Sou estudante de Psicanálise e busco vídeos como um apoio a mais para os estudos. Sempre sinto falta de exemplos claros para a compreensão dos conceitos. Sua explicação sobre o conceito de pulsão é de longe a mais completa que já vi. O primeiro de muitos vídeos seus que irei assistir!!
Interessante perceber essa diferença de tradução entre pulsão e instinto. A inteligência dos animais está presa a determinantes biológicos, ao contrário de nós. No ser humano, tanto a inteligência quanto a sexualidade e a agressividade estão "desligadas" desses determinantes biológicos. No caso da sexualidade, estar livre desses determinantes tem algumas consequências importantes como não ser regida pela princípio de reprodução, poder se fixar em qualquer objeto e pode ser desviado de sua meta. Isso já deixa bem claro o que Freud tentava nos mostrar quando trouxe esse termo. É importante percebermos o controle não só da Igreja, mas do estado sobre os "corpos", esse controle político, que tenta nos moldar a determinada cultura e época. A liberação sexual que vem ocorrendo ao longo dos últimos anos é a prova viva de que não estamos presos a esses determinantes. Adorei a aula Fábio, gostaria de te pedir mais aulas...rsrsrsr
Simplesmente preciso e esclarecedor. Muito bom o vídeo, faço medicina mas já me atraio muito pela psiquiatria com um interesse pela psicanálise, acho balizar estudar ambas as áreas para uma formação com a menor presença de vício possível.
Fábio , estou assistindo esse vídeo só hoje, pois veio a contento no momento da minha formação em psicanálise. Sua exposição foi muito esclarecedora na utilização política do termo instinto, eu não tinha pensado nessa implicação , e isso pode ser facilmente deturpado e aliado a um discurso higienista de sexualidade e comportamentos . Muito obrigado por mais essa contribuição.
Aleluia!! Fábio, muito obrigada por compartilhar esse saber, sabendo ! Estive buscando esclarecimentos sobre a distinção desses conceitos há meses! Até encontrei artigos, leituras e alguns poucos vídeos.... Mas nada que minha cabeça gritasse "Eureca"! Rs Eu estava com peças dispersas de um quebra cabeça sem referência alguma de como começar a montar.
Fabio, obrigada por compartilhar teus conhecimentos. Seria interessante fazer um video falando um pouco mais das questões envolvendo o conceito de pulsão parcial e consequentemente qual a influencia do Narcisismo para as pulsões. Se for possível fico agradecida.
Acho fantástico dar essa atenção ao termo usado na língua de origem! É muito forte ver que outra palavra derivada do verbo 'treiben' é 'Treibstoff', sendo 'Stoff' material, como o 'stuff' do inglês, que significa combustível, mostrando como essa ligação com motor e movimento está muito presente. Além disso, é comum em um contexto mais informal a pergunta "was treibst du?", fazendo uso do verbo 'treiben' para perguntar o que o outro está fazendo, realmente "movendo" em sua vida. Desse jeito, a gente percebe a sutileza e a necessidade de diferenciar 'Trieb' e 'Instinkt'. Muito bom, Fábio! Obrigado!
Parabéns Fábio, você traduz conhecimentos intrincados de forma clara, precisa, concisa e torna-os palatáveis. Hauri informações relevantes em minha pesquisa em psicanálise.
Também sou estudante de Psicanálise. Quanto a um estudo América com 100 mil mulheres que detectou que as mulheres mais frustradas consigo mesmo são aquelas que negaram seus instintos, tipo: ter filho ou família ou grande amor.
Muito bom, Fabio! Sugiro que você coloque o nome dos textos indicados na descrição do vídeo pq assim fica mais fácil pra gente! Obrigada por compartilhar tamanho conhecimento 😚
Muito bom. Minha única crítica é que são todos artigos e pontos de vista que convergem para uma mesma ideia, seria interessante também colocar algo mais bem embasado de uma antítese possível, do que se refere à continuação da ideia do instinct por exemplo
Ótima sugestão, Ricardo... acho que ficaria didático tb mostrar como o instinto existe no campo animal... isso deixa bem evidente como saímos desse campo... obrigado!
Fábio q tal um vídeo sobre seu livro "Os ciúmes dos homens" ?? Assisti a uma entrevista sua no programa Opinião Minas em 2015 e fiquei super interessada. Inclusive já estou comprando o E-book.
Fábio, eu só sou uma idosa, curiosa, e completamente "leiga". Oque me traz a assuntos, como os tratados no seu vídeo é minha busca a respostas. Me corrija se eu estiver errada, por favor! A tão terrível "COMPULSÃO ALIMENTAR". Eu cheguei a simplória conclusão de que não é através de uma reeducação alimentar que se vai chegar ao êxito. Explico êxito: Chegar ao peso ideal, onde a saúde, física e mental, esteja sendo o único objetivo. Essa tão desejada "cura" é uma utopia?! Ficou na minha compreensão a necessidade de se ressignificar o ato de "comer". Junto a esse ato pode estar ligado como uma colcha de retalhos, muitos aprendizados mesmo desde intra uterino? Se eu estiver certa. Por onde começar? Qual a linha de tratamento. A pessoa em questão já fez tratamento com psicóloga, fez regimes, já conseguiu emagrecer diversas vezes, mas volta a engordar. Sei que ela está triste com sua aparência. Eu me preocupo com a saúde dela como um todo. Mas sei que é ela que precisa querer resolver as questões... 🤔 Como eu, sendo mãe, posso ajudar a minha filha?
Obrigado por compartilhar, Sonia. Infelizmente, não há um caminho universal aqui. A relação com a comida é, de fato, muito pessoal e se liga à história de cada um. O ideal é que ela continue em análise, investigue longamente o que a comida significa pra ela... mas não apenas isso... pq nunca é apenas isso....
Você pode fazer um video sobre Laplanche e Politzer? Na "Critica aos fundamentos da Psicologia" de 29, o Politzer faz uma critica parecida com essa de Derrida.
Professor, aqui refletindo sobre a questão da alimentação e fazendo uma ligação com os desejos de uma grávida. Como você vê isso, os desejos alimentícios de uma gestante? De onde vem esse desejo? Seria uma pulsão? 😊grata
Acabei de ler um texto que define instinto como pulsão de forma bem simplista e reducionista, acredito que bem incorporado à essa força política que vc coloca. Você explicou maravilhosamente bem, mas não sei se concluí corretamente: enquanto os animais irracionais tem o instinto, o ser humano tem a pulsão, que respeita as singularidades e não padroniza como se espera do instinto?
É exatamente como vc coloca, Gi. A pulsão impõe a singularidade... o instinto determina que todos os membros de uma espécie façam o mesmo diante de um mesmo estímulo...
@@fabiobelo Excelente! Fiquei meio cautelosa em concluir se o ser humano não tinha instinto ou se ele coexistia com a pulsão. Obrigada pela existência desse canal! Tem me ajudado muito. Vc é show! 😉
@@justgi2676 Não temos instinto... as engrenagens biológicas existem, claro! Mas elas parecem muito colonizadas pelo pulsional... até comportamentos muito regulados pelo biológico como respirar ou dormir parecem não resistir ao jogo dos afetos...
Gostei desse conceito ''metafísica onto/teológica, considerando que a ontologia estuda o ser enquanto ser: seu pensamento, sua angústia e necessidade. A parte teológica - onde ''Teo'' significa Deus, dá um sentido mais completo, mais preenchido para a ontologia, que parecia ser um tanto quanto vazia sem isso. A metafísica fundamentalista, para mim, não tem nada a ver com algo superior, sublime e belo. A metafísica fundamentalista exclui e segrega, e diz ser desumano aquilo que é, também, parte da vasta natureza humana.
Boa noite!! alguém poderia colaborar com a pergunta abaixo? Em que medida o controle das pulsões - impulsos, instintos, emoções, desejos - acha-se implicado nos processos educativos, que, em última instância, devem articular e conduzir o desenvolvimento das formas da razão?
Perfeito Fabio. Essa diferença de instinto e pulsão deve ser sempre explicitada para que seja entendido que muito além do caráter de incoerência de tradução , o conceito de Freud de pulsão aparece para desconstruir mecanismos de opressão e dominação largamente usados no sistema que vigora. Por favor, onde poderia achar esse texto especifico de Freud , As Pulsões e seus destinos. Ele esta dentro de algum volume das obras completas? Achei um volume nas obras incompletas da editora autentica, uma edição bilíngue. Seria só essa que teríamos disponível traduzido para português? Obrigada pela partilha do seu conhecimento.
Sim, claro. A fome pura e simples se contentaria com qualquer coisa. A desejo de comer, ao contrário, está profundamente marcado pelo simbólico. Não comemos qualquer coisa... e podemos, inclusive, comer coisa alguma... Morrer de fome por uma causa política ou religiosa, por exemplo, jamais será encontrado no campo da animalidade...
@@fabiobelo se puder, faça um vídeo diferença do desejo de libido. Por mais que eu leia e veja vídeos... Sempre falam de energia que impulsiona... Os dois são inconscientes... A única diferença que vi parece que a libido se concentra em determinada parte do corpo e o desejo não, mas não parece suficiente para diferencia Las... O desejo seria uma repetição, mas a libido TB parece ser... Apesar da libido ter a fixação
@@Anonimous_BR não vejo diferença significativa entre esses termos: pulsão, energia, libido, desejo... São praticamente sinônimos em Freud... A ideia mais geral é que quanto mais "ligada" a energia for, mais predicativos ela vai ter... essa é uma ideia bem geral em Freud... então: energia, pulsão, seriam os nomes mais "desligados" e libido, afeto e desejo os nomes que designam a energia psíquica mais ligada...
Muito bom! Parece que há duas hipóteses sobre o conceito de pulsão, quais sejam: A primeira seria essa apontada no vídeo, uma construção teórica, a segunda é que seria a pulsão um resquício do instinto animal presente no animal homem?
Não há essa segunda hipótese para Laplanche, na minha leitura... em Freud encontramos sim alguns elementos deste tipo... mas recomendo a leitura de Laplanche aqui.
A minha ideia de instinto tem base em algo que pode ser alterado, não levando em consideração rede de crenças e afetos, mais algo em que eu busco insesantemente desde uns 7 minutos atrais. Concordo na idéia de pulsão onde talvez acabe criando uma certa influência sobre as massas... Tenho uma pergunta! Será que o instinto pode ser "implantado" em um indivíduo?
Sou apenas um curioso no assunto.... Se eu entendi alguma coisa a pulsão nos coloca mais próximos do animal do que o próprio instinto já que com a pulsão podemos assumir "formas" muito mais diversas e inesperadas. As religiões, mitologias e seja lá de onde mais apareçam normas morais e sociais....a psicanálise também se sujeita a elas de alguma forma. Um psicanalista pode permitir uma expressão sexual (sexual no senti mais amplo da palavra) mais diferentona e alternativa, mas ainda dentro de algum parâmetro socialmente viável. Por mais livres que nos façamos em conceitos, estaremos sempre "amarrados" em algum arranjo social viável. Daí que psicoterapia ou a psicanálise são processo difíceis, é um misto entre sua essência, seus desejos e a correspondência de funcionar na sociedade. Você gostar de andar pelado, mas não pode. Você gosta de comer a mulher do vizinho, mas não dá..... (Psicoterapia e psicanálise ambas tem a proposta de tornar o indivíduo funcional, por mais diferenças que tenham. Faço psicoterapia e não sei se optasse por fazer psicanálise chegaria a lugares tão diferentes assim...a proposta é ser funcional, se fosse dar asas aos desejos já estava resolvido porque eu sabia pra onde queria ir, era só dar um empurrãozinho.)
E um bebê, que assim que nasce procura o peito da mãe para se alimentar, se for colocado na água ele nada e mergulha trancando a respiração, que acabou de aprender. Entre muitas coisas que ele já nasce sabendo. Isso não seria um instinto?
Olá, Claudenir! É o que digo no vídeo: é impróprio dizer que é instinto um comportamento que vai se perder depois. Um dos pontos-chave na definição de instinto é justamente sua inflexibilidade ao longo da história do indivíduo, sua universalidade na espécie. Ora, o que vc cita é, de fato, universal e independe do indivíduo, portanto, está sim no campo do biológico, do instintivo, mas de forma alguma isso se mantém: a fobia da água ou a incapacidade radical de nadar, além dos muitos distúrbios alimentares demonstram isso. Nada desses "arranjos biológicos", quase instintivos, se mantêm no humano... tudo é colonizado pelo pulsional. Abraços!
Ai vem a epigenética e desconstroi toda esta teoria ! Gemeos monozigoticos criados separados tem alguns comportamentos semelhantes . Comportamento herdado geneticamente , necessário pesquisar.
Desmontar tudo é meio exagerado... rs... mas ajuda sim no debate... O diálogo com a biologia deve ser mantido... a psicanálise é uma ciência e deve estar aberta às novas descobertas e refazer suas hipóteses se for o caso...
@@danielmorozoffgames A sociologia criou a teoria que somos produto do meio em que vivemos. Ou seja somos influenciados. Assim o homem nunca responsabilizado pelos seus atos, sempre será vítima da sociedade . O que eu tenho a dizer é que , o homem é influenciado o segundo sua índole. O comportamento herdado geneticamente .
@@fabiobelo Como o João de barro constrói suas casas , o cão labrador gosta de água , o filhote de gato repudia o cão . Estes comportamentos são chamados superficialmente de instinto . Na verdade são comportamentos herdados geneticamente diz a Epigenética. Somos muito menos influenciados que imaginávamos . Buscamos companhia e influência de quem antes nos identificamos . Matematicamente o homem não e produto , e sim o multiplicando .
Por que disputar a significação da palavra "sexual" em vez de usar outro termo que englobe o sentido ampliado que essa palavra tem para a psicanálise, e não disputar a significação da palavra "instinto" em vez de usar o termo pulsão para englobar o sentido ampliado que essa palavra tem?
Acho que instinto tá preso demais a essa concepção de uma subjetividade prévia... já o sexual ainda vale a pena porque é uma metáfora importante pro próprio funcionamento do pulsional.
@@fabiobelo Outras palavras também são disputadas em sua significação com muita força por Freud, como a palavra perversão enquanto característica da sexualidade humana. Perversão naquela época e ainda hoje na maior parte do tempo esteve e está se referindo ao pecado, ao anormal, remete novamente a questão da subjetividade prévia e ao desvio do natural etc. Não é essencial ao meu ver querer bater o pé para disputar a palavra instinto. Chamar de pulsão no ser humano aquilo que nos demais animais chamamos de instinto tem essa questão política de afirmar essa característica de uma subjetividade variante no tempo histórico e no espaço, mas me incomoda que tenho ouvido essa palavra como uma forma de endeusamento do humano por muita gente, como que com isso o retirasse do reino animal.
@@jadielsilva1339 Ah, vc tem razão! Sem dúvida temos que tomar cuidado com essa idealização do humano... nossa animalidade está aí, apesar e atravessada pelo pulsional...
@@fabiobelo Eu tenho sido mais atraído a pensar no pulsional como a nossa condição animal mesmo, de exagerada imaturidade e plasticidade daquilo que em outros animais chamamos de instinto. Não estou conseguindo entender que existiria o instinto e a pulsão no homo sapiens como duas coisas separadas, o que com certeza tem a ver com minha condição de engatinhar nos estudos da psicanálise ainda. Preciso estudar isso.
@@jadielsilva1339 é só pensar no excesso para notar a diferença... do lado do humano, Auschwitz e Bach (o horror absoluto, a beleza incomensurável)... do lado do animal, a repetição do mesmo, sem os excessos, nem de um lado, nem do outro...
Oi Fábio acho você bastante sereno em suas explicações. Sobre a divisão instinto x biológico, pulsão x humano e desvio de meta. Na questão da sexualidade a masturbação seria um desvio por não objetivar a reprodução propriamente dita. O prazer oral dentre tantos também. Pergunto: dentre os primatas já vi vídeos e em zoológico a prática da masturbação, seria um desvio de meta? O indício de uma mudança?
Me vem outra indagação. Na experiência em Pavlov aonde o cão responde com saliva a um estímulo neutro, que não é o alimento, comportamento condicionado. O cão escuta um som e saliva. Houve uma mudança de objeto, o alimento pelo som, mas a resposta foi a mesma. No caso dos desvios pulsionais "aprendidos" em detrimento aos instintuais determinados, não haveria algo neste sentido? Exemplo: um vibrador pode provocar um efeito até melhor do que na história foi ato sexual entre um "macho" e uma fêmea. Esse desvio pulsional cultural seria uma mera descarga de energia instintual "acumulada"? Entra aí a questão da compulsão. Apenas a descarga...
Eu também ficava com a pulga atrás da orelha ao comparar o funcionamento de alguns mamíferos com o humano e ver que essa questão dos "desvios" está presente em muitas espécies além da nossa. Ainda tenho dificuldade de entender a pulsão como modo estritamente humano, mas depois dessa pequena discussão, tendo atentado para a questão da singularidade definidora da pulsão humana, me ocorreu que essa multiplicidade de pulsões tem que ver com aquilo que nossa espécie possui e que outras não, que é a fala. A linguagem media a ação do ser humano no mundo e isso faz com que a experiência pessoal vá divergindo de indivíduo para indivíduo, mesmo participando das mesmas atividades.
Professor, na tradução em espanhol, da biblioteca Nueva (direto do alemão), parece que o termo pulsão não existe, apenas instinto, assim como apenas repressão (represion), e não recalque. Como interpretar estas palavras na obra em espanhol? Obrigado pelos vídeos!
Sim, é o mesmo problema de tradução que temos na Edição Standard aqui no Brasil... Trieb foi traduzido como instinto... daí, perdem-se os momentos nos quais Freud escreve mesmo "Instinkt"...
Fiquei um tanto quanto confuso pois estou começando a estudar Freud agora, tinha uma ideia de que ele defendia uma espécie de cura gay, e também que justificava a submissão das mulheres pela inveja do pênis. Se pudesse me esclarecer, pois há aqui uma contradição, isso se dá porque o próprio Freud se contradisse, ou esta leitura de Pulsão causa esta discordância? Desculpe se é uma pergunta tosca, mas seria de grande importância para mim, obrigado.
Fabio Belo Shoooow de bola, muito obrigado. Realmente foi essa ideia que fiquei apos assistir seu vídeo, mas não batia com uma visão errônea que tinha de Freud. Estou muito feliz mesmo, como quem tem um insight, começo a ver Freud com outros olhos.
Mais uma pergunta, o Complexo de Édipo não se contradiz com o conceito de Pulsão? Pelo fato de ser comum a todos não se torna um instinto? De novo pode ser, e é bem provável, que eu tenha alguma ideia errada.
Boa noite amigo, só a primeira parte : provavelmente você não é psicólogo e nem psiquiatra. Sua introdução não se refere ao conceito de pulsão Freudiano. Você inicia seu discurso falando de biologia, mas em Freud, a prevalência é do sujeito, e este é regulado pelo mental e estar associado ao desejo libidinal . Por que você entra em biologia?? Logo para falar de Freud? Não lhe entendi .
Olá, Marco. Sou psicólogo, mestre em psicologia, mas doutor em literatura brasileira... rs... A ideia é justamente criticar o "desvio biologizante" em Freud... recomendo a leitura de Jean Laplanche sobre o tema!
PRECISA DE AULA DE FONÉTICA Tem ainda cacuete fonético. Muito Há... há... Ae, é..., Aa, na pausa respiratória exagerada. Até são poucos, mas com muito uso. Isso é um defeito grave em qualquer orador. Ótimo conteúdo na matéria, no entanto. Parabéns.
Sou estudante de Psicanálise e busco vídeos como um apoio a mais para os estudos. Sempre sinto falta de exemplos claros para a compreensão dos conceitos. Sua explicação sobre o conceito de pulsão é de longe a mais completa que já vi. O primeiro de muitos vídeos seus que irei assistir!!
Puxa, que bom ler isso, Kamilla! Muito obrigado pela companhia. Espero que goste de outros vídeos aqui do canal tb!
Também sinto falta de exemplos claros nos conceitos Kamilla! Vdd ajuda muito!
@@larissadanielle Obrigado!
Tive a mesma impressão 👏🏾
Melhor explicação sobre as pulsões que já ouvi. Clara, objetiva e sucinta.
Interessante perceber essa diferença de tradução entre pulsão e instinto. A inteligência dos animais está presa a determinantes biológicos, ao contrário de nós. No ser humano, tanto a inteligência quanto a sexualidade e a agressividade estão "desligadas" desses determinantes biológicos. No caso da sexualidade, estar livre desses determinantes tem algumas consequências importantes como não ser regida pela princípio de reprodução, poder se fixar em qualquer objeto e pode ser desviado de sua meta. Isso já deixa bem claro o que Freud tentava nos mostrar quando trouxe esse termo. É importante percebermos o controle não só da Igreja, mas do estado sobre os "corpos", esse controle político, que tenta nos moldar a determinada cultura e época. A liberação sexual que vem ocorrendo ao longo dos últimos anos é a prova viva de que não estamos presos a esses determinantes. Adorei a aula Fábio, gostaria de te pedir mais aulas...rsrsrsr
Simplesmente preciso e esclarecedor. Muito bom o vídeo, faço medicina mas já me atraio muito pela psiquiatria com um interesse pela psicanálise, acho balizar estudar ambas as áreas para uma formação com a menor presença de vício possível.
Muito obrigado pela companhia! Que bom que os vídeos ajudam no seu percurso! É essa a ideia. Abraços!
Explicação maravilhosa, complexa e cheia de detalhes. Uma linha de raciocínio de alto nível.👏🏻👏🏻👏🏻
Obrigado!
Obrigada por compartilhar tanto conhecimento.
Fábio , estou assistindo esse vídeo só hoje, pois veio a contento no momento da minha formação em psicanálise. Sua exposição foi muito esclarecedora na utilização política do termo instinto, eu não tinha pensado nessa implicação , e isso pode ser facilmente deturpado e aliado a um discurso higienista de sexualidade e comportamentos . Muito obrigado por mais essa contribuição.
Que bom que gostou!! Obrigado!
Aleluia!! Fábio, muito obrigada por compartilhar esse saber, sabendo ! Estive buscando esclarecimentos sobre a distinção desses conceitos há meses! Até encontrei artigos, leituras e alguns poucos vídeos.... Mas nada que minha cabeça gritasse "Eureca"! Rs Eu estava com peças dispersas de um quebra cabeça sem referência alguma de como começar a montar.
rs... que bom que gostou, Aline! Fico feliz!
Fabio, obrigada por compartilhar teus conhecimentos. Seria interessante fazer um video falando um pouco mais das questões envolvendo o conceito de pulsão parcial e consequentemente qual a influencia do Narcisismo para as pulsões. Se for possível fico agradecida.
G
Acho fantástico dar essa atenção ao termo usado na língua de origem! É muito forte ver que outra palavra derivada do verbo 'treiben' é 'Treibstoff', sendo 'Stoff' material, como o 'stuff' do inglês, que significa combustível, mostrando como essa ligação com motor e movimento está muito presente. Além disso, é comum em um contexto mais informal a pergunta "was treibst du?", fazendo uso do verbo 'treiben' para perguntar o que o outro está fazendo, realmente "movendo" em sua vida. Desse jeito, a gente percebe a sutileza e a necessidade de diferenciar 'Trieb' e 'Instinkt'.
Muito bom, Fábio! Obrigado!
Excelentes observações, João! Obrigado!
Adorei a perspectiva e as indicações do vídeo. Muito obrigado.
Agradeço pela companhia!
Parabéns Fábio, você traduz conhecimentos intrincados de forma clara, precisa, concisa e torna-os palatáveis. Hauri informações relevantes em minha pesquisa em psicanálise.
Puxa, Carlos, muito obrigado pelo carinho. Fico feliz.
César Lima, faço minhas as tuas palavras.
Também sou estudante de Psicanálise. Quanto a um estudo América com 100 mil mulheres que detectou que as mulheres mais frustradas consigo mesmo são aquelas que negaram seus instintos, tipo: ter filho ou família ou grande amor.
Particularmente gostei mais da metade para final. Mto obrigada.
Suas explicações são maravilhosas. Excelente professor.
Muito obrigado, Rosemere!!
Muito obrigado por partilhar esse vídeo
Muito boa explicaçao. O jung coloca que existe uma pisiquificaçao dos instintos,acredito que va de encontro com esse conceito.
Não li Jung ainda com a calma q ele merece... mas imagino q ele se aproxime em alguns pontos sim de Freud quanto à noção de pulsão...
Maravilhoso ouvi suas palavras a respeito da formulação pulsional freudiana. Grata!!!!
@@fabiobelo ñ me lembro de um conceito que me mudou tanto como o da pulsão na faculdade. Viva a psicanálise!
Professor aula magnífica, obrigado por compartilhar.
Obrigado pela companhia, Julio!
Amo suas explicações ❤
Excelente explicação, obrigada!
Eu que agradeço!
Estou conhecendo hoje seu trabalho e adorando
Obrigado!!
Gostei ademais de sua explicação.
Obrigado!!
ajudou muito na leitura de Freud, agradeço
Que bom! Obrigado!
Gostei muito! Parabéns 🙌🏻
Que bom, Luciana! Obrigado!
Muito bom, Fabio! Sugiro que você coloque o nome dos textos indicados na descrição do vídeo pq assim fica mais fácil pra gente! Obrigada por compartilhar tamanho conhecimento 😚
Obrigado pela dica, Thaís!
Muito interessante essa questão. Pensar os efeitos políticos é fundamental
Que aula! Obrigado.
Eu que agradeço!!
Muito bom. Minha única crítica é que são todos artigos e pontos de vista que convergem para uma mesma ideia, seria interessante também colocar algo mais bem embasado de uma antítese possível, do que se refere à continuação da ideia do instinct por exemplo
Ótima sugestão, Ricardo... acho que ficaria didático tb mostrar como o instinto existe no campo animal... isso deixa bem evidente como saímos desse campo... obrigado!
Meu Deus! Eu me casaria com o Fábio Belo que é belo! Que delícia de vídeo!
Muito esclarecedor, obrigada 😊
Agradeço pela companhia!
Muito bom, Fábio. Parabéns! Gostei bastante da forma como o conteúdo foi abordado.
Que bom que gostou, Joyce! Obrigado por acompanhar!
Esclarecedor!
Obrigado!
Fábio q tal um vídeo sobre seu livro "Os ciúmes dos homens" ?? Assisti a uma entrevista sua no programa Opinião Minas em 2015 e fiquei super interessada. Inclusive já estou comprando o E-book.
Obrigado pelo vídeo.
Fábio, sou amante da Psicanálise.Seu vídeo e a forma como aborda,é muito cativante.
xuxexooo.;)
RJ
Que legal seu retorno! Obrigado!!
Fábio, eu só sou uma idosa, curiosa, e completamente "leiga".
Oque me traz a assuntos, como os tratados no seu vídeo é minha busca a respostas. Me corrija se eu estiver errada, por favor!
A tão terrível "COMPULSÃO ALIMENTAR".
Eu cheguei a simplória conclusão de que não é através de uma reeducação alimentar que se vai chegar ao êxito.
Explico êxito:
Chegar ao peso ideal, onde a saúde, física e mental, esteja sendo o único objetivo.
Essa tão desejada "cura" é uma utopia?!
Ficou na minha compreensão a necessidade de se ressignificar o ato de "comer". Junto a esse ato pode estar ligado como uma colcha de retalhos, muitos aprendizados mesmo desde intra uterino?
Se eu estiver certa.
Por onde começar?
Qual a linha de tratamento. A pessoa em questão já fez tratamento com psicóloga, fez regimes, já conseguiu emagrecer diversas vezes, mas volta a engordar. Sei que ela está triste com sua aparência. Eu me preocupo com a saúde dela como um todo. Mas sei que é ela que precisa querer resolver as questões... 🤔
Como eu, sendo mãe, posso ajudar a minha filha?
Obrigado por compartilhar, Sonia. Infelizmente, não há um caminho universal aqui. A relação com a comida é, de fato, muito pessoal e se liga à história de cada um. O ideal é que ela continue em análise, investigue longamente o que a comida significa pra ela... mas não apenas isso... pq nunca é apenas isso....
@@fabiobelo é, então eu compreendo teu recado. (do vídeo)
Obrigada pela atenção 😊
pulsão é o pulo do gato do instinto para o interior do campo da cultura?
exatamente!
Além de sábio é belo literalmente
Grata pelas dicas leituras
Você pode fazer um video sobre Laplanche e Politzer? Na "Critica aos fundamentos da Psicologia" de 29, o Politzer faz uma critica parecida com essa de Derrida.
Claro! Super importante esse tema... anotada a sugestão!
Professor, aqui refletindo sobre a questão da alimentação e fazendo uma ligação com os desejos de uma grávida. Como você vê isso, os desejos alimentícios de uma gestante? De onde vem esse desejo? Seria uma pulsão? 😊grata
Ótimo jeito de separar o joio do trigo. Adorei! ;-)
Obrigado, Tatiana! ;-)
Acabei de ler um texto que define instinto como pulsão de forma bem simplista e reducionista, acredito que bem incorporado à essa força política que vc coloca. Você explicou maravilhosamente bem, mas não sei se concluí corretamente: enquanto os animais irracionais tem o instinto, o ser humano tem a pulsão, que respeita as singularidades e não padroniza como se espera do instinto?
É exatamente como vc coloca, Gi. A pulsão impõe a singularidade... o instinto determina que todos os membros de uma espécie façam o mesmo diante de um mesmo estímulo...
@@fabiobelo Excelente! Fiquei meio cautelosa em concluir se o ser humano não tinha instinto ou se ele coexistia com a pulsão. Obrigada pela existência desse canal! Tem me ajudado muito. Vc é show! 😉
@@justgi2676 Não temos instinto... as engrenagens biológicas existem, claro! Mas elas parecem muito colonizadas pelo pulsional... até comportamentos muito regulados pelo biológico como respirar ou dormir parecem não resistir ao jogo dos afetos...
@@fabiobelo sim, guardei bem essa informação. Obrigada por ser sempre tão solícito!
Gostei desse conceito ''metafísica onto/teológica, considerando que a ontologia estuda o ser enquanto ser: seu pensamento, sua angústia e necessidade. A parte teológica - onde ''Teo'' significa Deus, dá um sentido mais completo, mais preenchido para a ontologia, que parecia ser um tanto quanto vazia sem isso. A metafísica fundamentalista, para mim, não tem nada a ver com algo superior, sublime e belo. A metafísica fundamentalista exclui e segrega, e diz ser desumano aquilo que é, também, parte da vasta natureza humana.
Muito bom. Obrigado, Karina!
Muito BOM...
Vídeo excelente, obrigado
Muito obrigado, Lucas!
Video muito bom.
Obrigado, Lucas!
🙌
Boa tarde Fábio! Quanto a preservação da espécie humana, o que diz a psicanálise?
Boa noite!! alguém poderia colaborar com a pergunta abaixo?
Em que medida o controle das pulsões - impulsos, instintos, emoções, desejos - acha-se implicado nos processos educativos, que, em última instância, devem articular e conduzir o desenvolvimento das formas da razão?
Olá, Fábio!!!
Todos os dias trabalho ouvindo seus podcasts. Uma pena ser tão curto! :)
Que alegria! Obrigado, Davi!!
Perfeito Fabio. Essa diferença de instinto e pulsão deve ser sempre explicitada para que seja entendido que muito além do caráter de incoerência de tradução , o conceito de Freud de pulsão aparece para desconstruir mecanismos de opressão e dominação largamente usados no sistema que vigora. Por favor, onde poderia achar esse texto especifico de Freud , As Pulsões e seus destinos. Ele esta dentro de algum volume das obras completas? Achei um volume nas obras incompletas da editora autentica, uma edição bilíngue. Seria só essa que teríamos disponível traduzido para português? Obrigada pela partilha do seu conhecimento.
Sim, este volume da Autêntica q vc cita é o mais indicado! Eu q agradeço pela companhia!
Sou professora universitária e agora voltei a universidade p fazer graduação em psicologia. Gostaria de trocar ideias
Olá, Heles! Bacana demais!
Podes aprofundar na relação Narcisismo e pulsões? Obrigada
As vezes se fala em fome como pulsão, as vezes como instinto. Poderia dar um exemplo diferenciando essas fomes?
Sim, claro. A fome pura e simples se contentaria com qualquer coisa. A desejo de comer, ao contrário, está profundamente marcado pelo simbólico. Não comemos qualquer coisa... e podemos, inclusive, comer coisa alguma... Morrer de fome por uma causa política ou religiosa, por exemplo, jamais será encontrado no campo da animalidade...
@@fabiobelo se puder, faça um vídeo diferença do desejo de libido. Por mais que eu leia e veja vídeos... Sempre falam de energia que impulsiona... Os dois são inconscientes... A única diferença que vi parece que a libido se concentra em determinada parte do corpo e o desejo não, mas não parece suficiente para diferencia Las... O desejo seria uma repetição, mas a libido TB parece ser... Apesar da libido ter a fixação
@@Anonimous_BR não vejo diferença significativa entre esses termos: pulsão, energia, libido, desejo... São praticamente sinônimos em Freud... A ideia mais geral é que quanto mais "ligada" a energia for, mais predicativos ela vai ter... essa é uma ideia bem geral em Freud... então: energia, pulsão, seriam os nomes mais "desligados" e libido, afeto e desejo os nomes que designam a energia psíquica mais ligada...
Muito bom
Agradeço, Patricia!
Muito bom! Parece que há duas hipóteses sobre o conceito de pulsão, quais sejam: A primeira seria essa apontada no vídeo, uma construção teórica, a segunda é que seria a pulsão um resquício do instinto animal presente no animal homem?
Não há essa segunda hipótese para Laplanche, na minha leitura... em Freud encontramos sim alguns elementos deste tipo... mas recomendo a leitura de Laplanche aqui.
A minha ideia de instinto tem base em algo que pode ser alterado, não levando em consideração rede de crenças e afetos, mais algo em que eu busco insesantemente desde uns 7 minutos atrais. Concordo na idéia de pulsão onde talvez acabe criando uma certa influência sobre as massas... Tenho uma pergunta!
Será que o instinto pode ser "implantado" em um indivíduo?
Não pode... é importante preservar o conceito... instinto é sempre inato, imutável, muito inflexível...
Muito bom!!!
Obrigado! :-)
Sou apenas um curioso no assunto....
Se eu entendi alguma coisa a pulsão nos coloca mais próximos do animal do que o próprio instinto já que com a pulsão podemos assumir "formas" muito mais diversas e inesperadas.
As religiões, mitologias e seja lá de onde mais apareçam normas morais e sociais....a psicanálise também se sujeita a elas de alguma forma. Um psicanalista pode permitir uma expressão sexual (sexual no senti mais amplo da palavra) mais diferentona e alternativa, mas ainda dentro de algum parâmetro socialmente viável.
Por mais livres que nos façamos em conceitos, estaremos sempre "amarrados" em algum arranjo social viável. Daí que psicoterapia ou a psicanálise são processo difíceis, é um misto entre sua essência, seus desejos e a correspondência de funcionar na sociedade. Você gostar de andar pelado, mas não pode. Você gosta de comer a mulher do vizinho, mas não dá..... (Psicoterapia e psicanálise ambas tem a proposta de tornar o indivíduo funcional, por mais diferenças que tenham. Faço psicoterapia e não sei se optasse por fazer psicanálise chegaria a lugares tão diferentes assim...a proposta é ser funcional, se fosse dar asas aos desejos já estava resolvido porque eu sabia pra onde queria ir, era só dar um empurrãozinho.)
E um bebê, que assim que nasce procura o peito da mãe para se alimentar, se for colocado na água ele nada e mergulha trancando a respiração, que acabou de aprender. Entre muitas coisas que ele já nasce sabendo. Isso não seria um instinto?
Olá, Claudenir! É o que digo no vídeo: é impróprio dizer que é instinto um comportamento que vai se perder depois. Um dos pontos-chave na definição de instinto é justamente sua inflexibilidade ao longo da história do indivíduo, sua universalidade na espécie. Ora, o que vc cita é, de fato, universal e independe do indivíduo, portanto, está sim no campo do biológico, do instintivo, mas de forma alguma isso se mantém: a fobia da água ou a incapacidade radical de nadar, além dos muitos distúrbios alimentares demonstram isso. Nada desses "arranjos biológicos", quase instintivos, se mantêm no humano... tudo é colonizado pelo pulsional. Abraços!
Ai vem a epigenética e desconstroi toda esta teoria ! Gemeos monozigoticos criados separados tem alguns comportamentos semelhantes . Comportamento herdado geneticamente , necessário pesquisar.
Como assim desconstrói?
Me explique isso?
Eu acho interessantíssimo a epigenética, mas acho pouca coisa sobre isso na internet.
Desmontar tudo é meio exagerado... rs... mas ajuda sim no debate... O diálogo com a biologia deve ser mantido... a psicanálise é uma ciência e deve estar aberta às novas descobertas e refazer suas hipóteses se for o caso...
@@danielmorozoffgames A sociologia criou a teoria que somos produto do meio em que vivemos. Ou seja somos influenciados. Assim o homem nunca responsabilizado pelos seus atos, sempre será vítima da sociedade . O que eu tenho a dizer é que , o homem é influenciado o segundo sua índole. O comportamento herdado geneticamente .
@@fabiobelo Como o João de barro constrói suas casas , o cão labrador gosta de água , o filhote de gato repudia o cão . Estes comportamentos são chamados superficialmente de instinto . Na verdade são comportamentos herdados geneticamente diz a Epigenética. Somos muito menos influenciados que imaginávamos . Buscamos companhia e influência de quem antes nos identificamos . Matematicamente o homem não e produto , e sim o multiplicando .
Por que disputar a significação da palavra "sexual" em vez de usar outro termo que englobe o sentido ampliado que essa palavra tem para a psicanálise, e não disputar a significação da palavra "instinto" em vez de usar o termo pulsão para englobar o sentido ampliado que essa palavra tem?
Acho que instinto tá preso demais a essa concepção de uma subjetividade prévia... já o sexual ainda vale a pena porque é uma metáfora importante pro próprio funcionamento do pulsional.
@@fabiobelo Outras palavras também são disputadas em sua significação com muita força por Freud, como a palavra perversão enquanto característica da sexualidade humana. Perversão naquela época e ainda hoje na maior parte do tempo esteve e está se referindo ao pecado, ao anormal, remete novamente a questão da subjetividade prévia e ao desvio do natural etc. Não é essencial ao meu ver querer bater o pé para disputar a palavra instinto. Chamar de pulsão no ser humano aquilo que nos demais animais chamamos de instinto tem essa questão política de afirmar essa característica de uma subjetividade variante no tempo histórico e no espaço, mas me incomoda que tenho ouvido essa palavra como uma forma de endeusamento do humano por muita gente, como que com isso o retirasse do reino animal.
@@jadielsilva1339 Ah, vc tem razão! Sem dúvida temos que tomar cuidado com essa idealização do humano... nossa animalidade está aí, apesar e atravessada pelo pulsional...
@@fabiobelo Eu tenho sido mais atraído a pensar no pulsional como a nossa condição animal mesmo, de exagerada imaturidade e plasticidade daquilo que em outros animais chamamos de instinto. Não estou conseguindo entender que existiria o instinto e a pulsão no homo sapiens como duas coisas separadas, o que com certeza tem a ver com minha condição de engatinhar nos estudos da psicanálise ainda. Preciso estudar isso.
@@jadielsilva1339 é só pensar no excesso para notar a diferença... do lado do humano, Auschwitz e Bach (o horror absoluto, a beleza incomensurável)... do lado do animal, a repetição do mesmo, sem os excessos, nem de um lado, nem do outro...
Oi Fábio acho você bastante sereno em suas explicações. Sobre a divisão instinto x biológico, pulsão x humano e desvio de meta. Na questão da sexualidade a masturbação seria um desvio por não objetivar a reprodução propriamente dita. O prazer oral dentre tantos também. Pergunto: dentre os primatas já vi vídeos e em zoológico a prática da masturbação, seria um desvio de meta? O indício de uma mudança?
Me vem outra indagação. Na experiência em Pavlov aonde o cão responde com saliva a um estímulo neutro, que não é o alimento, comportamento condicionado. O cão escuta um som e saliva. Houve uma mudança de objeto, o alimento pelo som, mas a resposta foi a mesma. No caso dos desvios pulsionais "aprendidos" em detrimento aos instintuais determinados, não haveria algo neste sentido? Exemplo: um vibrador pode provocar um efeito até melhor do que na história foi ato sexual entre um "macho" e uma fêmea. Esse desvio pulsional cultural seria uma mera descarga de energia instintual "acumulada"? Entra aí a questão da compulsão. Apenas a descarga...
@@fabiobelo Perfeito. Clareou. Continuarei acompanhando seus trabalhos. Você é bastante denso e claro e seus vídeos. Não tive professores assim.
Hugs
Eu também ficava com a pulga atrás da orelha ao comparar o funcionamento de alguns mamíferos com o humano e ver que essa questão dos "desvios" está presente em muitas espécies além da nossa. Ainda tenho dificuldade de entender a pulsão como modo estritamente humano, mas depois dessa pequena discussão, tendo atentado para a questão da singularidade definidora da pulsão humana, me ocorreu que essa multiplicidade de pulsões tem que ver com aquilo que nossa espécie possui e que outras não, que é a fala. A linguagem media a ação do ser humano no mundo e isso faz com que a experiência pessoal vá divergindo de indivíduo para indivíduo, mesmo participando das mesmas atividades.
Eu acho que masturbação não é um desvio da meta
Finalmente entendi o conceito de pulsão 😂 amém senhor
Professor, na tradução em espanhol, da biblioteca Nueva (direto do alemão), parece que o termo pulsão não existe, apenas instinto, assim como apenas repressão (represion), e não recalque. Como interpretar estas palavras na obra em espanhol? Obrigado pelos vídeos!
Sim, é o mesmo problema de tradução que temos na Edição Standard aqui no Brasil... Trieb foi traduzido como instinto... daí, perdem-se os momentos nos quais Freud escreve mesmo "Instinkt"...
lindo.
vc e top..... adorei sua explicação psicanalítica
Como se chama o texto do Derrida?
Derrida, Jacques. Estados de ánimo del psicoanálisis: lo imposible más allá de la
soberana crueldad. Buenos Aires: Paidós, 2005.
Falo mais sobre esse texto aqui: www.fabiobelo.com.br/wp-content/textos/animal.pdf
Você pode passar seu e-mail?
Pô prof. Fabio, podia ter dito que não era “belo” só no nome! Tudo num homem só !
rs... obrigado, Edna!
Fiquei um tanto quanto confuso pois estou começando a estudar Freud agora, tinha uma ideia de que ele defendia uma espécie de cura gay, e também que justificava a submissão das mulheres pela inveja do pênis. Se pudesse me esclarecer, pois há aqui uma contradição, isso se dá porque o próprio Freud se contradisse, ou esta leitura de Pulsão causa esta discordância? Desculpe se é uma pergunta tosca, mas seria de grande importância para mim, obrigado.
Fabio Belo Shoooow de bola, muito obrigado. Realmente foi essa ideia que fiquei apos assistir seu vídeo, mas não batia com uma visão errônea que tinha de Freud. Estou muito feliz mesmo, como quem tem um insight, começo a ver Freud com outros olhos.
Mais uma pergunta, o Complexo de Édipo não se contradiz com o conceito de Pulsão? Pelo fato de ser comum a todos não se torna um instinto? De novo pode ser, e é bem provável, que eu tenha alguma ideia errada.
Fabio Belo Certo, ainda meio nebuloso, mas estou começando a mudar meu entendimento de "senso comum" que tinha sobre Freud. Obrigado mais uma vez.
Pulsão para humanos. Instinto para animais irracionais.
Boa noite amigo, só a primeira parte : provavelmente você não é psicólogo e nem psiquiatra. Sua introdução não se refere ao conceito de pulsão Freudiano. Você inicia seu discurso falando de biologia, mas em Freud, a prevalência é do sujeito, e este é regulado pelo mental e estar associado ao desejo libidinal . Por que você entra em biologia?? Logo para falar de Freud? Não lhe entendi .
Olá, Marco. Sou psicólogo, mestre em psicologia, mas doutor em literatura brasileira... rs... A ideia é justamente criticar o "desvio biologizante" em Freud... recomendo a leitura de Jean Laplanche sobre o tema!
PRECISA DE AULA DE FONÉTICA
Tem ainda cacuete fonético. Muito Há... há... Ae, é..., Aa, na pausa respiratória exagerada. Até são poucos, mas com muito uso. Isso é um defeito grave em qualquer orador. Ótimo conteúdo na matéria, no entanto. Parabéns.
Muito bom
Obrigado, Patrícia!
Ótima explicação, obrigada!!
Obrigado, Larissa!