Eu gosto muito da teoria de Jung sobre as funções cognitivas e a tipologia de Myers-Briggs. PORÉM, o site do 16personalities NÃO é uma boa ferramenta para descobrir seu tipo, já que ele é mais um teste de Big Five e atitudes comportamentais do que um teste de tipologia cognitiva com o uso das funções. Causam muito “mistype” e não explicam o tipo de fato, a melhor forma de descobrir o seu tipo é estudando a teoria a fundo mesmo, infelizmente o teste 16p é só mais um site famoso que usou a teoria para ganhar dinheiro e fama, o que funcionou, mesmo tendo uma péssima qualidade nos resultados dos testes. Mas gostei da sua explicação das funções segundo o próprio Jung, precisamos fazer que a galera leia sobre a teoria, só assim eles podem se autoconhecer melhor.
@@ciro7765 Amigo,leia as funções cognitivas nos livros do Jung "Tipos psicológicos" te auxiliará em como Jung pensou no funcionamento da psique e o site Mbticards que tem o resumo de cada função e seu funcionamento de acordo com sua pilha cognitiva Leia sem pressa e aproveitando o conteúdo, qualquer dúvida pode mandar mensagem aqui ou onde achar melhor porque é algo muito profundo e que faz sentido diferente do que o 16p fala.
@@Higashikata8 acessei o canal e é magnífico!!! Já me inscrevi e estou amando os conteúdos mega didáticos, disponibilizados de forma despretensiosa e com muito amor. Gracias pela indicação 🌿👍🏽
Ni alta do Jung é comparável a abertura alta, com neuroticismo alto e extroversão baixa do Big 5, dá também para ficar mais compreensível depois de ler os livros da Dra. Hellen Fisher que explica porque nos apaixonamos por pessoa X ou Y, na teoria dela os NTs do MBTI são os colericos/testosterona, os NFs são os fleumáticos/estrogênio, os SP sanguíneos/dopamina e os SJ Melancólicos/serotonina.
2 ปีที่แล้ว +6
Jung se topou como pensamento introvertido apoiada pela sensacão.
Você faz um ótimo trabalho, estou me amarrando no conteúdo do seu canal, já vi todos os vídeos. Como estudante de psicologia desde o inicio do curso me identifiquei bastante com analise do comportamento, mesmo depois de ter visto diversas abordagens e as estudado de forma relativamente superficial pois são muitas e é impossível estudar com profundidade a todas, foi possível ver os contextos históricos e as bases destas teorias, seus vídeos me despertaram o interesse de me aprofundar mais na psicologia junguiana, ainda tenho dúvidas sobre a minha especialização, mas seus vídeos me mostraram novos horizontes, obg ! E continue pois sua oratória e didática nos vídeos são excelentes !
Christopher, fico muito feliz com o seu comentário. Tenho uma pós em TCC, abordagem que utilizo em consultório, mas sou apaixonado pela psicologia junguiana também, tanto que no meu TCC usei Jung como base. Estou com um projeto , por enquanto só projeto mesmo pq o youtube sugere 10.000 inscritos para fazer isso - de abrir lives de estudo para membros do canal. Por exemplo, a cada 15 dias leríamos uma média de 70 páginas de um livro e discutiríamos em live, com perguntas abertas. Quero começar pela obra de Jung. Mas cara, qualquer dúvida que tiver, pode me mandar um e-mail, está no "sobre" do canal, beleza? Abraço!
Muito interessante...ao ver o vídeo tive certeza que meu tipo era o sensitivo introvertido e o resultado do meu teste Myers Briggs deu o tipo ISFJ - Defensor, que é justamente a sigla em inglês para Introvertido, Sensitivo, Emotivo, Julgador
Tudo tirado da Astrologia, que Jung estudava. Primeiro são dois tipos: masculino (extrovertido) e feminino (intro) e depois vem os 4 elementos, pensamento (Ar), sentimento (agua), intuição (Fogo)... etc.
Ótimo vídeo! E parabéns pela perfeição teórica explicada, e como Junguiano, 30 anos de clínica e sala de aula, vejo que seus mestres foram ótimos! Única ressalva, eu uso o termo "tipo intuição", "pensamento" e "sentimento" e não tipo "sentimental" e tipo "pensativo"., ou "tipo sensação" e não "sensitivo", que geralmente está mais próximo das funções mediúnicas. Abraços!
De acordo com testemunhas, os escritos desse período de sua vida enquadram-se em duas categorias distintas: são luminosos e angelicais, enquanto outros são sombrios e demoníacos, na forma e no conteúdo. Somos tentados a dizer que Jung, à maneira de outros magos do passado, passou por experiências pertencentes às categorias da Invocação Teúrgica de Deuses e da Evocação Goética de Espíritos, tendo guardado um “registro mágico” de cada uma. Por mais fascinantes que esses fatos sobre as primeiras transformações de Jung possam ser, sua verdadeira importância só se revela quando compreendemos haver evidência de que grande parte de seu trabalho científico, se não a totalidade, pode basear-se em revelações visionárias. Dessa forma, o tão repetido adjetivo empírico que caracteriza as fontes do trabalho de Jung aparece sob uma luz inteiramente nova. Na realidade, a ciência psicológica de Jung fundamentava-se em elementos empíricos; estes, porém, não eram fundamentalmente de natureza exterior, mas compunham-se de experiências que ele realizou em seu mundo secreto, ricas regiões ocultas de seu inconsciente mais profundo. De fato, Jung não é “científico” no sentido mais estrito da palavra, hoje em uso, na medida em que ele não controlou variáveis nem conduziu testes cuidadosos e repetitivos. (...). Ele (e Freud) conta com um aceitável aliado, científico e atual, na fenomenologia, cujos proponentes consideram as várias modalidades da consciência humana como seus dados primários e constroem hipóteses, teorias e explicações com base neles. Talvez seja conveniente lembrar que Freud conduziu grande parte de sua pesquisa de modo semelhante ao de Jung. O grande médico vienense descobriu os segredos dos sonhos através da análise de seus próprios sonhos; de fato, ele talvez tenha sido o único psicanalista a nunca se submeter à análise por outra pessoa, exceto uma breve discussão de alguns de seus sonhos com Jung durante a viagem que fizeram juntos aos Estados Unidos. Jung não estava sozinho na busca da companhia de ocultistas e místicos não-convencionais, porque Freud foi um avido frequentador dos círculos de adivinhos e nutriu uma importante amizade com um cientista excêntrico chamado Wilhelm Fliess. Somos tentados a descrever Jung como um anti- racionalista sumamente racional, enquanto Freud poderia ser chamado de um racionalista muito irracional. No entanto, buscavam a mesma coisa: “Mais Luz” (o famoso “Mehr Licht”, de Goethe) no tocante aos mistérios da psique. Como se poderia esperar, Jung manteve por toda a vida contato constante com as fontes misteriosas que inspiraram seu “Livro Vermelho”. Ele continuou a ser um inspirado - alguns diriam visionário - revelador pelo resto de seus dias. Seu trabalho científico jamais representou um comportamento de sua existência que fosse ou pudesse ser separado de sua vida profética e mística; os dois estavam intrincada e inexoravelmente inter-relacionados. O Jung místico guiava e inspirava o Jung cientista, enquanto o médico e o psicólogo proporcionavam equilíbrio e bom senso para estabilizar e tornar práticas as mensagens dos deuses e dos demônios arquetípicos. Assim foi concebido e executado o memorável trabalho de Carl Jung. Tanto em objetivo como em conteúdo, a obra constitui um exemplo do precioso princípio de “conjunctio oppositorum”, a união de polaridades que sempre produz o elixir do significado supremo. A literatura que continha as experiências originais de Jung quanto ao inconsciente no período de sua grande transformação nunca foi por ele colocada à disposição do público. A atitude de seus herdeiros parece ser, no mínimo, ainda mais reservada a esse respeito do que a do próprio Jung. No momento da redação destas palavras (1982), parece que qualquer esperança ou expectativa que se possa alimentar com respeito à publicação deste material não será consumada por algum tempo ainda. Portanto, restam-nos os trabalhos científicos de Jung e muito pouco mais. Entretanto, na categoria desse mais encontramos pelo menos um documento realmente importante, que nos revela muito sobre as fontes da psicologia de Jung. Trata-se de uma pequena obra, pouco mais que uma diminuta monografia, embora o significado de seu conteúdo possa facilmente elevá-la a um item da maior importância no estudo da mensagem e da missão de Jung. Esta obra é conhecida como “Os Sete Sermões aos Mortos”. Carl Jung permitiu a publicação de apenas uma fração do vasto material arquetípico que escreveu sob misteriosa inspiração do início da carreira. Este foi escrito num curto período, entre 15 de dezembro de 1916 e 16 de fevereiro de 1917. De acordo com declarações em seus fragmentos autobiográficos, Jung concluiu-o em três noites. A produção desse pequeno livro foi precedida por eventos estranhos e esteve repleta de fenômenos de natureza parapsicológica. Primeiro, vários filhos de Jung viram e perceberam entidades fantasmagóricas na casa, enquanto ele próprio sentiu uma atmosfera ameaçadora à sua volta. Uma das crianças teve um sonho de tom religioso um pouco ameaçador, envolvendo um anjo e um demônio. Podia-se vê-lo movendo-se freneticamente, mas não havia ninguém à vista que fosse responsável pelo ato. Uma multidão de “espíritos” parecia encher a sala, na verdade a casa, e ninguém podia respirar normalmente no vestíbulo infestado de fantasmas. O Dr. Jung gritou com voz perturbada e trêmula: “Em nome de Deus, o que significa isso?” A resposta veio num coro de vozes fantasmagóricas: “Voltamos de Jerusalém, onde não encontramos o que buscávamos”. Com estas palavras começa o tratado, que se intitula em latim Septem Sermones ad Mortuos, e então continua em alemão com o subtítulo: “Sete exortações aos mortos, escritos por Basílides de Alexandria, a cidade onde Oriente e Ocidente se encontram”. Uma leitura, mesmo superficial do tratado, mostra que ele foi escrito de acordo com o gnóstico do século II e utiliza livremente a terminologia daquela época. O próprio subtítulo releva o nome do famoso sábio gnóstico Basílides que ensinou em Alexandria no Egito helenístico, por volta dos anos 125-140 d.C. De fato, Jung parece atribuir a autoria do próprio documento a Basílides, sugerindo assim a algumas pessoas um elemento de mediunidade e (ou) escrita automática. Nesse sentido, deve-se lembrar que, por muitos séculos, foi comum autores de literatura de caráter espiritualista não assinarem seus nomes nessas obras, mas, ao contrário, atribuí-las poeticamente a alguém que consideravam ocupar uma posição superior à sua. Assim, atribui-se ficticiamente o célebre Zohar da literatura cabalística ao rabino Shimon Ben Jochai, quando seu verdadeiro autor é desconhecido. É bem provável que C. G. Jung tenha utilizado esse antigo exercício de humildade poética ao tomar o nome de Basílides como autor dos Sermões. Entretanto, o elemento parapsicológico contido nos fenômenos que envolvem a escrita do tratado foi espontaneamente reconhecido e enfatizado por Jung, a ponto de aplicar-lhe as palavras de Goethe, na segunda parte de Fausto: “Ele caminha por toda parte, está no ar!” Uma coisa é certa: trata-se de um trabalho incomum, escrito em circunstancias das mais incomuns. Disponível em vdocuments.mx/download/a-gnose-de-jung
Conteúdo muito bom, amo ouvir sobre a natureza humana, os motivos que nos levam a fazermos o que fazemos. Meu teste MBTI deu INFJ, o advogado. Pude compreender que não sou um estranho no ninho, apenas um perfil não muito comum... 😬
Escute um amigo com inteligência musical. Kkk Essa trilha sonora é maravilhosa mas diminui a dinâmica do vídeo, tenta alternar com outras músicas do mesmo universo musical que adicionam ritmo. Pra dar um up. Principalmente quando muda o tópico. CANAL BACANA DE MAIS. OBG MSM
Em 1928, Jung introduziu a noção de “personalidade mana” para descrever o que, essencialmente, era o mesmo conceito. Entretanto, as forças sobrenaturais por trás da personalidade são, naturalmente, os arquétipos do inconsciente coletivo. (...). (Noll, 1996, p. 20) Sobre a “personalidade mana”, Noll: Trata-se de uma ampla revisão do fecundo ensaio de 1916 cuja terceira versão (ainda maior) foi publicada como “The relations between the ego and the unconscious” (1928), em “Two essays on analytical psychology” (CW 7; Princeton, Princeton University Press, 1966). Entretanto, já em 1917 Jung introduzira o protótipo desse conceito, com a ideia de que a imagem de um “demônio magico” é às vezes projetada no médico pelo paciente. “A imagem desse demônio é o mais elementar conceito de Deus. É o dominante do feiticeiro tribal primitivo, ou de uma personalidade particularmente dotada de poderes mágicos”. (Jung, The psychology of unconscious process, em Collected papers on analytical psychology, 2. ed., ed. and trans. Constance Long; London, Baillière, Tindall & Cox, 1920). (Noll, 1996, p. 333). A principal obra de Max Weber (1864-1920) sobre a sociologia da religião, em que se discute a natureza do líder carismático, já estava bastante acessível desde 1922, e é de admirar que Jung não desse a Weber o crédito por esse conceito, ainda que talvez tenha posteriormente baseado seu conceito de “personalidade mana” no “líder carismático” de Weber. Não há registro de um contato direto entre Weber e Jung, embora Jung possa ter conhecido Marianne Weber, mulher de Marx, quando participou como orador convidado da organização cristã alemã Die Kongener, na década de 30. (...). (Noll, 1996, p. 20 e p. 333)
Personalidade “Ativista” Não me interessa o que você faz como profissão. Quero saber o que você deseja, e se você ousa sonhar ir de encontro com o desejo do seu coração. Não me interessa quantos anos você tem. Eu quero sabe se você arriscará ser visto como um tolo - pelos seus sonhos - pela aventura de se sentir vivo.
Meu teste me indicou como Arquiteto, e eu acho que me identifico, sou bem introvertido e me considero também muito criativo e um tanto autoritário com relação a regras. A frase "Quem é um manual de regras está apto a lidar com máquinas e não com pessoas" de Augusto Cury, me define bastante, quem me conhece a fundo me respeita muito, porem tenho tendência a fazer inimizade devido ao meu comportamento.
Embora na época Haeckel não advogasse uma filosofia ateia e materialista (preferindo o rótulo de monista), era justamente este tipo de filosofia o que seus seguidores fanáticos enfatizavam. O monismo era a unidade do espirito () e da matéria. Mas, na opinião de Haeckel, os ideais apolíneos do monismo haviam logo degenerado em excessos dionisíacos, e ele se distanciou do movimento que criara. Em 1911, o físico-químico Wilhelm Ostwald, professor da Universidade de Leipzig e ganhador do prêmio Nobel, tornou-se presidente da Liga Monista e fundou um “mosteiro monista” para iniciar reformas social-darwinistas no campo da eugenia, da eutanásia e da economia. Uma elite dedicada à preservação da religião monista se agrupou em torno do carismático Ostwald e de suas metafisicas . Aliás, foram esses trabalhos de filosofia especulativa (Ostwald até adotou para eles o nome de filosofia natural) que fizeram dele uma figura internacional, antes mesmo de ter recebido o Nobel em 1909. Muitos o consideravam o profeta da era moderna. Sabemos que Ostwald foi uma influência significativa na teoria dos tipos psicológicos de Jung. Este [Jung] mencionou a distinção de Ostwald entre homens de gênio “clássicos” e “românticos” logo em sua primeira exposição pública dos tipos psicológicos, no Congresso Psicanalítico de Munique, em setembro de 1913. Segundo Jung, os clássicos e os românticos correspondiam respectivamente ao “tipo introvertido” e ao “tipo extrovertido”. Longas citações de Ostwald aparecem em outras obras de Jung entre 1913 e 1921 - justamente o período em que, através da Liga Monista, Ostwald defendia com a maior frieza a eugenia, o culto da natureza e o imperialismo alemão. Jung, num capítulo inteiro de seu livro , tratou favoravelmente essas mesmas ideias de personalidade de Ostwald. Exceto pelo breve comentário de que “o conceito de energia no monismo de Ostwald” constituía “exemplo de superestimação dos fatos”, Ostwald era com frequência citado longamente, muitas vezes de forma elogiosa [in: Jung,, p. 27]. Temos evidências de que Jung lia os , que Otswald fundara em 1901 e que continham alguns dos ensaios deste sobre sua “moderna teoria energética” vitalística, a qual pode ter influenciado a obra teórica posterior de Jung sobre a “energia psíquica”. (Noll, 1996, pp. 56-7)
Jung até hoje é considerado um "forasteiro" pela própria psicologia. Sua biografia tem algumas polêmicas também - e não termina aí - mas é importante separar a teoria do homem. Estou escrevendo roteiros biográficos de alguns psicólogos, vamos ver se encontro um formato certo para publicar aqui.
@@MinutosdeSanidade Tratando dos escritos de São Paulo sobre Jesus, Jung se queixou: “Os lugares-comuns estão de tal maneira entrelaçados com milagres e mitos que nunca podemos ter certeza dos fatos, e a coisa mais desnorteante é que [os escritos do discípulo] não parecem ter o menor interesse pela existência de Cristo como ser humano concreto [C. G. Jung, Resposta a Jó]. Esta crítica pode igualmente ser aplicada às Memórias, sonhos, reflexões e a seus numerosos imitadores”. Hoje se vê que as Memórias, sonhos, reflexões, tal qual os Evangelhos, são obras de muitas outras mãos, afora a de Jung, pondo em dúvida a pretensão de tratar-se mesmo de uma autobiografia. (Noll, 1996, p. 16) Das muitas biografias de Jung, a mais semelhante às Memórias, sonhos, reflexões em seu bizarro e místico retrato do biografado é Marie-Louise von Franz, “C. G. Jung: his myth in our time” (Boston, Little, Brown, 1975; ed. orig. alemã: 1972). Em 1933, aos dezoito anos, Marie-Louise von Franz (1915-1998) conheceu Jung, vindo a se tornar uma de suas discipulas mais chegadas. Ela nunca se casou: depois que Jung construiu sua torre em Bollingen, na Suíça, Marie-Louise comprou um terreno nas cercanias e também construiu uma torre, perto da casa de sua companheira Barbara Hannah - também chegada a Jung e autora da melhor (em termos de informações históricas novas) dessas obras de discipulado, “C. G. Jung: his life and work, a biofraphical memoir” (New York, Putnam’s, 1976). Um retrato de Jung como herói intelectual foi escrito por seu amigo e discípulo Laurens van der Post: “Jung and the story of our time” (New York, Random House, 1977). Uma nova geração de biógrafos, para os quais Jung é também um spiritus rector, continuou a tradição de idealizá-lo. Ver, por exemplo, Gerhard Wehr, “Jung: a biography” (Boston, Shambhala, 1987). (Noll, 1996, p. 331) Sou grato a Sonu Shamdasani, o estudioso de Jung que me alertou para o fato de que as Memórias, sonhos, reflexões foram elaboradas por Aniela Jaffé, pela família Jung e pelos editores da Pantheon que publicaram a versão em inglês. No entanto, o mérito da pesquisa original cabe a Alan Elms, como indicado no capítulo “The aunti-fication of C, G. Jung” de seu livro “Uncovering lives: the uneasy alliance of biography and psychology” (New York, Oxford University Press, 1974). Um texto datilografado e copidescado, com marcações editoriais e material ausente das versões publicadas, pode ser encontrado na coleção de livros raros da Countway Library of Medicine, na Harvard School of Medicine, em Boston. Um material sobre Toni Wolff (aparentemente, um dos poucos que Jung escreveu de próprio punho) foi removido pela família Jung logo no início do processo editorial, e não está na Countway, segundo dizem, esse material segue o espírito das Memórias, sonhos, reflexões e contém registros de sonhos, sincronicidades etc., mutuamente significativos para Jung e Toni, que tiveram uma relação íntima por cerca de 40 anos. (Noll, 1996, p. 331)
Eu sou: 67% introvertido (I) 60% Intuitivo (N) 58% Pensante (T) 58% Explorador (P) 51% Cauteloso (-T) INTP-T Então se fosse pela teoria do tipo psicologico, eu seria intuitivo introvertido (pois é o dominante)?
Fernanda, você possivelmente tem características dos dois perfis. Mas já aconteceu comigo, estudei muito testes de personalidade, mas não senti segurança em nenhum para usar em consultas. Mas é uma curiosidade divertida haha
Fiz duas tbm, a segunda vez fiz com mais de um mês da primeira, e ambas deram INFJ, com o mesmo percentual nos tipos de personalidade, ent acho que NN tem pra onde correr kkkk
No site 16 persolidades está descrito que há tipos personalidade 'raras' porém me deparo o tempo todo com essas 'figurinhas raras' pela Internet. Propaganda enganosa daquele site. 😂
No neurociencia o lobos frontais mais ativo introvertido e memória e raciocínio , os extroversão atividade do lobos temporais Sansaçao , Teste de API do Facebook por inteligência artificial idade e sexo e tipos de personalidade INTP, eu me identifico sim nem tanto alto ou baixo , Não recomendação mesmo e científico realizar por usa dado de comportamento pode te revelar
A Gnose de Jung Sendo Jung um dos grandes personagens do gnosticismo moderno vertido da História, não podemos nos furtar à decisão de transcrever e/ou de comentar algumas passagens da obra de Stephan A. Hoeller, denominada A Gnose de Jung. “Para podermos entender melhor a obra de Jung necessitamos visualizar o cenário existente na Europa no século passado. Emergindo da obscura alienação da consciência que caracterizou o século XIX, a redescoberta do mistério do inconsciente, dentro da mente humana, tornou-se muito semelhante à influência bíblica que fez surgir todo um mundo novo do espírito diante dos olhos de gerações passadas. O filósofo alemão Martin Heidegger expressou uma grande verdade ao considerar o século XIX como o mais negro de todos os da era moderna. No entanto, foi precisamente nesse período de maior obscurecimento da luz do espírito que nasceram os dois gigantes pioneiros do inconsciente: Sigmund Freud e Carl Gustav Jung, em 1856 e 1875, respectivamente. Freud foi um grande descobridor, destinado a desmascarar mutas coisas. Tanto os psicólogos como o público ainda hoje custam a perceber a dívida de gratidão que têm para com ele. Como era um homem da antiga e estritamente materialista escola de ciência, que só trocou o laboratório de biologia pela arte da cura, por exigências práticas, Freud só poderia utilizar os padrões e pensamento do seu tempo. Por trágica e irônica idiossincrasia do destino, o homem, cujas descobertas abalaram os alicerces do racionalismo científico, permaneceu, ele próprio, preso ao dogma reducionista e racionalista, que preservou e defendeu com convicção desesperada. Freud, como Moisés, não pôde entrar na terra prometida, a qual conduziu outros, e a tarefa da conquista final recaiu então sobre um homem mais jovem, - m novo Josué da mente, cujo nome era Carl Gustav Jung. Quem era Jung e como ele realizou a suprema missão do pioneirismo psíquico? Quais eram as fontes da sua intuição profética sobre os mais secretos recessos da alma humana? De onde provinha a sua sabedoria? Por toda a longa vida de Jung, as pessoas se intrigaram com as implicações curiosamente magicas e esotéricas do seu trabalho. Tratava-se de um fenômeno até então inédito no mundo da intelectualidade, desde o Iluminismo. Símbolos e imagens de venerável e obscuro poder foram ressuscitados da poeira de suas tumbas milenares. Hereges e alquimistas, místicos e magos, sábios taoístas e lamas tibetanos emprestaram os tesouros de suas buscas arcanas à bruxaria do moderno Hermes suíço. Findas estavam as preocupações personalísticas e mundanas da psicanálise anterior, com seus traumas de infância e fantasias imaturas, e os deuses e heróis do passado não era mais considerados máscaras glorificadas de terrores e de luxúrias infantis. Como Vênus, que emergiu da espuma do mar, ou Atena, que nasceu da fronte de Zeus, os arquétipos surgiram da prima matéria do inconsciente coletivo. Os Deuses, mais uma vez, caminhavam com os homens. Acima dessas águas primordiais de criatividade da psique movia-se o espírito de um homem, o gênio de Jung. Bem poderia o intelectual surpreender-se e o sábio ficar atônito, pois uma nova era da mente havia chegado. Para os que estavam familiarizados com as disciplinas arcanas e as teorias da tradição da realidade alternativa, chamada algumas vezes de filosofia perene, ou Teosofia, tornou-se logo claro que existiam certos paralelos entre os ensinamentos de Jung e o que eles há muito conheciam como a senda da iniciação. De acordo com o renomado poeta esotérico e diplomata chileno Miguel Serrano, em seu pequeno e original trabalho C. G. Jung and Hermann Hesse, era como se houvesse uma segunda linguagem subjacente à primeira, em todas as obras de Jung. O analista tornou-se um hierofante dos mistérios, enquanto o paciente transformou-se no neófito ou discípulo. A doença revelou-se uma condição dividida ou incompleta, e a saúde, um estado de integridade espiritual. A psicologia analítica começou a aparecer como um diálogo entre o indivíduo e o universo, sem destruir a personalidade ou o ego, segundo a orientação de algumas teorias hindus e budistas. As fontes do trabalho de Jung continuaram a ser objeto de conjectura por muitas décadas. Durante sua vida, Jung velou as origens de suas descobertas sob um manto de precaução que frequentemente se aproximava do segredo hermético. Ele afirmou, repetidas vezes, que tudo o que escreveu baseava-se em experiência empírica, indicando que, não obstante grande parte de sua obra parecesse esotérica e mística, ela sempre se apoiava em experiências no campo psicológico. A maioria das pessoas entendeu que isso significava que Jung tratava muitos pacientes e que também tinha acesso à pesquisa prática de muitos de seus colegas mais jovens, seus livros sendo, sem dúvida, o resultado de dados coletados dessas fontes. Havia, é claro, rumores quanto a ser ele um cientista realmente muito pouco convencional, que se associava a astrólogos e religiosos. Dizia-se ainda que ele próprio tinha experiências estranhas e ocultas, via fantasmas e consultava oráculos. Foi somente após a morte de Jung, em 1961, e em especial após a publicação de seus notáveis fragmentos autobiográficos, intitulado Memórias, Sonhos, reflexões, Editora Nova Fronteira, que uma contínua corrente de revelações cada vez mais arrojadas começou a verter das penas de seus discípulos e de divulgações póstumas de notas e cartas do próprio Jung. Essa multiplicidade de revelações mostrou que, entre 1912 e 1917, Jung passou por um intenso período de experiências que envolveram um enorme afluir, em sua consciência e a partir de seu interior, de forças que ele chamou de arquetípicas, mas que, em épocas precedentes, teriam sido julgadas como divinas ou demoníacas. Jung confidenciou a respeito dessas experiências a vários de seus colegas mas, indubitavelmente, experimentou muito mais do que o que revelou e, de fato, mais do que algum dia se revelará. O grande pesquisador costumava chamar essas experiências, ou melhor, esse ciclo de experiências, como sendo o seu Nekyia, utilizando o termo com que Homero descreveu a descida de Ulisses ao Hades. Comenta-se que nesse período Jung se afastou da maioria das atividades externas, com exceção de uma pequena parte de sua prática psiquiátrica. Diz-se até mesmo que durante essa fase não leu nenhum livro, seguramente um grande evento na vida de um estudioso tão avido de todas as formas de literatura. Apesar de não ter lido, escreveu. Sua produção nessa época constituiu no registro de suas estranhas experiências interiores, num total de 1.330 páginas manuscritas, ilustradas de próprio punho. Sua escrita então mudou para a usada no século XIV; as pinturas foram feitas com pigmentos que ele mesmo fabricava, segundo o estalo dos artistas de eras passadas. Algumas das mais belas pinturas e manuscritos foram encadernados em couro vermelho e guardados num lugar de honra entre os seus pertences, razão do nome com que ficaram conhecidos: Red Book. Disponível em: Em vdocuments.mx/download/a-gnose-de-jung
Eu gosto muito da teoria de Jung sobre as funções cognitivas e a tipologia de Myers-Briggs. PORÉM, o site do 16personalities NÃO é uma boa ferramenta para descobrir seu tipo, já que ele é mais um teste de Big Five e atitudes comportamentais do que um teste de tipologia cognitiva com o uso das funções. Causam muito “mistype” e não explicam o tipo de fato, a melhor forma de descobrir o seu tipo é estudando a teoria a fundo mesmo, infelizmente o teste 16p é só mais um site famoso que usou a teoria para ganhar dinheiro e fama, o que funcionou, mesmo tendo uma péssima qualidade nos resultados dos testes.
Mas gostei da sua explicação das funções segundo o próprio Jung, precisamos fazer que a galera leia sobre a teoria, só assim eles podem se autoconhecer melhor.
Interessante! Você teria alguma recomendação de onde começar a estudar melhor a teoria?
@@ciro7765 Amigo,leia as funções cognitivas nos livros do Jung "Tipos psicológicos" te auxiliará em como Jung pensou no funcionamento da psique e o site Mbticards que tem o resumo de cada função e seu funcionamento de acordo com sua pilha cognitiva
Leia sem pressa e aproveitando o conteúdo, qualquer dúvida pode mandar mensagem aqui ou onde achar melhor porque é algo muito profundo e que faz sentido diferente do que o 16p fala.
@@Higashikata8 legal, vou pesquisar. Muito obrigado pela atenção!
@@ciro7765 Que isso,eu que agradeço a atenção e recomendo também o Ciscos e traves, no canal do Nickr que é sobre tipologia-junguiana tem um pdf sobre
@@Higashikata8 acessei o canal e é magnífico!!! Já me inscrevi e estou amando os conteúdos mega didáticos, disponibilizados de forma despretensiosa e com muito amor. Gracias pela indicação 🌿👍🏽
Ni alta do Jung é comparável a abertura alta, com neuroticismo alto e extroversão baixa do Big 5, dá também para ficar mais compreensível depois de ler os livros da Dra. Hellen Fisher que explica porque nos apaixonamos por pessoa X ou Y, na teoria dela os NTs do MBTI são os colericos/testosterona, os NFs são os fleumáticos/estrogênio, os SP sanguíneos/dopamina e os SJ Melancólicos/serotonina.
Jung se topou como pensamento introvertido apoiada pela sensacão.
essa teoria n faz sentido
Eu só pessoa que Introvertido ❤
Meu amigo Edson é um 🎧 que Introvertido gosta
Meu irmão Caio também é Introvertido meu irmão Robson é um 🎧 que Introvertido
Fiz o teste de curiosidade e deu 'arquiteto' (INTJ-A), me senti lendo sobre signos. Divertido!
Também arquiteto
A minha personalidade deu Ativista novamente e me indentifico muito com ela
Meu teste deu mediador, me descreveu perfeitamente.
Advogado assertivo 👍🏻
Não é da minha área, mas me interesso muito por psicologia e achei sensacional o vídeo. Quero fazer o teste para saber qual a minha personalidade 😊
Que bom que eu achei esse canal!
Você ensina com simplicidade e naturalidade. Gostei. Parabéns por nos ensinar.
Muito obrigado!
Muito boa sua explicação, mas é muito difícil entender onde nos encontramos. Obrigada pelo trabalho
Você faz um ótimo trabalho, estou me amarrando no conteúdo do seu canal, já vi todos os vídeos. Como estudante de psicologia desde o inicio do curso me identifiquei bastante com analise do comportamento, mesmo depois de ter visto diversas abordagens e as estudado de forma relativamente superficial pois são muitas e é impossível estudar com profundidade a todas, foi possível ver os contextos históricos e as bases destas teorias, seus vídeos me despertaram o interesse de me aprofundar mais na psicologia junguiana, ainda tenho dúvidas sobre a minha especialização, mas seus vídeos me mostraram novos horizontes, obg ! E continue pois sua oratória e didática nos vídeos são excelentes !
Christopher, fico muito feliz com o seu comentário. Tenho uma pós em TCC, abordagem que utilizo em consultório, mas sou apaixonado pela psicologia junguiana também, tanto que no meu TCC usei Jung como base. Estou com um projeto , por enquanto só projeto mesmo pq o youtube sugere 10.000 inscritos para fazer isso - de abrir lives de estudo para membros do canal. Por exemplo, a cada 15 dias leríamos uma média de 70 páginas de um livro e discutiríamos em live, com perguntas abertas. Quero começar pela obra de Jung. Mas cara, qualquer dúvida que tiver, pode me mandar um e-mail, está no "sobre" do canal, beleza? Abraço!
Você fala da Teoria de uma maneira muito didática, a linguagem visual do vídeo me ajudou bastante para compreender. Obrigada pelo conhecimento ❤
Que ótimo que foi útil, obrigado pela gentileza :)
Muito interessante...ao ver o vídeo tive certeza que meu tipo era o sensitivo introvertido e o resultado do meu teste Myers Briggs deu o tipo ISFJ - Defensor, que é justamente a sigla em inglês para Introvertido, Sensitivo, Emotivo, Julgador
Personalidade observadora. Muito legal! Obrigado pelo comentário!
Tudo tirado da Astrologia, que Jung estudava. Primeiro são dois tipos: masculino (extrovertido) e feminino (intro) e depois vem os 4 elementos, pensamento (Ar), sentimento (agua), intuição (Fogo)... etc.
69% introvertido
85% intuitivo
61% emocional
56% planejador
60% assertivo
INFJ-A
(daqui alguns meses irei refazer o teste)
Já fiz esse teste umas 100 vezes e sempre da INTJ cauteloso.
Freud tirou tudo isso da Astrologia! Estudo dos temperamentos, a mãe da psicologia e psicanalise
Bom dia. Amo as analises psicológicas, principalmente quando cita Jung. Obrigada!
Fiz o teste muito tempos atras e deu INFJ. Hoje gosto de ler sobre as funções e penso ter a Se como sombra.
Que ótimo! Amanhã análise junguiana do personagem Jesse Pinkman, de Breaking Bad.
Ótimo vídeo! E parabéns pela perfeição teórica explicada, e como Junguiano, 30 anos de clínica e sala de aula, vejo que seus mestres foram ótimos! Única ressalva, eu uso o termo "tipo intuição", "pensamento" e "sentimento" e não tipo "sentimental" e tipo "pensativo"., ou "tipo sensação" e não "sensitivo", que geralmente está mais próximo das funções mediúnicas. Abraços!
Que honra, muito obrigado mesmo pelo elogio e pelo toque! Abraços!
Minha personalidade deu Arquiteto, e pasmem, eu curso arquitetura e urbanismo kkkkkkkkkkk
muito legal o conteúdo. Meu teste resultou Mediador INFP-T
De acordo com testemunhas, os escritos desse período de sua vida enquadram-se em duas categorias distintas: são luminosos e angelicais, enquanto outros são sombrios e demoníacos, na forma e no conteúdo. Somos tentados a dizer que Jung, à maneira de outros magos do passado, passou por experiências pertencentes às categorias da Invocação Teúrgica de Deuses e da Evocação Goética de Espíritos, tendo guardado um “registro mágico” de cada uma.
Por mais fascinantes que esses fatos sobre as primeiras transformações de Jung possam ser, sua verdadeira importância só se revela quando compreendemos haver evidência de que grande parte de seu trabalho científico, se não a totalidade, pode basear-se em revelações visionárias. Dessa forma, o tão repetido adjetivo empírico que caracteriza as fontes do trabalho de Jung aparece sob uma luz inteiramente nova. Na realidade, a ciência psicológica de Jung fundamentava-se em elementos empíricos; estes, porém, não eram fundamentalmente de natureza exterior, mas compunham-se de experiências que ele realizou em seu mundo secreto, ricas regiões ocultas de seu inconsciente mais profundo. De fato, Jung não é “científico” no sentido mais estrito da palavra, hoje em uso, na medida em que ele não controlou variáveis nem conduziu testes cuidadosos e repetitivos. (...). Ele (e Freud) conta com um aceitável aliado, científico e atual, na fenomenologia, cujos proponentes consideram as várias modalidades da consciência humana como seus dados primários e constroem hipóteses, teorias e explicações com base neles.
Talvez seja conveniente lembrar que Freud conduziu grande parte de sua pesquisa de modo semelhante ao de Jung. O grande médico vienense descobriu os segredos dos sonhos através da análise de seus próprios sonhos; de fato, ele talvez tenha sido o único psicanalista a nunca se submeter à análise por outra pessoa, exceto uma breve discussão de alguns de seus sonhos com Jung durante a viagem que fizeram juntos aos Estados Unidos. Jung não estava sozinho na busca da companhia de ocultistas e místicos não-convencionais, porque Freud foi um avido frequentador dos círculos de adivinhos e nutriu uma importante amizade com um cientista excêntrico chamado Wilhelm Fliess. Somos tentados a descrever Jung como um anti- racionalista sumamente racional, enquanto Freud poderia ser chamado de um racionalista muito irracional. No entanto, buscavam a mesma coisa: “Mais Luz” (o famoso “Mehr Licht”, de Goethe) no tocante aos mistérios da psique.
Como se poderia esperar, Jung manteve por toda a vida contato constante com as fontes misteriosas que inspiraram seu “Livro Vermelho”. Ele continuou a ser um inspirado - alguns diriam visionário - revelador pelo resto de seus dias. Seu trabalho científico jamais representou um comportamento de sua existência que fosse ou pudesse ser separado de sua vida profética e mística; os dois estavam intrincada e inexoravelmente inter-relacionados. O Jung místico guiava e inspirava o Jung cientista, enquanto o médico e o psicólogo proporcionavam equilíbrio e bom senso para estabilizar e tornar práticas as mensagens dos deuses e dos demônios arquetípicos. Assim foi concebido e executado o memorável trabalho de Carl Jung. Tanto em objetivo como em conteúdo, a obra constitui um exemplo do precioso princípio de “conjunctio oppositorum”, a união de polaridades que sempre produz o elixir do significado supremo.
A literatura que continha as experiências originais de Jung quanto ao inconsciente no período de sua grande transformação nunca foi por ele colocada à disposição do público. A atitude de seus herdeiros parece ser, no mínimo, ainda mais reservada a esse respeito do que a do próprio Jung. No momento da redação destas palavras (1982), parece que qualquer esperança ou expectativa que se possa alimentar com respeito à publicação deste material não será consumada por algum tempo ainda. Portanto, restam-nos os trabalhos científicos de Jung e muito pouco mais. Entretanto, na categoria desse mais encontramos pelo menos um documento realmente importante, que nos revela muito sobre as fontes da psicologia de Jung. Trata-se de uma pequena obra, pouco mais que uma diminuta monografia, embora o significado de seu conteúdo possa facilmente elevá-la a um item da maior importância no estudo da mensagem e da missão de Jung. Esta obra é conhecida como “Os Sete Sermões aos Mortos”. Carl Jung permitiu a publicação de apenas uma fração do vasto material arquetípico que escreveu sob misteriosa inspiração do início da carreira. Este foi escrito num curto período, entre 15 de dezembro de 1916 e 16 de fevereiro de 1917. De acordo com declarações em seus fragmentos autobiográficos, Jung concluiu-o em três noites. A produção desse pequeno livro foi precedida por eventos estranhos e esteve repleta de fenômenos de natureza parapsicológica. Primeiro, vários filhos de Jung viram e perceberam entidades fantasmagóricas na casa, enquanto ele próprio sentiu uma atmosfera ameaçadora à sua volta. Uma das crianças teve um sonho de tom religioso um pouco ameaçador, envolvendo um anjo e um demônio. Podia-se vê-lo movendo-se freneticamente, mas não havia ninguém à vista que fosse responsável pelo ato. Uma multidão de “espíritos” parecia encher a sala, na verdade a casa, e ninguém podia respirar normalmente no vestíbulo infestado de fantasmas. O Dr. Jung gritou com voz perturbada e trêmula: “Em nome de Deus, o que significa isso?” A resposta veio num coro de vozes fantasmagóricas: “Voltamos de Jerusalém, onde não encontramos o que buscávamos”. Com estas palavras começa o tratado, que se intitula em latim Septem Sermones ad Mortuos, e então continua em alemão com o subtítulo: “Sete exortações aos mortos, escritos por Basílides de Alexandria, a cidade onde Oriente e Ocidente se encontram”. Uma leitura, mesmo superficial do tratado, mostra que ele foi escrito de acordo com o gnóstico do século II e utiliza livremente a terminologia daquela época. O próprio subtítulo releva o nome do famoso sábio gnóstico Basílides que ensinou em Alexandria no Egito helenístico, por volta dos anos 125-140 d.C. De fato, Jung parece atribuir a autoria do próprio documento a Basílides, sugerindo assim a algumas pessoas um elemento de mediunidade e (ou) escrita automática. Nesse sentido, deve-se lembrar que, por muitos séculos, foi comum autores de literatura de caráter espiritualista não assinarem seus nomes nessas obras, mas, ao contrário, atribuí-las poeticamente a alguém que consideravam ocupar uma posição superior à sua. Assim, atribui-se ficticiamente o célebre Zohar da literatura cabalística ao rabino Shimon Ben Jochai, quando seu verdadeiro autor é desconhecido. É bem provável que C. G. Jung tenha utilizado esse antigo exercício de humildade poética ao tomar o nome de Basílides como autor dos Sermões. Entretanto, o elemento parapsicológico contido nos fenômenos que envolvem a escrita do tratado foi espontaneamente reconhecido e enfatizado por Jung, a ponto de aplicar-lhe as palavras de Goethe, na segunda parte de Fausto: “Ele caminha por toda parte, está no ar!” Uma coisa é certa: trata-se de um trabalho incomum, escrito em circunstancias das mais incomuns.
Disponível em vdocuments.mx/download/a-gnose-de-jung
Muito interessante! Não sou psicólogo, mas acho essa área muito legal. 🤓
de longe o melhor video sobre o assunto. parabens
Muito obrigado, Filipe!
Conteúdo muito bom, amo ouvir sobre a natureza humana, os motivos que nos levam a fazermos o que fazemos. Meu teste MBTI deu INFJ, o advogado.
Pude compreender que não sou um estranho no ninho, apenas um perfil não muito comum... 😬
Esse teste ai nn é bom nn kk
16 personalities
Na vdd nenhum é preciso o suficiente
M😊
@@eullerdiniz463 os i
Escute um amigo com inteligência musical. Kkk Essa trilha sonora é maravilhosa mas diminui a dinâmica do vídeo, tenta alternar com outras músicas do mesmo universo musical que adicionam ritmo. Pra dar um up. Principalmente quando muda o tópico.
CANAL BACANA DE MAIS. OBG MSM
Ahhh agora eu entendi! hahaha vou ouvir a dica, nem uso mais essa trilha ahahaha, acho caída mesmo! Eu que agradeço a dica!
Em 1928, Jung introduziu a noção de “personalidade mana” para descrever o que, essencialmente, era o mesmo conceito. Entretanto, as forças sobrenaturais por trás da personalidade são, naturalmente, os arquétipos do inconsciente coletivo. (...). (Noll, 1996, p. 20)
Sobre a “personalidade mana”, Noll: Trata-se de uma ampla revisão do fecundo ensaio de 1916 cuja terceira versão (ainda maior) foi publicada como “The relations between the ego and the unconscious” (1928), em “Two essays on analytical psychology” (CW 7; Princeton, Princeton University Press, 1966). Entretanto, já em 1917 Jung introduzira o protótipo desse conceito, com a ideia de que a imagem de um “demônio magico” é às vezes projetada no médico pelo paciente. “A imagem desse demônio é o mais elementar conceito de Deus. É o dominante do feiticeiro tribal primitivo, ou de uma personalidade particularmente dotada de poderes mágicos”. (Jung, The psychology of unconscious process, em Collected papers on analytical psychology, 2. ed., ed. and trans. Constance Long; London, Baillière, Tindall & Cox, 1920). (Noll, 1996, p. 333).
A principal obra de Max Weber (1864-1920) sobre a sociologia da religião, em que se discute a natureza do líder carismático, já estava bastante acessível desde 1922, e é de admirar que Jung não desse a Weber o crédito por esse conceito, ainda que talvez tenha posteriormente baseado seu conceito de “personalidade mana” no “líder carismático” de Weber. Não há registro de um contato direto entre Weber e Jung, embora Jung possa ter conhecido Marianne Weber, mulher de Marx, quando participou como orador convidado da organização cristã alemã Die Kongener, na década de 30. (...). (Noll, 1996, p. 20 e p. 333)
Ele tirou tudo isso da astrologia e do estudo dos temperamentos (astrologia tema)
sobre o MBTI, eu recomendo também o canal do Nick Tipologia (:
Esses tipos psicologicos me lembra muito os tipos de temperamentos de hipocrates (o pai da medicina). Alguém sabe me dizer se tem alguma relação?
Parabéns pela explicação. Gostei muito da objetividade. Gratidão
Eu que agradeço!
É a milésima vez e sempre um resultado diferente nesse teste 😂😂😂... Dessa vez istp-t... Amei o vídeo 😊
Ótimo video. Meu resultado deu lógico INTP-A.
Obrigado!
posso corrigir uma palavra? obrigada pelo vídeo-aula!
Me identifiquei com duas personalidades.
Acontece! É uma teoria, é importante ser bem flexível com elas.
Muito bom Ricardo parabéns!👏👏👏
Obrigado Gustavo! Valeu pela força!
Qual é o seu tipo? Intuição introvertido apoiado pelo sentimento?
Conteúdo de qualidade!
Obrigado por compartilhar o seu conhecimento.
Estou amando seus vídeos, parabéns!!! Meu teste deu como 'Ativista', me identifiquei
DAE CHE BLZ? Segundo o teste, meu tipo de personalidade é o mediador.
Caraca interessantíssimo!
Obrigado, Rodrigo!
Personalidade “Ativista”
Não me interessa o que você faz como profissão. Quero saber o que você deseja, e se você ousa sonhar ir de encontro com o desejo do seu coração. Não me interessa quantos anos você tem. Eu quero sabe se você arriscará ser visto como um tolo - pelos seus sonhos - pela aventura de se sentir vivo.
Boa!
Passou de mediador pra ativista pra mediador de novo e agora no terceiro ano q eu to fazendo o teste está dando protagonista ohh céus kkkk
normal, a personalidade vai mudando conforme o tempo vai passando.
Excelente!!
O meu teste deu "Arquiteto INTJ-A"
Obrigado pelo comentário, Mayra!
Meu teste me indicou como Arquiteto, e eu acho que me identifico, sou bem introvertido e me considero também muito criativo e um tanto autoritário com relação a regras. A frase "Quem é um manual de regras está apto a lidar com máquinas e não com pessoas" de Augusto Cury, me define bastante, quem me conhece a fundo me respeita muito, porem tenho tendência a fazer inimizade devido ao meu comportamento.
Testes não são muito confiáveis para descobrir o seu tipo
Meu teste deu "Defensor ISFJ-A" e sou "51% introvertido".
Esse teste nn é nada preciso
@@eullerdiniz463 tem que estudar as funções cognitivas em vez de fazer teste
@@cavaleirodaIua eu sei sei disso amigo
Me identifico com os 8 tipos. 🤷🏽♂️
hahaha justo!
Bom
Video perfeito
Valeu Caio! 👊
O meu MBTI sempre muda aaaaah
Embora na época Haeckel
não advogasse uma filosofia ateia e materialista (preferindo o rótulo de
monista), era justamente este tipo de filosofia o que seus seguidores fanáticos
enfatizavam. O monismo era a unidade do espirito () e da matéria.
Mas, na opinião de Haeckel, os ideais apolíneos do monismo haviam logo
degenerado em excessos dionisíacos, e ele se distanciou do movimento que
criara. Em 1911, o físico-químico Wilhelm Ostwald, professor da Universidade de
Leipzig e ganhador do prêmio Nobel, tornou-se presidente da Liga Monista e
fundou um “mosteiro monista” para iniciar reformas social-darwinistas no campo
da eugenia, da eutanásia e da economia. Uma elite dedicada à preservação da religião
monista se agrupou em torno do carismático Ostwald e de suas metafisicas .
Aliás, foram esses trabalhos de filosofia especulativa (Ostwald até adotou para
eles o nome de filosofia natural) que fizeram dele uma figura internacional,
antes mesmo de ter recebido o Nobel em 1909. Muitos o consideravam o profeta da
era moderna. Sabemos que Ostwald foi uma influência significativa na teoria dos
tipos psicológicos de Jung. Este [Jung] mencionou a distinção de Ostwald entre homens
de gênio “clássicos” e “românticos” logo em sua primeira exposição pública dos
tipos psicológicos, no Congresso Psicanalítico de Munique, em setembro de 1913.
Segundo Jung, os clássicos e os românticos correspondiam respectivamente ao
“tipo introvertido” e ao “tipo extrovertido”. Longas citações de Ostwald
aparecem em outras obras de Jung entre 1913 e 1921 - justamente o período em
que, através da Liga Monista, Ostwald defendia com a maior frieza a eugenia, o
culto da natureza e o imperialismo alemão. Jung, num capítulo inteiro de seu
livro , tratou favoravelmente essas mesmas
ideias de personalidade de Ostwald. Exceto pelo breve comentário de que “o
conceito de energia no monismo de Ostwald” constituía “exemplo de
superestimação dos fatos”, Ostwald era com frequência citado longamente, muitas
vezes de forma elogiosa [in: Jung,, p. 27]. Temos
evidências de que Jung lia os , que Otswald
fundara em 1901 e que continham alguns dos ensaios deste sobre sua “moderna
teoria energética” vitalística, a qual pode ter influenciado a obra teórica
posterior de Jung sobre a “energia psíquica”. (Noll, 1996, pp. 56-7)
Jung até hoje é considerado um "forasteiro" pela própria psicologia. Sua biografia tem algumas polêmicas também - e não termina aí - mas é importante separar a teoria do homem. Estou escrevendo roteiros biográficos de alguns psicólogos, vamos ver se encontro um formato certo para publicar aqui.
@@MinutosdeSanidade vc já deve ter lido Richard Noll o culto de jung origens de um movimento carismático.
@@MinutosdeSanidade tem outro livro. Esqueci o autor. Ocultismo em Freud, jung é mircea eliade
@@MinutosdeSanidade Tratando dos escritos de São Paulo sobre Jesus, Jung se queixou: “Os lugares-comuns estão de tal maneira entrelaçados com milagres e mitos que nunca podemos ter certeza dos fatos, e a coisa mais desnorteante é que [os escritos do discípulo] não parecem ter o menor interesse pela existência de Cristo como ser humano concreto [C. G. Jung, Resposta a Jó]. Esta crítica pode igualmente ser aplicada às Memórias, sonhos, reflexões e a seus numerosos imitadores”. Hoje se vê que as Memórias, sonhos, reflexões, tal qual os Evangelhos, são obras de muitas outras mãos, afora a de Jung, pondo em dúvida a pretensão de tratar-se mesmo de uma autobiografia. (Noll, 1996, p. 16)
Das muitas biografias de Jung, a mais semelhante às Memórias, sonhos, reflexões em seu bizarro e místico retrato do biografado é Marie-Louise von Franz, “C. G. Jung: his myth in our time” (Boston, Little, Brown, 1975; ed. orig. alemã: 1972). Em 1933, aos dezoito anos, Marie-Louise von Franz (1915-1998) conheceu Jung, vindo a se tornar uma de suas discipulas mais chegadas. Ela nunca se casou: depois que Jung construiu sua torre em Bollingen, na Suíça, Marie-Louise comprou um terreno nas cercanias e também construiu uma torre, perto da casa de sua companheira Barbara Hannah - também chegada a Jung e autora da melhor (em termos de informações históricas novas) dessas obras de discipulado, “C. G. Jung: his life and work, a biofraphical memoir” (New York, Putnam’s, 1976). Um retrato de Jung como herói intelectual foi escrito por seu amigo e discípulo Laurens van der Post: “Jung and the story of our time” (New York, Random House, 1977). Uma nova geração de biógrafos, para os quais Jung é também um spiritus rector, continuou a tradição de idealizá-lo. Ver, por exemplo, Gerhard Wehr, “Jung: a biography” (Boston, Shambhala, 1987). (Noll, 1996, p. 331)
Sou grato a Sonu Shamdasani, o estudioso de Jung que me alertou para o fato de que as Memórias, sonhos, reflexões foram elaboradas por Aniela Jaffé, pela família Jung e pelos editores da Pantheon que publicaram a versão em inglês. No entanto, o mérito da pesquisa original cabe a Alan Elms, como indicado no capítulo “The aunti-fication of C, G. Jung” de seu livro “Uncovering lives: the uneasy alliance of biography and psychology” (New York, Oxford University Press, 1974). Um texto datilografado e copidescado, com marcações editoriais e material ausente das versões publicadas, pode ser encontrado na coleção de livros raros da Countway Library of Medicine, na Harvard School of Medicine, em Boston. Um material sobre Toni Wolff (aparentemente, um dos poucos que Jung escreveu de próprio punho) foi removido pela família Jung logo no início do processo editorial, e não está na Countway, segundo dizem, esse material segue o espírito das Memórias, sonhos, reflexões e contém registros de sonhos, sincronicidades etc., mutuamente significativos para Jung e Toni, que tiveram uma relação íntima por cerca de 40 anos. (Noll, 1996, p. 331)
4:00 Ta explicado o pq das pessoas racionais sao menos emocionadas e as pessoas emocionadas sao tao irracionais
Eu sou:
67% introvertido (I)
60% Intuitivo (N)
58% Pensante (T)
58% Explorador (P)
51% Cauteloso (-T)
INTP-T
Então se fosse pela teoria do tipo psicologico, eu seria intuitivo introvertido (pois é o dominante)?
Sim, ambos somos.
Leia sobre transtorno de personalidade esquizoide e perceba o quão somos próximos disso.
também sou introvertido dominante, só que sensitivo! istp.
O meu deu pensamento introvertido, sentimento introvertido, sensação nenhum e intuição os dois 🤨
Amo a tipologia junguiana, mas não gosto nem um pouco do mbti
Simplesmente não caibo em um tipo só.
Sou INTP-T
86% introvertido
Muito obrigado!
Podemos no dia a dia usar as 4 funçoes de maneira equilibrada?
Arquiteto INTJ-A ... Certinho .
Eu sou claramente do tipo Sentimental Introvertido rs
Um tipo interessante! Eu sou Intuitivo Introvertido!
Os estóicos vendo alguns desses aspectos: 🧐
Legallll
Sensacional!
Obrigado!
Eu fiz o teste duas vezes, em uma deu INFP e na outra ISFP.
Fernanda, você possivelmente tem características dos dois perfis. Mas já aconteceu comigo, estudei muito testes de personalidade, mas não senti segurança em nenhum para usar em consultas. Mas é uma curiosidade divertida haha
Fiz duas tbm, a segunda vez fiz com mais de um mês da primeira, e ambas deram INFJ, com o mesmo percentual nos tipos de personalidade, ent acho que NN tem pra onde correr kkkk
Não tem como ser pensamento introvertido e sentimento introvertido ao mesmo tempo? 🤔
Isolamento ou isolação?
Tem algum teste que eu possa fazer pra saber?
O meu é arquiteto. Alguém mais?
Meu teste deu Apoiador
INFJ-A / INFJ-T
Meu teste deu como lógico INTP-T
Meu resultado foi de Mediador INFP-T. 😕
Ah cara, não existe resultado ruim! Pessoalmente, acho o mediador muito interessante!
Isso ta muito confuso de intender kkk
👀🇧🇷
No site 16 persolidades está descrito que há tipos personalidade 'raras' porém me deparo o tempo todo com essas 'figurinhas raras' pela Internet. Propaganda enganosa daquele site. 😂
Hahhahahaha, esse é o problema de tentarmos nos definir demais e ficarmos "presos" ao estigma de um tipo apenas.
O meu teste deu Advogado INFJ-A
Que teoria patética de coach empresarial corporativo.
No neurociencia o lobos frontais mais ativo introvertido e memória e raciocínio , os extroversão atividade do lobos temporais Sansaçao ,
Teste de API do Facebook por inteligência artificial idade e sexo e tipos de personalidade INTP, eu me identifico sim nem tanto alto ou baixo ,
Não recomendação mesmo e científico realizar por usa dado de comportamento pode te revelar
A Gnose de Jung
Sendo Jung um dos grandes personagens do gnosticismo moderno vertido da História, não podemos nos furtar à decisão de transcrever e/ou de comentar algumas passagens da obra de Stephan A. Hoeller, denominada A Gnose de Jung.
“Para podermos entender melhor a obra de Jung necessitamos visualizar o cenário existente na Europa no século passado. Emergindo da obscura alienação da consciência que caracterizou o século XIX, a redescoberta do mistério do inconsciente, dentro da mente humana, tornou-se muito semelhante à influência bíblica que fez surgir todo um mundo novo do espírito diante dos olhos de gerações passadas. O filósofo alemão Martin Heidegger expressou uma grande verdade ao considerar o século XIX como o mais negro de todos os da era moderna. No entanto, foi precisamente nesse período de maior obscurecimento da luz do espírito que nasceram os dois gigantes pioneiros do inconsciente: Sigmund Freud e Carl Gustav Jung, em 1856 e 1875, respectivamente.
Freud foi um grande descobridor, destinado a desmascarar mutas coisas. Tanto os psicólogos como o público ainda hoje custam a perceber a dívida de gratidão que têm para com ele. Como era um homem da antiga e estritamente materialista escola de ciência, que só trocou o laboratório de biologia pela arte da cura, por exigências práticas, Freud só poderia utilizar os padrões e pensamento do seu tempo. Por trágica e irônica idiossincrasia do destino, o homem, cujas descobertas abalaram os alicerces do racionalismo científico, permaneceu, ele próprio, preso ao dogma reducionista e racionalista, que preservou e defendeu com convicção desesperada. Freud, como Moisés, não pôde entrar na terra prometida, a qual conduziu outros, e a tarefa da conquista final recaiu então sobre um homem mais jovem, - m novo Josué da mente, cujo nome era Carl Gustav Jung.
Quem era Jung e como ele realizou a suprema missão do pioneirismo psíquico? Quais eram as fontes da sua intuição profética sobre os mais secretos recessos da alma humana? De onde provinha a sua sabedoria?
Por toda a longa vida de Jung, as pessoas se intrigaram com as implicações curiosamente magicas e esotéricas do seu trabalho. Tratava-se de um fenômeno até então inédito no mundo da intelectualidade, desde o Iluminismo. Símbolos e imagens de venerável e obscuro poder foram ressuscitados da poeira de suas tumbas milenares. Hereges e alquimistas, místicos e magos, sábios taoístas e lamas tibetanos emprestaram os tesouros de suas buscas arcanas à bruxaria do moderno Hermes suíço. Findas estavam as preocupações personalísticas e mundanas da psicanálise anterior, com seus traumas de infância e fantasias imaturas, e os deuses e heróis do passado não era mais considerados máscaras glorificadas de terrores e de luxúrias infantis. Como Vênus, que emergiu da espuma do mar, ou Atena, que nasceu da fronte de Zeus, os arquétipos surgiram da prima matéria do inconsciente coletivo. Os Deuses, mais uma vez, caminhavam com os homens. Acima dessas águas primordiais de criatividade da psique movia-se o espírito de um homem, o gênio de Jung. Bem poderia o intelectual surpreender-se e o sábio ficar atônito, pois uma nova era da mente havia chegado. Para os que estavam familiarizados com as disciplinas arcanas e as teorias da tradição da realidade alternativa, chamada algumas vezes de filosofia perene, ou Teosofia, tornou-se logo claro que existiam certos paralelos entre os ensinamentos de Jung e o que eles há muito conheciam como a senda da iniciação. De acordo com o renomado poeta esotérico e diplomata chileno Miguel Serrano, em seu pequeno e original trabalho C. G. Jung and Hermann Hesse, era como se houvesse uma segunda linguagem subjacente à primeira, em todas as obras de Jung. O analista tornou-se um hierofante dos mistérios, enquanto o paciente transformou-se no neófito ou discípulo. A doença revelou-se uma condição dividida ou incompleta, e a saúde, um estado de integridade espiritual. A psicologia analítica começou a aparecer como um diálogo entre o indivíduo e o universo, sem destruir a personalidade ou o ego, segundo a orientação de algumas teorias hindus e budistas.
As fontes do trabalho de Jung continuaram a ser objeto de conjectura por muitas décadas. Durante sua vida, Jung velou as origens de suas descobertas sob um manto de precaução que frequentemente se aproximava do segredo hermético. Ele afirmou, repetidas vezes, que tudo o que escreveu baseava-se em experiência empírica, indicando que, não obstante grande parte de sua obra parecesse esotérica e mística, ela sempre se apoiava em experiências no campo psicológico. A maioria das pessoas entendeu que isso significava que Jung tratava muitos pacientes e que também tinha acesso à pesquisa prática de muitos de seus colegas mais jovens, seus livros sendo, sem dúvida, o resultado de dados coletados dessas fontes. Havia, é claro, rumores quanto a ser ele um cientista realmente muito pouco convencional, que se associava a astrólogos e religiosos. Dizia-se ainda que ele próprio tinha experiências estranhas e ocultas, via fantasmas e consultava oráculos.
Foi somente após a morte de Jung, em 1961, e em especial após a publicação de seus notáveis fragmentos autobiográficos, intitulado Memórias, Sonhos, reflexões, Editora Nova Fronteira, que uma contínua corrente de revelações cada vez mais arrojadas começou a verter das penas de seus discípulos e de divulgações póstumas de notas e cartas do próprio Jung. Essa multiplicidade de revelações mostrou que, entre 1912 e 1917, Jung passou por um intenso período de experiências que envolveram um enorme afluir, em sua consciência e a partir de seu interior, de forças que ele chamou de arquetípicas, mas que, em épocas precedentes, teriam sido julgadas como divinas ou demoníacas. Jung confidenciou a respeito dessas experiências a vários de seus colegas mas, indubitavelmente, experimentou muito mais do que o que revelou e, de fato, mais do que algum dia se revelará. O grande pesquisador costumava chamar essas experiências, ou melhor, esse ciclo de experiências, como sendo o seu Nekyia, utilizando o termo com que Homero descreveu a descida de Ulisses ao Hades. Comenta-se que nesse período Jung se afastou da maioria das atividades externas, com exceção de uma pequena parte de sua prática psiquiátrica. Diz-se até mesmo que durante essa fase não leu nenhum livro, seguramente um grande evento na vida de um estudioso tão avido de todas as formas de literatura. Apesar de não ter lido, escreveu. Sua produção nessa época constituiu no registro de suas estranhas experiências interiores, num total de 1.330 páginas manuscritas, ilustradas de próprio punho. Sua escrita então mudou para a usada no século XIV; as pinturas foram feitas com pigmentos que ele mesmo fabricava, segundo o estalo dos artistas de eras passadas. Algumas das mais belas pinturas e manuscritos foram encadernados em couro vermelho e guardados num lugar de honra entre os seus pertences, razão do nome com que ficaram conhecidos: Red Book.
Disponível em: Em vdocuments.mx/download/a-gnose-de-jung