Obrigada por esta aula! Estou encaminhando para muitas pessoas. Vejo que o fator não são os instrumentos em si, até porque pode-se ocasionar dança ao som do violão ou do piano, ou até mesmo do orgão... o problema está no modo de execução.
Parabéns pelas palavras irmão! Eu poderia dar um testemunho breve aqui, pois sou baterista e organista, e toco os dois instrumentos na missa (de certo modo, sou amado e odiado por todos kkkk). No fundo, eu penso que existem dois fatores principais que devem pesar nas escolhas do músicos que tocam na santa missa: 1 - o canto que será escolhido (nesse caso, seguindo todos os parâmetros como tempo litúrgico, momento da missa, etc). 2 - a maneira de se executar este canto a fim de transmitir a mensagem que ele passa (aqui entram o modo de usar os instrumentos). Sinceramente, eu não excluiria completamente o uso de instrumentos de "banda" do uso da liturgia, pois, se eles seguirem os dois itens que coloquei, penso que ainda poderão servir bem à liturgia da santa missa. Eu mesmo já me senti ajudado em diversos momentos na missa por músicas "tipo banda", mas que foram escolhidas e executadas com bom discernimento, visando realmente colaborar com nossa participação na missa. Agora, tem também duas coisas que eu não posso negar: 1 - A tendência é que muitas pessoas que apoiam o uso da bateria acabam desvinculando a música litúrgica de seu sentido litúrgico, ou seja: não reconhecem a relação da música com o que está acontecendo na santa missa, ou mesmo, não entendem o sentido do que está ocorrendo na missa, pensando que é um tipo de "festa" (isso também existe do lado "tradicional", com alguns "radtrads" que defendem o órgão e a missa em latim, mas por moda, e não por amor; mas isso é algo mais raro em nosso contexto). 2 - Sem dúvida, o órgão casa muito bem com a liturgia! Praticamente qualquer coisa que é tocada nele já fica com um ar sereno e solene ao mesmo tempo, e isto é muito bom! Além disso, entrar numa igreja que está sendo tocado um órgão é algo maravilhoso, realmente marca uma "ruptura" com o que está acontecendo fora da igreja, nos dando a sensação e nos levando a compreender que aquele é um lugar diferente do mundo, um lugar sagrado, que nos leva diretamente à Deus.
Observação: confesso que eu só entendi plenamente o que você estava ensinando depois que também assisti o vídeo citado em 4:09. Fica a recomendação para que, quem também veio diretamente neste vídeo aqui, assista também o outro.
Olá. Para quem é baterista (como eu) esse tema é um banho de água fria rsrs Terminei a montagem da minha bateria eletrônica para tocar nas missas (mas claro, de forma bem discreta e com volume baixo para não sobressair às vozes), mas acho que não vai rolar. Eu também vi seu outro vídeo (É permitido ou não usar instrumentos na missa? Que instrumentos?) e é interessante a questão da percepção... falo em relação ao órgão de tubos. Eu vi alguns vídeos desse instrumento sendo tocado nas igrejas e sempre me soa como algo tenebroso/tenso. Já o piano me soa bem mais agradável e "celestial", assim como o violino.
Lembro-me daquilo que o pe. Paulo Ricardo disse em sua entrevista com ele: "A música litúrgica nasce da oração." Como é próprio da liturgia, nasce da oração e deve levar à oração, e bateria, mas não somente, é uma coisa que para mim prejudica muito nesse ponto.
Excelente aula, professor! Uma dúvida aqui da Banda Terra da Cruz: que eu sempre tive em meus estudos dos documentos: posso entender como "música teatral" toda espécie de música popular ou pode haver alguma exceção?
Interessante que Bento XIV diz que até o repertório de canto gregoriano pode soar teatral na Encíclica Annus qui nunc, o que corrobora com o que a Marcela disse em seu comentário. Podemos ter músicas religiosas que são teatrais e que não são; o fato de estarem na missa ou não têm a ver com serem litúrgicas ou não. Existe repertório religioso que não é litúrgico, já o contrário , o repertório litúrgico é sempre religioso. Precisamos tratar disso em outro vídeo. Vou lembrar dessa dúvida/sugestão.
Tenho dúvidas em relação a musicas que tem solistas por exemplo: Pannis Angelicus César Franck,Ave Verum de Mozart lembro que por um tempo foram proibidas por conter esse estilo de solo apesar da letra Pannis Angelicus ser de Santo Tómas nao há nenhum problema quanto a isso a letra é liturgica,mas a forma de cantar não atrairia aplausos? obrigado
@@OSomdaPalavra Que interessante, André. Mas será que o motivo estava no modo talvez exagerado de cantar? Ou mesmo nessa questão cultural da época, com a profusão da ópera... O Panis Angelicus de Franck é muito romântico, mas o Ave Verum de Mozart é tão sublime...
Se levar ao pé da letra só vai ficsr o órgão na missa, de acordo com algumas escrituras nem piano pode. Algumas coisas mudam pessoas mudam a música também, temos que fakar a língua do povo
Nada a ver. O senhor realmente deve achar que o professor é alguma espécie de "tradicionalista" cismatico A música litúrgica nasce da oração. Ora, a bateria ajuda ou atrapalha a oração? Eu respondo que na maioria das vezes, se não todas, atrapalha. A bateria é apropriado pro ambiente litúrgico e de oração? A bateria é usada com dignidade hoje? Essa é a pergunta que você tem que fazer. Porque a minha experiência com bateria NUNCA foi BOA. Desde criança, nunca gostei, sempre me atraia mais as liturgias do mosteiro(que eram completamente belas, cantos que nos elevam, etc) que meus pais me levavam e que fazia, até uma mera criança como eu, desenvolver na minha cabeça a ideia de oração e recolhimento
@@lucas535y9 comigo foi diferente, tive uma experiência ótima com a bateria, foi através desse instrumento que o senhor me chamou a servir, concordo que tem abusos e tem momentos que não é adequado, minha realidade é diferente da sua, eu toco na igreja e sou muito procurado para ministrar, aqui na minha diocese é muito comum bateria até ordenações sacerdotais e episcopais.
@@marcoantoniobatera3015 Compreendo, meu irmão. Apenas não sei se 99% das pessoas tocam tal instrumento com dignidade e se isso auxilia na oração, pois liturgia também é isso, oração. Não estou dizendo que é o seu caso, jamais julgaria sem saber, não o conheço. Mas é algo que vejo muita gente reclamar
Você disse que não há uma proibição expressa sobre a bateria, mas tem sim na TRA Le Sollecitudini 19. É proibido, na Igreja, o uso do piano bem como o de instrumentos fragorosos, o tambor, o bombo, os pratos, as campainhas e semelhantes. Isso é uma descrição da bateria da época. Veja que o piano também é proibido.
Ele nem escreveu a bateria e nem se referia à bateria quando falou bombo, tambor e pratos. Simplesmente porque ele não tinha como conhecer esses três instrumentos como “bateria”. Eu tenho todo um trabalho para fazer uma hermenêutica adequada para explicar porque não deveríamos usar uma bateria para eu me deparar com esse tipo de leitura dos documentos. É por isso que eu me nego a falar de certos assuntos, pois é necessária seriedade ao se debruçar nos documentos do magistério.
@@OSomdaPalavra claro que entendi o que disse, eu sei que na época não havia bateria, mas ele descreve as partes que conhecia, mas o mais importante é que estas partes (instrumentos fragorosos, o tambor, o bombo, os pratos) já não combinavam com a liturgia da época, por isso desde lá foi proibido. O que vemos hoje, por conta dessa "inculturação" desenfreada é o mau uso da percussão e dos demais instrumentos nas missas, como se não houvesse como impedir isso. A maioria dos padres não impede e, talvez, nem tenha moral para isso. Talvez os documentos da CNBB abrindo ainda mais esta inculturação tenha promovido ainda mais esta "permissão" do mau uso dos instrumentos. Ah, desculpe por gastar sua hermenêutica.
A expressão "instrumentos fragorosos" não deixa margem nenhuma para discussões ou interpretações, que já nascem vencidas pelo vício (neste caso específico). Se até o piano é relacionado nesta proibição, qualquer instrumento de gênero percussivo está, perenemente, excluído, não importando a sua época de surgimento/uso. E o piano é, de fato, antilitúrgico.
@@clari820 Bateria ou percussão na Santa Missa não tem lugar algum. Estas coisas devem ficar no lugar que lhes é permitido: a boa música profana religiosa PARA FORA dos templos. Ademais, estamos considerando aqui a instrumentação percussiva de alto nível, como a orquestrada. O que temos hoje no interior dos templos, de modo generalizado, é o impróprio e irritante "baterista rock 'n' roll", que nos leva a sequências insuportáveis de marteladas na cabeça e ruídos de explosão sequenciais. Não é possível alguém defender isto no Sagrado Rito Litúrgico da Missa. Não dá.
Obrigada por esta aula! Estou encaminhando para muitas pessoas. Vejo que o fator não são os instrumentos em si, até porque pode-se ocasionar dança ao som do violão ou do piano, ou até mesmo do orgão... o problema está no modo de execução.
Parabéns pelas palavras irmão!
Eu poderia dar um testemunho breve aqui, pois sou baterista e organista, e toco os dois instrumentos na missa (de certo modo, sou amado e odiado por todos kkkk).
No fundo, eu penso que existem dois fatores principais que devem pesar nas escolhas do músicos que tocam na santa missa: 1 - o canto que será escolhido (nesse caso, seguindo todos os parâmetros como tempo litúrgico, momento da missa, etc). 2 - a maneira de se executar este canto a fim de transmitir a mensagem que ele passa (aqui entram o modo de usar os instrumentos).
Sinceramente, eu não excluiria completamente o uso de instrumentos de "banda" do uso da liturgia, pois, se eles seguirem os dois itens que coloquei, penso que ainda poderão servir bem à liturgia da santa missa. Eu mesmo já me senti ajudado em diversos momentos na missa por músicas "tipo banda", mas que foram escolhidas e executadas com bom discernimento, visando realmente colaborar com nossa participação na missa.
Agora, tem também duas coisas que eu não posso negar: 1 - A tendência é que muitas pessoas que apoiam o uso da bateria acabam desvinculando a música litúrgica de seu sentido litúrgico, ou seja: não reconhecem a relação da música com o que está acontecendo na santa missa, ou mesmo, não entendem o sentido do que está ocorrendo na missa, pensando que é um tipo de "festa" (isso também existe do lado "tradicional", com alguns "radtrads" que defendem o órgão e a missa em latim, mas por moda, e não por amor; mas isso é algo mais raro em nosso contexto). 2 - Sem dúvida, o órgão casa muito bem com a liturgia! Praticamente qualquer coisa que é tocada nele já fica com um ar sereno e solene ao mesmo tempo, e isto é muito bom! Além disso, entrar numa igreja que está sendo tocado um órgão é algo maravilhoso, realmente marca uma "ruptura" com o que está acontecendo fora da igreja, nos dando a sensação e nos levando a compreender que aquele é um lugar diferente do mundo, um lugar sagrado, que nos leva diretamente à Deus.
Observação: confesso que eu só entendi plenamente o que você estava ensinando depois que também assisti o vídeo citado em 4:09. Fica a recomendação para que, quem também veio diretamente neste vídeo aqui, assista também o outro.
Obrigada professor!
Parabéns pelas palavras 👏👏👏🙏🙏🙏
Olá. Para quem é baterista (como eu) esse tema é um banho de água fria rsrs Terminei a montagem da minha bateria eletrônica para tocar nas missas (mas claro, de forma bem discreta e com volume baixo para não sobressair às vozes), mas acho que não vai rolar.
Eu também vi seu outro vídeo (É permitido ou não usar instrumentos na missa? Que instrumentos?) e é interessante a questão da percepção... falo em relação ao órgão de tubos. Eu vi alguns vídeos desse instrumento sendo tocado nas igrejas e sempre me soa como algo tenebroso/tenso. Já o piano me soa bem mais agradável e "celestial", assim como o violino.
Lembro-me daquilo que o pe. Paulo Ricardo disse em sua entrevista com ele: "A música litúrgica nasce da oração." Como é próprio da liturgia, nasce da oração e deve levar à oração, e bateria, mas não somente, é uma coisa que para mim prejudica muito nesse ponto.
Excelente aula, professor!
Uma dúvida aqui da Banda Terra da Cruz: que eu sempre tive em meus estudos dos documentos: posso entender como "música teatral" toda espécie de música popular ou pode haver alguma exceção?
Interessante que Bento XIV diz que até o repertório de canto gregoriano pode soar teatral na Encíclica Annus qui nunc, o que corrobora com o que a Marcela disse em seu comentário. Podemos ter músicas religiosas que são teatrais e que não são; o fato de estarem na missa ou não têm a ver com serem litúrgicas ou não. Existe repertório religioso que não é litúrgico, já o contrário , o repertório litúrgico é sempre religioso. Precisamos tratar disso em outro vídeo. Vou lembrar dessa dúvida/sugestão.
Tenho dúvidas em relação a musicas que tem solistas por exemplo: Pannis Angelicus César Franck,Ave Verum de Mozart lembro que por um tempo foram proibidas por conter esse estilo de solo apesar da letra Pannis Angelicus ser de Santo Tómas nao há nenhum problema quanto a isso a letra é liturgica,mas a forma de cantar não atrairia aplausos? obrigado
Sim, essas obras que você citou são operísticas. São Pio X estava combatendo esse estilo na liturgia com o seu motu proprio.
@@OSomdaPalavra mas ainda hj nao são aceitos na liturgia ou há excessoes?
@@OSomdaPalavra Que interessante, André. Mas será que o motivo estava no modo talvez exagerado de cantar? Ou mesmo nessa questão cultural da época, com a profusão da ópera... O Panis Angelicus de Franck é muito romântico, mas o Ave Verum de Mozart é tão sublime...
Se levar ao pé da letra só vai ficsr o órgão na missa, de acordo com algumas escrituras nem piano pode.
Algumas coisas mudam pessoas mudam a música também, temos que fakar a língua do povo
Nada a ver. O senhor realmente deve achar que o professor é alguma espécie de "tradicionalista" cismatico
A música litúrgica nasce da oração.
Ora, a bateria ajuda ou atrapalha a oração? Eu respondo que na maioria das vezes, se não todas, atrapalha.
A bateria é apropriado pro ambiente litúrgico e de oração? A bateria é usada com dignidade hoje?
Essa é a pergunta que você tem que fazer.
Porque a minha experiência com bateria NUNCA foi BOA. Desde criança, nunca gostei, sempre me atraia mais as liturgias do mosteiro(que eram completamente belas, cantos que nos elevam, etc) que meus pais me levavam e que fazia, até uma mera criança como eu, desenvolver na minha cabeça a ideia de oração e recolhimento
@@lucas535y9 comigo foi diferente, tive uma experiência ótima com a bateria, foi através desse instrumento que o senhor me chamou a servir, concordo que tem abusos e tem momentos que não é adequado, minha realidade é diferente da sua, eu toco na igreja e sou muito procurado para ministrar, aqui na minha diocese é muito comum bateria até ordenações sacerdotais e episcopais.
@@marcoantoniobatera3015
Compreendo, meu irmão. Apenas não sei se 99% das pessoas tocam tal instrumento com dignidade e se isso auxilia na oração, pois liturgia também é isso, oração. Não estou dizendo que é o seu caso, jamais julgaria sem saber, não o conheço. Mas é algo que vejo muita gente reclamar
@@lucas535y9 e tem toda a razão tá tudo uma bagunça mesmo
@@marcoantoniobatera3015
Muito triste mesmo. Estamos perdendo o sentido de liturgia. E vejo que isso é muito mais no Brasil
Você disse que não há uma proibição expressa sobre a bateria, mas tem sim na TRA Le Sollecitudini
19. É proibido, na Igreja, o uso do piano bem como o de instrumentos fragorosos, o tambor, o bombo, os pratos, as campainhas e semelhantes.
Isso é uma descrição da bateria da época. Veja que o piano também é proibido.
Se você viu o vídeo e ainda acha isso, não entendeu nada.
Ele nem escreveu a bateria e nem se referia à bateria quando falou bombo, tambor e pratos. Simplesmente porque ele não tinha como conhecer esses três instrumentos como “bateria”.
Eu tenho todo um trabalho para fazer uma hermenêutica adequada para explicar porque não deveríamos usar uma bateria para eu me deparar com esse tipo de leitura dos documentos. É por isso que eu me nego a falar de certos assuntos, pois é necessária seriedade ao se debruçar nos documentos do magistério.
@@OSomdaPalavra claro que entendi o que disse, eu sei que na época não havia bateria, mas ele descreve as partes que conhecia, mas o mais importante é que estas partes (instrumentos fragorosos, o tambor, o bombo, os pratos) já não combinavam com a liturgia da época, por isso desde lá foi proibido. O que vemos hoje, por conta dessa "inculturação" desenfreada é o mau uso da percussão e dos demais instrumentos nas missas, como se não houvesse como impedir isso. A maioria dos padres não impede e, talvez, nem tenha moral para isso. Talvez os documentos da CNBB abrindo ainda mais esta inculturação tenha promovido ainda mais esta "permissão" do mau uso dos instrumentos.
Ah, desculpe por gastar sua hermenêutica.
A expressão "instrumentos fragorosos" não deixa margem nenhuma para discussões ou interpretações, que já nascem vencidas pelo vício (neste caso específico). Se até o piano é relacionado nesta proibição, qualquer instrumento de gênero percussivo está, perenemente, excluído, não importando a sua época de surgimento/uso. E o piano é, de fato, antilitúrgico.
@@clari820 Bateria ou percussão na Santa Missa não tem lugar algum. Estas coisas devem ficar no lugar que lhes é permitido: a boa música profana religiosa PARA FORA dos templos. Ademais, estamos considerando aqui a instrumentação percussiva de alto nível, como a orquestrada. O que temos hoje no interior dos templos, de modo generalizado, é o impróprio e irritante "baterista rock 'n' roll", que nos leva a sequências insuportáveis de marteladas na cabeça e ruídos de explosão sequenciais. Não é possível alguém defender isto no Sagrado Rito Litúrgico da Missa. Não dá.