Paga-me um vinho, bela Andressa Paga-me um vinho, bela Andressa Que o que vês é um poeta sem amparo, De bolsos rotos, de peito amuado Dos amores que tive na noite passada. Estou triste como quem está para morrer, Sonhei com a dama que sempre requisitei Deuses sua mão não cederam, e assim sequei Toda fonte de esperança que tinha por manter. Dê-me vinho e canta-me, boa Andressa A canção dos abandonados e dos inválidos; Salve a alma de quem foi por si condenado Às galés do egoísmo e ao exílio dos montes. Triste, amiga, o peito de artista O fado invencível de ser poeta Ser maltratado por mil bestas pífias, E terminar só, andando pelas vias. Ou fiquemos ébrios juntos, Andressa Que honremos Baco ombro a ombro Nas festas alegres e nos banquetes fartos Que por todo lado havemos de encontrar. Felizes ainda, com o que nos topemos Dois perdidos na selva da noite Mais contentes que os reis e os magnatas, Mais ébrios que os seres da madrugada. Pasquali
Muito bom Professor!
Parabéns por compartilhar.
👏👏👏👏👏👏
Maravilha de aula só nesse canal…professor raro…
Paga-me um vinho, bela Andressa
Paga-me um vinho, bela Andressa
Que o que vês é um poeta sem amparo,
De bolsos rotos, de peito amuado
Dos amores que tive na noite passada.
Estou triste como quem está para morrer,
Sonhei com a dama que sempre requisitei
Deuses sua mão não cederam, e assim sequei
Toda fonte de esperança que tinha por manter.
Dê-me vinho e canta-me, boa Andressa
A canção dos abandonados e dos inválidos;
Salve a alma de quem foi por si condenado
Às galés do egoísmo e ao exílio dos montes.
Triste, amiga, o peito de artista
O fado invencível de ser poeta
Ser maltratado por mil bestas pífias,
E terminar só, andando pelas vias.
Ou fiquemos ébrios juntos, Andressa
Que honremos Baco ombro a ombro
Nas festas alegres e nos banquetes fartos
Que por todo lado havemos de encontrar.
Felizes ainda, com o que nos topemos
Dois perdidos na selva da noite
Mais contentes que os reis e os magnatas,
Mais ébrios que os seres da madrugada.
Pasquali
Muito bonito o poema! Belas referências às deidades pagãs. Muito obrigado, Eduardo, por compartilhar. Forte abraço!