A relação entre cheios e vazios na Arquitetura

แชร์
ฝัง
  • เผยแพร่เมื่อ 4 ต.ค. 2024
  • O poema de Lao Tsé sobre os vazios e os cheios, quando aplicada à arquitetura, revela uma verdade fundamental: o valor de um espaço não está apenas no que é preenchido, mas também no que é deixado vazio. Este conceito destaca a importância do equilíbrio e da harmonia entre o que é construído e o que não é, o que gera não apenas funcionalidade, mas também beleza.
    Na boa arquitetura, os espaços vazios, como jardins, pátios internos, corredores amplos ou áreas abertas, têm um papel vital em valorizar a estrutura construída. Esses vazios permitem que a luz natural entre, favorecendo a iluminação, e que o ar circule, garantindo ventilação. Isso não só melhora o conforto térmico e a qualidade do ar, mas também cria ambientes mais agradáveis de se habitar.
    Além do aspecto prático, os espaços vazios também proporcionam uma experiência estética e emocional. Eles dão ao olho humano um ponto de descanso, ampliam a percepção de amplitude e conferem uma sensação de liberdade e bem-estar. Esse tipo de vazio intencional, que não está associado à ausência, mas sim à presença sutil, torna-se parte do design e da identidade do lugar.
    Quando projetamos um edifício ou uma casa, esses "não-lugares" são tão importantes quanto as paredes e os móveis. Um terreno bem planejado é aquele que sabe dosar entre a ocupação e a liberação do espaço. O vazio passa a ser uma ferramenta de valorização, uma estratégia de diferenciação que vai além do terreno físico e alcança o emocional e o sensorial.
    Arquitetos renomados, como Le Corbusier e Mies van der Rohe, trabalharam extensivamente com o conceito de "menos é mais", onde o vazio foi usado de forma inteligente para aumentar a eficácia do espaço construído. Dessa forma, ao contrário de sobrecarregar o espaço com elementos desnecessários, o vazio se torna uma extensão da obra, uma parte essencial para o equilíbrio entre forma e função.
    O mesmo pode ser aplicado na vida cotidiana. Muitas vezes, somos tentados a preencher todos os aspectos da nossa vida com atividades, objetos e compromissos, sem perceber que é no "vazio" - no tempo de descanso, na pausa, no silêncio - que encontramos o valor verdadeiro. Assim como na arquitetura, são esses espaços não ocupados que podem valorizar o que fazemos e quem somos.
    Livro citado:
    "Tao Te Ching: o livro que revela Deus", por Lao Tsé, traduzido por Huberto Rohden.
    Saiba mais: amzn.to/3BrVGF6

ความคิดเห็น •