Por que a pulsão é sexual? (Parte 3)
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- เผยแพร่เมื่อ 10 ก.พ. 2025
- O que é o o sexual para psicanálise? Por que Freud insiste no caráter sexual da pulsão? Meu convite à conversa nessa série de vídeos tenta avançar algumas respostas a essas questões. Comentários, questões, críticas são sempre bem-vindos!
6) A lógica do a posteriori é imperativa no campo sexual. O traumático está intimamente ligado ao sexual. A sexualidade infantil só é significada a posteriori.
7) O sexual ainda misturado ao sexo e ao gênero mostra sua importância quando produz parte fundamental da identidade do humano.
8) O sexual é o resíduo inconsciente do recalque/simbolização do gênero pelo sexo: é esta a proposição de Laplanche. O genital, a diferença anatômica, é uma via facilitada na cultura para traduzir o sexual reduzindo-o ao genital que produz a derivação para o gênero.
9) A sexualidade é alvo de controle moral / político mais que qualquer outro conjunto de comportamentos humanos. Controle mais radical, mais mortífero que é visto, via derivação metafórica, como o controle interno que o sujeito faz com seus próprios desejos.
Imagens e edição: Pedro Ogando e Iara Letícia.
www.fabiobelo.com.br
/ fabiorrbelo
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Muito importante para o meu desenvolvimento e prática profissional. Parabéns professor Fábio. 🙏
Professor, que graça poder conhecer o seu trabalho! Muito obrigada por compartilhar
Adorei o tema Fábio, tirei muitas dúvidas que eu tinha. Sobre a plasticidade da energia "Sexual", achei bem interessante, pois a séculos a igreja, o estado e a medicina tentam controlar essa energia através do controle dos corpos e das repressões, e o que vemos é uma plasticidade dessa sexualidade em se adaptar a cultura e ao meio em que está inserida. Sempre me pergunto o porquê que incomoda tanto o que o outro faz na cama dele ou em sua vida sexual. Apesar de Freud nos trazer essa discussão desde 1900, percebo que o discurso sobre a sexualidade continua permeado de tabus e preconceitos.
A Igreja é um problemão quando o assunto é sexo. Digo isso porque tenho problemas sexuais (no sentido erótico e no sentido psicanalítico da palavra) gigantescos e a Igreja só ajudou a piorar. Vá a Igreja, mas cuidado quando o assunto for sexo e/ou sexualidade.
Que maravilha de video aula! Aqui se manifesta a liberdade de conhecimento compartilhado... qnt generosidade... viva o seculo 21 ! o youtube !!! onde revolução se faz assistida e não televisionada
Que bom que te ajudou! Fico feliz. Obrigado pela companhia!
Parabéns professor! Sua explicação é primorosa!!
Muito obrigado, Sandra!
Mestre, acima de todas as expectativas! Fantástica aula.
Ótima aula muito elucidativa parabéns
Muito obrigada Fábio Belo, gostei muito de sua aula! Grande abraço.
Agradeço, Elange! Abraços!
Obrigado...uma aula bem explicada..uma linguagem fácil e entender..
Um abraço
Que bom que gostou, Airton! Obrigado pela companhia!
Fabio, acompanhei os três vídeos. O argumento de sexual como força original e de alguma forma "determinante" da organização da sensação derivada das experiências parece ser a mais forte. Contudo, há um conceito que penso, ganha pouco relevância nessa narrativa e noutras: a fantasia como organizadora da psique. A fantasia como trajetória de organização diferente da natural. Ou seja, o humano organiza-se pela fantasia. Nesses dias li um texto de Benjamin Moser no prefácio de um livro de contos de Clarice Linspector. Ele discorreu a partir do conceito "glamour". No texto, reconhece o termo semelhante ao descrito abaixo: "Glamour é uma palavra de origem escocesa, pois nos tempos medievais, somente poucos clérigos sabiam ler e escrever e tinham conhecimento de gramática, e para todos os outros, a gramática era associada a práticas ocultas e misteriosas. Naquela época, a palavra “Grammar”, em inglês, significava "encantamento" ou "feitiço", e em escocês, a palavra era escrita com a letra L, em vez de R, o que acabou tornando-se o termo glamour conhecido atualmente."
A linguagem gramatical poderia assumir o papel da fantasia primária, ganhando contornos de organização psíquica, mas ainda enquanto fantasia. É daqui em diante que penso que seria possível continuar uma reflexão sobre o tonel de Laplance.
Obrigada..Obrigada apesar do tempo desse vídeo, está me ajudando a ler esse livro do Laplanche ( textos que vc indicou no grupo de estudos) ufa...que texto difícil. Mas com sua ajuda, acho que consigo entender melhor. Ufa....
Ah, que bom que ajudou, Renata! Obrigado por assistir!
Sendo assim, seria interessante uma analise de pessoas outliners, tipo autista, eremita, assexuado, aquele criado na infancia sem contato humano etc. De qualquer forma, muito esclarecedor.
Sem dúvida... pesquisas com essas pessoas poderiam nos ensinar sobre as condições de possibilidade para a subjetivação humana, não?
Parabéns pelo conhecimento e capacidade de abordá-lo nós 3 vídeos.
Que bom que gostou, Solange! Obrigado!
Meus aplausos!!!
Obrigado!
Dr.O relacionamento conjugal que não estão caminhando para uma separaçao,poderia afirmar que existe um deslocamento pulsional da sexualidade?Preciso entender perante um fato.Pode me ajudar:::??
Bom dia Fábio
Poderia falar sobre pulsão de morte x sublimação?
Obrigada
Ótima sugestão, Solange! Já coloquei na lista dos vídeos futuros. Obrigado!
@@fabiobelo Ótimo!!
Já no aguardo, obrigada!!
Professor, acaso facilitaria chamar a sexualidade infantil - com suas características conceituais próprias - de afetividade / energia afetiva. De modo à manter o aspecto de vindo do Outro, contudo ainda prévio à organização genital? Quais seriam as implicações duma opção semântica destas?!? Obrigado.
André Barradas é uma questão boa! Acho que vale a pena sempre insistir no sexual pelas razões que apresentei: é uma metáfora importante para lembrar a falência do instinto e ao mesmo tempo a força incoercível da pulsão... de qq forma, acho que insistir nessa dimensão do afeto, da alteridade, é sempre fundamental para não corrermos o risco de genitalizarmos o sexual.
Estou estruturando o TCC da pós na na evolução do Conceito de Pulsão e as suas nuances conforme os dualismo na obra freudiana. E percebo o quanto é difícil falar sobre a sexualidade infantil tanto para pessoas já habituadas com os conceitos psicanalíticos quanto - e particularmente - para aqueles que não são da área. Por isto minha indagação... Penso ser didático hora o deslocamento, hora uma condensação nestes termos.
@@andrebarradas5650 é uma boa... é muito possível manter o caráter "demoníaco" da pulsão explicitando as outras características dela... Laplanche, no entanto, não abre mão do "sexual"... por enquanto, estou com ele nessa!
Então um abuso sexual na infância só vai ser considerado abuso pelo abusado posteriormente? E mais tarde ele passa a conceber os problemas e prejuízos sofridos na infância? Como eliminar ou reduzir esse ruido na vida posterior?
Sim, infelizmente, Rogerio... até porque para a criança essas linguagens (do adulto e do infantil) se confundem muito ainda... não tem uma percepção clara quanto a isso... para reduzir e simbolizar o traumático, só conheço a psicoterapia mesmo... em especial, a psicanálise... talvez possa haver outra solução, mas não conheço...
Acho q a cultura judaica cristã imprime forte recalque no sexual sim, mas TB na agressividade. Tanto o q temos de pulsão de vida, mas TB de morte não acha?
Sejamos etiológicos, o que movimenta realmente as pulsões e a energia sexual do ser humano?
A meta pulsão? ou trans pulsionalidade?
Olá Fábio! Muito obrigada pelo vídeo!
Eu gostaria de te fazer umas perguntas que estão me devorando por dentro aqui. Pensando na sexualidade adulta focada no genital, a qual se afasta do caracter demoníaco da sexualidade infantil, seria correto associar a hipersexualidade ao arquétipo da ninfa (ninfomania)?
Ao assistir seu vídeo, percebi que a associação é completamente equivocada, já que a hipersexualidade voltado aos prazeres genitais na realidade é contrária a personificação desse corpo de prazeres múltiplos e polimorfos, que estaria próximo da imagem da ninfa, próximo da personificação de uma força sexual para além do genital.
Para Freud então, o sexo compulsivo, seria uma forma de tentar organizar o carácter demoníaco da nossa sexualidade?
@@fabiobelo Muito obrigada pela resposta! Uma última pergunta. Se a hipersexualidade é uma forma de recalcamento desse carácter múltiplo da sexualidade infantil, qual é a sugestão de Freud para que acessamos essa plasticidade demoníaca da energia sexual para além do genital? Como fugir da obsessão genital para reencontrar a sexualidade polimorfica?