Eu gostei bastante do filme, apesar de ter uns momentos meio "cringe". Colocar o texto original da Clarice é uma escolha desafiadora, mas acho que funciona na maior parte do tempo. E a Maria Fernanda Cândido tá sublime, tem umas encaradas que ela dá pra câmera que eu me sentia realmente visto, pensava "eita" hahahah
@@Cineviews Sem medo de dar spoiler: praticamente todas as cenas envolvendo a empregada e a tentativa do diretor de levantar uma questão racial; as "cenas" na boate enquanto ela pensa nos pretendentes; os créditos finais com Águas de Março; alguns planos, cortes avulsos com a GH falando frases específicas e a cena sendo literalmente uma representação visual do que ela fala. Algo por aí hauahuah
@@brayanyeah entendi. É, eu não achei nada disso cringe, mas entendo. Talvez não precisasse da questão racial mesmo, mas o que eu lembro do livro é que a GH é bem consciente dos próprios privilégios de dondoca.
Adorei!!! A cena da empregada tirando o turbante é muito interessante e compara-se o olho dela e o da barata. Outra fala muito importante importante é quando ela (G.H) diz que a empregada veste-se sempre de preto ou marrom tornando-se ainda mais invisível. Gostei muito da atuação da Maria Fernanda que realmente se transformou em Clarice com o mesmo olhar . Achei interessante as alegorias da roupa esfarrapada no momento de íntimo dilema onde ela "rasga a alma", enfim, um filme muito bom pra se assistir e discutir com amigos depois, principalmente com quem gosta de Clarice e de alma feminina.
Tenho lugar de fala. Li em 2012... Com isto eu tive a coragem de escrever. O livro mais belo da literatura brasileira. Se o filme não prestasse, eu detonava. Foi lindo, eu estava folheando um livro de poesias. Quem assistiu, se assustou... não esperavam, sobretudo jovens que foram ao cinema, de uma escritora brasileira uma sensibilidade artística abissal. Coisa que não se vê ao nosso redor. O filme retratou os labirintos, a busca e o fluxo de consciência. Parabéns ao LFC... era ele... só ele sabe sondar silêncios e sombras... tinha de ser ele a filmar uma obra tão fácil e difícil ao mesmo tempo... quanto à Cândido? Agora é, oficialmente, uma estrela de primeira grandeza. Ela é a GH.
O filme é como se Glauber Rocha e Tarkovsky tivessem filmado uma novela de Janete Clair com preparação da Fátima Toledo convertida pela igreja universal pra passar na MTV.
Então, tem elementos do filme que me incomodaram muito também. Só tenho uma visão diferente: não acho que os filmes existam pra me agradar. Também não acho que um filme ser chato seja sempre sinônimo de ser ruim. E o fato de tanta gente sair da sessão (aconteceu na minha também) é um sinal muito triste do tipo de pessoas que nós nos tornamos.
a lavagem cerebral de hollywood destruiu a capacidade do espectador de se interessar por algo que não ocorra fora da velocidade de a cada dois segundos ter movimento sem cérebro.
Pois eu achei o filme um acontecimento....já faz um tempo que vi...mas suas imagens ainda se encontram bem marcadas em minha memória. Obra de arte..assim como o livro. Filme para rever
Eu gostei bastante do filme, apesar de ter uns momentos meio "cringe". Colocar o texto original da Clarice é uma escolha desafiadora, mas acho que funciona na maior parte do tempo. E a Maria Fernanda Cândido tá sublime, tem umas encaradas que ela dá pra câmera que eu me sentia realmente visto, pensava "eita" hahahah
O que você achou cringe?
@@Cineviews Sem medo de dar spoiler: praticamente todas as cenas envolvendo a empregada e a tentativa do diretor de levantar uma questão racial; as "cenas" na boate enquanto ela pensa nos pretendentes; os créditos finais com Águas de Março; alguns planos, cortes avulsos com a GH falando frases específicas e a cena sendo literalmente uma representação visual do que ela fala. Algo por aí hauahuah
@@brayanyeah entendi. É, eu não achei nada disso cringe, mas entendo. Talvez não precisasse da questão racial mesmo, mas o que eu lembro do livro é que a GH é bem consciente dos próprios privilégios de dondoca.
Adorei!!!
A cena da empregada tirando o turbante é muito interessante e compara-se o olho dela e o da barata.
Outra fala muito importante importante é quando ela (G.H) diz que a empregada veste-se sempre de preto ou marrom tornando-se ainda mais invisível.
Gostei muito da atuação da Maria Fernanda que realmente se transformou em Clarice com o mesmo olhar . Achei interessante as alegorias da roupa esfarrapada no momento de íntimo dilema onde ela "rasga a alma", enfim, um filme muito bom pra se assistir e discutir com amigos depois, principalmente com quem gosta de Clarice e de alma feminina.
Tenho lugar de fala. Li em 2012... Com isto eu tive a coragem de escrever. O livro mais belo da literatura brasileira. Se o filme não prestasse, eu detonava. Foi lindo, eu estava folheando um livro de poesias. Quem assistiu, se assustou... não esperavam, sobretudo jovens que foram ao cinema, de uma escritora brasileira uma sensibilidade artística abissal. Coisa que não se vê ao nosso redor. O filme retratou os labirintos, a busca e o fluxo de consciência. Parabéns ao LFC... era ele... só ele sabe sondar silêncios e sombras... tinha de ser ele a filmar uma obra tão fácil e difícil ao mesmo tempo... quanto à Cândido? Agora é, oficialmente, uma estrela de primeira grandeza. Ela é a GH.
Legal que gostou!
O filme é como se Glauber Rocha e Tarkovsky tivessem filmado uma novela de Janete Clair com preparação da Fátima Toledo convertida pela igreja universal pra passar na MTV.
Eita, achei criativo, kkkkkk.
😄
Nossa! Na tela grande deve ser bastante impactante, pelas cenas que você descreveu.
É, tem imagens muito desconfortáveis (as da barata), mas é num filme pra ver no cinema mesmo.
Muito boa a análise. Seca e direta . Sem julgamentos. Não vi o filme e me trauma de 🪳
Muito obrigado! É, se tem esse trauma tenho certeza que vai sofrer com esse filme. 🥲
Maravilhosa explanação..Vou assistir ...
Obrigado, Manoel!
Eu adoro Clarice, mas detestei o filme. Quase metade da plateia (4 de 10) saiu antes do fim. Arrastado e chato.
Então, tem elementos do filme que me incomodaram muito também. Só tenho uma visão diferente: não acho que os filmes existam pra me agradar. Também não acho que um filme ser chato seja sempre sinônimo de ser ruim. E o fato de tanta gente sair da sessão (aconteceu na minha também) é um sinal muito triste do tipo de pessoas que nós nos tornamos.
a lavagem cerebral de hollywood destruiu a capacidade do espectador de se interessar por algo que não ocorra fora da velocidade de a cada dois segundos ter movimento sem cérebro.
Pois eu achei o filme um acontecimento....já faz um tempo que vi...mas suas imagens ainda se encontram bem marcadas em minha memória. Obra de arte..assim como o livro. Filme para rever
Onde assistir?
Não sei.