Elétricos do Porto: Passado; Presente; Futuro?

Uma breve visita ao passado. Um passeio pelo presente. E enquanto se viaja no 18 entre o Passeio Alegre e os Clérigos, umas ideias ousadas do que poderia ser um novo futuro dos Elétricos do Porto.
O Porto foi a primeira cidade da Península Ibérica a possuir este tipo de transporte em 1895.
A rede evoluiu até ao seu auge nos anos 50 do século passado, em que cobria vastamente a cidade e arredores da cidade.
Como em quase todo o mundo, este meio de transporte socumbium à emancipação da camionagem na segunda metade do século XX. Os elétricos foram sendo substituídos pelos autocarros, até os seus préstimos se reduzirem praticamente a um museu vivo, eminentemente turístico, que é o que temos hoje.
Todavia, em muitas cidades, além de se instituir como um meio de transporte limpo, eficaz e sustentável, o ressurgimento dos elétricos sobre carris consagrou também um novo urbanismo, que resgatou espaço público de qualidade das trevas das faixas de rodagem e estacionamento infindáveis que alastravam oncologicamente nas cidades.
Visitar cidades Europeias como Vitoria-Gasteiz, Bilbao, Genebra, Berna, Basileia, Freiburg e Ghent, inspiram o exercício de transpor para a realidade do Porto o renascimento da rede de elétricos.
As necessidades de mobilidade urbana e metropolitana nos principais corredores do Porto e arredores estão entregues à ferrovia e ao Metro, como é natural.
Contudo, existem áreas da cidade do Porto, que não tendo densidade que justifique o emprego desses meios pesados e rígidos agora ou no futuro próximo, poderiam ter nos elétricos de rua / tramway, uma boa solução com fiabilidade, capacidade, sustentabilidade, tal como acontece em muitas cidades da Europa e do Mundo.
Uma rede complementar, com elétricos modernos, ágeis e flexíveis de volta às ruas e avenidas do Porto.
Para cumprir uma função na mobilidade do Porto, dignificando a história deste meio de transporte na cidade, muito para além da atração turística.