Resenha | As meninas, Lygia Fagundes Telles
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- เผยแพร่เมื่อ 28 พ.ย. 2014
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A própria Lygia conta uma história que o Paulo Emilio chegou em casa, certa vez, falando que a censura tinha pegado esse livro dela, mas que o censor interrompeu a leitura por estar achando muito chato... O legal é que o censor não chegou até a parte da descrição da sessão de tortura e o livro circulou tranquilamente com todos os manifestos da Lygia! Apesar de não ter lido ainda, velo um amorzinho por esse livro por gostar muito da autora, sabe... Muito bacana saber que ela trata de temas tão tabus pra época como a homossexualidade. Gostei muito do vídeo, me lembrou que preciso ler esse livro. Beijo :-)
É curioso como são as sensibilidades, eu adoro esse livro, já o reli duas vezes, e posso dizer que é meu livro favorito. Mas eu acho louvável a sua opinião, que não deve ser genericamente rotulada de negativa ou positiva, isso mostro que somos diferentes, que somos construídos de maneiras diferentes. Eu faço História/UFRN e posso afirmar que esse livro, do ponto de vista histórico é riquíssimo, um documento histórico. Pois não é fácil para o escritor, que tem a obrigação de escrever sobre o seu tempo/seu contexto, produzir em tempos de crise. Ainda mais, Lygia é pioneira, ao lado de Clarice Lispector, por dar voz a personagens femininos na prosa brasileira. Por isso é uma escritora que deve emergir, e mais uma vez você merece aplausos por trazer esse livro pro seu público, como ela diz "Leiam-me enquanto ainda estou quente, não me deixem morrer". Ler Lygia, gostando ou não, é um ato de coragem.
Eu amei esse livro extremamente corajoso! Essa transição de narradoras pra mim fluiu tão naturalmente. São personagens humanas, com suas qualidades e seus defeitos.
Cara Mell, achei bastante completa a sua apreciação da obra, e é por isso que me dou ao trabalho de comentar. Não vejo por que você vê necessidade em se identificar com os personagens de uma obra. Claro que a identificação pode potencializar a leitura. Mas, primeiro, não somos personagens. Somos de carne e osso. Segundo, se fosse assim, não leríamos nada de antigo, nada de distante, nada de diferente. É justamente a diferença que torna a literatura tão interessante, prazerosa e potente. É a diferença. É justamente na diferença que a gente aprende. Se você se enxergasse capturada por um desses personagens, seria de se estranhar.
+Dimas Munhoz Gomez Eu super concordo contigo, Dimas. Estava até comentando essa semana com uma amiga sobre isso: gostar de um livro sem gostar do protagonista. Mas querendo ou não, isso acaba sendo uma característica que buscamos em alguns livros. Nem todos nós, e nem em todos os livros. Tem alguns livros considerados "universais" e um dos aspectos desses é a capacidade de nos fazer "conversar" com a obra. Eu realmente concordo contigo rs Mas às vezes não consigo deixar de pensar "nossa, não é uma personagem verossímil". Acho que em grande parte eu não gostei do livro por isso, por não encontrar verossimilhança nas personagens, não apenas por me considerar totalmente diferente delas. Obrigada por tirar um tempinho para comentar aqui, eu adorei! =) (Ah, sim, a única coisa que discordo é sobre ser estranho me capturar por algum personagem, acho isso super possível - mas, devo dizer que hoje em dia isso é difícil rs)
Olá, li esse livro e realmente, quase parei com a leitura dele porque no começo foi difícil entender a escrita: fluxo de consciência, quem era o narrador também me confundia, mas como a algum tempo queria ler uma obra da Lígia permaneci na leitura até o fim. Achei o final bem estranho como algo impossível para uma moça fazer com a amiga, mas como é literatura é aceitável. Abraços
Já perdi as contas de quantos vídeos eu vi pra tentar me convencer a ler esse livro até o fim, pq olha... é um porre!
Os contos dessa autora são maravilhosos!
Mell, durante toda a minha vida de leitora eu só abandonei dois livros. E As Meninas foi um dele. Peguei esse livro pra ler em 2012 e por conta da narrativa confusa e extremamente elaborada, eu acabei me cansando e o abandonei. Até a metade do seu vídeo fiquei pensando em dar mais uma chance ao livro, mas com sua opinião final acabei ficando mais desanimada. kkkkk Quem sabe um dia né? Adorei seu vídeo!!!
Beijooos
Oi,
Adorei seu vídeo! Você expôs bem sua opinião. Eu não sei muito o que dizer desse livro porque ele me despertou muitos sentimentos. Muitas vezes eu adorava e em outras eu tinha vontade de abandonar, porque a escrita é realmente difícil. Mas a Lygia é uma linda e eu adoro ela, inclusive estou lendo no momento o As Horas Nuas.
Beijão pra você!
Já tentei ler esse livro há muito tempo, achei bem ruim, não fui até o final é peguei uma antipatia com a autora que não teve jeito. Coisas que acontecem...
Eu estou lendo esse livro pra um trabalho da faculdade e to achando MUITO massante 😒
Gosto é gosto,não tô criticando quem gosta,mas pra mim está sendo um martírio ler esse livro
Oi, Mell. Gostei da sua resenha. Entendo muito bem como é não se identificar com personagens mesmo quando o livro é bem escrito. Aconteceu comigo lendo outro livro. Comecei a ler As Meninas, mas parei, não porque não estivesse gostando, mas porque estou passando por um momento de muito estresse e a leitura dele exige muita concentração e reflexão que não estou conseguindo agora. Mas quero muito ler. E acho que vou me identificar com as personagens por vários motivos: já morei em pensionato, sei como é viver longe da família e principalmente pela história de vida dos meus pais que foram torturados durante a Ditadura por causa da militância política.
Beijos.
Mel adoro seu canal e sua sinceridade nas resenhas. Queria só te lembrar que termos como "homossexualismo" e "drogados" são pejorativos e propagam uma visão de doença que deixa de lado a questão social.
Um abraço! ;)
Não acho que os termos "homossexualismo" e "drogado" sejam pejorativos. Concordo que "drogado" carrega um pré conceito de prisão, de caminho sem volta, o que nem sempre é verdade. "Homossexual" é um termo correto, ao contrário de "homo afetivo" que seria forçado e semanticamente inexato. Pejorativo seria "sapatão"..
pedrojosebr1 Exato, Pedro, é isso que penso a respeito. Tanto é que eu falei que ela foi "pega pelas drogas" rs, completando que é "uma viciada em drogas". Falar "dependente químico" me soa forçado demais, principalmente num vídeo. Numa resenha escrita até vá lá =) E obrigada, Francine Mello! Abraços!
@@MellFerraz sei que ja faz cinco anos, mas estou lendo esse livro agr. Sou bissexual e o sufixo ismo é usado para falar de doenças, portanto n deve ser usado. o correto é homossexualidade.
Nada a ver falar "drogada". Se a personagem é viciada em drogas, usuária, dependente.. tudo vai levar ao mesmo significado. As pessoas só falam bonito e perfeito na frente das câmeras muitas vezes. E a menina do vídeo foi espontânea e autêntica, sem enrolações e falso moralismo. Esse politicamente correto é chato, porque anda lado a lado com a hipocrisia. 😬
Engraçado que eu só fui perceber que se tratava de uma resenha "negativa" quando você falou, pq até então eu estava entendendo que você tinha gostado do livro e estava achando o motivo da sua falta de identificação muito plausível. Para mim você apenas tinha achado o livro com abordagens sutis e, depois que percebeu o contexto histórico em que o livro foi publicado, tinha intendido o motivo de tamanha sutileza. Adorei a resenha, mesmo sendo negativa (no seu ponto de vista, pq eu achei muito boa) fiquei com vontade de ler o livro. Parabéns!
Eu acho que ela é meio negativa, meio positiva, não acha? hahahahaha Eu compreendo os pontos positivos da obra, mas a questão de identificação, que é muito pessoal e muitas vezes nada tem a ver com o fato do livro ser bem escrito ou não, é que travou tudo hahahaha Mas a experiência foi boa, não deixaria de ler, p exemplo. E ainda continuo querendo ler as obras da autora ;) Bjs, e fico feliz por ter gostado! =)
quando ler comento contigo aqui no vídeo, agora posso te dizer que gosto dos contos dela ;) abração
achei que estava me faltando maturidade literária pra esse livro. mas depois dessa resenha e de alguns comentários, percebi que foi uma falta de identificação. Eu li Verão no aquário da Lygia e agora estou tentando ler As meninas. essa questão da sutileza e da época da ditadura me fez entende porque as coisas não estouram nos enredos dela hahahahaha
Quero muito ler Verão no aquário, até comprei recentemente. Vc indica?
@@MellFerraz é bem melhor que As meninas. a narrativa só se passa com uma pessoa. é bem menos complicado e o título vai sendo explicado no próprio enredo
Li "As meninas" há 20 anos atrás.. Não lembro do final, vou reler e quem sabe conversamos.. O ponto que me chamou a atenção foi, além do fluxo de consciência, o foco narrativo. Cada capítulo focaliza e é narrado por uma das meninas, que são muito diferentes uma das outras.. Abs, Pedro
Eu estou muito ansiosa pra ler ele😹❤ (mesmo sabendo das críticas)
Tão interessante assistir esse vídeo em 2018 e ver o quanto a Mell amadureceu :)
Oi Mell! Fico feliz que minha opinião tenha te deixado com vontade de ler o livro. Claro que eu fiquei chateada que vc não gostou né? Hhahaha mas eu entendo sua opinião, principalmente quando você disse que não houve muita identificação com as personagens. Eu me identifico muito com a Lorena, mesmo ela sendo MUITO irritante ás vezes.
Beijos flor
Oi, Mell! Quando eu vi no Skoob que você tava lendo esse livro, me lembrei da época do colégio que eu sempre via esse livro na biblioteca e sentia aquela vontadinha de ler (muito pelo título, né). Eu não sabia absolutamente nada desse livro e fiquei esperando sua resenha pra saber, hehe. Acontece que mesmo que você tenha feito uma resenha negativa (que como uma colega aqui dos comentários disse que não tinha achado negativa até você dizer - eu também achei hehehe), eu fiquei com uma super vontade de ler. Eu sou estudante de Ciências Sociais e quando você falou sobre a Lia já acendeu aquela luzinha, rs! E você falou dos temas polêmicos que são abordados - que eu adoro falar, ler, saber sobre - e eu fiquei ainda com mais vontade. Fiquei feliz de não ter lido no colégio, porque como você disse que era pesado, provavelmente eu teria abandonado fácil e, putz, seria uma leitura abandonada pra sempre, talvez. Ainda não sei se tô no nível de ler algo complexo como esse livro parece ser, mas acho que arriscarei. Tô com um milhão de livros atrasados, mas colocarei esse na listinha. Adorei a resenha! Um beijo!
Fim de semana é dia de livro curto de literatura portuguesa (independente de nacionalidade). Estava entre As meninas e O filho de Mil Homens. Daí que dessa vez vou ficar com Valter Hugo Mãe. Não que eu não vá ler pq vc ñ gostou, mas pela resenha, ainda q eu venha a gostar, não é o q eu procuro no momento. Talvez hj eu esteja mais pra prosa poética... mas qdo ler, volto pra dar meu pitaco. bjs Mel.
Estou lendo esse livro é estou achando MUUUITO difícil 😂 não estou acostumada com a forma da escrita e me perco diversas vezes em entender o que está sendo dito. Muitas das coisas que são falsas acabo marcando e pesquisando pra poder entender melhor
acho q isso é característica da autora porque ela já abordava o assunto da homossexualiadade em Ciranda de Pedra e isso antes da ditadura.Ciranda de Pedra é um livro complexo e estranho também.
Consigo te entender, Mel mesmo não lendo esse livro porque já li outro livro da autora (Ciranda) e fiquei com esse sentimento
Mellzinha :)
Adorei o vídeo, tanto pela forma como você conseguiu expressar muito bem as suas impressões, quanto por ter me feito "abrir" os olhos em relação ao livro. Ainda não o li, mas na minha cabeça, imaginava que fosse algo mais lúdico e feliz (?); não sei o motivo de pensar dessa forma. Acho que, no fundo, nunca pesquisei muito sobre a história, haha.
Não sei se vou estranhar a narrativa porque pouquíssimas vezes tive contato com o fluxo de consciência; li algumas coisas na faculdade só. Acha melhor eu começar pela Virginia Woolf? Se sim, por qual? Só tenho o Mrs. Dalloway...
Mesmo sabendo que você não gostou, ainda assim fiquei com vontade de ler "As meninas"; tanto pelo contexto em que foi escrito, quanto pela autora. Lerei eventualmente, quando sentir que quero algo mais dramático e forte :)
Beeeijos
gostei achei interessante
Adoro os contos desse autora. E esse romance tenho muuita vontade de ler, essa capa é linda haha Pena vc não ter curtido tanto :/
Oi, Mell!
Acabei de conhecer seu canal por uma indicação de uma amiga minha. Gostei bastante e já me inscrevi! Aliás, vi que você tem To Kill a Mockingbird (no original e traduzido) aí na prateleira e eu sou assustadoramente apaixonada por esse livro, vou até procurar pra ver se você tem alguma resenha sobre ele.
Sei que estou comentando num vídeo antigo e talvez você nem leia, mas queria muito falar de As Meninas. Eu li a obra em setembro desse ano e ela se tornou uma das minhas favoritas pra vida, então fiquei surpresa quando ao início você disse que não tinha gostado de algumas coisas hahaha
Eu me identifiquei MUITO com a Lorena e com a Lia, me senti meio que uma mistura das duas e isso me assustou. Além disso, fiquei com a clara sensação de que poderia ser meu grupo de amigas passando por tudo aquilo.
E com relação ao que você disse de não ter certeza de que elas seriam amigas, eu fiquei com a sensação oposta hahaha. Achei que elas tinham uma amizade que eu jamais consegui ter com alguém e que toda aquela relação bonita acabou na hora certa. Eu senti que (e aqui vai um spoiler gigante pra quem não leu o livro) a Ana Clara morreu no momento certo. Sei que essa afirmação parece estranha, mas já tive muitas amizades que, se tivessem acabado como a das três e num momento crucial como aquele, me deixariam com uma lembrança bem mais agradável. Foi intenso e breve. Se algo tivesse corrido de modo diferente ali, é provável que elas acabassem se afastando por outros motivos. Afinal de contas, bem ou mal a Lião e a Ana Turva já estavam um tanto distanciadas, tanto que não há qualquer interação entre elas no livro, a não ser em flashbacks. Enfim, não sei se soube me explicar muito bem, mas já que você queria falar com alguém sobre o final... hahaha
E o que você falou sobre a narrativa: SIM! SIM SIM SIM!
Luiza Aguilar Que demais, agradece ela por mim ;) hahahaha E obrigada por se inscrever! Fico feliz!
Hahahaha Fiz sim, e viu que ele está no meu top 10 e... Em primeiro lugar? ;) Melhor leitura de 2014, eu vivo recomendando ele, amo amo amo, sou assustadoramente apaixonada por ele tb rs
E apesar de ser cada vez mais difícil, tento ler e responder todos os comentários, sim :3
Soube explicar, sim, e acho incrível como a literatura é única para cada leitor, pois a minha experiência foi bem diferente da sua em relação ao livro. Quanto ao final: eu realmente não achei que tenha contribuído para a amizade, achei que o modo delas agirem me mostrou algo totalmente oposto, principalmente quando elas largaram o corpo naquele lugar e tudo o mais rs Não sei, simplesmente não é o modo como eu agiria. E não são relacionamentos que eu teria, sabe? É questão de identificação realmente. E elas estavam distantes, mesmo, é verdade, bem observado.
Ééé, então, eu me sentia louca igual a Ana hahahaha
Magina, eu gosto de comentários assim, obrigada pela atenção e tempo
Acredito que Lorena é uma típica neurótica. Bastante freudiana ela. Para mim, a melhor personagem foi Lia. A mais contestadora e denunciadora da repressão social. Acho que esse livro não é para se identificar com as personagens. Elas são bastantes complicadas. Elas assumem um caráter inicial irônico. Essas "meninas" marcam a forma superficial que observamos a vida de jovens mulheres as reduzindo as esteriótipos e quando observamos com mais cuidado vemos a complexidade das vidas humanas. O próprio título é uma provocação. Lançando esse verniz de "mulherzinhas" sobre as protagonistas. E não por acaso é uma referência ao quadro do pintor espanhol Diego Velázquez de mesmo título. O quadro representa um jogo de observação e sombreamento. É um livro que demonstra a grande bagagem cultural da autora, sem dúvidas. Uma escrita muito cuidadosa.
James Thiago Qual seria a relação entre o quadro e a obra de Lygia Fagundes?
Concordo, você não precisa se identificar com os personagens para gostar do livro. Incrível! Estou lendo para o vestibular (leitura obrigatória) e simplesmente amei. E pensar que foi escrito a mais de 40 anos! Será que "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais"?
Eu já li o livro As Meninas de outra altora!
Ciranda de pedra (o primeiro romance da Lygia Fagundes Telles, 1954) é muito melhor do que As meninas, pelo menos na minha experiência como leitor. Verão no aquário tbm é bem interessante... As meninas não foi um livro que me fisgou.
Oi, Mell!!! :D
Estamos sintonizadas, li "As meninas" esse ano e foi um dos meus poucos contatos com a Lygia Fagundes Telles até então.
Se quiser ler minhas impressões, o post é este (aliás, gostaria muito da sua opinião): redemunhando.wordpress.com/2014/09/22/as-meninas/
Em primeiro lugar, não vejo problema nenhum em apontar os aspectos que você não gostou de um livro, ou de fazer uma resenha "negativa". Faz parte da vida não gostarmos de algumas coisas, não é?
"As meninas" não foi um dos livros mais fáceis de se ler mesmo, mas comigo aconteceu uma coisa que tem ocorrido com as leituras deste ano: alguns livros "crescem" em mim algumas semanas depois que os leio. E foi o que aconteceu com este! Na hora que li e terminei, achei meio estranho, digamos, "médio", nada de mais (apesar de eu ter gostado bastante do final!). Depois de uns dias, continuava pensando sobre ele, vendo algumas coisas mais complexas e tal. Então acabei gostando mais do livro depois de digeri-lo um pouco! :)
Quanto à Lorena, ela é irritante sim, mas faz parte da personagem (prefiro uma personagem assim do que uma personagem "perfeita", sem defeitos. Mas é lógico, para que ela seja considerada imperfeita, a autora foi mestra em problematizar esse "complexo de Cinderela" na narrativa, na voz das outras personagens, as quais vivem questionando essa espera idealizada da Lorena, o fato de ela ser virgem, etc.
E a escrita da Lygia é FORA DO SÉRIO de incrível!!! :D
Beijos!
Quase comprei esse livro hoje na livraria... Devia ter comprado, me interessei bastante pela história. Gosto bastante de fluxo de pensamento, também tô um pouco acostumada por causa da Virginia e da Clarice Lispector. Enfim, próxima vez que eu for comprar livro será ele/ele será um deles, haha ;)
Quem lê Clarice Lispector e Virginia Wolf, não tem dificuldades em ler livros com fluxo de consciência. Falo por mim, já me acostumei com literatura complexa, então adoro.
Eu desisti
Mell, amei o vídeo, como sempre, mas um ponto: quando você fala "homossexualismo" ao invés de homossexualidade/ homoafetividade, conota algo ofensivo. O sufixo "ismo" remete à doença e para muitas pessoas, dentro e fora da comunidade LBGT+, usar o termo é uma ofensa à todos aqueles que fazem parte do grupo. Não acho (mesmo) que tenha sido essa sua intenção, mas só um toque. :)
klkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Sab me dizer qual é os personagens secundários preciso apresenta trabalho amanhã
Houve um erro: A drama acontece em 1969, vc disse que aconteceu em 1973( minuto 2:31). 1973 foi o ano da publicação da obra.
Obrigada por me ajudar, Shizuo =) Lapsos assim acontecem mesmo.
oi... gostei da sinceridade sobre a explanação do livro... não concordo, mas super respeito seu ponto de vista... a Lia me surpreendeu em algumas partes :)... entretanto sou suspeita pra falar, pois meu trabalho de conclusão de curso é sobre a LFT :) uma das características marcantes da autora é não dar o final que esperamos ou imaginamos. Seu canal tem um diferencial e curti bastante! Parabéns! :)
+Bel Rosas Uau, Bel, fiquei feliz com o seu comentário, de verdade! Hoje em dia o que mais notamos na internet são pessoas que atacam qualquer opinião contrária. Adorei sua postura! E qual o foco do seu tcc? Fiquei curiosa... Feliz também por saber que gostou do canal. Um abraço :)
Amo amo amo esse livro!
Eu confesso que achei um livro MUITO chato de ler. Os diálogos se misturam, você não sabe quem esta falando o quê. Não dá estímulo... =( E as personagens não achei interessantes. Sei lá! São muito 8 ou 80. uma menina rica e santa+ingênua, outra revolucionária ao extremo, outra drogada ao extremo. Hehehe
OBs: Eu só insisti nele, porque a UFRGS pede pro vestibular. Mas o que me ajudou a suportar o livro foi assistir o filme brasileiro que retrata um pouco. Pelo menos me deixou mais entendida da história. Arghh que cansativo!!!!
Realmente o livro é muito denso! Mas a história é ótima
Nossa, eu tô lendo e tô quase abandonando. Não estou gostando desse livro não.
Ainda bem que a gente não precisa se identificar com todas as histórias que lemos ne?!
Vim procurar um vídeo de apoio para a leitura desse clássico, e assistindo ao seu, Mel, tive a percepção de que vc deve ter mudado muuuito na vida! Que bom né?! Algumas falas suas me soaram meio carregadas de alguns preconceitos, mas não identifico isso atualmente. Sou uma seguidora do seu canal, e já li várias indicações suas. Só posso pensar que os livros realmente mudam as pessoas!!! Que bom!!!
Bjoo
Mas eu acho que aí é que tá. Não acho que as personagens estão lá pra você se identificar, elas estão lá pra representar as meninas fruto de seu tempo. Não tem como nós termos as mesmas perspectivas e visões de mundo que elas, porque elas nasceram em outro tempo. Elas agiam conforme as circunstâncias do seu tempo e lugar. Ana Clara veio da pobreza e da marginalização, de um passado obscuro e doloroso, é mais do que compreensível sua vulnerabilidade perante às drogas, ela queria esquecer, tinha uma série de sonhos que infelizmente morreram com ela, em um tempo difícil em que nome, o status social e a pureza (da mulher) significavam muito. Até hoje é um pouco assim, mas acredito que em proporções bem menores. Lia era a figura da militante, a moça com consciência de classe e uma certa culpa por seu pai ter sido nazista. É como se ela precisasse corrigir isso. Ao mesmo tempo que é bússola moral e traz em seus capítulos as maiores críticas ao pensamento daquela época, a escritora também deixa muito claro como Lia é "sonhadora" demais. Seus sonhos sobre a revolução têm um quê de inocência, de utopia, própria dos jovens revolucionários, principalmente naquela época que era ou abraçar o status quo ou fazer alguma coisa contra ele. Lorena, ao mesmo tempo que é a mais irônica de todas, se prende a um amor claramente platônico, algo unilateral e que também me parece muito entendível quando vemos a mãe dela. A filha é o espelho da mãe, mesmo que não note isso. Ela também vive em um sonho, um sonho romântico. Das três é a mais polida ao tempo retratado. É a que tem mais preconceitos. Então, cada uma representa uma mulher de seu tempo, mas todas cheias de sonhos que acabam sendo frustrados ou muito provavelmente ainda serão. O livro deixa esse amargor, essa melancolia, propositalmente. Eu não sei você, mas terminei o livro sem esperanças para nenhuma das personagens restantes. É assim. Numa época como aquela, só restava às pessoas sonhar.
Ela não amou ele simplesmente por uma carona.