Muito interessante sua análise. Uma das coisas que me chamou a atenção ao ler o conto foi a história dos sonhos que levavam o personagem para outro sonho e, em sua tentativa perceber que acordava dentro de um sonho anterior. Percebi que o diretor Christopher Nolan se inspirou nessa experiência do personagem de Borges para fazer seu filme "A Origem", em que um grupo pessoas penetram em camadas de sonhos, um dentro do outro, para cumprir também uma missão. Eu nunca tinha ouvido essa relação, mas me pareceu tão clara ao ler o conto que fui pesquisar e descobri entrevista em que perguntado sobre sua inspiração para tratar dos sonhos no filme, Nolan responde : Borges !
A questão do que acontece com o personagem após a experiência mística remete a ideia presente no conto o imortal de que a imortalidade de certa forma destitui a nossa personalidade. Em outras palavras. Não somos feitos para decifrar o universo. Se nós aventuradoscorremos o risco de nós perdermos.
Aline, que bacana! Parabéns pelo trabalho. Sabe, eu havia pensado que o Jaguar seria parte do narrador, mergulhado em si mesmo, seria o decifra-me de todos nós, o conhecer a si mesmo. Daí a paralisia ao chegar ao máximo de si , a luz do meio dia. Algo como epifania.
O movimento de re(apropriação) da sua vida por meio das memórias é uma ideia que muito me agrada na escrita. A experiência mistica deve trazer uma carga cultural interessante para o conto. PS: O calor está nos matando, mas tenhamos força HAHA...
"Borges e a Experiência Mística", a entrevista de Maria Kodama na Biblioteca Nacional (com a participação do prof. Jorge Schwartz). Aline, acho que essa a que você se referiu, né? th-cam.com/video/tBWf93zJU5M/w-d-xo.html A entrevista em que ele "confessa" ter tido, por duas vezes, uma experiência mística foi dada a Willis Barnstone. Nas suas próprias palavras: "En mi vida […] he tenido dos experiencias místicas, y no puedo decirlas porque lo que me sucedió no es para ser puesto en palabras […] fue asombroso, deslumbrante. Me sentí avasallado, atónito. Tuve la sensación de vivir no en el tiempo sino fuera del tiempo […]. Escribí poemas sobre ello, pero son poemas normales y no pueden decir la experiencia. No puedo decírsela a ud., ya que ni siquiera puedo repetírmela a mí mismo, pero tuve esa experiencia, y la tuve dos veces, y acaso me sea otorgado volver a tenerla antes de morir."(BARNSTONE, W., “The secret island”, en Borges at Eighty, conversations with Jorge Luis Borges, Bloomington, Indiana University Press, 1982, p. 11).
Muito interessante sua análise. Uma das coisas que me chamou a atenção ao ler o conto foi a história dos sonhos que levavam o personagem para outro sonho e, em sua tentativa perceber que acordava dentro de um sonho anterior. Percebi que o diretor Christopher Nolan se inspirou nessa experiência do personagem de Borges para fazer seu filme "A Origem", em que um grupo pessoas penetram em camadas de sonhos, um dentro do outro, para cumprir também uma missão. Eu nunca tinha ouvido essa relação, mas me pareceu tão clara ao ler o conto que fui pesquisar e descobri entrevista em que perguntado sobre sua inspiração para tratar dos sonhos no filme, Nolan responde : Borges !
Oi, todo conto que leio vou atrás de vídeo seu kkk ❤ grato, conteúdo muito bom
A questão do que acontece com o personagem após a experiência mística remete a ideia presente no conto o imortal de que a imortalidade de certa forma destitui a nossa personalidade. Em outras palavras. Não somos feitos para decifrar o universo. Se nós aventuradoscorremos o risco de nós perdermos.
Jaguar na cultura Maia carrega todas as estrelas como se suas pintas representassem o infinito universo
Muito obrigado, Aline, por mais uma análise. Fico esperando seus vídeos para prosseguir com a leitura!
Que bacana! Não conhecia a obra e fiquei super curiosa pra conferir. ❤
O jaguar seria a nossa bem conhecida onça? Muito legal seus comentários, gostei muito. Parabéns.
Quando vc vai postar o próximo conto??? Estou curiosa para saber os seus comentários!!
Amanhã entra vídeo novo! Obrigada por acompanhar a série! 😁
Aline, que bacana! Parabéns pelo trabalho. Sabe, eu havia pensado que o Jaguar seria parte do narrador, mergulhado em si mesmo, seria o decifra-me de todos nós, o conhecer a si mesmo. Daí a paralisia ao chegar ao máximo de si , a luz do meio dia. Algo como epifania.
O movimento de re(apropriação) da sua vida por meio das memórias é uma ideia que muito me agrada na escrita. A experiência mistica deve trazer uma carga cultural interessante para o conto.
PS: O calor está nos matando, mas tenhamos força HAHA...
"Borges e a Experiência Mística", a entrevista de Maria Kodama na Biblioteca Nacional (com a participação do prof. Jorge Schwartz). Aline, acho que essa a que você se referiu, né? th-cam.com/video/tBWf93zJU5M/w-d-xo.html
A entrevista em que ele "confessa" ter tido, por duas vezes, uma experiência mística foi dada a Willis Barnstone. Nas suas próprias palavras:
"En mi vida […] he tenido dos experiencias místicas, y no puedo decirlas porque lo que me sucedió no es para ser puesto en palabras […] fue asombroso, deslumbrante. Me sentí avasallado, atónito. Tuve la sensación de vivir no en el tiempo sino fuera del tiempo […]. Escribí poemas sobre ello, pero son poemas normales y no pueden decir la experiencia. No puedo decírsela a ud., ya que ni siquiera puedo repetírmela a mí mismo, pero tuve esa experiencia, y la tuve dos veces, y acaso me sea otorgado volver a tenerla antes de morir."(BARNSTONE, W., “The secret island”, en Borges at Eighty, conversations with Jorge Luis Borges, Bloomington, Indiana University Press, 1982, p. 11).