A intensidade do orgasmo da mulher a partir do Teorema de Tirésias

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  • เผยแพร่เมื่อ 30 ม.ค. 2024
  • A mulher tem uma capacidade inesgotável de sentir prazer sexual. A intensidade desse prazer faz parte da nossa natureza. Há constatações desse potencial erótico feminino desde a Grécia antiga em relatos da mitologia. Estamos falando agora de milhares de anos atrás e desde aquela época o poder do orgasmo da mulher e as possibilidades que o corpo feminino oferenda ao prazer sexual já eram muito bem conhecidos e retratados. Segundo o professor Cláudio Moreno do podcast “noites Gregas” (um podcast que eu super recomendo, eu piro com as histórias contadas ali), o que os relatos nos contam sobre esse assunto é que Hera, esposa de Zeus, o mais infiel de todos os maridos do panteão dos deuses do Olimpo, um belo dia cansada de perseguir as amantes de seu esposo e seus respectivos descendentes, resolveu reclamar as infidelidades que aconteciam em seu casamento. Por que ele faz isso com ela? Essa era a pergunta. E para Zeus duas coisas justificam o seu comportamento. A primeira justificativa é que, segundo ele, é preciso espalhar as suas sementes e povoar o mundo com o lastro da sua masculinidade. Esse discurso atualmente chega a machucar nossos ouvidos. E o segundo motivo é uma revelação e uma queixa ao mesmo tempo, ele disse para sua esposa que o gozo do homem é ínfimo se comparado ao da mulher e que ele tem que compensar com quantidade a falta de qualidade do orgasmo masculino. Hera evidentemente não aceitou tais justificativas e que mulher aceitaria não é mesmo? e mediante um impasse entre o casal Zeus convocou Tirésias que é o mais importante adivinho de toda mitologia. Tirésias sabe demais, ele é o único que já experimentou os dois tipos de amor, as duas vênus, pois por sete anos ele é homem e por sete anos mulher. Ele declarou então mediante resposta a Zeus, o seu teorema, o teorema de Tirésias: das dez partes do prazer o homem tem uma e a mulher tem nove. Nove a um. Um escândalo. Esse nove a um é pior do que o famigerado sete a um.
    A Grécia antiga foi uma cultura bastante machista, mas curiosamente, em termos da sexualidade feminina, com o advento do cristianismo, a chegada de doutrinas religiosas diversas e a consolidação do patriarcado pior foi ficando para nós. Um corpo que foi reduzido a procriação e qualquer tipo de contato erótico ou lúdico considerado pecado. Tudo ligado ao prazer sexual se tornou proibido e reprimido, e assim de nove pontos de prazer nos restaram nenhum. Aos poucos estamos novamente conquistando esse lugar do direito ao gozo.
    A sexualidade feminina não é, nunca foi e nem nunca será uma coisa assim, “by the book”. O que eu quero dizer com isso é que podemos gozar múltiplas vezes e de múltiplas formas. A escritora Isabel Allende em seu livro Afrodite (para quem não sabe Afrodite é a deusa do amor sensual e, diga-se de passagem, a minha deusa preferida) diz que para as mulheres os melhores afrodisíacos são as palavras. O Ponto G está nos ouvidos. Esse é só um exemplo de nove.
    Mulheres, nunca se esqueçam disso que vou falar agora: somos as donas da casa e as donas da cama, merecemos e vamos ser felizes fazendo amor por toda a nossa vida e pelo tempo que durar a nossa existência. Ah! E não se esqueçam também de acender vela para Afrodite porque o amor verdadeiro é caro e raro, e quando vem junto com o tesão, aquele tipo de tesão que se modifica, mas não se esgota com o passar dos anos, aí é pura sorte e presente da deusa.

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