He tornado a ver este video y me di con la sorpresa que el profesor ha sido nombrado en estos días, ministro de justicia de Brasil. Me congratulo con el profesor y con el labor que desenvolverá.
"Nas mercadorias, o equivalente geral corresponderia ao dinheiro. [...] Ao passo que o direito, ele é o equivalente geral de todos os indivíduos, fazendo com que todos sejam trocadores de mercadoria no momento da circulação mercantil." Pachukanis foi certeiro. Obrigado por clarificar o pensamento, professor!
Gostei muito das explicações dos professores Silvio e Allysson (canal Boitempo). è a primeira vez que ouvi falar do Jurista russo. Vivendo e aprendendo.
"O compromisso de alguém com a revolução se mede com o compromisso que essa mesma pessoa tem com o direito". Não consegui entender essa frase, alguém poderia me explicar, por favor?
Provavelmente romper com as categorias jurídicas que gerem o capital. Uma crítica ao tal socialismo jurídico. E também uma crítica a própria forma jurídica que precisa ser superada.
Mesmo um defensor público que luta por direitos para os hipossuficientes, se entende que esse é um fim em si mesmo, apenas opera dentro da própria lógica do capitalismo e, portanto, da desigualdade.
Estou lendo, mas encontro uma leitura extremamente complicada... me encontro na metade dos escritos e não entendi absolutamente nada, ainda mais do prefacio absurdamente carregado de conceitos a parte. Alguém tem alguma dica de como ler e entender melhor os conceitos levantados no livro?
Professor , em sintese : de acordo com o jurista marxista , o direito é corolário da estrutura social? Logo a sua concepçao só se torna mutável com a mudança desta?
sim, mais especificamente da estrutura econômico-produtiva, logo, social. O Direito seria uma ferramenta da classe burguesa de regular a vida em sociedade, angariada no valor social, simbólico e efetivo do capital.
Sempre defendo que pashukanis se escreve com sh. Pq a letra russa é Ш. E ela tem som de sh como em show. O ch pode levar a uma pronúncia equivocada com "tch" como em tchau. E pra esse som o russo tambem tem uma letra que é Ц
Professor, a relação social de produção e circulação no capitalismo é que fundamenta a relação jurídica, segundo esse autor? A determinação é da relação da produção de mercadorias?
Sim, porque, para Pachukanis, o núcleo do capitalismo é a mercadoria e é dela que derivam as demais relações na ordem capitalista (dentre essas relações, a forma jurídica, que, subjetivando cada indivíduo em sujeito de Direito, contratualmente falando, o submete às relações de troca, dentre as quais, inclusive, o próprio indivíduo pode se tornar mercadoria).
@@silviojunior.3723 Bom dia, Professor; grato pela resposta. Aproveitando: as relações de produção da mercadoria constituem uma das fontes da pseudoformação/subjetivação do indivíduo, acrescidas aí do uso das mercadorias, principalmente com a tecnologia atual. A mercadoria não discrimina seu consumidor, sendo este ponto do processo apenas mais um da dinâmica de formação e valorização do capital. Não obstante, ela exige/determina o uso com isso determinando o sujeito. Sendo assim, não importaria se a pessoa fosse mulher, homem, negra, azul, verde ou branca, mas, sim, que ela agisse segundo as determinações de valorização do capital impostas pelo processo, correto? Mas se a discriminação é uma realidade, a tradição e a cultura herdadas ainda se impõem numa síntese com as relações capitalistas?
@@cesarsilva6909 meu caro, se bem entendi sua pergunta, você questiona por que subsiste o racismo (e outras formas de discriminação), já que o consumo da mercadoria (que desenvolve o capitalismo) pode ser feito, em princípio, por qualquer um? Ou melhor: como a discriminação convive com o capitalismo? Eu respondo fazendo um alerta inicial; não podemos ignorar a divisão da sociedade em classes (quem domina os meios de produção e quem não domina os meios de produção) e nem a divisão social do trabalho. Levando em conta esse pressuposto, também é de se lembrar que há mais de uma forma de compreender o racismo (e outras formas de discriminação), mas, numa análise materialista, a compreensão do racismo (e outras formas de discriminação) deve ser feita estruturalmente (e não culturalmente ou individualmente), ou seja, o racismo (e outras formas de discriminação) não é culturalismo, mas, antes, pode ser considerado como uma tecnologia de exercício de poder que, na ordem capitalista, serve para equilibrar e manter as relações sociais dentro dos limites estabelecidos pela classe dominante. Sobre esse tema, vale assistir a conferência do Prof. Silvio de Almeida promovida pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC: th-cam.com/video/Pyn40G76kBI/w-d-xo.html
@@silviojunior.3723 Prezado Professor Silvio. Agradeço pela resposta e atenção. Gostaria de dizer que conheço suas teorias de racismo estrutural e tecnologia de poder, assim como a de Achille Mbembe, sobre o necroestado (que de certa forma pode-se dizer que aqui é um necronegroestado ou necgroestado). Conheço vossas importantes palestras, já assisti a maioria delas. Tb gostaria de dizer que não sou "cidadão de bem terraplanista", e muito menos um culturalista, pelo contrário, sou negro da periferia e de esquerda. Apenas tenho percebido que a forma valor tem determinações que a priori organizam o comportamento, sujeitando os sujeitos. Assim, seja mulher, homem, branco ou negro, se for empregado/a, diretor/a ou presidente/a da empresa, não poderá agir contra o valor e sua valorização, não poderá ser afetuoso, carinhoso ou humano com seus funcionários ou funcionárias se não houver valorização, se não fizer o capital se expandir. Assim, temos visto com mais frequência o comportamento cada vez mais igual de homens, mulheres, brancos, negros ou outras raças, pobres ou ricos - Robert Kurz sempre se referia ao "empresário da miséria". E, daí, podemos questionar a teoria de Roswhita Scholls de "o valor é o homem", pois o valor é a forma, independentemente de ser homem mulher ou criança, quem a portar só o fará curvando-se as suas determinações, não o contrário. Não obstante, como o Sr. apontou (na palestra na escola da Vila) em seu exemplo do negro banqueiro, todos se espantavam com seu sócio ou, se no lugar dele estivesse uma mulher, por exemplo - e se espantariam ainda mais, chegando possivelmente até a desmaiar, se fosse uma mulher negra banqueira. É como se essas pessoas fossem apenas natureza e por isso não devessem ocupar esses lugares, como se elas fossem a materialização da expressão "boy" norte americana, regredidos, não cultura; todavia, é a cultura que os coloca nessa posição. Uma cultura forjada pela relação de produção produtora de mercadorias, mas que ainda observa um resquício de uma cultura ancestral, aí, sim, quase da mera natureza, do sangue, da família, da tribo e da nação. Perdoe-me pela extensão. Sei que este não é o espaço e procurei resumir. Agradeço novamente pela oportunidade do diálogo.
@@cesarsilva6909 Ótimas observações, Cesar. Acredito que você tenha, apenas, me confundido com o Prof. Silvio de Almeida. Também me chamo Silvio, sou advogado, professor universitário, fui aluno do Prof. Silvio de Almeida (que é um grande amigo meu) e sou pesquisador da Filosofia do Direito. Forte abraço, meu caro!
Para citar Pachukanis, como de resto todos os autores, temos que dar as informações completas, para não deturparmos a história...com referência ao direito, Pachukanis considera ilegítimos o direito romano e o direito adotado nos regimes comunistas, porque: Roma possuia escravos, sem o direito pleno dos demais cidadãos. Os regimes comunistas possuem cidadãos submissos, porque todo regime comunista é imposto pela força física (Stalin...e seus seguidores) ou pela manipulação das mentes pela dissimulação (Gramsci...) Continua Pachukanis: "O único regime onde impera o direito para toda sociedade é o regime capitalista."
Pessoas limitadas e primitivas se atêm apenas a aparência e não ao conteúdo. O livro, o que foi apresentado, nada interessa. Apenas como o professor aparenta.
He tornado a ver este video y me di con la sorpresa que el profesor ha sido nombrado en estos días, ministro de justicia de Brasil. Me congratulo con el profesor y con el labor que desenvolverá.
"Nas mercadorias, o equivalente geral corresponderia ao dinheiro. [...] Ao passo que o direito, ele é o equivalente geral de todos os indivíduos, fazendo com que todos sejam trocadores de mercadoria no momento da circulação mercantil."
Pachukanis foi certeiro. Obrigado por clarificar o pensamento, professor!
Muito bom os pontos apresentados pelo prof. Silvio. E, de fato, este livro do Pachukanis é show!!
Muito booom! Prof. Silvio é íncrível e muito didático e o Pachukanis é mto necessário
Todo apoio ao Silvio Almeida ❤
caramba! que frase no final do vídeo
Gostei muito das explicações dos professores Silvio e Allysson (canal Boitempo). è a primeira vez que ouvi falar do Jurista russo. Vivendo e aprendendo.
Grata, prof.Silvio
Excelente contribuição! Pretendo ler
Ótima aula, Professor Silvio!
"O compromisso de alguém com a revolução se mede com o compromisso que essa mesma pessoa tem com o direito". Não consegui entender essa frase, alguém poderia me explicar, por favor?
Provavelmente romper com as categorias jurídicas que gerem o capital. Uma crítica ao tal socialismo jurídico. E também uma crítica a própria forma jurídica que precisa ser superada.
Mesmo um defensor público que luta por direitos para os hipossuficientes, se entende que esse é um fim em si mesmo, apenas opera dentro da própria lógica do capitalismo e, portanto, da desigualdade.
que cara bonito, parece até o meu ministro dos direitos humanos e cidadania
Excelente leitura !
Excelente!
Estou lendo, mas encontro uma leitura extremamente complicada... me encontro na metade dos escritos e não entendi absolutamente nada, ainda mais do prefacio absurdamente carregado de conceitos a parte.
Alguém tem alguma dica de como ler e entender melhor os conceitos levantados no livro?
Estudando!
Professor , em sintese : de acordo com o jurista marxista , o direito é corolário da estrutura social? Logo a sua concepçao só se torna mutável com a mudança desta?
sim, mais especificamente da estrutura econômico-produtiva, logo, social. O Direito seria uma ferramenta da classe burguesa de regular a vida em sociedade, angariada no valor social, simbólico e efetivo do capital.
Sempre defendo que pashukanis se escreve com sh. Pq a letra russa é Ш. E ela tem som de sh como em show. O ch pode levar a uma pronúncia equivocada com "tch" como em tchau. E pra esse som o russo tambem tem uma letra que é Ц
Poxa muito bom. Como me ajudou a compreender o livro de Pachukanis.
simplesmente foda!!
Professor, a relação social de produção e circulação no capitalismo é que fundamenta a relação jurídica, segundo esse autor? A determinação é da relação da produção de mercadorias?
Sim, porque, para Pachukanis, o núcleo do capitalismo é a mercadoria e é dela que derivam as demais relações na ordem capitalista (dentre essas relações, a forma jurídica, que, subjetivando cada indivíduo em sujeito de Direito, contratualmente falando, o submete às relações de troca, dentre as quais, inclusive, o próprio indivíduo pode se tornar mercadoria).
@@silviojunior.3723 Bom dia, Professor; grato pela resposta. Aproveitando: as relações de produção da mercadoria constituem uma das fontes da pseudoformação/subjetivação do indivíduo, acrescidas aí do uso das mercadorias, principalmente com a tecnologia atual. A mercadoria não discrimina seu consumidor, sendo este ponto do processo apenas mais um da dinâmica de formação e valorização do capital. Não obstante, ela exige/determina o uso com isso determinando o sujeito. Sendo assim, não importaria se a pessoa fosse mulher, homem, negra, azul, verde ou branca, mas, sim, que ela agisse segundo as determinações de valorização do capital impostas pelo processo, correto? Mas se a discriminação é uma realidade, a tradição e a cultura herdadas ainda se impõem numa síntese com as relações capitalistas?
@@cesarsilva6909 meu caro, se bem entendi sua pergunta, você questiona por que subsiste o racismo (e outras formas de discriminação), já que o consumo da mercadoria (que desenvolve o capitalismo) pode ser feito, em princípio, por qualquer um? Ou melhor: como a discriminação convive com o capitalismo? Eu respondo fazendo um alerta inicial; não podemos ignorar a divisão da sociedade em classes (quem domina os meios de produção e quem não domina os meios de produção) e nem a divisão social do trabalho. Levando em conta esse pressuposto, também é de se lembrar que há mais de uma forma de compreender o racismo (e outras formas de discriminação), mas, numa análise materialista, a compreensão do racismo (e outras formas de discriminação) deve ser feita estruturalmente (e não culturalmente ou individualmente), ou seja, o racismo (e outras formas de discriminação) não é culturalismo, mas, antes, pode ser considerado como uma tecnologia de exercício de poder que, na ordem capitalista, serve para equilibrar e manter as relações sociais dentro dos limites estabelecidos pela classe dominante. Sobre esse tema, vale assistir a conferência do Prof. Silvio de Almeida promovida pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC: th-cam.com/video/Pyn40G76kBI/w-d-xo.html
@@silviojunior.3723 Prezado Professor Silvio. Agradeço pela resposta e atenção. Gostaria de dizer que conheço suas teorias de racismo estrutural e tecnologia de poder, assim como a de Achille Mbembe, sobre o necroestado (que de certa forma pode-se dizer que aqui é um necronegroestado ou necgroestado). Conheço vossas importantes palestras, já assisti a maioria delas. Tb gostaria de dizer que não sou "cidadão de bem terraplanista", e muito menos um culturalista, pelo contrário, sou negro da periferia e de esquerda. Apenas tenho percebido que a forma valor tem determinações que a priori organizam o comportamento, sujeitando os sujeitos. Assim, seja mulher, homem, branco ou negro, se for empregado/a, diretor/a ou presidente/a da empresa, não poderá agir contra o valor e sua valorização, não poderá ser afetuoso, carinhoso ou humano com seus funcionários ou funcionárias se não houver valorização, se não fizer o capital se expandir. Assim, temos visto com mais frequência o comportamento cada vez mais igual de homens, mulheres, brancos, negros ou outras raças, pobres ou ricos - Robert Kurz sempre se referia ao "empresário da miséria". E, daí, podemos questionar a teoria de Roswhita Scholls de "o valor é o homem", pois o valor é a forma, independentemente de ser homem mulher ou criança, quem a portar só o fará curvando-se as suas determinações, não o contrário. Não obstante, como o Sr. apontou (na palestra na escola da Vila) em seu exemplo do negro banqueiro, todos se espantavam com seu sócio ou, se no lugar dele estivesse uma mulher, por exemplo - e se espantariam ainda mais, chegando possivelmente até a desmaiar, se fosse uma mulher negra banqueira. É como se essas pessoas fossem apenas natureza e por isso não devessem ocupar esses lugares, como se elas fossem a materialização da expressão "boy" norte americana, regredidos, não cultura; todavia, é a cultura que os coloca nessa posição. Uma cultura forjada pela relação de produção produtora de mercadorias, mas que ainda observa um resquício de uma cultura ancestral, aí, sim, quase da mera natureza, do sangue, da família, da tribo e da nação. Perdoe-me pela extensão. Sei que este não é o espaço e procurei resumir. Agradeço novamente pela oportunidade do diálogo.
@@cesarsilva6909 Ótimas observações, Cesar. Acredito que você tenha, apenas, me confundido com o Prof. Silvio de Almeida. Também me chamo Silvio, sou advogado, professor universitário, fui aluno do Prof. Silvio de Almeida (que é um grande amigo meu) e sou pesquisador da Filosofia do Direito. Forte abraço, meu caro!
Qui grafar : " Em suma".
0brigado 0timo
Para citar Pachukanis, como de resto todos os autores, temos que dar as informações completas, para não deturparmos a história...com referência ao direito, Pachukanis considera ilegítimos o direito romano e o direito adotado nos regimes comunistas, porque: Roma possuia escravos, sem o direito pleno dos demais cidadãos. Os regimes comunistas possuem cidadãos submissos, porque todo regime comunista é imposto pela força física (Stalin...e seus seguidores) ou pela manipulação das mentes pela dissimulação (Gramsci...) Continua Pachukanis: "O único regime onde impera o direito para toda sociedade é o regime capitalista."
Verdade, mas pachukanis pregava a abolição do direito rsrs.
A arte de falar muito sem dizer nada.
A arte de ser mentecapto fascista, ESTIMULADO por hater de internet.
Muito elegante o terno do advogado socialista. Está muito burguês, não está não?
Paulo Sérgio Mendes Quaresma Nem terno socialista pode usar??? 😂😂😂😂
Paulo Sérgio Mendes Quaresma
Muito bom o terno e a argumentação.
No Capitalismo, só o burguês usa, no Socialismo, o terno é redistribuído.
que comentário vazio
Pessoas limitadas e primitivas se atêm apenas a aparência e não ao conteúdo. O livro, o que foi apresentado, nada interessa. Apenas como o professor aparenta.
O que a classe trabalhadora produz a ela deve pertencer. Isso inclui os bons ternos.