Alexandre, estou em um curso de formação em Psicanálise (realizando após 25 anos de espera!) e confesso que algumas coisas que leio e fico em dúvida, consigo esclarecer quando o ouço nesses vídeos. Muito obrigada por fazer a diferença neste mundo e ajudar-nos (nós, alunos) a esclarecer o que não fica claro. Parabéns pelo seu belo trabalho!
Sempre claro nas suas elucidações. Adorei a sua fala sobre a terceirização da angústia e a perversão na contemporaneidade como uma forma de escamotear a falta de driblar a falta.Muito bom!!!
Olá, dr. Alexandre Simões. Sou um fã de seus vídeos! Eu sou um sujeito de estrutura perversa. Não estabelece relações (amorosas) duradoras - aliás, não gosto de firmar relações amorosas exclusivistas (ou seja: gosto de variar). Tenho excitação sexual por mulheres comprometidas e moças bem jovens (com corpos atraentes - ainda que sejam adolescentes). O que o sr falou remeteu muito a mim mesmo - pois, a maioria das moças que me relaciono, são aquelas de estrutura bem neurótica. Acredito que isso tenha a ver com o fato de ser criado por uma mãe solteira boderline (ele tinha essa condição) - meu irmão mais velho, que por conta do problema da minha mãe saiu de casa aos 14 anos (eu sai aos 15 - 3 anos depois dele), se tornou uma pessoa (na época) bem agressiva e perigosa; eu diria que busquei no sexo a saída pras angustias - nunca fui agressivo (pra mim o destaque foi a questão da perversão sexual mesmo). Se puder falar um pouco sobre, agradeceria. Grande abraço, dr! (Obrigado desde já)
Quero agradecer por disponibilizar tantas informações importantes, sou estudante de psicologia e com seus vídeos tenho aprendido muito. Obrigada Araços
Felicitações Professor... Estou aqui com um texto de COIMBRA DE MATOS tratando da COMPULSÃO DA REPETIÇÃO em que faz a menção "Que um dos efeitos diretos do trauma infantil foi o ferimento narcisico; este, prejudicando a autovalorizacao, vai diminuir a confiança na capacidade de ser amado. Por outro lado, organiza-se uma desconfiança em relação ao objeto heterossexual, que condiciona o DESENVOLVIMENTO de uma relação afectiva pedominantemente HOMOSSEXUAL..." Teria como elaborar um video pra explicar essa questão... Por favor?
Olá Dr. Sou inscrito no seu canal, aluno do quarto ano do curso de Psicologia e estudante de Psicanálise. Começo a pensar num tema para o meu TCC e me deparei com o seu vídeo: PERVERSÃO, NEUROSE E CONTEMPORANEIDADE e me encantei com a ideia de me aprofundar numa investigação mais profunda acerca da atuação da perversão nessa nossa contemporaneidade. Seria possível me passar sugestões de leitura que me auxiliasse na construção desse eventual trabalho? Obrigado¹
Ola, não sei vc falou sobre isso,mas vc poderia falar sobre o vazio;nossa relação com esse vazio que nos angustia e nos leva a buscar a preencher ele com qualquer coisa.
Muito bem explanado seu conceito acerca da perversão e neurose ! Mas vendo esse vídeo me sobreveio uma dúvida , um perverso pode deixar de ser perverso e ser um neurótico e assim passar a lhe dar com suas próprias faltas e encará-las ? Se possível me tire essa dúvida . Agradeço desde já sua resposta Dr. Obrigado !!
Celivan M Caro Celivan obrigado pelo seu retorno e sua indagação. Creio que o que se aproxima de sua questão é a noção de 'traços de perversão'. Ou seja, podemos nos deparar com traços de perversão (modalidades de gozo perversos) em cada uma das estruturas clínicas, sem que isto configure, especificamente, uma perversão (no sentido estrito). Desta forma, não teríamos exatamente a passagem de um sujeito perverso para a posição de um sujeito neurótico; todavia, isto não impede que o neurótico tenha de ser deparar com as questões da perversão e que o perverso, por outro lado, não possa avançar em seu percurso analítico. Em outras palavras, não devemos partir de considerações tão engessadas para lidar com estes aspectos clínicos, sejam os relativos à perversão ou aos traços de perversão.
***** Compreendi a sua reposta, ficou bem claro Dr. obrigado ! Cada vez mais fico surpreendido sobre como as abordagens da Psicanálise são esclarecedoras em diversos assuntos da nossa vida cotidiana . Embora não seja minha área , eu vejo a Psicanálise como um meio capaz de "salvar" essa sociedade tão conturbada em que nós vivemos .
Olá, parabens pelo seu trabalho! Se possivel me ajudar, ficarei grato... Sou o filho mais velho de uma familia de 4 integrantes tenho uma irmã mais nova, minha relação com minha familia é tenebrosa e até por vezes incerta. Me sinto não ouvido, trabalho desde meus 16 anos(atualmente 17), porem nunca tive liberdade de escolha por minha pessoa e muito menos liberdade. Logo com o inicio destes problemas, me intereçei pela psicanalise (que eu acho incrível) na tentativa de me auto-educar sobre como deveria me comportar e agir... De nada adiantou, estou em conflito até comigo mesmo!
Prezado Fábio, obrigado por seu retorno! Veja bem: circunstâncias tais como as que você indica necessitam de um olhar bem preciso, ou seja, devem ser acompanhadas passo-a-passo por um profissional. Não há como abordar o que se passa com você, neste momento de sua vida, de forma genérica (seja por motivos técnicos, seja por motivos éticos). Mas, em linhas bem gerais, parece-me que você poderia buscar se oferecer um tempo mais dilatado para encontrar vias (que, em um primeiro olhar, podem dar a impressão de serem improváveis) que lhe desloquem desse impasse. Os efeitos de uma análise usualmente se apresentam em tempos distintos: alguns, podem ser bem ágeis e evidentes; outros, mais sutis e em um tempo mais longo. É muito comum (e, inclusive, um sinal de que a análise está avançando) que em um momento da análise já não se busque tão evidentemente (ou tão exclusivamente) lidar com aquilo que fez com que você, de início, procurasse um psicanalista. Em outras palavras, motivos que são certamente urgentes e evidentes hoje, podem dar lugar a questões de uma ordem outra à medida em que o trabalho de análise avança e a cena dos conflitos se modifica (tal como dito por você: de início, um conflito com os outros e, agora, um conflito consigo próprio). Esta mudança das cenas dos conflitos pode dar a entender que as coisas estejam piorando; mas pode ser também uma passagem (trabalhosa, certamente) para que outras coisas se mostrem. Enfim, mesmo considerando seu mal-estar, recomendo-lhe que tenha um pouco mais de paciência e persevere mais um pouco! Abç.
Alexandre, achei muito interessante alguns pontos que você tocou ao abordar essa temática. No entanto, fiquei um tanto confuso na sua posição ao tratar a perversão como uma estrutura psíquica, que marca a subjetividade nos empreendimentos de lançar para um terceiro a relação precária com a falta. Ao me ver, a perversão procede na neurose tranquilamente, prescindindo de uma categorização estrutural a parte. O conceito de identificação projetiva seria fundamental para tratar disso que estou falando. Além disso senti falta de um aprofundamento que abordasse em como a perversão se configura em termos de aparelho psíquico para o sujeito, como decorre o jogo de forças nisso, bem como os processos psíquicos subjacentes, como a clivagem egoica. Sou estudante apenas, achei que pode lhe ser util lançar esses apontamentos, porém posso estar nadando na equivocidade ao faze-lo uma vez que desconheço o público para o qual tu se dirige.
Prezado Tiago, suas contribuições e comentários são muito bem vindos e estão longe e serem meros equívocos, saiba disto. Veja só: o tema da perversão sempre acaba comportando algumas controversas, sobretudo porque - dentro outros aspectos - temos já uma vasta e sólida produção clínica relativa aos campos das neuroses e das psicoses, na Psicanálise, ao lado de uma produção mais modesta no que tange à perversão. Mas, se formos ser rigorosos junto à letra freudiana, teríamos de reconhecer (e o que vou dizer tem razões clínicas importantes para tal) três distintos mecanismos de defesa (mais exatamente: de estruturação do sujeito): Verdrangung, Verwerfung e Verneinung. Mesmo que não se conheça profundamente a língua alemã, nota-se que são palavras bem próximas, de tradução pouco simples e que, vale acrescentar, foram sendo gradativamente elevadas por Freud à categoria de conceitos. A partir de Lacan, podemos dizer (em alguma medida, pois o assunto é bem mais complexo do que isto) que são respostas possíveis dadas à Castração (à falta no Outro): recalque, forclusão e desmentido. Pois bem, o recorte de meu vídeo, não me permitiu abordar tão explicitamente estas questões mas, compreendo que o fiz, em outras palavras, ao enfatizar o que está em jogo no mecanismo do desmentido. Desta forma, ainda que possamos considerar os traços de perversão presentes nas neuroses, do ponto de vista de resposta (e implicações) face à falta do Outro (o que Lacan escreve como "significante que destotaliza o Outro como tesouro dos significantes"), é de maior alcance clínico considerarmos que a perversão não se reduz à neurose, pois são gramáticas do sujeito bem distintas. Um abraço!
Branco e preto : O perverso e a neurotica. Quem sofre mais? o perverso esta mais pra vilao e. o neurotico o coitado. Sou presa nas garras de um bicho. Eu era feliz e nao sabia... maldade nua e crua do mundo atual...
O vídeo 24 e 25 do assunto foram os melhores q já vi até agora, parabéns 👏👏👏👏
Alexandre, estou em um curso de formação em Psicanálise (realizando após 25 anos de espera!) e confesso que algumas coisas que leio e fico em dúvida, consigo esclarecer quando o ouço nesses vídeos. Muito obrigada por fazer a diferença neste mundo e ajudar-nos (nós, alunos) a esclarecer o que não fica claro. Parabéns pelo seu belo trabalho!
Alexandre, é incrível a didática ao expor os conteúdos com tanta leveza. Obrigada por tanto!
Muito bom! Parabéns pelo vídeo, explanou o conteúdo de forma clara e direta, e contribuiu muito nos meus estudos para concurso. Obrigada!
Citar o dr Alexandre no meu TCC
Sempre claro nas suas elucidações. Adorei a sua fala sobre a terceirização da angústia e a perversão na contemporaneidade como uma forma de escamotear a falta de driblar a falta.Muito bom!!!
Execelente trabalho! Me ajudou bastante na construção do artigo para conclusão do curso de Psicologia. Muito obrigado!
Esclarecedor. Os comentários do professor, ampliam o meu aprendizado.
Excelente explicação e contextualização!
Muito obrigado pelos vídeos. Sou estudante de psicologia e adoro a psicanálise. Os vídeos ajudam muito.
Excelente Alexandre vc é Ótimo
muito bom esse video! Otima explicação. Obrigada.
Aula clara e precisa!
obrigada pelos vídeos , muito esclarecedor
Prezado Alexandre, excelente explicação sobre o tema!
Excelente! Muito bem explicado. Gratidão!!
Maravilhoso. Um grande jogo de sedução envolvido entre as partes. A construção do cenário.
super esclarecedor...
muitas pessoas tem ideias equivocadas sobre a perversão.
Olá, dr. Alexandre Simões. Sou um fã de seus vídeos!
Eu sou um sujeito de estrutura perversa. Não estabelece relações (amorosas) duradoras - aliás, não gosto de firmar relações amorosas exclusivistas (ou seja: gosto de variar). Tenho excitação sexual por mulheres comprometidas e moças bem jovens (com corpos atraentes - ainda que sejam adolescentes). O que o sr falou remeteu muito a mim mesmo - pois, a maioria das moças que me relaciono, são aquelas de estrutura bem neurótica.
Acredito que isso tenha a ver com o fato de ser criado por uma mãe solteira boderline (ele tinha essa condição) - meu irmão mais velho, que por conta do problema da minha mãe saiu de casa aos 14 anos (eu sai aos 15 - 3 anos depois dele), se tornou uma pessoa (na época) bem agressiva e perigosa; eu diria que busquei no sexo a saída pras angustias - nunca fui agressivo (pra mim o destaque foi a questão da perversão sexual mesmo). Se puder falar um pouco sobre, agradeceria.
Grande abraço, dr! (Obrigado desde já)
+
Que maravilha ver a sua lucidez sobre si mesmo!
Quero agradecer por disponibilizar tantas informações importantes, sou estudante de psicologia e com seus vídeos tenho aprendido muito.
Obrigada
Araços
Fabiana Magalhaes Olá, Fabiana! Fico contente ao saber que os vídeos lhe têm sido proveitosos. Abç.!
Muito bom suas explicações, contribui muito na compreensão da matéria do curso de psicologia.
adorei.. então o perverso terceiriza sua angústia... interessante 👏👏
parabéns...
Olá, Juliana, é isso mesmo! Obrigado pelo seu retorno. Abç.!
Muito bom. Obrigada!
Estas aulas estão me ajudando bastante. Obrigada!
Excelente!!! Obrigada pelo vídeo compartilhado!!!
Suas explicações são claras, objetivas, perfeitas! Obrigada!
Muito bom a explicação. Gostaria de ver como essa terceirização da angúsita se apresenta na clínica
Parabens
Parabéns, ótima trasmissao
Ótima explicação!!! Me ajudou muito!!!
Ótima explicação. Amei seus vídeos
SHOW - Parabéns Dr.
Muito boa a sua explicação! Parabéns!
Excelente explicação dr. Alexandre. Adoro seus vídeos.
Olá, Jaide! Obrigado pelo seu retorno. Vamos desenvolvendo a interlocução. Abç.!
Olá Alexandre! Você chegou a ler o livro ´´Perversão: a forma erótica do ódio´´ do Robert Stoller?
Amei suas aulas. tem me ajudado muito. Obrigada. Bjs
Olá, Samara! Obrigado pelo seu retorno. Vamos mantendo a interlocução. Abc!
Excelente!!!
muito bom o seu trabalho! me ajudou muito na escolha do curso superior :)
Olá, Bruno! Fico satisfeito ao saber que o meu trabalho contribui para o seu percurso. Obrigado pelo retorno e abç.!
Excelente.
Excelente explanação, muito clara e acessível. Você poderia indicar alguma bibliografia para um maior aprofundamento no assunto? Grato e um abraço.
muito bom !!!
Felicitações Professor... Estou aqui com um texto de COIMBRA DE MATOS tratando da COMPULSÃO DA REPETIÇÃO em que faz a menção "Que um dos efeitos diretos do trauma infantil foi o ferimento narcisico; este, prejudicando a autovalorizacao, vai diminuir a confiança na capacidade de ser amado. Por outro lado, organiza-se uma desconfiança em relação ao objeto heterossexual, que condiciona o DESENVOLVIMENTO de uma relação afectiva pedominantemente HOMOSSEXUAL..." Teria como elaborar um video pra explicar essa questão... Por favor?
professor e os conceitos da psicose?
Muito bom! :)
Excelente
E quando o neurótico, vai ficando menos neurotico, o que acontece com o perverso?
Olá Dr. Sou inscrito no seu canal, aluno do quarto ano do curso de Psicologia e estudante de Psicanálise. Começo a pensar num tema para o meu TCC e me deparei com o seu vídeo: PERVERSÃO, NEUROSE E CONTEMPORANEIDADE e me encantei com a ideia de me aprofundar numa investigação mais profunda acerca da atuação da perversão nessa nossa contemporaneidade. Seria possível me passar sugestões de leitura que me auxiliasse na construção desse eventual trabalho? Obrigado¹
EXISTE PESSOAS NORMAIS? PODE ACONTECER DE NÓS SERMOS NEURÓTICOS E NÃO PSICÓTICO?
ótimo
Ola, não sei vc falou sobre isso,mas vc poderia falar sobre o vazio;nossa relação com esse vazio que nos angustia e nos leva a buscar a preencher ele com qualquer coisa.
Caro Norberto, considerarei sua sugestão para algum vídeo futuro. Obrigado e um abraço!
Como trabalhar com este perverso?
Muito bem explanado seu conceito acerca da perversão e neurose ! Mas vendo esse vídeo me sobreveio uma dúvida , um perverso pode deixar de ser perverso e ser um neurótico e assim passar a lhe dar com suas próprias faltas e encará-las ? Se possível me tire essa dúvida . Agradeço desde já sua resposta Dr. Obrigado !!
Celivan M Caro Celivan obrigado pelo seu retorno e sua indagação. Creio que o que se aproxima de sua questão é a noção de 'traços de perversão'. Ou seja, podemos nos deparar com traços de perversão (modalidades de gozo perversos) em cada uma das estruturas clínicas, sem que isto configure, especificamente, uma perversão (no sentido estrito). Desta forma, não teríamos exatamente a passagem de um sujeito perverso para a posição de um sujeito neurótico; todavia, isto não impede que o neurótico tenha de ser deparar com as questões da perversão e que o perverso, por outro lado, não possa avançar em seu percurso analítico. Em outras palavras, não devemos partir de considerações tão engessadas para lidar com estes aspectos clínicos, sejam os relativos à perversão ou aos traços de perversão.
***** Compreendi a sua reposta, ficou bem claro Dr. obrigado ! Cada vez mais fico surpreendido sobre como as abordagens da Psicanálise são esclarecedoras em diversos assuntos da nossa vida cotidiana . Embora não seja minha área , eu vejo a Psicanálise como um meio capaz de "salvar" essa sociedade tão conturbada em que nós vivemos .
Acabei de assistir o crime não compensa....em que falava desse assunto...serial kilir.....pesquisei...e vim parar aqui.....
O fetichista exige quase sempre que o parceiro seja perverso ? Dr. Alexandre ?
Entao os funkeiros com suas ostentações , perversões e luxúria são neuróticos
É uma forma do Dasein ser, aí no mundo!
Isso mesmo! "ser-com-os-outros-no-mundo"
👏👏👏👏
No perversos: psicopatas, sociopatas e narcisistas perversos....
Olá, parabens pelo seu trabalho! Se possivel me ajudar, ficarei grato... Sou o filho mais velho de uma familia de 4 integrantes tenho uma irmã mais nova, minha relação com minha familia é tenebrosa e até por vezes incerta. Me sinto não ouvido, trabalho desde meus 16 anos(atualmente 17), porem nunca tive liberdade de escolha por minha pessoa e muito menos liberdade. Logo com o inicio destes problemas, me intereçei pela psicanalise (que eu acho incrível) na tentativa de me auto-educar sobre como deveria me comportar e agir... De nada adiantou, estou em conflito até comigo mesmo!
Prezado Fábio, obrigado por seu retorno! Veja bem: circunstâncias tais como as que você indica necessitam de um olhar bem preciso, ou seja, devem ser acompanhadas passo-a-passo por um profissional. Não há como abordar o que se passa com você, neste momento de sua vida, de forma genérica (seja por motivos técnicos, seja por motivos éticos). Mas, em linhas bem gerais, parece-me que você poderia buscar se oferecer um tempo mais dilatado para encontrar vias (que, em um primeiro olhar, podem dar a impressão de serem improváveis) que lhe desloquem desse impasse. Os efeitos de uma análise usualmente se apresentam em tempos distintos: alguns, podem ser bem ágeis e evidentes; outros, mais sutis e em um tempo mais longo. É muito comum (e, inclusive, um sinal de que a análise está avançando) que em um momento da análise já não se busque tão evidentemente (ou tão exclusivamente) lidar com aquilo que fez com que você, de início, procurasse um psicanalista. Em outras palavras, motivos que são certamente urgentes e evidentes hoje, podem dar lugar a questões de uma ordem outra à medida em que o trabalho de análise avança e a cena dos conflitos se modifica (tal como dito por você: de início, um conflito com os outros e, agora, um conflito consigo próprio). Esta mudança das cenas dos conflitos pode dar a entender que as coisas estejam piorando; mas pode ser também uma passagem (trabalhosa, certamente) para que outras coisas se mostrem. Enfim, mesmo considerando seu mal-estar, recomendo-lhe que tenha um pouco mais de paciência e persevere mais um pouco!
Abç.
Muito obrigado! Procurarei um profissional, para saber mais e como proceder sob tal situação e dar por fim essa "guerra" comigo mesmo.
Alexandre, achei muito interessante alguns pontos que você tocou ao abordar essa temática. No entanto, fiquei um tanto confuso na sua posição ao tratar a perversão como uma estrutura psíquica, que marca a subjetividade nos empreendimentos de lançar para um terceiro a relação precária com a falta. Ao me ver, a perversão procede na neurose tranquilamente, prescindindo de uma categorização estrutural a parte. O conceito de identificação projetiva seria fundamental para tratar disso que estou falando. Além disso senti falta de um aprofundamento que abordasse em como a perversão se configura em termos de aparelho psíquico para o sujeito, como decorre o jogo de forças nisso, bem como os processos psíquicos subjacentes, como a clivagem egoica. Sou estudante apenas, achei que pode lhe ser util lançar esses apontamentos, porém posso estar nadando na equivocidade ao faze-lo uma vez que desconheço o público para o qual tu se dirige.
Prezado Tiago, suas contribuições e comentários são muito bem vindos e estão longe e serem meros equívocos, saiba disto. Veja só: o tema da perversão sempre acaba comportando algumas controversas, sobretudo porque - dentro outros aspectos - temos já uma vasta e sólida produção clínica relativa aos campos das neuroses e das psicoses, na Psicanálise, ao lado de uma produção mais modesta no que tange à perversão. Mas, se formos ser rigorosos junto à letra freudiana, teríamos de reconhecer (e o que vou dizer tem razões clínicas importantes para tal) três distintos mecanismos de defesa (mais exatamente: de estruturação do sujeito): Verdrangung, Verwerfung e Verneinung. Mesmo que não se conheça profundamente a língua alemã, nota-se que são palavras bem próximas, de tradução pouco simples e que, vale acrescentar, foram sendo gradativamente elevadas por Freud à categoria de conceitos. A partir de Lacan, podemos dizer (em alguma medida, pois o assunto é bem mais complexo do que isto) que são respostas possíveis dadas à Castração (à falta no Outro): recalque, forclusão e desmentido. Pois bem, o recorte de meu vídeo, não me permitiu abordar tão explicitamente estas questões mas, compreendo que o fiz, em outras palavras, ao enfatizar o que está em jogo no mecanismo do desmentido. Desta forma, ainda que possamos considerar os traços de perversão presentes nas neuroses, do ponto de vista de resposta (e implicações) face à falta do Outro (o que Lacan escreve como "significante que destotaliza o Outro como tesouro dos significantes"), é de maior alcance clínico considerarmos que a perversão não se reduz à neurose, pois são gramáticas do sujeito bem distintas.
Um abraço!
Branco e preto : O perverso e a neurotica. Quem sofre mais?
o perverso esta mais pra vilao e. o neurotico o coitado. Sou presa nas garras de um bicho. Eu era feliz e nao sabia... maldade nua e crua do mundo atual...
engenharia da perversão... ahuahuahuahua... que medo de não ir para o céu...😨
Impecável🤌🏿
Excelente!