Tenho 21 anos e nunca pisei em uma sala de cinema, todas as minhas referências de filmes ou experiências cinematográficas foram através de uma tela pequena de computador ou de um celular em um site qualquer da internet, tive experiências marcantes com cada um desses filmes, até hoje me lembro vividamente da primeira vez que assisti Três Homens em Conflito no meu Samsung J7. De qualquer forma, não quero desmerecer a experiência do cinema, pois nunca tive essa experiência e espero um dia conseguir te-la, só quero reafirmar o que o PH falou no vídeo, não importa o meio, o que importa é a experiência cinematográfica, para mim assistir a um filme é como um ritual sagrado.
Assistir a um bom filme em uma sala de cinema é uma experiência indescritível. Principalmente para alguém que ama a arte como você parece amar. O som, a fotografia, as atuações . . . tudo toma outra proporção. Espero que um dia você consiga. Fiquei curioso para saber o motivo de você nunca ter ido ao cinema. Infelizmente o Brasil tem poucas salas fora das grandes capitais.
@@josuebenvindo então, não exatamente nunca pisei, eu já fui pra um cinema, em uma excursão escolar pra ver bolt o supercão, foi uma experiência tão esquecível, que só me lembro de pedir pra minha professora me deixar ir pro banheiro por que eu tava apertado, portanto nunca experimentei nem o mínimo do mínimo da experiência real de um cinema. Sobre o motivo de nunca ter ido, eu não sei ao certo, desde pequeno nunca fui de sair muito de casa, nem meus pais se interessaram em me levar para um cinema, eu por outro lado era indiferente a tudo isso, nunca me incomodei e cá estou eu com 21 anos. Portanto, todas essas minhas experiências foram dentro de casa, assistindo filmes com a minha familia, eu tenho boas memórias dessa época.
@@leocosta6657 Entendi. Do jeito que vc escreveu antes, eu imaginei que vc vive em uma cidade sem acesso ao cinema 😅Excursões e cinemas de shopping podem gerar experiências traumáticas, principalmente quando tem alguém mastigando pipoca no seu ouvido.
A tela do cinema é mais impressionante que a de um Samsung. Mas hoje em dia, com tanta gente sem educação enchendo o saco nas sessões, às vezes dá vontade de ver os filmes em casa mesmo.
Eu defendia cm unhas e dentes a experiência do cinema, até q comprei uma tv oled 4k e uma soundbar, deixando claro q moro no interior e o cinema daqui é horrível, cinema perdeu a magia oq minha experiência em casa é mtoooo melhor do q a que eu tinha no cinema
Tipo eu. Já fui pro cinema mas a (má)experiência de ouvir gente mastigando, falando, gritando, dando risadas, me fizeram não querer mais ir num cinema. Quando comecei a assistir na smart Tv, foi onde eu tive as minhas melhores experiências, TODOS os filmes que eu gostei e amei, eu assisti em casa. Tem o fato do telão, nunca consegui achar a mesma qualidade que assistir em casa.
Fiquei encantada com o conceito da Melanie C. Green, a importância e grandeza das narrativas é algo em que acredito apaixonadamente desde que consigo me lembrar e ter uma referência teórica pra isso é muito bom. Quanta coisa a se falar e se pensar. Enquanto falava sobre o vácuo (ou falta dele) e por sua vez onipresença das narrativas, impossível não traçar um paralelo com a política e ocupação de espaços. As histórias em que acreditamos guiam nossas vidas, estejamos conscientes do componente ficcional delas ou não. A atomização dos indivíduos (seja boa ou ruim) se materializa no girar da tela horizontal para a vertical. Não importa nossa opinião sobre essas telas, expressamos a opinião aparecendo nelas. Obrigada por escrever, falar e trazer essas discussões. E abrir a opinião, reconhecendo o coletivo ao tentarmos entender juntos nossa época. Fico muito feliz porque sinto esse diálogo nos seus vídeos e nos comentários aqui.
Eu vejo filme no cinema quando é algo que quero tanto ver logo, que vou pagar para assistir antes. Coisa que acontece 1 ou 2 vezes por ano. Maioria dos filmes assisto numa tv de 1080p, com um arranhado no canto e que quando faz muito sol e é uma cena escura eu vejo só reflexo. Pauso na hora que quero pra ir no banheiro, falar com a família ou se tiver com sono demais pra continuar outro dia. Estou feliz e é isso. :)
"Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou no meio deles". Hoje entendemos que uma experiência religiosa não está mais ligada somente a uma entidade, mas às sensações em si. Quem já teve boas experiências em shows, sabe como se compara a uma experiência religiosa (simbolicamente, pessoal), e isso acontece também por ter tantas pessoas reunidas ali por um só motivo. Se o artista estivesse cantando só para você, não seria a mesma coisa. É o que eu sinto que acontecia nos cinemas e em tantas outras coisas. O grandioso era a experiência do coletivo, hoje não mais. Hoje estamos mais interessados em preservar uma individualidade. Estar no cimema com pessoas ligando a tela do celular me tira da imersão, mas estar sozinha no cinema, ou com mais duas ou três pessoas (como tem acontecido com frequência na minha cidade) também me tira da imersão que eu pensava que buscava. Assim como ir à igreja não é mais a mesma coisa de quando éramos crianças, ir ao cinema também não é e precisamos entender isso. Nós somos seres sociais, sim, mas isso tem mudado (não digo que é saudável). Como as redes sociais tem invadido nossas vidas, o momento de ver um filme se torna muito mais pessoal. Por ser arquiteta e desenvolver o projeto de alguns "home cinemas", eu tive a experiência com alguns. Cara, se eu tivesse a grana pra ter um desses em casa, eu iria com menos frequência ainda ao cinema. Não falta nada. O som te engole. O vídeo é perfeito. Não tem interrupções, é tudo isolado acusticamente (no ideal). O cinema é um produto humano. Nós mudamos, ele muda.
PH, queria parabenizar pelo excelente trabalho. Trago o que você disse para o próprio TH-cam e o formato "essays". O que vc está fazendo amigo, é parte desse trabalho de formiguinha e dessa missão de USAR ESTÓRIAS e exercer uma mudança positiva no mundo. Essa fase do canal está muito interessante . Abraços e obrigado
A gente sabe que o PH é muito bom. Mas, vídeos como esse sempre ressaltam isso! A narrativa é o "Q" dessa história toda! Obrigado pela excelente reflexão PH Santos!
10 หลายเดือนก่อน
Jamais esquecerei da minha primeira experiencia no cinema, e da forma como me senti diante daquela tela gigante. Nao importa o que se tenha em casa hoje, eu sempre vou amar a experiência do cinema, irei ate a ultima sala fechar. E é amando tanto esse lugar que eu dolorosamente concordo com o PH. O cinema hoje em dia esta muito mais elitista, esta muito caro, se eu nao tivesse uma renda boa, eu nao iria mais do que uma vez por mes ao cinema e teria que ser um filme muito especial, espero que o cinema sobreviva, se renove e reconquiste as pessoas. Se antes pra mim era inimaginável isso um dia acabar, acredito que a grande blockbuster tbm achou que seu fim jamais chegaria
Ph, eu sou fã de cinema, ir ao cinema sempre foi meu passeio favorito, so que ultimamente tô sentido as pessoas cada vez mais intolerantes e sem educação, ja passei muito nervoso com gente que não fica quieto, pais que levam filhos que nao consegue ficar focado no filme e os pais acabam dando celular na sala, fora os adolescentes que costumam ir e nao calam a boca! Ja passei tanta raiva que minha experiência foi destruída e como os encomendados que se mudem, hj prefiro ver em casa! Alem de achar cinema caro e cheio de propagandas, antes viamos 20 minutos de trailers, hj tem 2 trailera e o resto de propaganda. Sempre amei ver trailers e ja sai do cinema com o próximo na lista..acho que a experiência cada vez mais, está sendo arruinada! Nao saio de casa pra me estressar.. foi a falta de educação que me afastou das salas de cinemas.
PH macho, parabéns! Assistir seus vídeos torna a experiência na Internet muito mais útil e proveitosa. Sobre o assunto, concordo totalmente com a Doutora e com vc. Eu e minha esposa éramos consumidores assíduos do cinema, até a pandemia e o nascimento do meu filho. Nesses últimos 3 anos não conseguimos voltar a sala e naturalmente trocamos o meio visual utilizado. Inicialmente era a TV pq meu filho não assistia nada, hoje a TV de 65 polegadas com soundbar só passa Patrulha Canina e eu e ela continuamos assistindo nossos filmes, séries e afins pela tela do celular. A imersão, inclusive, aumentou, até pq no cinema um tema complexo só pode ser entendido imediatamente, enquanto que nesses outros veículos vc tem a possibilidade de repetir a cena quantas vezes for necessário para fazer as conexões e reflexões que lhe convier. O tema é muito bacana e atual. Será muito bacana explorar mais. Abraço fraterno irmão.
É verdade, em muitos momentos sentia uma imersão maior no celular por ter a autonomia de escolher o que eu queria ver e a possibilidade de ter tempo, ver sozinha, voltar quantas vezes precisasse... É um bom ponto
Que resenha perfeita PH!!!!!!!!! Tão realista, tão humilde... Steven Spielberg sempre fala que cinema pra ele é CONTAR HISTÓRIAS... É sobre isso mesmo. Não importa tanto o formato e o meio, se a história for boa as pessoas irão gostar de ouvir/ver. 😊😊😊
Nem direi que isso é uma evolução dos vídeos, pois tenho receio de minimizar a altura que é o espetáculo desse canal. Canal que é meu entretenimento saudável.
Amei o video !!!! Tb acho q não é só o cinema q tem o poder da imersão! Eu mesma nao tenho mais vontade de ir ao cinema por causa do comportamento de quem vai - celular,falar durante o filme e etc .. . E acho q mais q ir ao cinema o mais importante é ver o filme, na minha opinião!
Ir ano cinema sempre foi uma grande experiência para mim, lembro vagamente de assistir O Máscara quando tinha 4 anos, nos anos seguintes ia com frequência, mas foi se tornando inviável. Acredito que muito dessa desvalorização se deve aos preços dos ingressos, pipocas, deslocamento, ninguém precisa pagar muito para rolar o feed das redes sociais, ou paga-se uma vez por mês o streaming e tem acesso um catálogo enorme do qual não precisará nem se arrumar para desfrutar. Esse ano fiquei encantada com a mobilização nos cinemas que o filme Barbie promoveu, pessoas de rosa, salas lotadas, fotos na caixa da boneca, trazendo de volta o público para essa experiência coletiva, porém, o que mais se viu foram críticas com muito elitismo e machismo, como se tudo isso não fosse válido por ser um filme de menina e de boneca. A experiência do cinema ainda é maravilhosa, para mim, que assisti Homem-Aranha 2, Vingadores Ultimato, A Saga Crepúsculo (que é muito julgado) com a sala lotada lembro da emoção de compartilhar com todos ali a mesma sensação com os mesmos acontecimentos. Isso, a experiência individual não proporciona, no máximo compartilhar nos status, mas, enquanto não observamos o verdadeiro problema, o cinema perde seu espaço e sua importância.
Desde muleque, eu sempre fui introvertido, na época não tinha celular ou notebook, e era uma experiência familiar assistir filmes na sala de cinema e não tinha nada contra isso, mas ao me mudar para uma cidade que não tinha, e adquirir um computador e celular onde podia assistir filmes, sozinho ou com a família, aprendi sobre mim mesmo que basta o foco e atenção, deixa de ser necessária uma tela gigantesca para ter uma experiencia marcante, e muito menos ter que lidar com pessoas que nunca vi na vida atrapalhando minha experiencia.
Reflexão perfeita. Ha tempos venho enxergando as redes sociais como o novo cinema, inclusive como potencial de cinema, pois democrática o poder da narrativa. Dá acesso a mais pessoas. Mas dizer que o cinema hoje é elitista não elucida a realidade da sétima arte. Assim como na aviação, a primeira classe sempre existiu, a tecnologia ao longo do tempo é que proporcionou a classe econômica. No cinema acontece o mesmo. Quem já ia ao cinema continua indo, quem não ia agora tem uma telinha, uma janela para este universo pra amanhã ele se dar ao luxo de desfrutar de uma sala de cinema. Quem já produzia continua produzindo, a verdadeira elite. Quem não produzia agora tem uma indústria inteira nas mãos, podendo criar, produzir, editar, e exibir seu filme tudo graças a uma telinha de 7” Eu acho tudo isso lindo.
Eu sempre vou preferir o cinema. Acho a experiência coletiva uma parte interessante da minha experiência, gosto de sentir as reações das pessoas, sem falar do mundo sem distrações de uma sala de cinema. Mas entendo perfeitamente quem prefere a sala de casa. Vira e mexe eu vou pro cinema rever filmes que eu só vi em casa e a experiência no cinema sempre é marcante.
É um assunto q definitivamente gera uma infinidade de teses. Eu n estudo cinema, mas gosto de cinema desde os meus sei lá quantos anos. Meu ponto de vista é totalmente observacional pq nunca estudei sobre, mas vejo q a imersão é o interesse individual, nem é a qualidade narrativa. Tem inúmeras produções com qualidade narrativa q podem ser ditas como horrorosas, mas muita gente assiste mil vezes como se fosse a primeira vez. É o interesse, algo subjetivo como um chiste, que gera a imersão. Eu nunca defendi q o cinema físico é a melhor experiência, mas concordo q um dia ja foi prq era único. Uma experiência coletiva, sim, e talvez uma das únicas onde, naquele momento, existia uma igualdade de interesse, um respeito razoável pelo limite da individualidade do outro ao mesmo tempo q esses indivíduos compartilhavam entre si a tal experiência imersiva. Eu sou de uma cidade q tinha uma das unicas quatro maiores telas de cinema q restaram no país, qnd IMAX sequer existia. Poltronas de madeira, desconfortáveis, mas uma experiência inigualável e preço acessível de ingressos. Na década de 00, a tela foi destruida, a sala única deu lugar a 4 pequenas salas com telas menores ainda, e o cinema, que era único, virou apenas mais um. Tal como a invasão corporativista em Aquarius. Os preços, hoje, exorbitantes, pra se entrar em uma sala minúscula, com poltronas q n são de madeira, mas projetadas para ter o maior número possível e impossível no espaço, onde Lisbela teria facilmente uma crise de pânico e um desmaio antes mesmo do filme começar. O cinema se elitizou e perdeu a qualidade. Se tornou um espaço de pessoas desconfortáveis brigando para impor a sua individualidade sobre o outro. N é mais simplesmente o cabeçudo na sua frente, é a impossibilidade de imergir, algo q se tornou possível fazer de outras formas, em outros lugares e único à cada um. Q seja na tela do celular, ou em uma TV de plasma de 32", acessível nos limites de acesso de cada um e no interesse de cada um. Ainda prazeroso para quem n quer perder a paciência, e confortável sem ter q cotovelar o vizinho. O cinema arte é fluido e resiliente, o cinema como espaço não, e hoje sofre e sente as consequencias disso.
Adorei os vídeos, me fez refletir… Lembrei de quando fui ver “Oppenheimer” com meu companheiro (ele é tão cinéfilo quanto eu). Em várias partes do filme, um rapaz ao meu lado rolava feed de Instagram, ficava comentando alguma coisa com a namorada. Ou seja, mal prestou atenção no filme. Quando a sessão terminou, ele disse pra namorada: “FILMAÇO” Oi? Kkkkkkkkkkkk Enfim, continuo indo ao cinema, amo filmes (e séries também), fui ver “Assassinos da Lua das Flores”, saí do cinema emocionada. Viva o cinema!!! Vou curtir até quando puder 🥹
O cinema é uma coisa tão gostosa... Nada vai substituir essa experiência. Já teve casos de eu sair da sala achando uma coisa do filme e quando reassisti ter outra percepção
Que porrada esse vídeo! Espero não viver em um tempo em que o o cinema deixou de existir. Eu lembro da ultima vez que fui em um cinema de rua, em 2004. Furia em duas rodas, kkkkk. Terrivel eu sei. Mas até hoje eu sinto falta daquela atmosfera que os cinemas de rua tinham.
Eu sou uma apaixonada pelo cinema. Adoro o tamanho da tela, a qualidade do som etc. Porem, desde the batman eu venho tendo so experiencias terriveis por causa das pessoas que estão na sessão e isso acaba me desanimando a ir as vezes. Eu nao consigo reclamar nem nada e acho que nem resolveria so seria combustivel pra pessoa ser mais desagradável ainda. A experiência em coletivo ta cada vez mais sendo considerado quando penso em ir pro cinema agora. 😢
A minha primeira experiência que me fez apaixonar pelo cinema, foi na decada se 80, quando as pessoas tinham educação. Sempre frequentei, apesar dos preços, agora, prefiro ficar em casa ao inves de pagar caro pra passar raiva. Sinto falta do local, mas minha saude mental vale bem mais
Sobre o q vc falou sobre era uma vez em Hollywood eu já vi acontecer em outros filmes tbm. Conheço gnt q ama o Stitch e os minions mas nunca assistiram ou nem se lembram de lilo e stitch e meu malvado favorito
Em primeiro lugar PH, eu te amo cara, vc é uma das minhas inspirações. Em segundo lugar, assim como o preço dos ingressos me afastou dos estádios de futebol, o mesmo fenômeno aconteceu comigo com o cinema. Tenho assinaturas que me permitem consumir a sétima arte e assistir aquele jogo que não passa na Plin plim. A imersão não é a mesma, mas a cada dia chega perto.
Ph vc é muito necessário! Que vídeo foda! Sou professora de história, escritora e roteirista, escrevo do interior do Rio e penso sempre em como fazer para levar aos meus alunos o gosto pelo cinema, mas cada vez mais entendo, que o que devo despertar é o gosto pelas narrativas em seus mais variados formatos! Sempre aprendo muito com vc!
Ainda gosto do cinema mas nao igual antigamente, na epoca que assistia mais de 100 filmes no ano! Quando Vou, escolho sempre a semana 3 ou 4, pois é eu e mais uns 10-20 nas salas, uma paz e uma maravilha a tela gigante! Mas oq fez ir muito menos foi qualidade dos filmes caindo (no geral) e qualidade dos jogos só melhorar, ainda mais com sistemas de som que temos hoje, a imersao é sensacional!!! Ai prefiro jogar que ver tv/filme/serie.
Caraca PH, último dia do ano, eu cozinhando o almoço e ouvindo suas reflexões... Essa questão de se colocar o cinema como o espaço ideal de consumo de filmes pra mim ainda fica pior quando a mídia de divulgação determina quais filmes devemos consumir nesse tipo de tela... Aquí em Salvador o filme Retratos Fantasmas só esteve em cartaz, ironicamente, no único cinema de rua que ainda temos na cidade... O meu interesse em assistir o novo filme dos três mosquiteiros com a maravilhosa Eva Green foi completamente frustrado, pois não deu tempo de me organizar pra assistir nos poucos dias que ficou em cartaz aqui em Salvador... Não chegou a ficar nem uma semana e as salas foram invadidas por Aquaman 2... Nesse caso, agora só me resta, de fato, as outras telas...
Reflexão perfeita, PH. Historiadora que sou, identifico os recortes e as leituras que vc faz estabelecendo o diálogo entre os significados e funções da imersão através dos meios e o poder da 'narrativa' que, inclusive sequestra pessoas de sua realidade, não só para outra de ficção, mas como reconstrói numa dimensão paralela a própria realidade de vidas vazias de significado coletivo preenchendo-as de significado fasc1st@ e, por óbvio, perigosíssimo. Parabéns, Cara!
Os filmes q assisto no cinema, eu absorvo bem mais, o filme fica muito mais dentro de mim. Filme em celular, computador, tv, alguns desses filmes conseguem também, mas eles têm q ter uma narrativa extremamente excelente. Já no cinema, o filme tem q ser muito ruim mesmo prá eu ter ele descartado dentro de mim. Por isso continuo ainda gostando mais do cinema. É um realce, "prá se garantir o bom sucesso"
Gostei da pesquisa da Green, eu sempre gostei de HISTÓRIAS (ou narrativas), não importa a mídia, mas a que mais me passa imersão é na leitura - mídia que o pessoal vive esquecendo como tendo essa função. Ainda bem que não foi esquecido aqui.
Eu acho a experiência coletiva algo que ajuda muito na imersão de um filme e um exemplo disso pra mim, é ao acabar o filme/serie a primeira coisa que eu faço é procurar vídeos sobre, ler comentários das pessoas, ver o que elas perceberam que eu deixei passar. E faço isso no sentido de complementar minha experiência! E sobre ver no celular, é um dos poucos lugares que vejo série e filmes que eu consigo focar 100%, pq se vejo na TV, no menor desinteresse eu pego o celular, passo o filme e etc. Então as vezes em grandes clássicos que sei que vou ter mais dificuldades de concentração eu vejo no celular justamente pra ficar imersa e não ter distrações - mas sim eu sinto falta de ver pequenos detalhes que a tela pequena não permite
Minha teoria é de que assim como a tv aberta começou a concorrer com streaming assim tb o cinema. Lembro-me na época das locadoras que era uma eternidade p um filme sair do cinema para as locadoras e atualmente com tanta disponibilidade de filmes e séries no streaming essa espera é bem menos sentida fazendo com que no meu caso em particular n tenha tanta ansiedade em ver no cinema.
Olha, eu sou espectador de cinema desde 93. Eu me recordo bem o primeiro filme e todos os momentos especiais. Nos últimos anos, acredito que desde o fim da pandemia... é constante as telas ligadas no escuro do cinema e incomodando. Não consigo mais prestar atenção nos filmes, a experiência se torna frustrante e realmente vai fazer uma grande falta... a tela grande, a imersão... numa tela pequena ou na TV.. especialmente para produções específicas.. não tem comparação. Difícil. Precisa ter um custo para reviver essa experiência dentro de casa.
Cara esses vídeos verei de novo. Mas vc abriu a porta para uma reflexão que eu tenho: conhecimento é algo que só evolui quando e compartilhado e aí ele amadurece. E acho que esses dois vídeos são para serem vistos e revistos, parar e pensar.
Pra mim, o rumo do cinema (de massas) tem sido uma escolha da indústria. É claro que existem formas "melhores" de se consumir um filme, mas seria como dizer q existem formas melhores de se consumir música a um show, ou peças ao teatro.
Eu terminei um relacionamento que tinha como um dos pilares o cinema Desde lá meu apego tem sido pelos quadrinhos e pelas séries Ainda amo a sala de cinema, mas não consigo enxergar mais o cinema como uma arte superior a essas outras duas
olá dr ph! bela visada, mas acho que faltou aquela olhadela sobre o que disse o marshall mcluhan de que "o meio é a mensagem" - talvez, o que está acontecendo seja mais importante que tais narrativas... eu por ex até 3 anos atrás vi os melhores filmes num laptop, hj já não, mas continuo não pagando streaming e ainda bem, desfrutando das coisas que gosto ... um abç!
De forma possível, como as novas gerações vão experienciar o cinema enquanto arte, cultura e lazer? O mundo da tecnologia da imagem, se deslocou para as pequenas telas, ampliando o comodismo do humano. Temos então a migração do interesse, que passa a ser a rapidez do consumo de ideias inconclusas, repassadas pelos feeds. A narrativa atual é moldar mentes com conteúdos rasos.
Oxi, PH, eu tava aqui em casa, domingo de manhã, sem nenhuma pretensão além de ir ouvindo alguma coisa enquanto faço as tarefas de casa. Eis que me deparo com um papo mega profundo que fico pensando que há uns tempos só teria acesso dentro da faculdade ou algo assim. Sua narrativa acabou por ser metalinguagem (espero estar usando a expressão certo😅), pois com esse vídeo você permitiu o acesso a um debate super atual e bem rico ao falar sobre isso aqui no TH-cam, fora da área dos membros do canal. 🤌🏾🤌🏾
Sobre o domínio da narrativa, eu percebi q uue a TV Globo conseguiu até certo ponto criar uma transição entre filme/série com O Auto da Compadecida. A experiência foi diferente entre formatos contando a mesma história. O mesmo não deu tão certo com outras narrativas.
Eu cresci assistindo numa TV de 14 polegadas sem definição nenhuma, e mesmo assim alguns de meus filmes preferidos da vida foram vistos nesse aparelho. Eu amo a sala de cinema, mesmo com as pessoas estranhas, e percalços que elas trazem; mas cada vez vou menos a esse lugar, cada vez mais caro e longe.
Ótimo video, com bom debate. A questão aqui não é afirmar que o cinema vai desaparecer, dando lugar ao Home Theater, com televisão de 50 polegadas e som de primeira linha. Até porque poucas pessoas possuem dinheiro para dispor dessa forma, além do que essa é uma discussão tão antiga quanto aquela que pregava o fim do rádio frente ao desenvolvimento da TV. A questão está mais para o vácuo de narrativas deixado para as outras telas consideradas menos importantes do que as telas de cinema. A arte, questionadora, provocativa, que ajuda a esclarece ao mesmo tempo que entretém, é pensada pelos seus criadores para as salas de cinema. Filmes como o primeiro Jurassic Park tem outra dimensão quando são vistos nas telas de cinema, ou seja, não é uma obra para ser vista na tela de um celular com fone de ouvido barato, se isso acontece, a história e suas críticas se perdem. O problema está aí, quando deixamos essas telas com vácuo de narrativas, outras narrativas se apropriam delas. O anti-intelectualismo, a pseudociência e em ultima instância o fascismo, entre outras distorções, acabam governando esse universo, criando um tipo "novo" de narrativa de conspiração, ajudando a desenvolver uma verdadeira era da pós-verdade, incluindo muito revisionismo histórico com os maiores absurdos. O problema é que essas telas e suas lógicas de algoritmo e bolhas parecem perfeitas para a difusão dessas distorções, claro que agora com resistência, pois temos gente muito boa fazendo divulgação científica no TH-cam, por exemplo, mas sempre com grande difuculdade, enfrentando "enxames" de haters. Nesses novos tempos a cultura pop virou cenário de convencimento ideológico, sendo essas pequenas telas seu local de cooptação. Portanto, esses novos meios não podem ser ignorados, cabendo uma reformulação da arte visando esses locais de disputa, combatendo narrativas com narrativas, afinal como canta Milton Nascimento em sua canção "Nos bailes da vida": "todo artista tem de ir aonde o povo está".
O cinema (estabelecimento) está perdendo para o custo para os expectadores. Virou artigo de luxo. 2 pessoas gastam, no mínimo, 100,00 (só ingressos). Então, pagam 30,00 e assistem vários filmes com a família inteira, com amigos, etc.
Compreendo os receios sobre a percepção da arte, mas para mim esse é aquele mesmo debate de sempre sobre a morte do cinema (o streaming vai acabar com o cinema, a internet vai acabar com o cinema, a tv vai acabar com o cinema - e um extra: o cinema vai acabar com o teatro e a literatura). Acredito que são modalidades diferentes, públicos diferentes e funcionalidades diferentes. Quem procura pelo cinema, não vai deixar de consumir e experienciar a imersão da arte por causa das redes sociais. Acredito que seja um erro achar que o cineasta precisa acessar todas as pessoas. O cinema não é e nunca foi democrático (vide custo de distribuição, preço de ingresso, morte de cinema de rua etc).
Lembro que luxo era ter um aparelho de VHS, umas fitas e uma TV de tubo 14" no quarto. 😂😂😂 Tenho conseguido ver "meus" filmes muito bem em casa com uma TV 4k e um Soundbar e algumas outras vezes no notebook com um fone de ouvido. Chega a ser melhor do que no cinema. Falando em cinema os últimos filmes que fui ver foram o Missão Impossível 7 e Homem-Aranha: Através do amanha verso. Me arrependo apenas de não ter ido ver Oppenheimer. O problema de muitos hoje é a ansiedade e nada mais. E o cinema físico é infelizmente algo que logo logo acabará.
O PH comprova seu ponto quando faz uma narrativa tão poderosa que independe de eu estar assistindo pelo celular. Eu não entendia o apelo ao cinema porque não me importava com a tela grande ou o som, as outras pessoas comendo, falando ou entrando e saindo da sala me atrapalhavam demais. Mas a crítica sempre foi que eu não tinha conhecimento o suficiente para entender a arte 🙄 E especialmente como estudante de comunicação, adoro que tirem a cultura desse pedestal elitizado.
O conceito de "janela" de André Bazin, na minha opinião pessoal (ou interpretação dos livros) está mais relacionado à capacidade de o cinema, enquanto obra, proporcionar uma experiência de verossimilhança que faça com que o espectador se esqueça, por algum momento, de que está diante de um construto. Tem menos a ver com a estrutura física das salas de cinema ou das telas em si, e mais com a estrutura fílmica, embora tudo isso junto constitua o que chamamos de cinema. A imersão de que Bazin fala está relacionada às estratégias audiovisuais utilizadas pelos cineastas. Mas sim, sala de cinema com gente berrando não me faz imergir em filme algum, independente do tipo de montagem ou de construção narrativa executado.
@@phsantos, sim, eu compreendo o que você está dizendo. É uma boa área para pesquisa. Não tenho visto grandes mudanças nas formas de construção narrativa no cinema atual, mas no que diz respeito à espacialidade e às formas de se consumir as obras, as mudanças foram gigantescas e de fato impactam na imersão.
A narrativa é imperiosa, mas não é um imperativo categórico. Ela pode ser superlativa ao meio, conquanto não seja soberana para se manifestar sem ele. Um meio pode potencializar a sua "visão", mesmo que se adapte, em maior ou menor grau, a qualquer outro veículo para seu transporte. O narrador pode planejar o fluxo narrativo para adequá-lo melhor ao meio no qual visualizou a sua visão, não que isso seja um impeditivo para a sua projeção em outros. O expectador é outra instância nesse quebra-cabeça da imersão. A perspectiva do autor é planejada, mas não é determinística, porque o observado não é independente do observador. A interação necessária para a visão já altera o que é visto. A narrativa lançada é uma sobreposição simultânea de possibilidades, que irá colapsar em alguma delas, condicionada por suas probabilidades, contexto, momento e aparato observacional escolhido.
Acho que um comparativo interessante seria pensar em livros. Livros são capazes de realizar esse transporte e não é questionado se o leitor esta em casa ou num biblioteca. Se é possível a imensão via leitura, em sua casa porque o audiovisual que daria até mais estimulos não teria essa capacidade?
falar que o cinema é o unico lugar que se pode ter imersão é um elitismo gigante, mas ainda prezo por me dedicar 100% a um filme quando dou play nele em qualquer tela que seja, a duração seja qual for
PH, creio que os números que vc apresentou não mostrem exatamente uma preferência pelas pequenas telas. Acho que eles refletem mais uma acessibilidade. Sei que vc comentou que o cinema estaria virando algo elitista, e eu concordo. Mas eu usaria elitista no sentido de custo, e não de conteúdo. Não sei se ficou clara essa minha colocação.
Não tenho o hábito de ler livros em bibliotecas, quadrinhos em livrarias, também não apeoveito tanto assistir a um filme na TV ou no celular. Não existe uma conexào com a mídia. Como um aperitivo, ele serve ao proposito mas não alimenta de verdade. Concordo que o cinema, quadrinhos, livros, eventos culturais e a música tem se tornado cada vez mais elitista. Não existe mais o prazer de imergir em alguma coisa, mas o de estar relacionado a aquilo.
taba discutindo isso hj na casa da minya sogra, falando exatamente isso.... aqui ... nunca mais assistimos um filme todos juntos... tudo eh muito individual, algoritimizado
Artigo da Melanie C. Green
www.researchgate.net/publication/350423459_Transportation_into_Narrative_Worlds
Livro: Crise da narração
amzn.to/4a52gy8
Tenho 21 anos e nunca pisei em uma sala de cinema, todas as minhas referências de filmes ou experiências cinematográficas foram através de uma tela pequena de computador ou de um celular em um site qualquer da internet, tive experiências marcantes com cada um desses filmes, até hoje me lembro vividamente da primeira vez que assisti Três Homens em Conflito no meu Samsung J7.
De qualquer forma, não quero desmerecer a experiência do cinema, pois nunca tive essa experiência e espero um dia conseguir te-la, só quero reafirmar o que o PH falou no vídeo, não importa o meio, o que importa é a experiência cinematográfica, para mim assistir a um filme é como um ritual sagrado.
Assistir a um bom filme em uma sala de cinema é uma experiência indescritível. Principalmente para alguém que ama a arte como você parece amar. O som, a fotografia, as atuações . . . tudo toma outra proporção. Espero que um dia você consiga. Fiquei curioso para saber o motivo de você nunca ter ido ao cinema. Infelizmente o Brasil tem poucas salas fora das grandes capitais.
@@josuebenvindo então, não exatamente nunca pisei, eu já fui pra um cinema, em uma excursão escolar pra ver bolt o supercão, foi uma experiência tão esquecível, que só me lembro de pedir pra minha professora me deixar ir pro banheiro por que eu tava apertado, portanto nunca experimentei nem o mínimo do mínimo da experiência real de um cinema.
Sobre o motivo de nunca ter ido, eu não sei ao certo, desde pequeno nunca fui de sair muito de casa, nem meus pais se interessaram em me levar para um cinema, eu por outro lado era indiferente a tudo isso, nunca me incomodei e cá estou eu com 21 anos. Portanto, todas essas minhas experiências foram dentro de casa, assistindo filmes com a minha familia, eu tenho boas memórias dessa época.
@@leocosta6657 Entendi. Do jeito que vc escreveu antes, eu imaginei que vc vive em uma cidade sem acesso ao cinema 😅Excursões e cinemas de shopping podem gerar experiências traumáticas, principalmente quando tem alguém mastigando pipoca no seu ouvido.
@@josuebenvindo humm, essa última parte foi muito específica 🤣
A tela do cinema é mais impressionante que a de um Samsung. Mas hoje em dia, com tanta gente sem educação enchendo o saco nas sessões, às vezes dá vontade de ver os filmes em casa mesmo.
Eu defendia cm unhas e dentes a experiência do cinema, até q comprei uma tv oled 4k e uma soundbar, deixando claro q moro no interior e o cinema daqui é horrível, cinema perdeu a magia oq minha experiência em casa é mtoooo melhor do q a que eu tinha no cinema
Tipo eu. Já fui pro cinema mas a (má)experiência de ouvir gente mastigando, falando, gritando, dando risadas, me fizeram não querer mais ir num cinema. Quando comecei a assistir na smart Tv, foi onde eu tive as minhas melhores experiências, TODOS os filmes que eu gostei e amei, eu assisti em casa. Tem o fato do telão, nunca consegui achar a mesma qualidade que assistir em casa.
Aqui foi parecido após eu comprar um home theater... rapaz não tem nem comparação a qualidade sonora em casa. Recomendo da marca Onkyo
Também moro no interior, cinema horrível. Prefiro ver em casa! E sem ninguém atrapalhar Também. Tudo melhor.
Eu tbm moro no interior e, além do cinema não ser lá aquelas coisas, sessão legendada costuma ser só uma depois das 21h. Quando tem.
Imagina quando vc tiver um projetor a laser de ultra curta distância...
Você Assiste os vídeos do PH e ganha uma bibliografia de graça, incrível kkkkk
Fiquei encantada com o conceito da Melanie C. Green, a importância e grandeza das narrativas é algo em que acredito apaixonadamente desde que consigo me lembrar e ter uma referência teórica pra isso é muito bom.
Quanta coisa a se falar e se pensar. Enquanto falava sobre o vácuo (ou falta dele) e por sua vez onipresença das narrativas, impossível não traçar um paralelo com a política e ocupação de espaços. As histórias em que acreditamos guiam nossas vidas, estejamos conscientes do componente ficcional delas ou não. A atomização dos indivíduos (seja boa ou ruim) se materializa no girar da tela horizontal para a vertical. Não importa nossa opinião sobre essas telas, expressamos a opinião aparecendo nelas.
Obrigada por escrever, falar e trazer essas discussões. E abrir a opinião, reconhecendo o coletivo ao tentarmos entender juntos nossa época. Fico muito feliz porque sinto esse diálogo nos seus vídeos e nos comentários aqui.
Eu vejo filme no cinema quando é algo que quero tanto ver logo, que vou pagar para assistir antes. Coisa que acontece 1 ou 2 vezes por ano.
Maioria dos filmes assisto numa tv de 1080p, com um arranhado no canto e que quando faz muito sol e é uma cena escura eu vejo só reflexo.
Pauso na hora que quero pra ir no banheiro, falar com a família ou se tiver com sono demais pra continuar outro dia.
Estou feliz e é isso. :)
"Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou no meio deles". Hoje entendemos que uma experiência religiosa não está mais ligada somente a uma entidade, mas às sensações em si. Quem já teve boas experiências em shows, sabe como se compara a uma experiência religiosa (simbolicamente, pessoal), e isso acontece também por ter tantas pessoas reunidas ali por um só motivo. Se o artista estivesse cantando só para você, não seria a mesma coisa. É o que eu sinto que acontecia nos cinemas e em tantas outras coisas. O grandioso era a experiência do coletivo, hoje não mais. Hoje estamos mais interessados em preservar uma individualidade. Estar no cimema com pessoas ligando a tela do celular me tira da imersão, mas estar sozinha no cinema, ou com mais duas ou três pessoas (como tem acontecido com frequência na minha cidade) também me tira da imersão que eu pensava que buscava. Assim como ir à igreja não é mais a mesma coisa de quando éramos crianças, ir ao cinema também não é e precisamos entender isso. Nós somos seres sociais, sim, mas isso tem mudado (não digo que é saudável). Como as redes sociais tem invadido nossas vidas, o momento de ver um filme se torna muito mais pessoal.
Por ser arquiteta e desenvolver o projeto de alguns "home cinemas", eu tive a experiência com alguns. Cara, se eu tivesse a grana pra ter um desses em casa, eu iria com menos frequência ainda ao cinema. Não falta nada. O som te engole. O vídeo é perfeito. Não tem interrupções, é tudo isolado acusticamente (no ideal). O cinema é um produto humano. Nós mudamos, ele muda.
PH, queria parabenizar pelo excelente trabalho. Trago o que você disse para o próprio TH-cam e o formato "essays". O que vc está fazendo amigo, é parte desse trabalho de formiguinha e dessa missão de USAR ESTÓRIAS e exercer uma mudança positiva no mundo. Essa fase do canal está muito interessante . Abraços e obrigado
Alguns vídeos do PH me emergem e encantam mais do que vários filmes, inclusos alguns com boas notas no IMDB e Rotten Tomatos
Ter o prazer e a sorte de ver o PH subir o sarrafo dessa maneira é alegria!Sextou e agradeço por compartilhar essa narrativa aqui pelo iutubiu
A gente sabe que o PH é muito bom. Mas, vídeos como esse sempre ressaltam isso! A narrativa é o "Q" dessa história toda!
Obrigado pela excelente reflexão PH Santos!
Jamais esquecerei da minha primeira experiencia no cinema, e da forma como me senti diante daquela tela gigante. Nao importa o que se tenha em casa hoje, eu sempre vou amar a experiência do cinema, irei ate a ultima sala fechar.
E é amando tanto esse lugar que eu dolorosamente concordo com o PH. O cinema hoje em dia esta muito mais elitista, esta muito caro, se eu nao tivesse uma renda boa, eu nao iria mais do que uma vez por mes ao cinema e teria que ser um filme muito especial, espero que o cinema sobreviva, se renove e reconquiste as pessoas. Se antes pra mim era inimaginável isso um dia acabar, acredito que a grande blockbuster tbm achou que seu fim jamais chegaria
Ph, eu sou fã de cinema, ir ao cinema sempre foi meu passeio favorito, so que ultimamente tô sentido as pessoas cada vez mais intolerantes e sem educação, ja passei muito nervoso com gente que não fica quieto, pais que levam filhos que nao consegue ficar focado no filme e os pais acabam dando celular na sala, fora os adolescentes que costumam ir e nao calam a boca! Ja passei tanta raiva que minha experiência foi destruída e como os encomendados que se mudem, hj prefiro ver em casa! Alem de achar cinema caro e cheio de propagandas, antes viamos 20 minutos de trailers, hj tem 2 trailera e o resto de propaganda. Sempre amei ver trailers e ja sai do cinema com o próximo na lista..acho que a experiência cada vez mais, está sendo arruinada! Nao saio de casa pra me estressar.. foi a falta de educação que me afastou das salas de cinemas.
PH macho, parabéns! Assistir seus vídeos torna a experiência na Internet muito mais útil e proveitosa. Sobre o assunto, concordo totalmente com a Doutora e com vc. Eu e minha esposa éramos consumidores assíduos do cinema, até a pandemia e o nascimento do meu filho. Nesses últimos 3 anos não conseguimos voltar a sala e naturalmente trocamos o meio visual utilizado. Inicialmente era a TV pq meu filho não assistia nada, hoje a TV de 65 polegadas com soundbar só passa Patrulha Canina e eu e ela continuamos assistindo nossos filmes, séries e afins pela tela do celular. A imersão, inclusive, aumentou, até pq no cinema um tema complexo só pode ser entendido imediatamente, enquanto que nesses outros veículos vc tem a possibilidade de repetir a cena quantas vezes for necessário para fazer as conexões e reflexões que lhe convier. O tema é muito bacana e atual. Será muito bacana explorar mais. Abraço fraterno irmão.
É verdade, em muitos momentos sentia uma imersão maior no celular por ter a autonomia de escolher o que eu queria ver e a possibilidade de ter tempo, ver sozinha, voltar quantas vezes precisasse... É um bom ponto
Que resenha perfeita PH!!!!!!!!!
Tão realista, tão humilde...
Steven Spielberg sempre fala que cinema pra ele é CONTAR HISTÓRIAS...
É sobre isso mesmo.
Não importa tanto o formato e o meio, se a história for boa as pessoas irão gostar de ouvir/ver.
😊😊😊
Nem direi que isso é uma evolução dos vídeos, pois tenho receio de minimizar a altura que é o espetáculo desse canal. Canal que é meu entretenimento saudável.
Boa peneira que criou, não sei se foi de propósito mas a partir deste vídeo, eu acho, que terão questionamentos relevantes ao assunto, parabéns PH
Amei o video !!!! Tb acho q não é só o cinema q tem o poder da imersão! Eu mesma nao tenho mais vontade de ir ao cinema por causa do comportamento de quem vai - celular,falar durante o filme e etc .. . E acho q mais q ir ao cinema o mais importante é ver o filme, na minha opinião!
Ir ano cinema sempre foi uma grande experiência para mim, lembro vagamente de assistir O Máscara quando tinha 4 anos, nos anos seguintes ia com frequência, mas foi se tornando inviável. Acredito que muito dessa desvalorização se deve aos preços dos ingressos, pipocas, deslocamento, ninguém precisa pagar muito para rolar o feed das redes sociais, ou paga-se uma vez por mês o streaming e tem acesso um catálogo enorme do qual não precisará nem se arrumar para desfrutar. Esse ano fiquei encantada com a mobilização nos cinemas que o filme Barbie promoveu, pessoas de rosa, salas lotadas, fotos na caixa da boneca, trazendo de volta o público para essa experiência coletiva, porém, o que mais se viu foram críticas com muito elitismo e machismo, como se tudo isso não fosse válido por ser um filme de menina e de boneca. A experiência do cinema ainda é maravilhosa, para mim, que assisti Homem-Aranha 2, Vingadores Ultimato, A Saga Crepúsculo (que é muito julgado) com a sala lotada lembro da emoção de compartilhar com todos ali a mesma sensação com os mesmos acontecimentos. Isso, a experiência individual não proporciona, no máximo compartilhar nos status, mas, enquanto não observamos o verdadeiro problema, o cinema perde seu espaço e sua importância.
O cinema está perdendo...(ou nem todo mundo é Lisbela).que coincidência!o primeiro filme que fui ver no cinema foi Lisbela e o prisioneiro.
Desde muleque, eu sempre fui introvertido, na época não tinha celular ou notebook, e era uma experiência familiar assistir filmes na sala de cinema e não tinha nada contra isso, mas ao me mudar para uma cidade que não tinha, e adquirir um computador e celular onde podia assistir filmes, sozinho ou com a família, aprendi sobre mim mesmo que basta o foco e atenção, deixa de ser necessária uma tela gigantesca para ter uma experiencia marcante, e muito menos ter que lidar com pessoas que nunca vi na vida atrapalhando minha experiencia.
Reflexão perfeita. Ha tempos venho enxergando as redes sociais como o novo cinema, inclusive como potencial de cinema, pois democrática o poder da narrativa. Dá acesso a mais pessoas.
Mas dizer que o cinema hoje é elitista não elucida a realidade da sétima arte. Assim como na aviação, a primeira classe sempre existiu, a tecnologia ao longo do tempo é que proporcionou a classe econômica. No cinema acontece o mesmo.
Quem já ia ao cinema continua indo, quem não ia agora tem uma telinha, uma janela para este universo pra amanhã ele se dar ao luxo de desfrutar de uma sala de cinema.
Quem já produzia continua produzindo, a verdadeira elite. Quem não produzia agora tem uma indústria inteira nas mãos, podendo criar, produzir, editar, e exibir seu filme tudo graças a uma telinha de 7”
Eu acho tudo isso lindo.
Essa sua percepção pode mudar quando eu falar sobre reprodutibilidade. Aguarde. Rs.
Eu sempre vou preferir o cinema. Acho a experiência coletiva uma parte interessante da minha experiência, gosto de sentir as reações das pessoas, sem falar do mundo sem distrações de uma sala de cinema. Mas entendo perfeitamente quem prefere a sala de casa. Vira e mexe eu vou pro cinema rever filmes que eu só vi em casa e a experiência no cinema sempre é marcante.
voce e um dos melhores criticos do brasil
É um assunto q definitivamente gera uma infinidade de teses. Eu n estudo cinema, mas gosto de cinema desde os meus sei lá quantos anos. Meu ponto de vista é totalmente observacional pq nunca estudei sobre, mas vejo q a imersão é o interesse individual, nem é a qualidade narrativa. Tem inúmeras produções com qualidade narrativa q podem ser ditas como horrorosas, mas muita gente assiste mil vezes como se fosse a primeira vez. É o interesse, algo subjetivo como um chiste, que gera a imersão. Eu nunca defendi q o cinema físico é a melhor experiência, mas concordo q um dia ja foi prq era único. Uma experiência coletiva, sim, e talvez uma das únicas onde, naquele momento, existia uma igualdade de interesse, um respeito razoável pelo limite da individualidade do outro ao mesmo tempo q esses indivíduos compartilhavam entre si a tal experiência imersiva. Eu sou de uma cidade q tinha uma das unicas quatro maiores telas de cinema q restaram no país, qnd IMAX sequer existia. Poltronas de madeira, desconfortáveis, mas uma experiência inigualável e preço acessível de ingressos. Na década de 00, a tela foi destruida, a sala única deu lugar a 4 pequenas salas com telas menores ainda, e o cinema, que era único, virou apenas mais um. Tal como a invasão corporativista em Aquarius. Os preços, hoje, exorbitantes, pra se entrar em uma sala minúscula, com poltronas q n são de madeira, mas projetadas para ter o maior número possível e impossível no espaço, onde Lisbela teria facilmente uma crise de pânico e um desmaio antes mesmo do filme começar. O cinema se elitizou e perdeu a qualidade. Se tornou um espaço de pessoas desconfortáveis brigando para impor a sua individualidade sobre o outro. N é mais simplesmente o cabeçudo na sua frente, é a impossibilidade de imergir, algo q se tornou possível fazer de outras formas, em outros lugares e único à cada um. Q seja na tela do celular, ou em uma TV de plasma de 32", acessível nos limites de acesso de cada um e no interesse de cada um. Ainda prazeroso para quem n quer perder a paciência, e confortável sem ter q cotovelar o vizinho. O cinema arte é fluido e resiliente, o cinema como espaço não, e hoje sofre e sente as consequencias disso.
Adorei os vídeos, me fez refletir…
Lembrei de quando fui ver “Oppenheimer” com meu companheiro (ele é tão cinéfilo quanto eu). Em várias partes do filme, um rapaz ao meu lado rolava feed de Instagram, ficava comentando alguma coisa com a namorada. Ou seja, mal prestou atenção no filme. Quando a sessão terminou, ele disse pra namorada: “FILMAÇO”
Oi? Kkkkkkkkkkkk
Enfim, continuo indo ao cinema, amo filmes (e séries também), fui ver “Assassinos da Lua das Flores”, saí do cinema emocionada. Viva o cinema!!! Vou curtir até quando puder 🥹
O cinema é uma coisa tão gostosa... Nada vai substituir essa experiência. Já teve casos de eu sair da sala achando uma coisa do filme e quando reassisti ter outra percepção
Que porrada esse vídeo! Espero não viver em um tempo em que o o cinema deixou de existir. Eu lembro da ultima vez que fui em um cinema de rua, em 2004. Furia em duas rodas, kkkkk. Terrivel eu sei. Mas até hoje eu sinto falta daquela atmosfera que os cinemas de rua tinham.
Eu sou uma apaixonada pelo cinema. Adoro o tamanho da tela, a qualidade do som etc. Porem, desde the batman eu venho tendo so experiencias terriveis por causa das pessoas que estão na sessão e isso acaba me desanimando a ir as vezes. Eu nao consigo reclamar nem nada e acho que nem resolveria so seria combustivel pra pessoa ser mais desagradável ainda. A experiência em coletivo ta cada vez mais sendo considerado quando penso em ir pro cinema agora. 😢
A minha primeira experiência que me fez apaixonar pelo cinema, foi na decada se 80, quando as pessoas tinham educação. Sempre frequentei, apesar dos preços, agora, prefiro ficar em casa ao inves de pagar caro pra passar raiva. Sinto falta do local, mas minha saude mental vale bem mais
Obrigado PH, que reflexão incrível. Abriu meus olhos até para meus próprios comportamentos.
Sobre o q vc falou sobre era uma vez em Hollywood eu já vi acontecer em outros filmes tbm. Conheço gnt q ama o Stitch e os minions mas nunca assistiram ou nem se lembram de lilo e stitch e meu malvado favorito
Em primeiro lugar PH, eu te amo cara, vc é uma das minhas inspirações. Em segundo lugar, assim como o preço dos ingressos me afastou dos estádios de futebol, o mesmo fenômeno aconteceu comigo com o cinema. Tenho assinaturas que me permitem consumir a sétima arte e assistir aquele jogo que não passa na Plin plim. A imersão não é a mesma, mas a cada dia chega perto.
Ph vc é muito necessário! Que vídeo foda! Sou professora de história, escritora e roteirista, escrevo do interior do Rio e penso sempre em como fazer para levar aos meus alunos o gosto pelo cinema, mas cada vez mais entendo, que o que devo despertar é o gosto pelas narrativas em seus mais variados formatos! Sempre aprendo muito com vc!
Esperaram chegar de dezembro pra soltar o melhor video de 2023.
Ainda gosto do cinema mas nao igual antigamente, na epoca que assistia mais de 100 filmes no ano!
Quando Vou, escolho sempre a semana 3 ou 4, pois é eu e mais uns 10-20 nas salas, uma paz e uma maravilha a tela gigante!
Mas oq fez ir muito menos foi qualidade dos filmes caindo (no geral) e qualidade dos jogos só melhorar, ainda mais com sistemas de som que temos hoje, a imersao é sensacional!!!
Ai prefiro jogar que ver tv/filme/serie.
Caraca PH, último dia do ano, eu cozinhando o almoço e ouvindo suas reflexões... Essa questão de se colocar o cinema como o espaço ideal de consumo de filmes pra mim ainda fica pior quando a mídia de divulgação determina quais filmes devemos consumir nesse tipo de tela... Aquí em Salvador o filme Retratos Fantasmas só esteve em cartaz, ironicamente, no único cinema de rua que ainda temos na cidade... O meu interesse em assistir o novo filme dos três mosquiteiros com a maravilhosa Eva Green foi completamente frustrado, pois não deu tempo de me organizar pra assistir nos poucos dias que ficou em cartaz aqui em Salvador... Não chegou a ficar nem uma semana e as salas foram invadidas por Aquaman 2... Nesse caso, agora só me resta, de fato, as outras telas...
Reflexão perfeita, PH. Historiadora que sou, identifico os recortes e as leituras que vc faz estabelecendo o diálogo entre os significados e funções da imersão através dos meios e o poder da 'narrativa' que, inclusive sequestra pessoas de sua realidade, não só para outra de ficção, mas como reconstrói numa dimensão paralela a própria realidade de vidas vazias de significado coletivo preenchendo-as de significado fasc1st@ e, por óbvio, perigosíssimo. Parabéns, Cara!
Excelente reflexão PH. Como sempre, impressionante seus vídeos e reflexões
Os filmes q assisto no cinema, eu absorvo bem mais, o filme fica muito mais dentro de mim. Filme em celular, computador, tv, alguns desses filmes conseguem também, mas eles têm q ter uma narrativa extremamente excelente. Já no cinema, o filme tem q ser muito ruim mesmo prá eu ter ele descartado dentro de mim. Por isso continuo ainda gostando mais do cinema. É um realce, "prá se garantir o bom sucesso"
Gostei da pesquisa da Green, eu sempre gostei de HISTÓRIAS (ou narrativas), não importa a mídia, mas a que mais me passa imersão é na leitura - mídia que o pessoal vive esquecendo como tendo essa função. Ainda bem que não foi esquecido aqui.
Eu acho a experiência coletiva algo que ajuda muito na imersão de um filme e um exemplo disso pra mim, é ao acabar o filme/serie a primeira coisa que eu faço é procurar vídeos sobre, ler comentários das pessoas, ver o que elas perceberam que eu deixei passar. E faço isso no sentido de complementar minha experiência!
E sobre ver no celular, é um dos poucos lugares que vejo série e filmes que eu consigo focar 100%, pq se vejo na TV, no menor desinteresse eu pego o celular, passo o filme e etc. Então as vezes em grandes clássicos que sei que vou ter mais dificuldades de concentração eu vejo no celular justamente pra ficar imersa e não ter distrações - mas sim eu sinto falta de ver pequenos detalhes que a tela pequena não permite
Excelente você parar para reforçar a importância da narrativa e como até as redes sociais estão entrando na disputa!
TU ÉS GÊNIO, PH
PH Cinema é igual disco livro é experiência única um filme assistido no cinema é inesquecível mesmo que o filme seja ruim abraço brother Tmj
Minha teoria é de que assim como a tv aberta começou a concorrer com streaming assim tb o cinema. Lembro-me na época das locadoras que era uma eternidade p um filme sair do cinema para as locadoras e atualmente com tanta disponibilidade de filmes e séries no streaming essa espera é bem menos sentida fazendo com que no meu caso em particular n tenha tanta ansiedade em ver no cinema.
QUE AULA!
Ótima análise desse vídeo.
Olha, eu sou espectador de cinema desde 93. Eu me recordo bem o primeiro filme e todos os momentos especiais. Nos últimos anos, acredito que desde o fim da pandemia... é constante as telas ligadas no escuro do cinema e incomodando. Não consigo mais prestar atenção nos filmes, a experiência se torna frustrante e realmente vai fazer uma grande falta... a tela grande, a imersão... numa tela pequena ou na TV.. especialmente para produções específicas.. não tem comparação. Difícil. Precisa ter um custo para reviver essa experiência dentro de casa.
Que vídeo fantástico PH.
Cara esses vídeos verei de novo. Mas vc abriu a porta para uma reflexão que eu tenho: conhecimento é algo que só evolui quando e compartilhado e aí ele amadurece. E acho que esses dois vídeos são para serem vistos e revistos, parar e pensar.
Camarada PH
Que aula, Prof. PH!👏👏🖤🤍
Cara, uma aula. Que bom. Valeu PH
Pra mim, o rumo do cinema (de massas) tem sido uma escolha da indústria. É claro que existem formas "melhores" de se consumir um filme, mas seria como dizer q existem formas melhores de se consumir música a um show, ou peças ao teatro.
Eu terminei um relacionamento que tinha como um dos pilares o cinema
Desde lá meu apego tem sido pelos quadrinhos e pelas séries
Ainda amo a sala de cinema, mas não consigo enxergar mais o cinema como uma arte superior a essas outras duas
Pera, você se afastou do cinema pq terminou um namoro? 🤔
olá dr ph! bela visada, mas acho que faltou aquela olhadela sobre o que disse o marshall mcluhan de que "o meio é a mensagem" - talvez, o que está acontecendo seja mais importante que tais narrativas... eu por ex até 3 anos atrás vi os melhores filmes num laptop, hj já não, mas continuo não pagando streaming e ainda bem, desfrutando das coisas que gosto ... um abç!
Sensacional trazer este tipo de discussão. É um diferencial absurdo
De forma possível, como as novas gerações vão experienciar o cinema enquanto arte, cultura e lazer? O mundo da tecnologia da imagem, se deslocou para as pequenas telas, ampliando o comodismo do humano. Temos então a migração do interesse, que passa a ser a rapidez do consumo de ideias inconclusas, repassadas pelos feeds. A narrativa atual é moldar mentes com conteúdos rasos.
Eu dou like já no começo pq PH sempre capricha e isso já é motivo 😅
Bah, piá… Que eelícia o modo como tu compõe teu ensaio. E por favor, desenvolva os paranauês e os aprofunde com tua linha. Grande abraço.
Amei! Quero mais.
Brilhante 👏🏽👏🏽🫶🏽🫶🏽
Gosto demais das reflexões propostas por esse canal, do rapadura pro mundo esse PH.
2023 já deixou bem claro essa crise do cinema enquanto espaço. São vários os flops de bilheterias, dos mais diversos estúdios.
É por vídeos como esse que você é minha maior inspiração no TH-cam nacional.
Oxi, PH, eu tava aqui em casa, domingo de manhã, sem nenhuma pretensão além de ir ouvindo alguma coisa enquanto faço as tarefas de casa. Eis que me deparo com um papo mega profundo que fico pensando que há uns tempos só teria acesso dentro da faculdade ou algo assim. Sua narrativa acabou por ser metalinguagem (espero estar usando a expressão certo😅), pois com esse vídeo você permitiu o acesso a um debate super atual e bem rico ao falar sobre isso aqui no TH-cam, fora da área dos membros do canal. 🤌🏾🤌🏾
Muito obrigado pelo excelente conteúdo.
Obrigado PH, vc abriu minha cabeça para o assunto e trouxe pontos q nem imaginava.
Brabissimo!
Sobre o domínio da narrativa, eu percebi q uue a TV Globo conseguiu até certo ponto criar uma transição entre filme/série com O Auto da Compadecida. A experiência foi diferente entre formatos contando a mesma história.
O mesmo não deu tão certo com outras narrativas.
Uma aula, mermão! Show de bola!
"O meio é a mensagem" (Marshall Mcluhan)
A ultima vez que fui em cinema esse ano em shopping top da minha cidade a qualidade de imagem era pior que uma TV de entrada.
Ate como exemplo, os podcasts do Projeto Humanos e tambem o do Franca e o labirinto, me fizeram ter uma imersão absurda que filmes, não conseguiram.
que video bom!!!!!! excelentes reflexões, poderia ser um filme de tão bom!!! (brincadeirinha kkk) obg por esse video ph!
Eu cresci assistindo numa TV de 14 polegadas sem definição nenhuma, e mesmo assim alguns de meus filmes preferidos da vida foram vistos nesse aparelho.
Eu amo a sala de cinema, mesmo com as pessoas estranhas, e percalços que elas trazem; mas cada vez vou menos a esse lugar, cada vez mais caro e longe.
Ótimo video, com bom debate. A questão aqui não é afirmar que o cinema vai desaparecer, dando lugar ao Home Theater, com televisão de 50 polegadas e som de primeira linha. Até porque poucas pessoas possuem dinheiro para dispor dessa forma, além do que essa é uma discussão tão antiga quanto aquela que pregava o fim do rádio frente ao desenvolvimento da TV. A questão está mais para o vácuo de narrativas deixado para as outras telas consideradas menos importantes do que as telas de cinema. A arte, questionadora, provocativa, que ajuda a esclarece ao mesmo tempo que entretém, é pensada pelos seus criadores para as salas de cinema. Filmes como o primeiro Jurassic Park tem outra dimensão quando são vistos nas telas de cinema, ou seja, não é uma obra para ser vista na tela de um celular com fone de ouvido barato, se isso acontece, a história e suas críticas se perdem. O problema está aí, quando deixamos essas telas com vácuo de narrativas, outras narrativas se apropriam delas. O anti-intelectualismo, a pseudociência e em ultima instância o fascismo, entre outras distorções, acabam governando esse universo, criando um tipo "novo" de narrativa de conspiração, ajudando a desenvolver uma verdadeira era da pós-verdade, incluindo muito revisionismo histórico com os maiores absurdos.
O problema é que essas telas e suas lógicas de algoritmo e bolhas parecem perfeitas para a difusão dessas distorções, claro que agora com resistência, pois temos gente muito boa fazendo divulgação científica no TH-cam, por exemplo, mas sempre com grande difuculdade, enfrentando "enxames" de haters. Nesses novos tempos a cultura pop virou cenário de convencimento ideológico, sendo essas pequenas telas seu local de cooptação. Portanto, esses novos meios não podem ser ignorados, cabendo uma reformulação da arte visando esses locais de disputa, combatendo narrativas com narrativas, afinal como canta Milton Nascimento em sua canção "Nos bailes da vida": "todo artista tem de ir aonde o povo está".
O cinema (estabelecimento) está perdendo para o custo para os expectadores. Virou artigo de luxo. 2 pessoas gastam, no mínimo, 100,00 (só ingressos). Então, pagam 30,00 e assistem vários filmes com a família inteira, com amigos, etc.
Compreendo os receios sobre a percepção da arte, mas para mim esse é aquele mesmo debate de sempre sobre a morte do cinema (o streaming vai acabar com o cinema, a internet vai acabar com o cinema, a tv vai acabar com o cinema - e um extra: o cinema vai acabar com o teatro e a literatura).
Acredito que são modalidades diferentes, públicos diferentes e funcionalidades diferentes. Quem procura pelo cinema, não vai deixar de consumir e experienciar a imersão da arte por causa das redes sociais.
Acredito que seja um erro achar que o cineasta precisa acessar todas as pessoas. O cinema não é e nunca foi democrático (vide custo de distribuição, preço de ingresso, morte de cinema de rua etc).
Esse video foi uma aula 👏👏👏
Lembro que luxo era ter um aparelho de VHS, umas fitas e uma TV de tubo 14" no quarto. 😂😂😂 Tenho conseguido ver "meus" filmes muito bem em casa com uma TV 4k e um Soundbar e algumas outras vezes no notebook com um fone de ouvido. Chega a ser melhor do que no cinema. Falando em cinema os últimos filmes que fui ver foram o Missão Impossível 7 e Homem-Aranha: Através do amanha verso. Me arrependo apenas de não ter ido ver Oppenheimer. O problema de muitos hoje é a ansiedade e nada mais. E o cinema físico é infelizmente algo que logo logo acabará.
O PH comprova seu ponto quando faz uma narrativa tão poderosa que independe de eu estar assistindo pelo celular.
Eu não entendia o apelo ao cinema porque não me importava com a tela grande ou o som, as outras pessoas comendo, falando ou entrando e saindo da sala me atrapalhavam demais. Mas a crítica sempre foi que eu não tinha conhecimento o suficiente para entender a arte 🙄
E especialmente como estudante de comunicação, adoro que tirem a cultura desse pedestal elitizado.
vídeo novo do PH reflexões: cliquei mais rápido que a luz
Eu tava escrevendo um grande comentário em resposta a um querido dos comentários, mas tudo apagou. Que ódio. Vou ter que refazer e volto aqui
PH Faz uma analise da serie netflix Samurai de olhos azuis
Bom dia ! Você pode fazer analise do manga ou anime de Jujutsu kaisen! Agradeço desde já pela atenção!
O conceito de "janela" de André Bazin, na minha opinião pessoal (ou interpretação dos livros) está mais relacionado à capacidade de o cinema, enquanto obra, proporcionar uma experiência de verossimilhança que faça com que o espectador se esqueça, por algum momento, de que está diante de um construto. Tem menos a ver com a estrutura física das salas de cinema ou das telas em si, e mais com a estrutura fílmica, embora tudo isso junto constitua o que chamamos de cinema. A imersão de que Bazin fala está relacionada às estratégias audiovisuais utilizadas pelos cineastas. Mas sim, sala de cinema com gente berrando não me faz imergir em filme algum, independente do tipo de montagem ou de construção narrativa executado.
FAlei sobre isso. Escutaí de novo!
Falei: estou usando de gatilho, ele não falou sobre a sala em si, maaaas... E, como falo de imersão, não tem como não falar do cinema em si.
@@phsantos, sim, eu compreendo o que você está dizendo. É uma boa área para pesquisa. Não tenho visto grandes mudanças nas formas de construção narrativa no cinema atual, mas no que diz respeito à espacialidade e às formas de se consumir as obras, as mudanças foram gigantescas e de fato impactam na imersão.
A narrativa é imperiosa, mas não é um imperativo categórico. Ela pode ser superlativa ao meio, conquanto não seja soberana para se manifestar sem ele. Um meio pode potencializar a sua "visão", mesmo que se adapte, em maior ou menor grau, a qualquer outro veículo para seu transporte. O narrador pode planejar o fluxo narrativo para adequá-lo melhor ao meio no qual visualizou a sua visão, não que isso seja um impeditivo para a sua projeção em outros. O expectador é outra instância nesse quebra-cabeça da imersão. A perspectiva do autor é planejada, mas não é determinística, porque o observado não é independente do observador. A interação necessária para a visão já altera o que é visto. A narrativa lançada é uma sobreposição simultânea de possibilidades, que irá colapsar em alguma delas, condicionada por suas probabilidades, contexto, momento e aparato observacional escolhido.
Acho que um comparativo interessante seria pensar em livros. Livros são capazes de realizar esse transporte e não é questionado se o leitor esta em casa ou num biblioteca. Se é possível a imensão via leitura, em sua casa porque o audiovisual que daria até mais estimulos não teria essa capacidade?
Ta muito boa essa discussão
PH, vai ter crítica de Ritmo de Natal? Novo filme da Taís Araujo, natal preto
Trabalhando em átea de Ouvidoria pública, esse transporte estudado oor Geeen é flagrado ainda além da ficção e seu contexto e meio.
Pois é. Os estudos mais recentes dela todos descambaram pra opinião pública. E, obviamente, caíram pra política.
Imersão em cinema hj é muito difícil...sempre tem algum chatos com suas conversas e celulares.
PH, vai rolar alguma análise/crítica de PLUTO? Da Netflix?
Sim
falar que o cinema é o unico lugar que se pode ter imersão é um elitismo gigante, mas ainda prezo por me dedicar 100% a um filme quando dou play nele em qualquer tela que seja, a duração seja qual for
Aula!
PH, creio que os números que vc apresentou não mostrem exatamente uma preferência pelas pequenas telas. Acho que eles refletem mais uma acessibilidade. Sei que vc comentou que o cinema estaria virando algo elitista, e eu concordo. Mas eu usaria elitista no sentido de custo, e não de conteúdo. Não sei se ficou clara essa minha colocação.
Não tenho o hábito de ler livros em bibliotecas, quadrinhos em livrarias, também não apeoveito tanto assistir a um filme na TV ou no celular. Não existe uma conexào com a mídia. Como um aperitivo, ele serve ao proposito mas não alimenta de verdade.
Concordo que o cinema, quadrinhos, livros, eventos culturais e a música tem se tornado cada vez mais elitista. Não existe mais o prazer de imergir em alguma coisa, mas o de estar relacionado a aquilo.
taba discutindo isso hj na casa da minya sogra, falando exatamente isso.... aqui ... nunca mais assistimos um filme todos juntos... tudo eh muito individual, algoritimizado