Projeto "Ventre Mulher"

Com o Isolamento Social que estamos vivendo, a arte tem se tornado uma forte
ferramenta de contribuição a movimentos colaborativos que auxiliam em
cuidados psicológicos que devemos ter em um momento como este. Como é
de se esperar, problemas com as questões de gênero se agravaram ainda
mais nesse momento, onde o acúmulo de funções de muitas mulheres pretas
e o patriarcado da violência aumentou, fato este que sabemos que pauta
nossa sociedade muito antes do COVID 19 . Com tudo, o meu Projeto “Ventre
Mulher” se trata do uso da Dança do Ventre e do Lundu como estratégia
artística de combater doenças sociais que contribuem para a baixa auto
estima das mulheres pretas. O fortalecimento dessa auto estima pode
conectar mulheres pretas que através da arte, (re)conhecem o poder
ancestral do ventre, gerando protagonismo diante das situações de
enfrentamento a vulnerabilidade. A Dança do Ventre que tem sua origem na África (Egito) nós conecta com as memorias ancestrais que nos deram a força para gerar, a sabedoria para conduzir e a capacitade para nos adaptar na diaspora. A Dança do Ventre não exige padrões
estéticos e nem faixa etária, e por isso se torna uma uma especial facilitadora
de movimentos, trazendo conteúdos de fácil execução e de resultados
imediatos. Já a dança do Lundu, que vem da cultura Paraense, valoriza a
cultura local e o enaltecimento do povo preto nortista, que carrega consigo no
dia a dia essa particularidade de movimentação e sonoridade.
ESTE PROJETO É APOIADO PELA SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA DO ESTADO DO PARÁ, COM RECURSOS PROVENIENTES DA LEI FEDERAL N.º
14.017, DE 29 DE JUNHO DE 2020”.