabe como esse empresário chegou a essa condição, ter as máquinas, a matéria prima e o terreno, onde vai instalar a fábrica? Vamos pensar sobre isso; A terra é redonda e de ninguém, porque para você plantar ou morar, tem que comprar de alguém? Que se intitulou o primeiro dono e te obrigou a comprar?
Clodoaldo, não pretendo te dar uma resposta definitiva, mas creio que a ideia de o trabalhador ter tal direito se deve ao fato de que projetar, fornecer o material, ferramentas e ambiente deve ser considerado também um trabalho, mas que não é intrinsincamente mais valoroso que o trabalho do operário que está seguindo o projeto. São trabalhos diferentes, mas o nível de "dificuldade" de um não é necessariamente maior que o do outro, assim como o "tempo de vida" (que, em última instância, é a única coisa que qualquer humano pode vender) que exigem de seu executor. O trabalho intelectual, por exemplo, não é intrinsecamente mais valioso que o braçal, e, mesmo que consideremos que ele exige um investimento anterior que deve ser considerado na valoração, o quão maior é? Duas vezes mais valioso? Cinco vezes? Dez vezes? Que seja! Mas um valor precisa ser estabelecido ou, caso contrário, temos um ser humano explorando abusivamente do trabalho do outro. O que vemos acontecer no mundo real é que os lucros dos "donos da empresa" (estou fazendo uma grossa generalização, eu sei) são tão exponencialmente maiores que os dos executores do trabalho que esta lógica é simplesmente jogada fora. Vale lembrar, ainda, que muitas vezes não é o "dono da empresa" quem projeta aquilo que vende, podendo ele terceirizar também este "trabalho", o que reduz o seu mérito a pouco mais do que já possuir aquela riqueza acumulada. E, só mais uma coisa... talvez você esteja incorrendo no erro de pensar no capitalismo financeiro (que é o que manda no mundo hoje) como uma atividade produtiva. Não é. Talvez você tenha essa noção porque imagina que o capitalista é o empresário. Não é. O empresário é o que aparece na mídia. Nós não temos contato com o 1% mais rico. Não é gente que mora no seu bairro ou no meu, é gente que sabe que é muito mais segura no anonimato. Por isso é difícil conceber que eles existem. Mas existem e têm uma renda centenas de vezes maior que a sua e a minha juntas. Você acha que os jogadores de futebol estelares ganham muito? Saiba que, pra quem paga os salários deles, é uma esmola. Mas você sabe os nomes dos jogadores... os dos chefes deles, você não sabe. Espero ter contribuído.
@@Renan4001 Eu penso que, a gente faz essa discussão, a partir da organização capitalista, mas se pararmos para refletir, nenhum trabalho é mais ou menos valorizado para o contexto humano de sobreviver e evoluír, as diferenças, são frutos da manipulação para individualizar e separar as pessoas assim , elas ficam disputando a melhor capacidade da sua força de trabalho entre si, e não se unem, para mudarem o curso da história.
Fica mais fácil de se compreender quando se entende o que é mais-valia, que é o trabalho não pago. Numa parte do tempo o trabalhador produz valor equivalente ao seu salário, por exemplo, em 4 horas. As outras 4 horas ele trabalha de graça para o patrão. Máquinas, ferramentas, prédios etc. não geram valor, mas apenas têm o seu valor transferido para o produto ou serviço final. Quem agrega valor nesse processo é o trabalho humano.
Minhas teses: 1. O fundamental para a Economia é haver Excedente. Havendo excedente pode-se optar pelo seu uso. Não havendo, ter que vender o almoço para ter a janta é opressivo. 2. O Capital excedente, já que é excedente, não deve ser remunerado com juros exagerados. 3. O excedente gerado pela primeira geração não deve ultrapassar a terceira geração. Isto é, deve haver um teto de herança do avô para o bisneto.
O problema é quem se apropria do excedente. No livro "Teoria de class e historia" esse assunto é bem discutido. Autores S Reinick e R Wolff. È tambem feito uma analise da historia da URSS muito original!
Acho bem simplista, dizer que o capitalista é o dono, uma fábrica não se compra pronta, mas.passa um processo de grandes investimentos, quem tem dinheiro tem como investir, e aliás, existem grandes riscos, riscos dos quais muitas vezes o funcionário não sabe e não se importa com.certas questões, não é um único funcionário que produz um carro, e também não é uma fábrica, mas são vários funcionários e várias fábricas envolvidas, além de engenheiros e muitas outras áreas, uma pessoa pra gerenciar e não ser roubado, precisa ter conhecimento, se tiver só dinheiro, possivelmente vai falir.
A questão é que a atividade de correr este "risco" não pode ser recompensada como se fosse milhares de vezes mais valiosa que a "mera" execução do trabalho. E mais, este "risco" não é assim tão arriscado quanto parece a nós, trabalhadores. Primeiro porque os grandes capitalistas (gente que nem eu e nem você conhecemos pessoalmente, pois são 1% da população e com certeza não moram nem no seu bairro) não têm uma empresa, mas grupos delas. São donos, mas não no mesmo sentido que usamos pra falar que eu sou dono da minha bicicleta. Eles são acionistas. Eles nem precisam saber o que estão produzindo, pois este trabalho é feito por outros, e estes outros, por sua vez, são trabalhadores. Você talvez já tenha ouvido dizer da falência, por exemplo, de companhias aéreas. Acontece o tempo todo. Você acha que algum ricaço ficou pobre por causa disso? Pode ter certeza de que não. No máximo, realocaram seus "investimentos" em outra empresa ou outro ramo. E mais:crescentemente o capital se financeirizando, ou seja, está dissossiado da produção. É o capitalismo financeiro. Quem gerencia uma grende empresa (não tô falando da padaria da esquina) hoje não é o seu "dono" (até porque, como já disse, ele não é só um), mas um grupo de burocratas que têm como missão buscar lucro para os donos (cujo mérito é ter dinheiro).
Não existem grandes riscos. Os capitalistas utilizam do estado para grandes investimentos e transferência de riscos. Por isso o estado é burguês. E no mundo real nunca houve capitalismo sem estado.
Sugiro 2 vídeos para fazer pensar um pouco sobre a lógica da geopolítica global: Existe Capitalismo sem Estado? - canal ateuinforma roberto campos -nao, so existe capitalismo de estado sr.bob fields - canal CAFEPLAY GAMES
Eu me sinto exatamente assim, me sinto deslocado do lugar. Minha irmã passou pelo mesmo, estudou ópera aqui no Brasil mas não era valorizada, aos trancos e barrancos ela conseguiu morar na Áustria graças aos programas de incentivo à cultura no governo Dilma e hoje tem sua atividade valorizada. Muito feliz pela minha irmã.
O discurso meritocrata, vem da classe dominante para as outras classes, com o propósito de nos acharmos culpados, nos acharmos um fracassado e isso, é pensado para que traga esse resultado.
não só isso. Também desmobiliza a classe trabalhadora a se organizar, criar consciência de classe. É a “mentalidade (mindset como eles gostam de chamar) do empreendedor, do vendedor de curso”, mentalidade totalmente individualista.
Esse sistema é depressão pura, tudo a nossa volta é uma desgraça.
Seu tabalho é absurdamente necessário, a cada vídeo eu vejo como a filosofia afeta minha vida e perspectiva sobre ela. Como um trabalhador afetado pelo sistema, é bem comum se deparar mal por conta das injustiças e contradições absurdas que a gente percebe a cada dia estudando mais sobre Marx e afins. Não é fácil transformar frustação e ódio em ações pela revolução, até porque nossas particularidades podem tornar esse caminho mais uma responsabilidade dentre as outras do dia a dia, mudar a perspectiva sobre isso com seus vídeos foi muito necessário para que eu começasse a questionar tudo isso e me tornar mais feliz. É combustivel para ver a vida de outra forma, agir pela nossa causa e não só ficar com a parte dificil que é lidar com essa realidade. Muito obrigado.
A meritocracia é um discurso que legítima a desigualdade social. Vídeo extremamente necessário camarada!
Glauber, sou publicitário e desde que iniciei no processo de consciência de classe eu sinto que trabalho com algo que faz mal pra sociedade. É foda acordar todos os dias e aceitar que trabalho com algo que piora o mundo. Mas tá foda conseguir sair desse mercado tendo família e casa pra sustentar
Teria como usar o seu conhecimento e potencial em projeto alternativo? Sei que é difícil deixar a fonte de renda, mas se fizer outra coisa nas poucas horas livres, que possa começar a ajudar na conscientização de outras pessoas. É uma forma de canalizar o potencial, enquanto não consegue deixar o sistema.
Talvez procurar a Soberana e pedir uma sugestão...
relaxa irmão, eu entendo sua frustração. Mas não há emprego totalmente “digno” no capitalismo, e vc tem de sustentar sua casa. Se pararmos pra pensar, se vc não pudesse ser publicitário e comunista, seria igualmente contraditório ter iphone e ser comunista. Se não fosse vc, seria outro em seu lugar. Quanto melhor vc realizar seu trabalho, no sentido moral, dentro do possível, excelente
nao se culpe pelo seu trabalho no capitalismo! Mas lute e junte-se a organizações e movimentos
Também sou publicitário, cara, e o que mais tem nas agências, principalmente na área de criação, são comunistas de iPhone. Então relaxa que vc não está sozinho.
Também sou publicitário e o que mais tem nas agências, principalmente na área de criação, são comunistas de iPhone. Por isso relaxa, você não está sozinho.
Lucro é salário não pago.
exatamente
Isso seria assumir que o valor de um produto advém do trabalho posto sobre esse até o momento da comercialização ou seja, valor final = horas de trabalho, o que não é verdade.
@@vaeep mas o valor do produto sempre advém do trabalho posto sobre esse até o momento da comercialização. A diferença é que não é apenas um trabalhador envolvido no processo, mas sim vários, mas isso não muda em nada o fato de que lucro é salário não pago, pq TODOS esses indivíduos envolvidos no trabalho não recebem o devido valor que deveriam pelo produto comercializado.
@@GriiiiiiM Esqueceu dos casos em que 2 produtos possuem o mesmo tempo de trabalho empregado sobre eles e ainda assim possuem valores diferentes. Escassez, nicho de mercado, marca, até mesmo nostalgia e etc influenciam no valor final do produto, e muitas dessas características são transferidas somente se tendo uma marca por trás daquela produção, o mesmo conjunto de trabalhadores começando do zero provavelmente não poderiam comercializar ao mesmo preço porque precificação NÃO É baseada em horas trabalhadas, o interesse do mercado é que dita esse valor e isso qualquer estudante de economia do primeiro ano sabe ou deveria saber.
Logo, não, lucro não é salário não pago, lucro é a riqueza gerada ALÉM do valor puramente material do produto que se dá por diversos fatores geralmente externos ao conjunto de trabalhadores. É um fenômeno social.
@@vaeep agora a pergunta que não quer calar, em que momento eu falei que preço tem a ver com hora trabalhada?
Eu falei claramente que preço advém do trabalho empregado e não da hora trabalhada, basta ler.
Sobre ser fracassado, a busca da sabedoria inclusive através filosofia pode amenizar esse fenômeno.
Sim,
só temos que tomar cuidado para não cair no estocismo atual que acabou se tornou semelhante ao fenômeno do platonismo para o povo.
Estoicismo para o povo = Surgimento do sujeito como instancia absoluta/individualismo de hoje que reforça o capitalismo.
O pensamento liberal sempre é binário, por isso sempre vem a sensação de não pertencimento ou de que a vida está errada no contexto sócio-econômico!
Querido Glauber, sou um estudante recente em relação às coisas que tocam a perspectiva socialista. Já fiz o seu curso e assisti a vários vídeos seus e só tenho a agradecer pelo seu trabalho e por ter aberto a minha mente em muitos aspectos e me feito enxergar obviedades que me foram escondidas por tanto tempo.
Entretanto, estimado professor, durante o meu período de alienação intelectual (se assim posso colocar) tive contato com várias teorias acerca de explanações de esquerda através de uma ótica conservadora, e algumas pareciam irrefutáveis para mim.
Estou escrevendo isso pois me lembrei, quando o senhor tocou no assunto tocante à superprodução ("se os trabalhadores não consumissem, o capitalismo entraria em crise" 12:20), de uma explanação que um youtuber super famoso fez sobre a crise de 1929 buscando refutar que fora uma crise de superprodução. Ele fez isso em vários episódios de diversas horas, quase como se fosse uma tese de doutorado, e eu realmente não vejo como o senhor poderia fazer um react assim como fez com o vídeo do Olavo de Carvalho, mas talvez pegando a partir de trechos de um vídeo ou outro seja possível. De qualquer forma, gostaria de deixar esse pedido para um possível vídeo futuro.
O canal se chama "Ideias Radicais" do Raphäel Lima.
Acho que um pedido grande desses só se sustenta pelo fato de que esse ato faria com que um grande público de jovens encontraria o seu canal através desse contato de react do streamer que eles consomem e possivelmente traria bons frutos para nosso país, o que eu sei que é uma meta do senhor com estes excelentes vídeos que produz com tanto esmero.
Um abraço de um apoiador que sonha alto!
Talvez fosse melhor mandar uma mensagem privada, como num e-mail, mas escrevi aqui para dar engajamento para o vídeo também. Abraços!
Acho que esses assuntos você deveria falar com o Humberto Matos, creio que ele poderia fazer um react sobre.
Ele é mais ligado a ecnomia política do que o professor Glauber.
@@joaopedrofranco7573 Humberto Matos recentemente fez um vídeo sobre a crise de 1929
Os cursos do Glauber, são muito bons, grato, Mestre.. De Beverly Hills , BH, para o mundo, ehhh... Belo Horizonte.
Nunca foi meritocracia sempre foi desigualdade
Canais de radios e Tvs privados= meios de comunicação com o foco da alienação e consumo sem freio.
Sou eu de novo, assisti novamente porque me lembrei do Glauber citando Sêneca. Também lembrei da mensagem que lutar por uma sociedade melhor não exclui a busca por felicidade na sociedade atual.
E gostaria de comentar uma coisa: Eu pessoalmente me informo bastante com conteúdos materialistas (e informações do mundo), com análise da realidade. E a minha reação destas análises na maioria das vezes vai para o pessimismo e acredito que isso reflete no meu cotidiano e das ações que decido sobre minha vida. Sabendo que, na verdade, as análises materialistas se tratam de questões macro, questões sociais, não individuais. Porém quem vejo muitas vezes abordar questões individuais e busca por felicidade são os Coachs, que são do outro lado político e acredito que fazem parte da batalha das ideias. Se existe um conflito de ideias e em ambos existe uma luta por se aproximar e agitar as massas, raríssimas vezes vejo marxista dando conselho de como viver a vida individual diante do capitalismo enquanto luta contra ele. Se existem obras de marxistas que já fizeram algo em relação a isso eu estou completamente por fora e eu gostaria de saber. Se não existe então creio que estudar Sêneca vai ser o caminho.
Tive uma experiência bacana no meu like; quando estava em 1.6.. likes o meu virou para 1.700.
Acho sua didática diferenciada, o tempo voa ao ver seus vídeos e não cansa!
Parabéns por compartilhar experiências e conhecimentos!
O que no vídeo foi chamado de "fatos subjetivos" eu chamo de "acaso". Muitas vezes queremos crer que tudo tem alguma razão de acontecer, pois indicaria termos algum controle sobre o nosso destino. Mas observando a história de vida de pessoas próximas, outras nem tanto, percebi como o acaso pode fazer alguêm mudar completamente de rumo, tanto para melhor como para pior. Para ilustrar, conto a história de uma colega de curso técnico. Nossa formatura aconteceu em 1976 e logo no ano seguinte já estávamos trabalhando no nosso primeiro emprego, mas em empresas diferentes. Um dia ela ficou sabendo que um colega de trabalho, da mesma função, formação e experiência, ganhava mais. Ao falar com o patrão sobre isso, recebeu um balde de água fria, isto é, não só os salários não seriam equiparados, como a perspectiva de crescimento na carreira não existiria. Decepcionada é muito triste com a situação, no intervalo do almoço resolveu sentar num banco de uma praça próxima. Queria pensar sobre o seu plano de pedir demissão. Mas ainda impactada pela decepção, ela começou a chorar. Um rapaz que passava por ali, percebendo o choro, aproximou-se perguntando o motivo? Então ela desabafou sobre os acontecimentos daquele dia para o desconhecido. Ele ficou empático pela situação. Disse que a empresa onde trabalhava frequentemente abria vaga para a área de processamento de dados. Entregou um cartão e sugeriu para ela ir até lá preencher uma ficha de emprego. Minha colega agradeceu e se despediram. Mas antes de retornar ao trabalho, ainda no calor do momento, foi até o endereço do cartão, pois era próximo. Três dias depois ela foi chamada, mesmo sem qualquer experiência. Era época que as empresas treinavam pessoas para trabalhar nesta nova área. O salário era um pouco maior e ela viu a possibilidade de crescimento. Com isso mudou de profissão e investiu na especialização ao ganhar uma bolsa para estudar na França. Trabalhou em empresas de ponta e chegou a ser professora. Ela já se aposentou, mas ainda presta alguns trabalhos de assessoria. Quando éramos colega de curso, percebi como era dedicada. Caso continuasse na área gráfica, tenho certeza que tb teria sucesso, só não sei se o mesmo que teve na carreira de informática. Foi um acaso ela, literalmente, ir chorar na praça. Assim como foi o acaso o rapaz passar ali naquele momento. Várias circunstâncias aconteceram, mas se ela não fosse tão dedicada e quem a entrevistou não percebesse o potencial que ela tinha, possivelmente, talvez quem sabe, ele seria mais uma pessoa que só trabalhou para sobreviver.
Como apreciadora de metal sinfônico (só Epica rsrs), progressivo a metal gothic fui diretamente ouvir sua canção kkk.
A letra representou para mim como a percepção de nós é difícil e essencial. Ao perceber a emoção negativa, lembra-se que não caracteriza o indivíduo, mas faz parte dele.
Não conhecia o Doom metal, mas gostei. Muito bom camarada, parabéns.
Sobre a questão da meritocracia ser válida, mas não num cenário qualquer, você me fez lembrar o quão comum é que pessoas da área de T.I. ou pesquisadores, como Miguel Nicolelis, tenham saído do país para serem valorizados.
Não formaremos mais tantos pesquisadores, e os que já existem estão desistindo ou saindo.
Desemprego e baixo salários destrói talentos, estado mínimo também.
Grande Exemplo, Glauber , sempre gratidão.
Ótimo vídeo e ótima EP. Muito foda, parabéns!! Estou torcendo para que um futuro album seja lançado e que tenha muito sucesso!! Além disso, vi no Metallum que você tem várias outras bandas, muito foda!!
No Brasil, ao contrário do que descreveu Pero Vaz em sua carta, em se plantando quase nada dá. Aqui, há uma sensação de nadar, nadar e morrer na praia.
As reflexões do camarada são muito refinadas, o discurso meritocrata pela boca dos liberais precisa mesmo ser esmiuçado. Já aproveitando também pra conferir seu single! Abs
Num país como o Brasil onde a grande massa é trabadora, ganhamos o suor pra por o pão na mesa, uma boa parte da sociedade joga na nossa cara porque não chegamos lá, humilhação e desprezo pelo que nós fazemos, pela nossa força de trabalho, ou seja aqui no Brasil a meritocracia não serve pra nada. Produzimos muito sem valor nenhum e no lugar errado.
Po glauber tem que lançar o álbum no bandcamp!!!! É o que mais dá retorno pro artista, inclusive
Ainda bem que você conseguiu ir pra Alemanha, camarada! Você é muito necessário.
Cumprimentos por mais um admirável trabalho neste vídeo.
Finalizei o curso CRÍTICA DA RELIGIÃO, simplesmente fantástico conteúdo. Quem tiver oportunidade de fazer não perca tempo. Vale cada centavo (e está a "preço de banana")
Sempre um conteúdo top e realista ( goste quem gostar “ é assim na vida real “ não como no mundinho de cada um ou do coletivo )!
Sobreviver não é o mesmo que viver, queiramos ou não!
Seus vídeos são verdadeiras aulas: maravilhosas! Valeu!
Excelente como sempre camarada Glauber.
Uma dica pro trabalhador: veja o preço de um celular ou notebook e compare com o salário que vc recebe.
Quantos celulares, notebooks ou TVs saem por dia e vc verá o qto é explorado.
Há um caso de humilhação famoso em Fortaleza; houve uma briga de garotas, numa lanchonete, e uma delas falou que o preço da bolsa dela era maior que o salário mensal da outra.
Ambas estavam em um ambiente chique e fico imaginando o motivo das meninas trabalhadoras quererem se parecer, visualmente, com quem as humilha. Não adianta querer pertencer a algo que talvez vc nem goste da essência.
Boa professor! Outro vídeo indispensável.
Muita boa essa reflexão e bem prática para todos nós revisitarmos nossas escolhas (especialmente profissionais) na vida.
Valeu Glauber!
Detonou parabéns professor
Sensacional, como sempre!
Grandes reflexões. Comentando pra prestigiar o trabalho do camarada.
Muito bom camarada 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Shalon
A meritocracia é um regime JUSTO, é assim que Deus trabalha.
O Bem e o Mal sempre estarão presente na criatura humana; em mãos certas o povo sorri, em mãos erradas o povo chora.
É preciso saber escolher; àqueles que são merecedores devem serem os escolhidos.
Shalon
@@PedroCarvalho-cb5gn rindo alto.
Qual deus?
Bem pra quem? Mal pra quem?
Justo pra quem?
Tudo subjetivo...
Que conteúdo fantástico!😊
Obrigado camarada Glauber
Prof. Glauber, adoro seus vídeos, são explicações maravilhosas. Aprendo muito! ❤
Meu caro, leia sobre a Reforma Sanitária Brasileira, e sobre o conceito de saúde, biopsicossocial. Antes desse conceito se firmar, existia o de responsabilizar a pessoa pela sua saúde (persiste e insiste-se ainda, a depender do país). Vale a reflexão.
Ótimo vídeo. Me faz refletir no meu momento atual.
Obrigado e continue com esse trabalho incrível camarada ✊
Melhor vídeo do ano, muito massa camarada!
Parabéns por todo o conteúdo. Curti muito o som. Doom de primeira!! 🤘🤘🤘
Muito obrigado pelo conhecimento
Parabéns pelo vídeo e pelo single.
que vídeo sensacional
muito boa a nova musica glauber! ja adicionei na playlist
Muito bom o vídeo.
Ótimos video, Glauber. Como sempre trazendo ótimas reflexões nas mais variadas instâncias filósoficas. E quanto a sua banda hein? Vou dar uma conferida, ainda mais quando disse que seu projeto é de Doom, meu sub gênero favorito de todos hehe.
Excelente vídeo, Glauber!!!👏👏👏👏👏
Vou rever essas reflexões. Parecem- me cair como uma luva, pois estou tentando um projeto para o doutorado e a coisa tá saindo sem inspiração. Estou certo no lugar errado ou estou errando sem enxergar os erros? A banca acadêmica massacra, o tempo é escasso, tenho que trabalhar em dois lugares para sobreviver. Valeu pelas dicas, eminente professor!
Video de primeira prateleira
Concordo plenamente!!!
Bom video como sempre. Felizmente tive a sorte de vir de uma familia culta que me permitiu aprender desde cedo dessas falácias!
Sábias reflexões!!!
Pode ser muito fora da curva o que vou dizer, mas Isso me fez pensar que é mais eficaz ter contato de amigos próximos para conseguir um emprego, do que tentar enviar vários currículos em sites e ficar lendo discurso bizarro do LinkedIn.
Bom vídeo.
Este vídeo pode ser um estímulo aos brasileiros deixarem o país ao invés de tentarem muda-lo para melhor através da criação de uma consciência de classe individual.
É um estímulo para tentarem melhorar a única vida que possuem.
Muito obrigada pelo vídeo!
Show
☠️ Infinite Sadness 🤘🏻☠️🤘🏻
você não me conhece, mas saiba que essa mensagem foi de extrema importância para minha vida. obrigada, amo seu canal. ^^
Meritocracia é uma mentira. Existem casos e casos, mas é exceção a superação individual. Tudo depende, no final, do acaso. Mas creio que, se houver um Estado forte e que induz o desenvolvimento e apoia o bem-estar, há maiores chances de as pessoas melhorarem de vida.
Olá, mestre! Tenho acompanhado e gostado muito dos seus vídeos. Gostaria de fazer uma sugestão para uma reflexão filosófica e um vídeo inspirado na sua fala sobre ter um trabalho musical de metal. Também gosto muito de rock, mas às vezes me pego pensando sobre um certo desencontro entre meus gostos estéticos, adquiridos ao longo da minha vida a partir do material a que tive acesso (que, quando não brasileiro, é majoritariamente estadunidense ou europeu) e a minha posição intelectual crítica ao colonialismo. Simplesmente não consigo gostar da maior parte da musicalidade produzida na região em que vivo (moro no estado da Bahia, no Brasil). Sei que, no final das contas, talvez seja sempre impossível conciliar completamente estas duas esferas, mas gostaria de saber como você lida com isto e se há algum filósofo ou corrente da filosofia que se debruçou sobre este problema. Desde já agradeço e parabenizo pelo seu excelente trabalho.
Gostei da musica Infinite Sadness.
É você que está cantando? Ou tocando qual instrumento?
Valeu, Thiago! Eu gravei o vocal, guitarras, baixo e teclados desta música.
Otimo video camarada, a proposito , muito FODA sua "banda"
Caraca, mto bom esse vídeo
Excelente reflexão!
Então!! Projeção da felicidade???.... tem como ser realmente feliz quando vc olha em volta e vê só tristeza? Acho essa realização muito artificial.... sinceramente, felicidade não existe!!... Apenas temos momentos de gozo .. e esses sim podem ser individuais ....
Muito bom !
Muito bom o vídeo!
Notei que de alguns vídeos atrás você começou a gesticular mais. Qual foi o motivo? De qualquer forma seus vídeos são muito positivos e nos ajudam a entender um pouco mais as lições filosóficas. Obrigado e parabéns pelo good job.
Excelente vídeo. Uma pergunta técnica: qual microfone você usa para a gravação dos vídeos?
Valeu, Arilson! Eu uso o Shure MoveMic Two.
Em 5:10, é impressão minha ou “Haereticus” é próximo ou sinônimo de herege? Seria referente á “aquele que pode escolher”? Gostei muito desse nome!
muito bom!
O problema do pensamento liberal é que, além de formalista, é igualmente atomistico, não leva em consideração o contexto e nem o ponto de partida, é portanto uma falácia
Kd a falácia? Quais são as premissas pra concluir dessa forma?
Boa
Mas na parte final do vídeo não teríamos um equívoco? Não importa se for na Alemanha ou no Brasil, a classe trabalhadora não estaria sendo explorada da mesma forma? A única diferença seria que na Alemanha, nos EUA, na China, São Paulo, Santa Catarina, etc você estaria sendo explorado da melhor forma possível.
Ainda que eu entenda o objetivo do vídeo, a questão não permaneceria a mesma? A de que no capitalismo a meritocracia é falsa ou degenerada?
O que seriam as questões objetivas? A situação do país ou a forma de organização social? Se puder responder, agradeço.
vc acha mesmo que nesses lugares há uma "exploração melhor"?
❤❤❤❤❤
✊🏽
Salve Mestre!
Tem alguma recomendação de livro que aborde o tema Meritocracia?
não sou o mestre, mas gostaria de te recomendar: 'Sociedade do Cansaço' Byung-Chul Han, 'A construção do idiota: o processo de idiossubjetivação' Rubens Casara e o 'Hiperativos! Abaixo a cultura do déficit de atenção' Christoph Turcke
Boa noite. Fiz o pagamento duas vezes sem querer do curso de 25 reais na promoção, sobre religião, mas acabei tazendo o pagamento duas vezes pois não recebi o curso de imediato. tem possibilidade de devolução de 25 reais, já que eu paguei duas vezes?
Olá, eu não tenho controle sobre esta parte de inscrições, tudo é feito pela plataforma Udemy. Acredito não ser possível fazer a inscrição duas vezes no mesmo curso.
@@FilosofiaVermelha Consegui pagar hoje 😁. Obrigado pela resposta!
Caraca, adoro Doom!
Bom dia
Não consigo entender como o trabalhador, que está sendo pago pela sua mão de obra, pode ter direito de algo que o dono da empresa projetou, forneceu o material, ferramentas e um ambiente para realizar o trabalho. Poderia discorrer mais sobre isso?
Simples, você sabe como esse empresário chegou a essa condição, ter as máquinas, a matéria prima e o terreno, onde vai instalar a fábrica?
Vamos pensar sobre isso; A terra é redonda e de ninguém, porque para você plantar ou morar, tem que comprar de alguém? Que se intitulou o primeiro dono e te obrigou a comprar?
Clodoaldo, não pretendo te dar uma resposta definitiva, mas creio que a ideia de o trabalhador ter tal direito se deve ao fato de que projetar, fornecer o material, ferramentas e ambiente deve ser considerado também um trabalho, mas que não é intrinsincamente mais valoroso que o trabalho do operário que está seguindo o projeto. São trabalhos diferentes, mas o nível de "dificuldade" de um não é necessariamente maior que o do outro, assim como o "tempo de vida" (que, em última instância, é a única coisa que qualquer humano pode vender) que exigem de seu executor. O trabalho intelectual, por exemplo, não é intrinsecamente mais valioso que o braçal, e, mesmo que consideremos que ele exige um investimento anterior que deve ser considerado na valoração, o quão maior é? Duas vezes mais valioso? Cinco vezes? Dez vezes? Que seja! Mas um valor precisa ser estabelecido ou, caso contrário, temos um ser humano explorando abusivamente do trabalho do outro. O que vemos acontecer no mundo real é que os lucros dos "donos da empresa" (estou fazendo uma grossa generalização, eu sei) são tão exponencialmente maiores que os dos executores do trabalho que esta lógica é simplesmente jogada fora. Vale lembrar, ainda, que muitas vezes não é o "dono da empresa" quem projeta aquilo que vende, podendo ele terceirizar também este "trabalho", o que reduz o seu mérito a pouco mais do que já possuir aquela riqueza acumulada.
E, só mais uma coisa... talvez você esteja incorrendo no erro de pensar no capitalismo financeiro (que é o que manda no mundo hoje) como uma atividade produtiva. Não é. Talvez você tenha essa noção porque imagina que o capitalista é o empresário. Não é. O empresário é o que aparece na mídia. Nós não temos contato com o 1% mais rico. Não é gente que mora no seu bairro ou no meu, é gente que sabe que é muito mais segura no anonimato. Por isso é difícil conceber que eles existem. Mas existem e têm uma renda centenas de vezes maior que a sua e a minha juntas. Você acha que os jogadores de futebol estelares ganham muito? Saiba que, pra quem paga os salários deles, é uma esmola. Mas você sabe os nomes dos jogadores... os dos chefes deles, você não sabe.
Espero ter contribuído.
@@Renan4001 Eu penso que, a gente faz essa discussão, a partir da organização capitalista, mas se pararmos para refletir, nenhum trabalho é mais ou menos valorizado para o contexto humano de sobreviver e evoluír, as diferenças, são frutos da manipulação para individualizar e separar as pessoas assim , elas ficam disputando a melhor capacidade da sua força de trabalho entre si, e não se unem, para mudarem o curso da história.
Fica mais fácil de se compreender quando se entende o que é mais-valia, que é o trabalho não pago. Numa parte do tempo o trabalhador produz valor equivalente ao seu salário, por exemplo, em 4 horas. As outras 4 horas ele trabalha de graça para o patrão. Máquinas, ferramentas, prédios etc. não geram valor, mas apenas têm o seu valor transferido para o produto ou serviço final. Quem agrega valor nesse processo é o trabalho humano.
pensa comigo, todo esse material sem um trabalhador seria ainda natureza, cara.
Minhas teses:
1. O fundamental para a Economia é haver Excedente. Havendo excedente pode-se optar pelo seu uso. Não havendo, ter que vender o almoço para ter a janta é opressivo.
2. O Capital excedente, já que é excedente, não deve ser remunerado com juros exagerados.
3. O excedente gerado pela primeira geração não deve ultrapassar a terceira geração. Isto é, deve haver um teto de herança do avô para o bisneto.
O problema é quem se apropria do excedente. No livro "Teoria de class e historia" esse assunto é bem discutido. Autores S Reinick e R Wolff. È tambem feito uma analise da historia da URSS muito original!
mas pq excedente? pq fazer muito mais do que se precisa? e pq mesmo assim as desigualdades persistem?
Que o trabalhador se contente só com pescoço e pé de frango. Picanha só pros capitalistas.
Segundo
Acho bem simplista, dizer que o capitalista é o dono, uma fábrica não se compra pronta, mas.passa um processo de grandes investimentos, quem tem dinheiro tem como investir, e aliás, existem grandes riscos, riscos dos quais muitas vezes o funcionário não sabe e não se importa com.certas questões, não é um único funcionário que produz um carro, e também não é uma fábrica, mas são vários funcionários e várias fábricas envolvidas, além de engenheiros e muitas outras áreas, uma pessoa pra gerenciar e não ser roubado, precisa ter conhecimento, se tiver só dinheiro, possivelmente vai falir.
A questão é que a atividade de correr este "risco" não pode ser recompensada como se fosse milhares de vezes mais valiosa que a "mera" execução do trabalho. E mais, este "risco" não é assim tão arriscado quanto parece a nós, trabalhadores. Primeiro porque os grandes capitalistas (gente que nem eu e nem você conhecemos pessoalmente, pois são 1% da população e com certeza não moram nem no seu bairro) não têm uma empresa, mas grupos delas. São donos, mas não no mesmo sentido que usamos pra falar que eu sou dono da minha bicicleta. Eles são acionistas. Eles nem precisam saber o que estão produzindo, pois este trabalho é feito por outros, e estes outros, por sua vez, são trabalhadores. Você talvez já tenha ouvido dizer da falência, por exemplo, de companhias aéreas. Acontece o tempo todo. Você acha que algum ricaço ficou pobre por causa disso? Pode ter certeza de que não. No máximo, realocaram seus "investimentos" em outra empresa ou outro ramo. E mais:crescentemente o capital se financeirizando, ou seja, está dissossiado da produção. É o capitalismo financeiro. Quem gerencia uma grende empresa (não tô falando da padaria da esquina) hoje não é o seu "dono" (até porque, como já disse, ele não é só um), mas um grupo de burocratas que têm como missão buscar lucro para os donos (cujo mérito é ter dinheiro).
Não existem grandes riscos. Os capitalistas utilizam do estado para grandes investimentos e transferência de riscos. Por isso o estado é burguês.
E no mundo real nunca houve capitalismo sem estado.
Sugiro 2 vídeos para fazer pensar um pouco sobre a lógica da geopolítica global:
Existe Capitalismo sem Estado? - canal ateuinforma
roberto campos -nao, so existe capitalismo de estado sr.bob fields - canal CAFEPLAY GAMES
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