Como pode haver livre -arbítrio e, ao mesmo tempo, a onisciência divina? Se Deus conhece os três aspectos do tempo: passado, presente e futuro, o futuro adquire existência; e este estaria, assim, determinado. Portanto, se existe determinação, não existe liberdade.
Muito obrigado pela sua contribuição. Realmente estas são as principais questões apontadas pelo paradoxo. A premissa inicial de que, se Deus é onipotente, onisciente e onibenevolente, então a existência do mal parece contradizer essas características. *No entanto, essa visão pode ser contestada ao considerar que a definição de onipotência não implica que Deus deva intervir em todas as situações. A onipotência pode ser entendida como a capacidade de realizar tudo que é logicamente possível, e não necessariamente como a obrigação de eliminar o mal em todas as suas formas*. Um argumento comum na teologia é que Deus concedeu livre-arbítrio aos seres humanos, permitindo-lhes escolher entre o bem e o mal. Essa liberdade é vista como uma condição essencial para a moralidade e a autenticidade nas relações com Deus. Assim, o mal poderia ser uma consequência das escolhas humanas, não uma falha divina. Essa perspectiva sugere que *a ausência de intervenção divina em cada ato maligno não implica conivência, mas sim respeito pela autonomia humana*.
@@saberemfoco Olá, bom dia! Eu acho que o trecho “No entanto, essa visão pode ser contestada ao considerar que a definição de onipotência não implica que Deus deva intervir em todas as situações” tem um problema. Ele parte de uma suposição e, portanto, não serviria como uma contestação. E, se levarmos em consideração a ordem dos seres, um ser humano não teria como entender, ou supor, aquilo que um ser superior, no caso Deus, poderia, ou deveria fazer.
@@saberemfoco Existe outra questão, um paradoxo, e não sei se algum filósofo já chegou a essa conclusão, que é a seguinte. Se Deus for onisciente, conhecedor de presente, passado e futuro, haveria uma determinação absoluta e ele próprio estaria preso dentro dessa determinação e não poderia alterá-la, o que colocaria em xeque a sua liberdade e também sua onipotência.
@@qot0p Sim, mas temos que partir de algum pressuposto, do contrário qualquer afirmação seria contextada pelo argumentum ad ignorantia. Tudo o que falamos até agora são suposições, pois não teríamos nem mesmo como determinar os atributos divinos diante de nossas limitações.
Vídeo muito bom!
Continue com o canal, pois sempre acompanho e deixo a curtida. 😊❤
Obrigado pelo feedback.
Obgdo pelo vídeo
Eu que agradeço.
Como pode haver livre -arbítrio e, ao mesmo tempo, a onisciência divina? Se Deus conhece os três aspectos do tempo: passado, presente e futuro, o futuro adquire existência; e este estaria, assim, determinado. Portanto, se existe determinação, não existe liberdade.
Muito obrigado pela sua contribuição. Realmente estas são as principais questões apontadas pelo paradoxo. A premissa inicial de que, se Deus é onipotente, onisciente e onibenevolente, então a existência do mal parece contradizer essas características. *No entanto, essa visão pode ser contestada ao considerar que a definição de onipotência não implica que Deus deva intervir em todas as situações. A onipotência pode ser entendida como a capacidade de realizar tudo que é logicamente possível, e não necessariamente como a obrigação de eliminar o mal em todas as suas formas*. Um argumento comum na teologia é que Deus concedeu livre-arbítrio aos seres humanos, permitindo-lhes escolher entre o bem e o mal. Essa liberdade é vista como uma condição essencial para a moralidade e a autenticidade nas relações com Deus. Assim, o mal poderia ser uma consequência das escolhas humanas, não uma falha divina. Essa perspectiva sugere que *a ausência de intervenção divina em cada ato maligno não implica conivência, mas sim respeito pela autonomia humana*.
@@saberemfoco Olá, bom dia!
Eu acho que o trecho “No entanto, essa visão pode ser contestada ao considerar que a definição de onipotência não implica que Deus deva intervir em todas as situações” tem um problema. Ele parte de uma suposição e, portanto, não serviria como uma contestação. E, se levarmos em consideração a ordem dos seres, um ser humano não teria como entender, ou supor, aquilo que um ser superior, no caso Deus, poderia, ou deveria fazer.
@@saberemfoco Existe outra questão, um paradoxo, e não sei se algum filósofo já chegou a essa conclusão, que é a seguinte. Se Deus for onisciente, conhecedor de presente, passado e futuro, haveria uma determinação absoluta e ele próprio estaria preso dentro dessa determinação e não poderia alterá-la, o que colocaria em xeque a sua liberdade e também sua onipotência.
@@qot0p Sim, mas temos que partir de algum pressuposto, do contrário qualquer afirmação seria contextada pelo argumentum ad ignorantia. Tudo o que falamos até agora são suposições, pois não teríamos nem mesmo como determinar os atributos divinos diante de nossas limitações.