O crime não existe!
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- เผยแพร่เมื่อ 3 พ.ย. 2024
- O crime não existe! Essa é uma das principais bases teóricas de Nils Christie, um dos maiores criminólogos da história - alguém que já passou pelos campos tanto do abolicionismo penal, quanto do minimalismo. Mas, o que exatamente ele quer dizer com isso? É sobre isso - a construção social do crime - que iremos falar no episódio de hoje do Introcrim.
Apresentação e Roteiro: Ricardo Krug
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NOTAS DE RODAPÉ:
1. No capítulo de abertura da obra "The Problem of Crime", John Muncie faz uma passagem pela construção e desconstrução do conceito de crime, apresentado onze conceitos, divididos em seis grupos, de possíveis entendimentos sobre o que é crime; o capítulo inclui: (1) crime como violação da lei penal; (2) crime como violação de códigos morais; (3) crime como construção social; (4) crime como censura ideológica; (5) crime como invenção histórica; e (6) crime como dano social.
2. Não confundir o termo utilizado por Christie - crimes naturais - com o conceito empregado por Raffaele Garofalo; notadamente, o ato que viola sentimentos morais básicos de piedade (repugnância diante da inflição voluntária de sofrimento aos outros) e probidade (respeito pelos direitos dos outros).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. CHRISTIE, Nils. Crime Control as Industry: Towards Gulgags, Western Style. 3 ed. Routledge: London, 2000.
2. CHRISTIE, Nils. Uma quantidade razoável de crime. 1 ed. Rio de Janeiro: Revan, 2011.
3. MUNCIE, John. The Problem of Crime. London: Sage, 2001.
Sou um professor de História e ensinando sobre os bárbaros ("bárbaros"), que não eram um povo, mas vários, tal qual o conceito "índios", e seus costumes, colocamos em pauta na discussão de aula o fato de que para os povos bárbaros "roubar" subtrair um bem, algo de alguém era um terrível crime comumente punido com a morte, às vezes mesmo de forma cruel, mas o "assassinato" " a morte" de um companheiro em discussão e embate não, o que era próprio de seu contexto sócio cultural - histórico. Citei o fato porque o considerei ilustrativo ao exposto. Belo canal, interessantes abordagens.
Interessante material
primeiro vídeo que vejo no youtube abordando Nils Christie em português... muito bom! obrigada!
Eng civil assistindo os videos!
Perfeito! Explicação objetiva e extremamente clara da concepção criminóloga de Christie
Muito muito muito bom! Obrigada!
Adorei a aula, parabéns!
Seu canal é muito bom. Parabéns!
Canal muito informativo e necessário, belo trampo!
Interessante demais!!!
Incrível
Ótimo video
Sensacional!
Pode fazer uma resenha do livro " uma grantidade razoável de crime"??
Ele fez, moça!
Esse vídeo foi, basicamente, isso!
O canal mudou de nome? Tava procurando por outro nome.
Ainda é o mesmo, Maria!
RICARDO*
BOM DEMAIS, RODRIGO! PARABÉNS PELA EXPLICAÇÃO
???????????????
Casos hipoteticos, com o controle e onipotência.
A lei penal sabe que o caso concreto é infinito, e tenta (tentar) normatizar, dar regras gerais.
A justiça criminal é mal elaborada, mal executada, e não é interresse politico.
Criminalização minima é sim necessário, organização e integração dos presos. Também é necessário.
Bom vídeo, mas que exemplo ruim
Estudiosos falam, falam... EFETIVAMENTEEEEEEEE, NADA MUDA! Fui antes do mimimi
Concordo.....
Se não existe crime, então não existe criminoso. Se não existe crime nem criminoso, então não existe vítima, se não existe crime, criminoso e vítima, então não existe sociedade; mas se não existe sociedade então também não existe a realidade, nem nós aqui discutindo se existe crime ou não. O senhor erra profundamente duas vezes: primeiro ao confundir a realidade com o seu conceito, e segundo, o senhor ignora as vítimas.
Nós sempre discutimos os conceitos e não a realidade, que está sempre muito acima e além de nossa capacidade de representação, uma vez que nós não conhecemos todas as variáveis que influenciam um fenômeno, por menor que ele seja, e nesse sentido o conceito de “crime” e tão abstrato quanto o de “ato”, porque, da mesma forma que não existe conhecimento puro, desligado de nossas preferências emocionais, também não existe ato puro, esterilizado de uma percepção contaminada pela subjetividade, e menos ainda os seus efeitos, “positivos” ou “negativos”. Portanto, ao propor que examinemos “atos” e não “crimes”, Christie não informa absolutamente nada....
Pelo seu discurso, parece que as autoridades públicas saem por aí, aleatoriamente, etiquetando os atos das pessoas: “esse é criminoso... este não é criminoso”, esquecido que tipologia criminosa começa a acontecer quando alguém, que existe realmente, e que nós conceituamos como vítima ou um seu parente/amigo aparece numa delegacia e denuncia o crime. A ação punitiva não começa por iniciativa do agente público, mas por denúncia de uma vítima. Ah! Eu esqueço que para os marxistas só existe uma vítima: o criminoso, vítima da etiquetagem social, ou quando muito um assassinado que já morreu, e não produz, ou não produzirá, mais mais-valia para o estado: logo não interessa mais. Mas não é assim meu amigo! O individualismo que você combate não existe, ou melhor, só existe conceitualmente, distorcidamente. Todos ser humano que não seja um eremita, tem ao redor de si, permanentemente, embora não o vejamos, uma teia de relações, é parte de uma rede intelectual e afetiva, e quando alguém é assassinado, espancado, roubado, etc. com ele sofrem em maior ou menor grau aqueles que convivem com a vítima e que em não raras ocasiões clamam por reparação ou “vingança”. Assim numa sociedade onde o Estado não consegue dar uma resposta satisfatória para esse fenômeno tão interno quanto desconhecido dos marxistas, a afetividade, a subjetividade, cresce a criminalidade, primeiro pelo desejo de vingança das vítimas e segundo pela funcionalidade que a omissão do Estado dá ao crime, que em grau elevado arrasta, justo para o crime, milhares de funcionários públicos destinados ao combate do, me desculpe a má-palavra, crime. É nesse momento que surgem as milícias, afinal o crime, nesse ambiente, compensa e muito. O Estado e a sociedade, tipificam e agem nos crimes para que a família e os amigos não sejam tentados, como no passado, a se armarem e fazerem justiça com as próprias mãos, e o restante das pessoas não comece a pensar “se aconteceu com ele ou ela pode também acontecer comigo: vamos nos armar” inviabilizando ou fazendo perigar a própria sociedade.
Colocar o individualismo como oposto ao coletivo, ao social, ou sugerir que ele supõe a completa autossuficiência do indivíduo, é não entender o caráter dinâmicos e dialéticos desses conceitos, é não entender nada das reais necessidades humanas, necessidades legítimas, como conforto, segurança, proteção, etc. a que todos, seja qual for sua condição social, têm direito, e ficar fazendo contorções mentais para racionalizar no vácuo.
Agora eu entendo toda a incompetência e o bate-cabeça da polícia norueguesa em 22 de julho de 2011, quando demoraram UMA HORA E TRÊS MINUTOS para se deslocar até a ilha de Utoia, a 32 km, onde um “inocente”, ou o “pobre Breivik”, já que não existe crime, não existe criminoso, é só um preconceito social.... matava adolescentes a esmo. Os Policiais devem ter gasto um tempo discutindo: “é crime não é?”; “se não é crime então não caso de polícia, logo não é conosco”; “será o caso de nós seguirmos a recomendação do Chico Buarque e chamar o ladrão?” Ficar a saber se eles decidiram agir por votação, no palitinho, jogando cara ou coroa, etc. Seja como for, quando a polícia chegou à ilha 69 adolescentes estavam mortos, muitos poderiam ter sido salvos não fosse a demora. O irônico é que esses adolescentes estavam justamente sendo treinados para acreditar em teorias como as de Nils Christie...
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAH
Pelo amor de deus, meu senhor.
@@camib3 Mas que belo argumento!!!!
@@cestodagavea8873 não foi um argumento, foi um suspiro diante desse seu malabarismo retórico.
Você simplesmente ignorou o que a frase "o crime não existe" quer dizer. Christie diz que o crime não existe como realidade ontológica, mas como construto social a partir da vontade humana em suas frutificações culturais. Tudo o que você escreveu aí foi falácia emocional. Recorrer ao "e se um parente seu fosse a vítima" não é um argumento. Aspear a construção teórica da teoria do etiquetamento não a invalida. Você não vai conseguir construir argumentos sem leitura crítica; e sem construir argumentos, você não vai poder cobrá-los de quem discorda de você.
Pra que toda essa encenação na hora de falar? Que preguiça de assistir.
Obrigado pela crítica construtiva! Espero que os outros vídeos estejam mais de acordo com as suas expectativas, Ana!
É só não assistir (???)
Eu achei de muito conteúdo, porém concordo que a encenação é um pouco forçada e tira o foco.