Castelo de Montemor-o-Velho, lugar onde foi decidido o fatídico destino de Inés de Castro - Portugal
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- เผยแพร่เมื่อ 27 ธ.ค. 2024
- O Castelo de Montemor-o-Velho localiza-se na Vila e Município de Montemor-o-Velho, Distrito de Coimbra, em Portugal. A primitiva povoação do sítio de Montemor-o-Velho remonta à pré-história, ocupada sucessivamente por Romanos, Visigodos e Muçulmanos, atraídos pelo estanho da Beira Alta, escoado pelo curso do Mondego. Da época romana, são testemunhos alguns dos silhares de pedra integrados na base da torre de menagem do castelo medieval.
Em posição dominante sobre a vila, na margem direita do rio Mondego, à época junto à sua foz, no contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, constituiu-se um ponto estratégico na defesa da linha fronteiriça do baixo Mondego, em particular da região de Coimbra. Foi, por essa razão, a principal fortificação da região, da época.
As primeiras referências documentais à povoação e seu castelo remontam ao século IX, quando Ramiro I das Astúrias e seu tio, o abade João do Mosteiro do Lorvão, o conquistaram (848). O soberano transmitiu ao tio estes domínios, com o encargo de defender o castelo, mantendo-lhe guarnição, cuja alcaidaria João entregou a D. Bermudo, seu sobrinho filho de sua irmã, D. Urraca. Ainda naquele ano resistiu ao cerco que lhe foi imposto pelo emir de Córdova, Abderramão II.
A posse da região entre os rios Douro e Mondego alternou-se entre cristãos e muçulmanos desde a segunda metade do século X até ao início do XI. De acordo com a Crónica dos Godos, a primitiva fortificação de Montemor foi conquistada pelas forças de Almançor a 2 de Dezembro de 990, que a terão reedificado, passando a ser seu "tenens" Froila Gonçalves, para ser recuperada pelos cristãos Mendo Luz, 1006 ou 1017, sucedido no governo do castelo por Gonçalo Viegas, novamente conquistada pelos muçulmanos (1026), reconquistada por Gonçalo Trastamariz (Crónica dos Godos, 1034), que ficou como seu governador e fronteiro-mor. De volta à posse muçulmana, a posse cristã definitiva, entretanto, só ocorreria sob Fernando Magno após a conquista definitiva de Coimbra (1064), assegurando a fronteira no Mondego.
A sua importância estratégica fez desta vila um centro de atracção, tendo recebido o primeiro foral em 1212. Montemor foi ainda, durante séculos, terra de infantado, primeiro de Sancho I e D. Teresa, depois de D. Afonso IV (1322), mas também de D. Pedro, Duque de Coimbra (1416). Em 1472 D. Afonso V faz Marquês de Montemor-o-Velho D. João de Portugal, mais tarde Duque de Bragança.
Após a morte de D. Sancho I, o alcaide de Montemor recusou-se a prestar vassalagem a D. Afonso II (1211-1223), devido a desacordo testamentário entre este monarca e suas irmãs - D. Teresa e D. Mafalda - relativos à doação a estas do castelo e seus domínios. Cercado pelas forças do soberano, tendo a infanta D. Teresa aqui se refugiado, o sítio acabou sendo levantado e a questão sanada graças à intervenção do Papa Inocêncio III. Já em 1216, sentenciou que tanto este, quanto o Castelo de Alenquer fossem entregues à Ordem dos Templários. Neste período, um novo foral é mencionado, em 1212, passado pelo soberano.
Mais tarde, no contexto da rebelião do infante D. Afonso, futuro D. Afonso IV, contra seu pai, o rei D. Dinis (1279-1325), o castelo desguarnecido, foi conquistado sem combate pelas forças do príncipe a 1 de Janeiro de 1322. Neste período, no século XIV, foi objeto de uma ampla reforma, acreditando-se datar desta fase a construção da barbacã e do troço da cerca a Norte. Foi aqui, na sua alcáçova, a 6 de Janeiro de 1355 que D. Afonso IV se reuniu com os seus conselheiros para decidir a sorte de D. Inês de Castro, daqui tendo partido em direção a Coimbra, no dia seguinte, para a executar D. Inés de Castro.
A importância militar e estratégica deste castelo manteve-se ao longo dos séculos seguintes, afirmando-se que as suas grandes dimensões permitiam aquartelar até cinco mil homens de armas em seu interior. É fato que o seu comando foi sempre exercido por figuras de destaque da nobreza de Portugal. Em 1472, D. Afonso V 1438-1481 faz marquês de Montemor-o-Velho, a D. João de Portugal, mais tarde duque de Bragança.
No início do século XIX, no contexto da Guerra Peninsular, as suas dependências foram ocupadas pelas tropas francesas de Napoleão, sob o comando de Jean-Andoche Junot, entre 1807 e 1808. Três anos mais tarde, no caminho da retirada das tropas derrotadas de André Masséna, foi saqueado e depredado, juntamente com a vila.
A igreja de Santa Maria da Alcáçova no seu interior, remonta ao século XI, mas as reconstruções e acrescentos que se realizaram ao longo de vários séculos alteraram a sua traça primitiva. Foi reedificada definitivamente no primeiro quartel do século XVI. período de afirmação, em Portugal, do estilo manuelino (obra atribuída ao arquiteto Francisco Pires, sob a ordem do bispo-conde D. Jorge de Almeida).
Impressionante técnica em construção em pedra.
Sem dúvida amigo Sérgio, eu sou um grande admirador das construções antigas feitas em pedra!
Penso até que talvez tenham sido as melhores construções de todos os tempos, tanto a nível de beleza, como amigas do ambiente; por vezes verdadeiras obras de arte!
Sou completamente rendido a estas estruturas antigas, tanto que até sou proprietário também de uma bela casinha, construída com pedra de granito.
Abraços amigo Sérgio ❤❤
👍
Simplesmente fantástico como descreve a história do Castelo e sua redondezas. Bem merecido um doce de Tentugal. Saúde e muitos anos vida um grande abraço amigo
Os doces de Tentugal, são uma verdadeira iguaria conventual, que sobreviveu até aos nossos dias e que vem da época dos imensos conventos que existiam na região de Coimbra. Já por si um verdadeiro motivo para uma visita. De facto eu não consegui resistir esse dia, vendo-me obrigado a levar uma dúzia deles para casa, tendo também aproveitado ao mesmo tempo para fazer o trabalho já apresentado, do Paço arruinado, dos Duques do Cadaval, que fica mesmo ali ao lado.
Muito obrigado pela sua presença, sempre bem vinda mais uma vez meu amigo Barbosa.
Sempre com os meus melhores votos de muita saúde❤❤
Este é um dos mais magníficos castelos da Europa, com certeza. Obrigado pelo belíssimo vídeo, como sempre.
Trata-se de um belo monumento histórico, dos castelos mais antigos de Portugal, assim como o castelo de Marvão, são dois dos maiores exemplares de nosso país, que sem dúvida dos mais belos castelos medievais da Europa.
Grato pela sua inestimável presença, sempre meu amigo.
Um grande e fraterno abraço❤❤
Boa noite muito bonito não conheço, 😂 desculpe por estar a comentar conheço este canal a pouco tempo mas estou a gostar muito obrigada
Não tem que se desculpar de nada minha querida amiga...os comentários aqui no canal são sempre bem vindos e salutares, desde que sejam mantidos dentro das normas do respeito e da boa educação; eu só lhe tenho agradecer por isso, ficando muito satisfeito.
Seja sempre bem vinda e esteja á vontade para participar com seus comentários.
Um grande beijinho; tudo de bom que lhe desejo❤❤