Eu estou lendo o livro dela "estarão as prisões obsoletas?" e é impressionante como um livro escrito a 22 anos atrás se mantém tão atual. Um tema muito importante para o Brasil que hoje tem planos de privatizar as prisões.
Há muitos anos, qdo o canal era pequenininho, comentei aqui alguma coisa da Clara Charf e vc foi super simpática me respondendo. No meio de 2025 ela vai fazer 100 anos, número que combina com seus 100K inscritos (parabéns!). Será que rola uma entrevista, agora que o canal tá tão grande? Sou fã da Clara, pelo que li e vi. E ninguém fala dela, pra meu desgosto... Ela é muito mais que a viúva do Marighela!!!
Muito obrigada pelo conteúdo necessário que você proporciona pra nós, Carol! Já tinha ouvido falar da Angela Davis, mas nada muito aprofundado até eu me organizar. É triste como muitas histórias são estrategicamente ocultadas.
Vem pro Clube de Leitura do apoia.se/carollinesarda que você vai ler dois livros dela! ahahahahah Em fevereiro vamos ler Democracia para Quem e em março leremos Mulheres, Raça e Classe!
Respondendo vc, esses comportamentos que eu citei são observáveis cotidianamente tanto no mundo real quanto no virtual. Você sabe disso. Quanto às ideias do feminismo marxista, a primeira coisa que dá pra perceber é o idealismo. "As tarefas que antes eram domésticas vão se tornar comunitárias, vai ter restaurantes populares, lavanderias públicas, creches, logo as mulheres não vão precisar mais trabalhar sem remuneração!" É? E essa parada vai funcionar 24 horas por dia? Se o moleque ficar com fome de noite, quem vai preparar comida pra ele, o homem ou vai continuar sendo a mulher? E quem vai continuar fazendo esses trabalhos antes domésticos mas agora comunitários? Homens tbm vão? Vão colocar homens pra trabalhar nas creches? Ah tá bom. O papel de cuidado nas costas da mulher não vai se quebrar com isso. Sem falar que essa descrição de um mundo perfeito e de como as coisas vão funcionar as mil maravilhas mais combina com ancapistão do que comunismo kkkkk se para as pessoas almoçarem e jantarem, lavarem roupa, cuidar das crianças, todas elas tiverem que sair de casa para realizar algo que antes era doméstico, vc vai ter que criar um novo sistema de locomoção de massas revolucionário e extraordinário. Mas aí já seria idealismo demais. A segunda coisa é o papo de que "mulheres são as responsáveis por criar novos proletários pro capitalismo" isso é uma meia-verdade, os responsáveis por criar novos proletários é a própria classe trabalhadora, inclusive (isso se não for na maior parte) homens. Tem uma coisa que Marx chama de 'Fetiche da Mercadoria', que é a ilusão de que o produto que você tem nas mãos não foi feito por outras pessoas, ele apenas surgiu magicamente. É esse o pensamento que dá pra perceber quando feministas falam sobre a criação do novo proletário. Uma mãe prepara um arroz pro filho comer, só que o arroz que ela tá preparando não surgiu na prateleira dela por mágica, outros trabalhadores precisaram plantar, colher, transportar e vender esse arroz para só aí ela poder preparar o arroz pro filho. É uma linha de produção, no caso a mulher que cozinha e dá pro filho comer é a última trabalhadora dessa linha. Vcs falam como se a mulher criasse e cuidasse do filho sozinha, sem amparo de ninguém sendo que sem o trabalho dessas outras pessoas ela nunca conseguiria criar esse novo proletário.
Olá! Obrigada por compartilhar sua visão, mas eu respeitosamente discordo e vou pontuar respondendo tudo o que você questionou, ok? "Sobre lavanderias, restaurantes populares e creches comunitárias" Defendemos a socialização do trabalho doméstico como forma de redistribuir as tarefas historicamente sobrecarregadas às mulheres. Isso já acontece, em parte, em muitos lugares ao redor do mundo: Em países como Suécia e Dinamarca, lavanderias comunitárias em prédios residenciais são comuns e ajudam a economizar tempo e recursos, tornando o trabalho doméstico mais coletivo. No Brasil, temos os Restaurantes Populares, que oferecem refeições nutritivas a preços acessíveis para a população, reduzindo a carga do preparo doméstico. Países como Cuba e França oferecem sistemas de creches públicas amplamente acessíveis, permitindo que o cuidado com as crianças seja mais equitativo e menos restrito às mulheres. Esses serviços não precisam funcionar 24 horas por dia para serem eficazes. Eles já aliviam boa parte da carga diária do trabalho doméstico e criam condições para que a responsabilidade seja compartilhada com a comunidade, não apenas nas costas da mulher. O que o feminismo marxista propõe é ampliar e universalizar esse modelo, junto a mudanças culturais que incentivem homens a participar do trabalho reprodutivo :) No seu comentário, se diminui o trabalho de reprodução social enquanto se enaltece o trabalho de produção, o que está errado, ambos são importantes pra humanidade. A reprodução social é um conceito central no feminismo marxista. De acordo com Silvia Federici, ela se refere ao "conjunto de atividades necessárias para a manutenção da vida humana e da força de trabalho, como cuidar de crianças, cozinhar, limpar e cuidar de pessoas idosas ou doentes". Essas atividades, em sua maioria, são realizadas pelas mulheres sem remuneração ou com baixa remuneração, sendo essenciais para o funcionamento do sistema capitalista. Já a divisão entre produção e reprodução, de acordo Marx, se refere ao fato de que o capitalismo separa o trabalho produtivo (aquele que gera lucro, como o trabalho nas fábricas e escritórios) do trabalho reprodutivo (o que sustenta a vida humana). No entanto, ambos estão profundamente conectados. Sem a reprodução da força de trabalho - ou seja, sem pessoas sendo cuidadas, alimentadas e educadas - o sistema produtivo entraria em colapso. "Quem vai fazer esses trabalhos comunitários?" A ideia de socializar tarefas não significa que elas continuarão sendo exclusivamente femininas. Homens e mulheres devem compartilhar essas responsabilidades. Em creches, por exemplo, não há impedimento algum para que homens trabalhem nelas, nem em lavanderias, nem em restaurantes. A questão aqui é cultural, e não biológica. Incentivar a participação masculina no cuidado e na reprodução social é parte do processo de ruptura com o sistema. "Ahhh mas e o o idealismo disso tudo?" Não há idealismo, mas sim propostas concretas baseadas em experiências históricas e em políticas já implementadas. A socialização dessas tarefas já é uma realidade em vários países - só que de forma limitada ou desigual. Expandir e melhorar esses serviços é uma questão de planejamento político e organização, que é o que nós feministas marxistas estamos construindo, isso JÁ ACONTECE. Sobre a locomoção, você levanta um ponto importante. Infraestrutura eficiente é, de fato, necessária. Com investimento em transporte público de qualidade é possível garantir mobilidade acessível para todos. A crítica feminista marxista ao sistema capitalista inclui também o impacto da urbanização desigual, e é por isso que propostas de planejamento urbano mais humanas e coletivas são centrais nessa visão. Já ouviu feministas marxistas se posicionando contra a privatização dos metrôs e linhas de ônibus e pedindo tarifa zero? Então, é a prática. "E a criação de novos proletários???" A crítica sobre "fetiche da mercadoria" é válida, mas não contradiz o que o feminismo marxista aponta em Patriarcado do Salário, Mulheres e a Caça as Bruxas e o Ponto Zero da Revolução. Quando falamos sobre o papel das mulheres na reprodução social, não negamos que a criação de novos proletários seja um esforço coletivo da classe trabalhadora. O ponto é que, historicamente, o peso do cuidado com as crianças recai desproporcionalmente sobre as mulheres, muitas vezes sem reconhecimento, remuneração ou apoio adequado. Isso é um produto do sistema patriarcal e capitalista, que lucra com esse trabalho invisível. Estude mais sobre reprodução social que você entenderá. Não se trata de idealismo, mas de construir alternativas concretas a um sistema que explora tanto a classe trabalhadora quanto as mulheres de forma desproporcional. Espero ter esclarecido! Se tiver mais dúvidas ou quiser debater outros pontos, fico à disposição.
Eu jurava que a Angela não trabalhava com secções e interseccionalidade. Vou ler mais, porque achei que ela trazia uma concepção de particular e universal, em que não há separação das formas de opressão-exploração na realidade objetiva. São muito diferentes as perspectivas interseccional e marxista. A primeira teoriza a relação entre separações da opressão-exploração que objetivamente não existem. A segunda parte das relações de produção e reprodução, para teorizar as particularidades de cada opressão-exploração.
A Angela fala sobre interseccionalidade no "Mulheres, Raça e Classe", no "A Liberdade é uma luta constante" e no "Democracia para quem?". Mas recomendo as obras da Silvia Federiti sobre relações de produção e reprodução com a ótica do feminismo marxista, como Patriarcado do Salário.
foi lindo o discurso da Angela Davis falando sobre a marielle franco aqui no brasil. lenda viva
Demais 🥹
Eu não viiiii
Onde posso ver? Tem criança chorando aqui
Eu estou lendo o livro dela "estarão as prisões obsoletas?" e é impressionante como um livro escrito a 22 anos atrás se mantém tão atual. Um tema muito importante para o Brasil que hoje tem planos de privatizar as prisões.
Sim!!! É um livro super atual!
22 anos atrás? Geeeente eu achava que era bem mais
@@Mirai_and acredito que ela deve ter livros mais antigos do que esse
duas grandonas ❤ Carol e Angela!
Eu estava precisando muito de um vídeo sobre ela, quero começar a ler os livros dela
São incríveis e muito atuais! ❤
Fui vê-la no Pq do Ibirapuera. Incrível!!!
Que tudo! Um sonho ❤
Na minha visao maior marxista e maior feminista viva atualmente.
Total!!!
Show carol sucesso ao canal!
Fui muito bom te ouvir de novo Carolline , agora tenho que "converter" minha esposa acompanhar os teus vídeos
Parabéns pelo Trabalho Carolline
Que video FODA!! Obrigado, camarada Sardá, eu conhecia pouco sobre a história da Angela ❤
Juntos venceremos!!
Há muitos anos, qdo o canal era pequenininho, comentei aqui alguma coisa da Clara Charf e vc foi super simpática me respondendo.
No meio de 2025 ela vai fazer 100 anos, número que combina com seus 100K inscritos (parabéns!). Será que rola uma entrevista, agora que o canal tá tão grande?
Sou fã da Clara, pelo que li e vi. E ninguém fala dela, pra meu desgosto... Ela é muito mais que a viúva do Marighela!!!
Trarei a história dela pra cá! E vou tentar uma entrevista, espero que ela aceite!!! Obrigada por estar aqui há tanto tempo apoiando!
Brabas! Vc e Angela!
Mais im inscrito. Vim oelo Normose. Parabéns Sucesso 👏
Bem vindo!!
Força humanidade :)
Força Carolline Sardá
Angela Davis é a maior! ❤❤
14:49 parabéns maravilhosa, por mais uma conquista, e obrigada pelo trabalho impecável 💜💜 Você é tão necessária, obrigada.
Valeu!
Eu que agradeço!
Maravilhosa❤❤❤❤
Perfeitaaaaaaaa
Bom demais!
Que emoção ter meu nome ali!! sempre uma delícia aprender com vc Carol!
Obrigada por apoiar meu trabalho!
Eu conhecia ela e a luta dela, só não conhecia a origem e história dela. Muito obrigado pelo vídeo.
100 mil inscritos!!! PARABÉNS, Carol!!! 🥳🥳🥳🎉🎉🎉🎉
Vc e muito linda caroline com todo respeito 👏🏻
que video foda, e parabens pelos 100k carol
Obrigada
Eu amo o seu conteúdo.
Sempre escuto ela sendo referenciada pelos camaradas, mto forte!
nunca perco mulheres na historia
Obrigada por estar sempre aqui
Parabéns pelo canal 🎉😊
Obrigada ❤
Incrível! ❤
Vídeo maravilhoso Carolline. Parabéns pelos cem mil inscritos e feliz 2025. 🎉❤
Obrigada!!! Vocês fazem parte disso!
Feliz 2025 Carol!! Angela Davis é uma lenda.
Feliz 2025!!! ❤
Primeirinha nos comentários
Muito obrigada pelo conteúdo necessário que você proporciona pra nós, Carol! Já tinha ouvido falar da Angela Davis, mas nada muito aprofundado até eu me organizar. É triste como muitas histórias são estrategicamente ocultadas.
Obrigada!!!!
O vídeo é sobre Angela Davis? Já curti e salvei
Ebaaaa!
Grato pelo belo vídeo.
Oieee, cheguei por indicação do Canal Normose ❤
Amoo esse quadro, sua lindaa!
Ouvi a irmã falar no Ibirapuera em 2019.
Como sempre, um conteúdo muito foda!
Buenas Grande Sardá! Ela está viva *ainda*...Não foi morta pelo governo estadunidense. Graças a Deus!
Obrigada por esse vídeo 🙏🏼
Manézinho presente!
Adorei o video, me ajudou em uma pesquisa da escola:)
Que legal!!!
Só mulherona foda, incluindo a apresentadora
✊🏿✊🏿❤️❤️
Eu estou adorando aprender sobre as mulheres revolucionárias que temos e tivemos. Carol, você é a melhor coisa que 2024 me entregou❤
Esse ano teremos mais mulheres revolucionárias por aqui! Obrigada por me acompanharem!!!
Não conhecia
Que vinheta linda, amei
Esse ano vou ler pelo menos um dos livros dela!
Vem pro Clube de Leitura do apoia.se/carollinesarda que você vai ler dois livros dela! ahahahahah Em fevereiro vamos ler Democracia para Quem e em março leremos Mulheres, Raça e Classe!
Ninguém falando da camisa do Black Sabbath? 😆 Ótimo trabalho!
Ótimo vídeo
Pirei na camisa!
Valeu!!!
video bom demais
Q diva 🥺💖
❤❤
Carol, vc já leu o livro Mulheres q correm com os lobos??? Se, sim; o q vc achou?
Já li e não curti ahahahah
Respondendo vc, esses comportamentos que eu citei são observáveis cotidianamente tanto no mundo real quanto no virtual. Você sabe disso. Quanto às ideias do feminismo marxista, a primeira coisa que dá pra perceber é o idealismo. "As tarefas que antes eram domésticas vão se tornar comunitárias, vai ter restaurantes populares, lavanderias públicas, creches, logo as mulheres não vão precisar mais trabalhar sem remuneração!" É? E essa parada vai funcionar 24 horas por dia? Se o moleque ficar com fome de noite, quem vai preparar comida pra ele, o homem ou vai continuar sendo a mulher? E quem vai continuar fazendo esses trabalhos antes domésticos mas agora comunitários? Homens tbm vão? Vão colocar homens pra trabalhar nas creches? Ah tá bom. O papel de cuidado nas costas da mulher não vai se quebrar com isso. Sem falar que essa descrição de um mundo perfeito e de como as coisas vão funcionar as mil maravilhas mais combina com ancapistão do que comunismo kkkkk se para as pessoas almoçarem e jantarem, lavarem roupa, cuidar das crianças, todas elas tiverem que sair de casa para realizar algo que antes era doméstico, vc vai ter que criar um novo sistema de locomoção de massas revolucionário e extraordinário. Mas aí já seria idealismo demais. A segunda coisa é o papo de que "mulheres são as responsáveis por criar novos proletários pro capitalismo" isso é uma meia-verdade, os responsáveis por criar novos proletários é a própria classe trabalhadora, inclusive (isso se não for na maior parte) homens. Tem uma coisa que Marx chama de 'Fetiche da Mercadoria', que é a ilusão de que o produto que você tem nas mãos não foi feito por outras pessoas, ele apenas surgiu magicamente. É esse o pensamento que dá pra perceber quando feministas falam sobre a criação do novo proletário. Uma mãe prepara um arroz pro filho comer, só que o arroz que ela tá preparando não surgiu na prateleira dela por mágica, outros trabalhadores precisaram plantar, colher, transportar e vender esse arroz para só aí ela poder preparar o arroz pro filho. É uma linha de produção, no caso a mulher que cozinha e dá pro filho comer é a última trabalhadora dessa linha. Vcs falam como se a mulher criasse e cuidasse do filho sozinha, sem amparo de ninguém sendo que sem o trabalho dessas outras pessoas ela nunca conseguiria criar esse novo proletário.
Olá! Obrigada por compartilhar sua visão, mas eu respeitosamente discordo e vou pontuar respondendo tudo o que você questionou, ok?
"Sobre lavanderias, restaurantes populares e creches comunitárias"
Defendemos a socialização do trabalho doméstico como forma de redistribuir as tarefas historicamente sobrecarregadas às mulheres. Isso já acontece, em parte, em muitos lugares ao redor do mundo: Em países como Suécia e Dinamarca, lavanderias comunitárias em prédios residenciais são comuns e ajudam a economizar tempo e recursos, tornando o trabalho doméstico mais coletivo. No Brasil, temos os Restaurantes Populares, que oferecem refeições nutritivas a preços acessíveis para a população, reduzindo a carga do preparo doméstico. Países como Cuba e França oferecem sistemas de creches públicas amplamente acessíveis, permitindo que o cuidado com as crianças seja mais equitativo e menos restrito às mulheres. Esses serviços não precisam funcionar 24 horas por dia para serem eficazes. Eles já aliviam boa parte da carga diária do trabalho doméstico e criam condições para que a responsabilidade seja compartilhada com a comunidade, não apenas nas costas da mulher. O que o feminismo marxista propõe é ampliar e universalizar esse modelo, junto a mudanças culturais que incentivem homens a participar do trabalho reprodutivo :)
No seu comentário, se diminui o trabalho de reprodução social enquanto se enaltece o trabalho de produção, o que está errado, ambos são importantes pra humanidade. A reprodução social é um conceito central no feminismo marxista. De acordo com Silvia Federici, ela se refere ao "conjunto de atividades necessárias para a manutenção da vida humana e da força de trabalho, como cuidar de crianças, cozinhar, limpar e cuidar de pessoas idosas ou doentes". Essas atividades, em sua maioria, são realizadas pelas mulheres sem remuneração ou com baixa remuneração, sendo essenciais para o funcionamento do sistema capitalista. Já a divisão entre produção e reprodução, de acordo Marx, se refere ao fato de que o capitalismo separa o trabalho produtivo (aquele que gera lucro, como o trabalho nas fábricas e escritórios) do trabalho reprodutivo (o que sustenta a vida humana). No entanto, ambos estão profundamente conectados. Sem a reprodução da força de trabalho - ou seja, sem pessoas sendo cuidadas, alimentadas e educadas - o sistema produtivo entraria em colapso.
"Quem vai fazer esses trabalhos comunitários?"
A ideia de socializar tarefas não significa que elas continuarão sendo exclusivamente femininas. Homens e mulheres devem compartilhar essas responsabilidades. Em creches, por exemplo, não há impedimento algum para que homens trabalhem nelas, nem em lavanderias, nem em restaurantes. A questão aqui é cultural, e não biológica. Incentivar a participação masculina no cuidado e na reprodução social é parte do processo de ruptura com o sistema.
"Ahhh mas e o o idealismo disso tudo?"
Não há idealismo, mas sim propostas concretas baseadas em experiências históricas e em políticas já implementadas. A socialização dessas tarefas já é uma realidade em vários países - só que de forma limitada ou desigual. Expandir e melhorar esses serviços é uma questão de planejamento político e organização, que é o que nós feministas marxistas estamos construindo, isso JÁ ACONTECE.
Sobre a locomoção, você levanta um ponto importante. Infraestrutura eficiente é, de fato, necessária. Com investimento em transporte público de qualidade é possível garantir mobilidade acessível para todos. A crítica feminista marxista ao sistema capitalista inclui também o impacto da urbanização desigual, e é por isso que propostas de planejamento urbano mais humanas e coletivas são centrais nessa visão. Já ouviu feministas marxistas se posicionando contra a privatização dos metrôs e linhas de ônibus e pedindo tarifa zero? Então, é a prática.
"E a criação de novos proletários???"
A crítica sobre "fetiche da mercadoria" é válida, mas não contradiz o que o feminismo marxista aponta em Patriarcado do Salário, Mulheres e a Caça as Bruxas e o Ponto Zero da Revolução. Quando falamos sobre o papel das mulheres na reprodução social, não negamos que a criação de novos proletários seja um esforço coletivo da classe trabalhadora. O ponto é que, historicamente, o peso do cuidado com as crianças recai desproporcionalmente sobre as mulheres, muitas vezes sem reconhecimento, remuneração ou apoio adequado. Isso é um produto do sistema patriarcal e capitalista, que lucra com esse trabalho invisível. Estude mais sobre reprodução social que você entenderá.
Não se trata de idealismo, mas de construir alternativas concretas a um sistema que explora tanto a classe trabalhadora quanto as mulheres de forma desproporcional.
Espero ter esclarecido! Se tiver mais dúvidas ou quiser debater outros pontos, fico à disposição.
O sistema tentou silenciar a Angela e o seu vídeo também 😅
Pior que eu tive que postar 2x, na primeira deu erro no áudio kkkkkkk
👀
Pena que é revisionista, mas é um grande símbolo.
Eu jurava que a Angela não trabalhava com secções e interseccionalidade. Vou ler mais, porque achei que ela trazia uma concepção de particular e universal, em que não há separação das formas de opressão-exploração na realidade objetiva.
São muito diferentes as perspectivas interseccional e marxista. A primeira teoriza a relação entre separações da opressão-exploração que objetivamente não existem. A segunda parte das relações de produção e reprodução, para teorizar as particularidades de cada opressão-exploração.
A Angela fala sobre interseccionalidade no "Mulheres, Raça e Classe", no "A Liberdade é uma luta constante" e no "Democracia para quem?". Mas recomendo as obras da Silvia Federiti sobre relações de produção e reprodução com a ótica do feminismo marxista, como Patriarcado do Salário.
@@carollinesarda
Obrigada!
❤
nossa, muito pesada a história dela, me deixou mais ansioso pelas leituras dos livros dela, ficou massa o vídeo
🔥
💜
Feliz 2025 Carol
Ainda há quem apoie a volta da segregação racial e da kun klux Klan nos EUA. Tem até brasileiro que apoia isso 🙄😤
É horrível...
Referencia de luta
🌟🍀🐉🎉🌈🍕🚀🌻🎶🦄🍉🌊🎨🍩🐢✨🍭🎈🍂🌍
Angela davis sulenciada ao ponto de nem notificar do vídeo kkkkk foi censurada quantas vezes, camarada?
E é vegana ❤
Como sempre os marxistas, Djamila Ribeiro Filósofa brasileira.
🚩☭👏🏿🫡
Up
Foda
Gatinha
CAMARASA ANGELA DAVIS
ROGAI POR NÓS ❤
❤
Up
Up