É difícil assustar o leitor num gibi. É muito diferente do cinema,por exemplo,em que preguiçosamente alguns diretores só usam jump scares pra pegar o espectador de surpresa. Junji Ito usa o psicológico e consegue realmente incomodar, senão perturbar. Me lembro de uma história curta sua,onde apareciam buracos numa montanha com o exato formato de uma silhueta de pessoa. E os moradores do lugar iam entrando nessas passagens,que eram tão perfeitas para cada um que bastava ficar na entrada e seus corpos iam deslizando até o fundo. E claro, não dava pra voltar depois. O quão perturbador é isso? Como diz Stephen King,o horror não é tomar um susto com algo caindo no chão. Horror é você chegar em casa e ver que está tudo normal,mas perceber apenas de leve que tudo o que estava ali foi trocado por uma cópia perfeita.
Excelente, a tradição estética japonesa é realmente única quando falamos de horror. A história do Oshikiri me lembra muito as teorias do duplo do Freud, em que vemos ali algo familiar e algo muito desconfortável. A questão do duplo é abordada na literatura por vários autores meio que confirmando a teoria do Freud, mas não conhecia essa versão do Junji Ito, sempre descobrindo coisas novas por aqui. Obrigado pela excelente dica.
Eu sou um apaixonado por Frankenstein de Mary Shelley e não fazia ideia que tinha essa adaptação do Junji ito, o que me atrai logo de cara. Eu gostaria de acrescentar aqui, como fã desse clássico do terror na literatura, que não é uma história de monstro, mas um desabafo social. Foi escrito por uma adolescente, no auge do romantismo europeu em uma noite chuvosa dentro do suntuoso castelo do Lord Byron. Infelizmente, na maioria das adaptações, não se leva em conta a real discussão dentro do livro que são questões como o abandono, a segregação, a discriminação, o patriarcado e muito mais. A obra ficou muito marcada pela profanação de corpos, o experimento de criar vida e acabou esvaziando toda a mensagem que ela queria passar com esse conto. O que me frusta muito, pelo menos nas adaptações cinematográficas. Mas claro que, eu não vou atrás de uma versão do Junji ito buscando fidelidade a Mary Shelley, a proposta ali talvez seja outra e talvez ele ofereça algo muito recompensador em troca.
Pô ksks que estranho ver o Linck mais novo e sem muita malemolência na hora de falar. Ele tá todo fofinho. Ótimo vídeo, inclusive, mas seria legal refazê-lo.
Bastante interessante seu comentário sobre o romantismo na representação da criatura de Frankenstein. Creio que isso se deva à primeira adaptação de sucesso dessa narrativa, para o teatro ( de fato, realizei a tradução de uma dessas peças teatrais adaptadas que será lançada pela editora Sebo Clepsidra). O livro em si é mais sugestivo e vago no que tange à criatura - embora valorize, nas aparições dela, o elemento "sublime", que informa o romantismo estético descrito no vídeo. Assim, a criatura sempre aparece em locais grandiosos - geleiras, florestas, montanhas -, como uma encarnação viva dos quadros de Casper David Friedrich. É interessante uma outra perspectiva nesse sentido, como a de Junji Ito ou a versão "camp" anárquica do hoje pouco lembrado Paul Morrissey em seu filme "Flesh for Frankenstein" (1973).
Vou procurar esse Frankenstein. Um trampo muito massa do Junji Ito é a adaptação de No Longer Human que ele fez daquele romancista japonês que agora não lembro o nome.
Consegue ser mais legal que a versão Marvel doTony Isabella e do Mike Ploog ? Está da Marvel foi a adaptação que eu mais gostei até agora … os desenhos do Ploog são um show a parte , e um clima de tragedia fantástico …
Terminei de ler o livro Frankstein ontem e a parte do horror mesmo não tem na escrita, é mais centrado no ego do doutor então fica muito enfadonho :(( como li Tomie e me apaixonei, vou procurar esse quadrinho também! obrigada pela indicação :)
É difícil assustar o leitor num gibi. É muito diferente do cinema,por exemplo,em que preguiçosamente alguns diretores só usam jump scares pra pegar o espectador de surpresa. Junji Ito usa o psicológico e consegue realmente incomodar, senão perturbar. Me lembro de uma história curta sua,onde apareciam buracos numa montanha com o exato formato de uma silhueta de pessoa. E os moradores do lugar iam entrando nessas passagens,que eram tão perfeitas para cada um que bastava ficar na entrada e seus corpos iam deslizando até o fundo. E claro, não dava pra voltar depois. O quão perturbador é isso? Como diz Stephen King,o horror não é tomar um susto com algo caindo no chão. Horror é você chegar em casa e ver que está tudo normal,mas perceber apenas de leve que tudo o que estava ali foi trocado por uma cópia perfeita.
Sensacional!
Vi essa história ai faz meses, fico arrepiada ate hoje sempre que lembro
Atrevo dizer q uma das melhores histórias dele
Qual é o nome dessa história? Parece interessante
Você chegou adiantado em dois anos: o QnS postou há poucos dias um short sobre essa história haha.
Excelente, a tradição estética japonesa é realmente única quando falamos de horror. A história do Oshikiri me lembra muito as teorias do duplo do Freud, em que vemos ali algo familiar e algo muito desconfortável. A questão do duplo é abordada na literatura por vários autores meio que confirmando a teoria do Freud, mas não conhecia essa versão do Junji Ito, sempre descobrindo coisas novas por aqui. Obrigado pela excelente dica.
Eu sou um apaixonado por Frankenstein de Mary Shelley e não fazia ideia que tinha essa adaptação do Junji ito, o que me atrai logo de cara. Eu gostaria de acrescentar aqui, como fã desse clássico do terror na literatura, que não é uma história de monstro, mas um desabafo social. Foi escrito por uma adolescente, no auge do romantismo europeu em uma noite chuvosa dentro do suntuoso castelo do Lord Byron. Infelizmente, na maioria das adaptações, não se leva em conta a real discussão dentro do livro que são questões como o abandono, a segregação, a discriminação, o patriarcado e muito mais. A obra ficou muito marcada pela profanação de corpos, o experimento de criar vida e acabou esvaziando toda a mensagem que ela queria passar com esse conto. O que me frusta muito, pelo menos nas adaptações cinematográficas.
Mas claro que, eu não vou atrás de uma versão do Junji ito buscando fidelidade a Mary Shelley, a proposta ali talvez seja outra e talvez ele ofereça algo muito recompensador em troca.
Caraca, o senhor sarjeta era bem mais tímido nessa época😅
Pô ksks que estranho ver o Linck mais novo e sem muita malemolência na hora de falar. Ele tá todo fofinho. Ótimo vídeo, inclusive, mas seria legal refazê-lo.
Achei muito engraçado 7:30 o linck falando da pior cena possivel na maior tranquilidade.
Bastante interessante seu comentário sobre o romantismo na representação da criatura de Frankenstein. Creio que isso se deva à primeira adaptação de sucesso dessa narrativa, para o teatro ( de fato, realizei a tradução de uma dessas peças teatrais adaptadas que será lançada pela editora Sebo Clepsidra). O livro em si é mais sugestivo e vago no que tange à criatura - embora valorize, nas aparições dela, o elemento "sublime", que informa o romantismo estético descrito no vídeo. Assim, a criatura sempre aparece em locais grandiosos - geleiras, florestas, montanhas -, como uma encarnação viva dos quadros de Casper David Friedrich. É interessante uma outra perspectiva nesse sentido, como a de Junji Ito ou a versão "camp" anárquica do hoje pouco lembrado Paul Morrissey em seu filme "Flesh for Frankenstein" (1973).
Excelente! E bom saber que esse material sairá!
Muito feliz que o Pipoca vai publicar esse, quase peguei a edição em inglês, confio muito na editora, ótimo vídeo!
Eles vão??? 😍
@@brunaaraujo3652 Acabaram de anunciar a pré-venda!
Mesmo o vídeo sendo antigo ele é bom
O link era meio tímido com a câmera nesse começo de canal. Até gaguejava ksksks.
Agora ele ta na nossa sala gritando kkkkkk amo
Traços muito bem feitos 😮.
Ótimo vídeo!
Vou procurar esse Frankenstein. Um trampo muito massa do Junji Ito é a adaptação de No Longer Human que ele fez daquele romancista japonês que agora não lembro o nome.
O tio da capa aí parece o Cristopher Walken...🤔😄
Preciso comprar!!!👏🏻
História muito boa do Junji Ito, surpreso por ter adorado os Contos do Suichi, queria que tivesse um livro só desses contos, meio um Uzumaki 2.0
Meu criador morreu ❤❤ chorei mto nessa parte e peguei amor ao Frankstein
O estilo de arte nessa obra me lembra bastante o terror de turma da Monica na saga Unbra da parte da torre
"Escada em espiral para o inferno"... adotando! ^^
Consegue ser mais legal que a versão Marvel doTony Isabella e do Mike Ploog ? Está da Marvel foi a adaptação que eu mais gostei até agora … os desenhos do Ploog são um show a parte , e um clima de tragedia fantástico …
Soichi e um dos melhores personagens dele
Terminei de ler o livro Frankstein ontem e a parte do horror mesmo não tem na escrita, é mais centrado no ego do doutor então fica muito enfadonho :((
como li Tomie e me apaixonei, vou procurar esse quadrinho também! obrigada pela indicação :)
vim pelo crhono, ele fez um rap com um flow maravilhoso sobre esse mangá ent vim pesquisar sobre!
jinji ito curte muito fibnaci, sei la, o espiral dele, aparece em muitos mangas dele
Se Junji Ito errou foi tentando acertar, amém
Muito bom esse mangá bem sinistro do que o filme.
Saiu aqui🤙
Acertou em cheio pois é o proximo lançameto do PIpoca e Nanquim
Tomie vale a pena?
Calma que ainda vou dizer!
um dia junto Ito escreveu errado, e assim foi criado o latim,
um dia junji Ito desenhou errado, e assim foi criado o padrão
Eu amo junji ito eu quero muito comprar uzumaki
Existe alguma versão traduzida?
Oficialmente ainda não, mas ce deve achar caído de algum caminhão
@@SpaceRocks1993 ahahahaha
E a versão em espanhol está somente com 190 páginas, incompleta.
@@14victorlimateteus13 ela é uma história mais curta mesmo, se bem me lembro
@@estranhow tô ligado.
Na versão em inglês diz que tem outras histórias, meio que uma coletânea.
Talvez essa do Frankenstein seja pequena mesmo
Mas caceta, o que diabos eu tô falando no vídeo?!?!?! 😠
Vim do futuro avisar que vai ser publicado pela Pipoca e Nanquim
KKKKKKKKKKK AINDA BEM
o link todo timido gente nem parece o mesmo canal