A RIDÍCULA IDEIA DE NUNCA MAIS TE VER | MARIA HOMEM
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- เผยแพร่เมื่อ 12 ก.ค. 2021
- “O luto tem a ver com a impossibilidade de deixar de te ver porque você vai voltar para mim sempre, você vai permanecer simbólica e imaginariamente para sempre. É a impossibilidade de continuação e a impossibilidade de fim.” Maria Homem fala sobre o processo do luto, a partir de sua leitura de “A ridícula ideia de nunca mais te ver”. Para ela, o título do livro de Rosa Montero “vai na ferida, na essência do que é a perda, do que é a morte”. A psicanalista também destaca o “grande diálogo entre mulheres que nem se conheceram e que estão fazendo essa travessia vida-morte-feminino”, referindo-se a Montero e à cientista Marie Curie (1867-1934), que tem sua trajetória recuperada no livro. Video: Livraria Megafauna
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Aquela pessoa que eu via todo dia, e que após a separação nunca mais a vi - um amigo, um colega de escola ou de trabalho, o ex-cônjuge -. Anos depois ela está tão morta quanto viva. Morta porque em nada mais participa em minha vida e eu na dela. Viva porque nada sei de sua vida. De repente pode até estar morta de fato, mas em minha memória continua sendo o que era na última vez que a vi. Porém, aquela pessoa não existe mais. Está morta. Se eu vê-la de novo talvez nem a reconheça. Envelheceu, emagreceu ou engordou, mudou a mentalidade, transformou-se em alguém que nem ela própria reconheceria completamente. Aquela pessoa que eu via todo dia e nunca mais vi, morreu apesar de ainda viver; ou continua viva, apesar de morta. Assim, também sou um vivo-morto na lembrança de quem nunca mais me viu. Congelei no tempo. Tornei-me eterno.
Esse vídeo foi único, neste pela primeira vez a Maria não tá apenas oferecendo a fala, talvez nem esteja oferecendo, mas com certeza neste vídeo ela oferece a sua intimidade em seus atos falhos e fala para si mesma, para se acolher. Belíssima. ❤️
Ela mesma está passando pelo luto, o seu marido acabou de falecer. Boa sorte, María.
A beleza da dor é que ela nos modifica para sempre.
"Meu amor morreu afogado nas tantas lágrimas que chorei por quem amei por ilusão mas que não me amava." Billy Jeff
A morte vem de Deus pior é a separação,um luto que você tem que suportar sabendo que alguém que te matou em vida continua a existir...
Ouvindo/vendo a sempre extraordinária Maria Homem. Vou procurar o livro da Rosa Montero. Perdi Angélica para um câncer de mama avassalador. Isso um mês antes da pandemia, em 2020. De repente, me vi fechado no meu apartamento. Sozinho com dois cachorrinhos. Assim como Rosa, achei um caminho de tentar me reconstruir por meio da escrita. Daí, nasceu "O Amor nos tempos do Corona", uma série de crônias quase diárias escritas durante a pandemia. O luto é um processo doloroso. E, sim, é falso, "porque, na verdade, o luto também tem a ver com o impossível deixar de te ver. Porque você vai voltar pra mim sempre. Você vai permanecer simbolica e imaginariamente pra sempre.” Fui salvo pelas palavras. E mesmo depois de dois anos e 10 meses (hoje é dia 17 de dezembro de 2022). Angélica continua em mim, nos mais prosaicos momentos, nas mais simples atitudes. Incosncientemente, me reconheço no que ela amava mais. E sou feliz com essa verdade. Obrigado, Maria, por mais esta maravilha de resenha/reflexão.
Nunca tive problemas com a morte. Até, um ano atrás perder minha mãe. Jamais consegui ser a mesma pessoa. Eu tinha na cabeça ir no lugar dela. Isso doe o tempo todo.
A minha experiência com o luto não vejo com peso. Cheguei a uma aceitação da dor da perda, saudade, da tristeza que hora chega. Vejo o luto, para mim hoje, como um sentimento que vai e vem.
3 mulheres desconhecidas entre si dialogando sobre o luto. 4, aqui comigo.
Contardo faleceu no mesmo dia que o meu amor... Contardo de um câncer, mais experiente... Meu amor de Covid aos 32...
Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Luto é luta.... Em qualquer perda.... 😔
Racionalizar a dor me parece uma das coisas mais difíceis de se fazer.
A dor de todo tipo de perda, é ter ainda, um sentimento guardado em nossas lembranças que, não podemos tocar e nem transferir , pois os momento são únicos, mesmo estando com a pessoa que, você não reconhece mais e chora pelo afeto que um dia existiu!
A Fala de Marie Curie no seu diário é exatamente como eu me sinto desde de que perdi meu grande amor no domingo de carnaval do ano passado... vivo, mas não gozo a vida... como se vivesse uma não existência, o que no fundo é já que sinto que comecei minha vida através do amor de minha amada...
Fazendo uma nova ficção de si com um pedaço do outro….
A minha vida está dividida em duas fases, o antes e o depois da morte do meu marido, e essa consciência me transformou e foi assim que consegui enfrentar o inimaginável.
"Deixa eu voltar
Maria, vc disse"não terminou"e mexeu na aliança... isto diz tudo❣❤