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ZONA DE INTERESSE | CrÃtica: Tudo normal na casa ao lado
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- āđāļāļĒāđāļāļĢāđāđāļĄāļ·āđāļ 8 āļ.āļ. 2024
- The Zone of Interest (Zona de Interesse, Janathan Glazer, 2023) | ð Oscar 2024
O comandante do campo de concentraçÃĢo de Auschwitz, Rudolf HÃķss, e sua esposa Hedwig, vÃĢo viver a vida dos sonhos em uma casa prÃģxima ao campo. Uma vida normal. Uma vida que nÃĢo deveria ser assim. Mas ÃĐ.
#ZonaDeInteresse #alÃĐmdatela #oscar2024
E o engasgo que foi se formando ao longo da crÃtica terminou por sufocar. Obrigada, Ph. Nunca ÃĐ somente sobre cinema.
Faço dessas minhas palavras
Arrependa aqui.
ApÃģs o final da segunda guerra e do julgamento dos nazistas que nÃĢo fugiram ou se mataram, houve uma grande discussÃĢo sobre a culpa da populaçÃĢo comum. Muitos afirmaram que nÃĢo sabiam o que acontecia nos campos de concentraçÃĢo, mas a verdade era que nÃĢo ligavam, pois os trens abarrotados de pessoas entravam trazendo prisioneiros dos mais variados lugares e saiam sempre vazios. Qualquer um saberia que no mÃnimo existia algo muito errado, mesmo assim, ninguÃĐm queria pensar sobre isso. Claro que tambÃĐm existiram alguns alemÃĢes que arriscavam suas vidas tentando apoiar essas pessoas, da forma como era possÃvel. Mas a grande maioria nÃĢo queria saber de nada.
Isso tambÃĐm ÃĐ estudado por Hannah Arendt em seus livros. NinguÃĐm se importava com aqueles que eram considerados âdiferentesâ, nÃĢo havia empatia com quem nÃĢo era considerado um igual, essa âdesumanizaçÃĢoâ seria a porta de entrada para a barbÃĄrie, que assim era facilmente tolerada pelo cidadÃĢo comum.
AtÃĐ hoje isso acontece, onde a empatia sÃģ ÃĐ reservada para quem ÃĐ considerado um igual, com as mesmas ideias, a mesma cor de pele, a mesma orientaçÃĢo sexual, a mesma posiçÃĢo polÃtica, etc. Quanto aos restantes, os direitos humanos nÃĢo seriam aplicÃĄveis, assim, tanto faz se esses indivÃduos sÃĢo regularmente atacados. Afinal a existÊncia deles e a consequente igualdade de direitos, afronta os que se consideram como ânormaisâ, ânaturaisâ, âpurosâ, âescolhidosâ.
O nazismo nÃĢo foi pregado sob o deserto, ele sÃģ convenceu a maioria da populaçÃĢo alemÃĢ porque trabalhou em uma perspectiva que jÃĄ existia antes. Infelizmente essa visÃĢo de desumanizaçÃĢo do outro, do diferente, continua existindo. Assim, a porta ainda nÃĢo foi fechada e a barbÃĄrie continua querendo se estabelecer, sempre com um discurso de violÊncia e morte como algo natural, como resposta direta a todos os males da sociedade, onde a maioria iria aceitar fechar os olhos para que novos monstros sujem suas mÃĢos com esses âdiferentesâ.
Quando vocÊ vai em Berlim e visita dois museus na cidade, entende os prÃĐ campos, ÃĐ impossÃvel fingir que nÃĢo sabia.
@@phsantos Ãtima anÃĄlise PH. ReflexÃĢo embasada de alto nÃvel, fazendo pensar. Por isso tive que me tornar membro, apoiando esse conteÚdo de excelÊncia, apesar do pouco dinheiro. ParabÃĐns!
Sim, ela chamava de âbanalizaçÃĢo do malââĶ
Ajuda demais,@@eduardoreis7147
O oficial nazista Eichmann alegou que sÃģ cumpria ordens, daà o livro "Eichmann em JerusalÃĐm" e toda a filosofia de Arendt.
à como o "pai de famÃlia" que vemos no filme. Um "trabalhador como qualquer outro", que queria sustentar a familÃa e ganhar uma promoçÃĢo.
Esse ÃĐ o filme definitivo sobre nazismo. O que sempre me incomodou em filmes desse tema ÃĐ a forma como tratavam os nazistas, como grandes vilÃĩes psicopatas etc que estÃĢo bem longe da nossa realidade e do nosso tempo de vida... retratado como uma coisa bizarra do passado. Esse filme traz algo que ÃĐ extremamente palpÃĄvel. Inclusive nos faz refletir sobre as outras formas de violÊncia que vemos e nos omitimos diariamente....
Qual foi a Última vez que vc fez uma caridade/deu esmola?
Achei o comentÃĄrio incrÃvel, estava pensando exatamente nisso
"VÃĄ e Veja" ÃĐ outro que tbm ÃĐ mt bom
PH ÃĐ gÊnio. Essa pergunta final foi arrebatadora.
O menino mais novinho tambÃĐm percebe o que ronda o local, tem uma cena Ãģtima onde ele estÃĄ brincando e ouve a "caça" a uma criança que foi pega com uma maçÃĢ e ouve-se gritos de criança e tiros, o menino sai de perto da janela volta a brincar e exclama: para vocÊ nunca mais fazer isso. Eu chorei nessa cena!
nossa
Essa resenha, tÃĢo permeada de emoçÃĢo, me fez decidir comprar o ingresso pra hoje mesmo.
ParabÃĐns pelo texto magnÃfico, PH.
A analogia com o farol no sinal vermelho com os moradores e pedintes foi sucinta, foda demais PH!
Ainda nÃĢo assisti o filme mas a histÃģria dele me fez lembrar muito de um momento da minha infÃĒncia;
Eu sou de Rio branco - Ac tenho 36 anos e lembro que aos 4 ou 5 anos morava em Brasileira cidade de fronteira com a BolÃvia no interior do Acre.
Lembro que a gente morava numa casa com um quintal bem grande e cheio den arvores no fundos, meu pai fez 2 balanços no galho de uma das arvores 1 pra mim e outro p meu irmÃĢo mais velho;
Lembro q por muitas vezes a gente ficava balançado lÃĄ enquanto minha mÃĢe lavava roupa e a gente escutava gritos ...as vezes eu nao entendia e outras (os gritos mais desesperados) acabava intendendo(hj sei que os que eu intendia eram brasileiros) eu e meu irmÃĢo escutavamos mas logo voltavamos a brincar......
Um tempo depois ocorreu um episÃģdio de um desconhecido bater na nossa porta dos fundos, tentar arrombar janelas e nao conseguir invadir a casa a meu pai decidiu mudar.
Resumo da histÃģria:
Nos moravamos nos fundos do presÃdio de Cobija -BO sÃģ que do lado Brasileiro, mas nosso quintal p muro p presÃdio era um lago e o cara que tentou entrar na nossa casa era um fugitivo.
Ph, essa foi a melhor crÃtica que vocÊ jÃĄ fez, na minha humilde opiniÃĢo. VocÊ conseguiu passar a sua raiva com tudo o que o filme retrata alÃĐm de chamar a minha atençÃĢo para coisas que eu nÃĢo tinha pensado ainda. Eu vou passar alguns dias refletindo sobre o filme e sobre a sua crÃtica. Muito obrigada.
O que mais dÃģi ÃĐ ver Israel hoje flagelando Palestinos sob as bençÃĢos de grande parte mundo! Como Israel pode flagelar irmÃĢos de terra, judeus, depois de tudo que sofreram no sÃĐculo passado!? Como eles conseguem ? O que fazer com tanta banalidade e normalidade do mal? Hoje sabemos e vemos tantas coisas absurdas e o mÃĄximo que fazemos ÃĐ notas de repÚdio, e depois a vida segue normalmente. No passado alegavam que nÃĢo sabiam o que estava acontecendo...e hoje? O quanto somos cÚmplices de tantas barbaridades que logo se tornarÃĢo mais um, mais outra, e mais outra...e que serÃĢo empilhadas por milhares de outras e simplesmente seguimos a vida. TerrÃvel essa reflexÃĢo mas ÃĐ uma realidade de todos nÃģs...simplesmente seguimos a vida! Qual o nosso poder , hoje, pra mudar essa realidade!
vc deve separar, para entender, açÃĢo e reaçÃĢo, analise o que aconteceu naquela negra manhÃĢ de um sabado festivo 07.10.23.
sim, sabemosâ@@albareginakullock4629 Sim, sabemos. JÃĄ estÃĄ comprovado que a operaçÃĢo era de conhecimento prÃĐvio de Israel, que deixou que ocorresse como pretexto (incrementado pelo assassÃnio de nacionais pelo prÃģprio exÃĐrcito), para recrudecer o que jÃĄ praticava hÃĄ 75 anos, desde que foi agraciado por um territÃģrio que jÃĄ tinha dono, repartido por imposiçÃĢo da Europa, que nÃĢo queria judeus em suas terras.
Hoje a informaçÃĢo tem mais meios para circular, mas a guerra hÃbrida desenvolveu estratÃĐgias ainda mais sofisticadas (inspirada, inclusive, naquelas inauguradas pelo regime nazista, com desinformaçÃĢo e mobilizaçÃĢo de afetos). Afetos de Ãģdio que sÃĢo intensificados, porÃĐm jÃĄ estÃĢo presentes, ao menos potencialmente, nas pessoas que se recusam a enxergar a realidade e/ou a irem saber mais de geopolÃtica e HistÃģria.
Israel se defende, luta por sobrevivÊncia, todo o redor de Israel quer simplesmente seu externinio, todos querem seu fim, mas julgado ÃĐ Israel sempre, estamos aqui discutindo a barbÃĄrie do antisemitismo que o filme promove e vocÊ vem com seu comentÃĄrio e endossa o antisemitismo dos vizinhos de Israel.
Vc n entendeu absolutamente nada. VÃĄ estudar sobre histÃģria.
Aquela cena da festa no quintal, com as crianças brincando na piscina, os adultos rindos e Auschwitz de fundo para mim foi surreal.
E aquela fumaça ðĒ
E as lindas flores do jardim adubadas com as cinzas dos corpos incinerados.
Para concluir o final:
"Quem dÃĄ aos pobres nÃĢo passarÃĄ necessidade, mas quem fecha os olhos para nÃĢo vÊ-los sofrerÃĄ muitas maldiçÃĩes."
ProvÃĐrbios de SalomÃĢo
Quero muito assistir esse filme.
Tudo que remete ao tempo do Nazismo ÃĐ de meu interesse, aliÃĄs, deveria ser de todos.
NÃĢo sÃģ para estudar/entender (se ÃĐ que dÃĄ para entender).
Mas para ficar gravado na mente algo que nunca mais deve acontecer, algo que nÃĢo devemos tolerar.
Pois, infelizmente, ainda existe muito desse pensamento arcaico nas mentes contemporÃĒneas (medo).
VocÊ estÃĄ certo, porÃĐm, acredito que entender todo o processo ÃĐ fundamental, exatamente para que nunca mais aconteça. Mas entender nÃĢo ÃĐ concordar, entÃĢo jamais podemos relativizar, minimizar ou ignorar.
Sim.
Verdade.
à que ÃĐ difÃcil pensar em algo que justifique tal barbÃĄrie (a nÃĢo ser o Ãģdio).
Estamos falando de extermÃnio em massa de uma raça/cultura.
O fato de isso ter perdurado por tanto tempo sem nenhuma intervençÃĢo me assusta.
Claro que eram outros tempos, mas algo naquela magnitude nÃĢo deveria passar "despercebido" por tanto tempo.
nÃĢo assisti ainda, mas sÃģ pela resenha do ph me arrepio e consigo ver certinho o retrato de um rio de janeiro, onde pobreza e riqueza vivem lado a lado e, mesmo com a janela escancarada, as pessoas fingem nÃĢo ouvir a desigualde e a violÊncia gritando.
E o que vc faz para mudar esse quadro?
â@@user-ss9dq4yh5ma consciÊncia ÃĐ o primeiro passo. Segundo ÃĐ organizaçÃĢo popular
Respondendo a sua pergunta , pra manter a zona de interesse de cada um de nÃģs...ðĒ
Caraca, PH, que resenhaâĶ me fez chorar sem assistir ao filmeâĶ compartilho da sua indignaçÃĢo, tanto pelo passado, como pelo presenteâĶ.
Editado em 04/03
Assisti ao filme ontemâĶ desde os primeiros 10 minutos senti uma pressÃĢo no peito que durou atÃĐ depois que o filme acabou. Eu e meu marido ficamos em silÊncio, nada a comentar depois desse acachapante momento de reflexÃĢo sobre a noss vida. O que estamos fazendo para o nosso mundo??? Essa ÃĐ a questÃĢo que ficaâĶ
A 3G estÃĄ chegando. Seu marido vai se apresentar apÃģs receber o telegrama da convocaçÃĢo ou serÃĄ um desertor?
Essa histÃģria ÃĐ bizarra.
Nunca achei que mostrar o dia a dia pacato de uma famÃlia poderia ser mais assustador que a maioria dos filmes de terror existentes.
Essa ÃĐ uma verdadeira demonstraçÃĢo do que a Hannah Arendt chamava de âbanalizaçÃĢo do malââĶ
Essa histÃģria ÃĐ bizarra??? 366 anos de trÃĄfico negreeiro normalizado me incomodam mais . E estÃĄtuas de Bandeirantes .
â@@alvimgabriel4400isso tambÃĐm ÃĐ extremamente "bizarro", mas creio que o contexto do holocausto ÃĐ mais prÃģximo da gente pela menor distÃĒncia histÃģrica. Mas eu tambÃĐm realmente gostaria que fizessem filmes sobre por exemplo o genocÃdio que a BÃĐlgica fez no Congo.
@@brunoquentao Eu descobri que o diretor era um judeu e ele fez esse filme pensando no Genocidio em Gaza e como as pessoas normalizavam a violencia.
@@brunoquentao O que a Belgica fez no Congo?? Huahauahu nesse exato momento jÃĄ morreram +20 MILHOES no Congo em TRINTA anos de guerras,invasoes e agora RUANDA apoiado e armado pelos EUA,Belgica ,França,Israel e Reino Unido matou 7 milhoes de congoleses e estÃĄ escravizando 200 mil pra minerar coltan e cobalto,degradando o meio ambiente e envenenando aquiferos TUDO pra Tesla,Samsung,BMW,Apple,Google fazerem seus celulares, notebooks,Playstation avioes e carros eletricos QUE aparentemente poluem MENOSSS !
@@alvimgabriel4400 eita nÃĢo sabia
Excelente resenha-anÃĄlise do PH Santos. Ainda nÃĢo assisti ao filme Zona de Interesse, mas sua anÃĄlise me fez lembrar algo atual: grupos de TURISTAS cristÃĢos ou judeus que vÃĢo visitar os lugares-santos em Israel, curtem suas cidades, banham nas piscinas, etc, mas nÃĢo se interessam em ver (ou saber) o que realmente acontece do outro lado do muro, a realidade brutal na Faixa de Gaza ou na CisjordÃĒnia, onde palestinos sÃĢo segregados, expulsos, ou mortos aos milhares (27mil, a maioria de crianças palestinas. Hamas ÃĐ tÃĢo terrorista quanto Israel e sua sede vingativa. A cidade de Gaza estÃĄ totalmente destruÃda, os sobreviventes hoje vivem em barracas improvisadas em terras distantes, passando fome, sede, sem luz, sem ÃĄgua, sem hospital). Estes TURISTAS RELIGIOSOS estÃĢo entre nÃģs, sÃĢo indiferentes ao que se passa no muro ao lado. Religiosos detes tipo sentem empatia SELETIVA, escolhem ficarem alheios (alienados) ao genocÃdIo de palestinos, ou a invasÃĢo da UcrÃĒnia pela Russia de Putin, ou as guerras "invisÃveis" que acontecem em vÃĄrios paÃses da Ãfrica (SudÃĢo, p;/exemplo). Ou seja, ÃĐ aterrorizante saber que existem monstros, mas ÃĐ muito pior a naturalidades com que pessoas comuns seguem monstos com cara e fala de santos, aderem as monstruosidades como se fossem normais. Sinto-me triste fazer parte desta humanidade.
Lindo texto. Fico aqui me perguntando sobre tantas janelas fechadas ao lado da Faixa de Gaza.
Se os aliados tivessem se preocupado em demasia com os civis alemÃĢes, e por conseguinte decidissem nÃĢo atacar, para nÃĢo ferir "inocentes", Hitler teria dominado o resto do mundo.
AÃ vc tem q perguntar ao Hamas e seus financiadores como IrÃĢ. Distorcer a histÃģria como vc faz ÃĐ banalizar o Holocausto igualzinho aos nazistas do filme.
Isso me perturba dia e noite, me traz uma impotÊncia gigante. Pensei muito sobre isso durante o filme tambÃĐm
Esse filme merece ganhar o prÊmio pelo som e trilha sonora.
A trilha nas poucas cenas da moça das maçÃĢs vai me assombrar pra sempre.
Me deu arrepio na espinha e na alma.
Aquela cena lembra o MÃĄgico de Oz
Ai, pra mim foi tÃĢo decepcionante. Tinha muita expectativa, mas achei tÃĢo monÃģtono, nÃĢo me envolvi em momento algum. A despeito de o tema ser difÃcil, acho essencial me envolver. E nÃĢo rolou. NÃĢo curti o roteiro, mas achei a fotografia e a direçÃĢo maravilhosas. E, pra mim, a Sandra Huller nÃĢo brilhou nesse texto.. ainda mais pq vim arrebatada por Anatomia de uma queda.
Falou tudo, teve uma hora que eu quase dormi no cinema kkkk depois que a gente vÊ muitos filmes e livros sobre, esse filme aà ficou bem longe de o melhor filmeâĶ
To na mesma
Fechamos a janela e TENTAMOS ignorar pra conseguir viver, jÃĄ que estamos de mÃĢos atadas. Dançamos e pulamos carnaval para nÃĢo morrer de angÚstia, de tristeza, por nÃĢo podermos fazer absolutamente nada.
Estranhamente eu consegui imaginar pessoas do meu bairro e da minha famÃlia que parecem escolher nÃĢo ver que o sistema em que vivemos estÃĄ desmoronando - e nem ÃĐ mais lentamente - em troca de afirmarem pra si mesmos que devem ser gratos e gratas à suas suadas conquistas e à luta dos que os antecederam ðŪ
Assisti ontem e pra mim tem que ganhar o Oscar. Achei espetacular para mostrar como a populaçÃĢo "normal" sabia sim o que acontecia naquela Alemanha. Filme muito forte e que me deixou desconfortÃĄvel em vÃĄrios momentos. Sobre o campo de Sachsenhausen, no prÃģprio tour da para ver a casa dos oficiais nazistas que lÃĄ viviam nÃĐ... Acredito que lÃĄ foi o local de atmosfera mais pesada que senti na vida.
Uma doença se sustenta em outra...HaverÃĄ cura?
Sua anÃĄlise? CirÚrgica e reflexiva. Obrigada!
Assisti hÃĄ muitos anos, um documentÃĄrio no History, que falava sobre como o povo alemÃĢo aceitou as açÃĩes naz1s pelo fato da vida ter melhorado, graças a melhoria artificial da economia, visto o sofrimento que haviam passado apÃģs a primeira guerra, com fome e misÃĐria pra todo lado. Mas tudo começou a mudar quando a guerra foi chegando ao fim, quando começaram a passar fome novamente.
Muito bem explicado. A gente precisa evoluir muito ainda pra entender e resignificar tanto sofrimento causado! ParabÃĐns pela didÃĄtica e ensinamentos
Muito obrigado, PH ! ParabÃĐns pela anÃĄlise profunda e emocionante. A sua emoçÃĢo me emocionou. Assisti o filme e senti a mesma porrada no estÃīmago com os sons do filme, aquela fumaça onipresente dos fornos que parecia impregnar a sala de cinema em que eu estava, e aquela cena horripilante das crianças tomando banho e se esfregando para tirar as cinzas gordurosas. Eu tambÃĐm visitei Sachsenhausen (prÃģximo a Berlim) hÃĄ muitos anos, e o frio (era Fevereiro) e o silÊncio de lÃĄ me massacraram e, igualmente, eu fiquei muito intrigado e incomodado sobre que tipo de gente seria capaz de morar ali ao lado, como o fazem atÃĐ hoje. E (mais uma vez) igualmente encontrei a resposta em "Zona de Interesse". Acho que, infelizmente, as pessoas se recusam a ver os paralelos clarÃssimos entre Zona de Interesse e o Brasil dos recentes anos passados.
A banalidade do mal.
Uma das suas melhores reflexÃĩes meu caro. Quanto de nÃģs somos burocratas executando o mal que nem sabemos que ÃĐ tÃĢo mal assim. Relaxa, fecha a janela e liga o ar condicionado do carro que passa...
eu moro em Oranienburg, onde fica o KZ-Sachsenhausen que o PH citouâĶ moro a cerca de 2 km de distÃĒncia deste KZ. Quando me mudei pra Oranienburg me interessei por toda histÃģria da cidade e de seus moradores. Um historiador local escreveu um livro sobre moradores que ajudaram os presos. Posso dizer que muitos na cidade hoje nem conhecem o KZ. Acho que na ÃĐpoca da mesma forma os moradores (nÃĢo todos mas talvez sua maioria) simplesmente evitavam pensar no que ocorria por lÃĄ. seja por medo, seja por corroborar com a situaçÃĢoâĶ
O cheiro de corpos sendo queimados era bem perceptÃvel, tanto em Oranienburg quanto nos demais campos, seja na PolÃīnia, na Alemanha e demais cidades onde existiram.
Para aquelas pessoas o que acontecia nos campos era indiferente pra eles. Pois o estado classificava aquelas pessoas como indesejÃĄveis. Por isso nÃĢo tinham nenhum discernimento se aquilo era errado.
Arrepiada com essa reflexao !!âĪðĒ
Gente, nÃĢo consigo passar por esse vÃdeos dos principais crÃticos do TH-cam e dizer que esse filme ÃĐ um fenÃīmeno, que ÃĐ um absurdo e etc, lembrando que isso ÃĐ a minha opiniÃĢo), e exaustivo ouvir que referÊncias da Hannah Arrendt de como funciona a banalizaçÃĢo do mal e tudo, e como explora isso no longa e SÃ, o filme morre nisso aà e lotado de cenas que atÃĐ agora tentei achar significado que conectasse a histÃģria, ou algo alÃĐm mas nÃĢo dÃĄ, o roteiro nÃĢo devolve nada alem do existem pessoas horrÃveis fazendo coisas ordinÃĄrias, APENAS. Esse foi difÃcil de assistir atÃĐ o final sem dormir com o final mais broxante de todos os indicados ao Oscar de 2024.
Viva a arte, a sensibilidade, a memÃģria e a todas as possibilidades de trazer as nossas histÃģrias de volta, tantas vezes quantas necessÃĄrias forem. GratidÃĢo as pessoas de bem, de luz e de paz.
PH, sua crÃtica me fez correr pro cinema. Muito obrigado! O filme ÃĐ impressionante. Assombroso, eu diria. E me faz pensar no Brasil de hoje, nos "cidadÃĢos de bem", na burguesia branca do sul-sudeste, nos barÃĩes do agronegÃģcio, nos eleitores da bancada da bala, do boi e da bÃblia... Um filme necessÃĄrio!
Nossa PH... Que anÃĄlise! Que profundo! Tbm tive a experiÊncia de conhecer o Campo de sachsenhausen e fui uma das experiÊncias mais emocionantes que pude viver. Um silÊncio terrÃvel, fui no outono entÃĢo estava bem frio. Vou assistir Zona de interessa agora atenta aos detalhes relatados no seu vÃdeo...
Perfeito. Que texto!
âĪ Que reflexÃĢo impressionante ... Quando vc fala que se a gente nÃĢo notou os som de fundo ÃĐ porque a gente estÃĄ aceitando com banalidade toda aquela atrocidade, ÃĐ um soco no estÃīmago. Me fez refletir sobre as tantas vezes a gente vÊ e ouve o som de diversos sofrimentos e fecha a janela da alma simplesmente para sufocar a realidade e continuar a nossa vidinha. NÃĢo dÃĄ pra comprar o barulho de todo mundo, mas dÃĄ pra se solidarizar, dÃĄ pra se esforçar, ao menos em ter empatiað
infelizmente isso acontece o tempo inteiro familias que passam abusos e violencias enquanto do lado de fora a vida alheia segue. nÃģs seguimos enquanto milhares de pessoas estÃĢo sofrendo. claro que o genocÃdio foi algo de grande escala, mas qnd nÃĢo hÃĄ comoçÃĢo da dor alheia nÃĢo importa quÃĢo absurda seja a situaçÃĢo. ngm quer sujar as mÃĢos, ÃĐ mais facil aceitar e seguir a propria vida do que tentar salvar alguem. e pra isso nÃģs conscientes ou nÃĢo desumanizamos os outros.
Assistindo o filme no cinema eu nÃĢo curti, me parecia muito parado, nada acontecia. Mas logo depois de sair de sessÃĢo as reflexÃĩes começaram e percebi como a discussÃĢo do filme ÃĐ complexa. NÃĢo me serviu como um "entreterimento" no sentido convencional, mas me trouxe uma reflexÃĢo que vou levar pro travesseiro na hora de dormir.
Brilhante.................disse tudo de uma maneira Única
cliquei no vÃdeo sem saber nada sobre o filme, nem mesmo a sinopse, e sai quase chorando. A forma como vc fala sempre me gera reflexÃĢo mas dessa vez foi surreal, aquele engasgo seco no final. Emocionante demais, PH.
Transcendeu com o final desse vÃdeo! VocÊ foi cirÚrgico nas colocaçÃĩes e conseguiu expressar todo o incÃīmodo que eu tive assistindo esse filme!!! Eu nÃĢo queria ver aquela famÃlia asquerosa, mas eu tive que ver cada passo, cada piada, cada fofoca, cada ato um mais tenebroso que o outro.
" a crueldade de uma tranquilidade em meio ao caos que acontece alem daquela casa e por conta daquela casa "
Um filme interessante. A utilizaçÃĢo dos sons ÃĐ muito impactante e inovadora para o tema abordado, ela abre a possibilidade para uma experiÊncia pessoal sobre o que estÃĄ acontecendo dentro dos muros. Depois de ver vÃĄrias anÃĄlises aqui no YT, esperava muito, muito mais de Zona de Interesse. Muitas metÃĄforas poderosas no filme, devo admitir. No aspecto do que escreveu Hannah Arendt sobre a banalidade do mal, Jonathan Glazer realmente conseguiu traduzir o termo criado por Arendt de forma excelente. Em detalhes como o amor incondicional do HÃķss pelos animais ÃĐ um contraponto assustador com a frieza com a qual ele executa centenas de seres humanos. NÃģs, espectadores, tivemos a chance de acompanhar tudo aquilo num lapso pequeno de tempo nas vidas do comandante e de sua famÃlia. O que perturba ÃĐ que todo o horror durou muitos anos! A Hedwig diz que levou 3 anos para conseguir criar o jardim, a estufa. Foram muitos verÃĩes e invernos onde trens lotados de judeus chegaram ali e em outros campos, nÃĢo se destroem mais de 6 milhÃĩes de seres humanos numa fraçÃĢo pequena de tempo, foi um extermÃnio demorado e que se arrastou por anos e anos!
A esposa provando o casaco de peles de uma rica prisioneira judia, encontrando um batom vermelho que a pobre mulher deve ter escondido num dos bolsos do casaco, estando completamente ciente do destino da proprietÃĄria da roupa.
O pavor e a angÚstia das empregadas do casal nazista. Vida e morte ali estÃĢo sobre um fio.
O filho brincando com os dentes arrancados de prisioneiros judeus.
A frieza existencial do casal fica bem clara no fato do marido trair a esposa com uma outra mulher (que aparenta ser judia) e a esposa do comandante tambÃĐm o trai com o jardineiro judeu (na estufa de plantas).
Um dos diÃĄlogos mais arrepiantes ÃĐ o da mÃĢe de Hedwin, que andando e admirando o jardim, diz: "Uma de minhas vizinhas judias deve estar aà dentro [do campo de concentraçÃĢo]. Eu tinha paixÃĢo pelas cortinas da casa dela mas nÃĢo consegui comprÃĄ-las no leilÃĢo. Parecia uma mulher correta mas sabe-se lÃĄ o que estava planejando, junto com os outros, planos bolcheviques." A maioria tomou posse de tudo o que foi deixado para trÃĄs pelos judeus. Existem relatos de que um nÚmero grande de judeus foi morto logo apÃģs o final da guerra. Pensavam que seria um retorno seguro para suas cidades de origem, para suas casas. Foram recebidos com hostilidade, muitos foram massacrados pelos vizinhos, que jÃĄ ocupavam suas casas e jÃĄ possuÃam seus bens. Essas pessoas agora nÃĢo eram mais bem vindas.
DÚvidas:
(1) por que o comandante entra em pÃĒnico enquanto estÃĄ pescando e acaba encontrando um objeto no fundo do rio? Ele sai rÃĄpido da ÃĄgua e pede para os filhos fazerem o mesmo.
(2) nÃĢo entendi o par de sapatos que estava no pier onde o comandante e a esposa discutiam sobre o futuro do casal.
Continuo considerando "O Filho de Saul" o melhor. MençÃĢo honrosa para "Holocausto de Mulheres". Falta-me "VÃĄ e Veja".
Acredito que a reflexÃĢo de Glazer, ao nos confrontar com esse casal absolutamente normal, que vive as mesmas situaçÃĩes de todos nÃģs, ÃĐ que qualquer um pode cometer os mesmos atos que os dois cometeram. Isso ÃĐ assustador.
Sobre a primeira dÚvida: ele encontra no rio o osso de um judeu assassinado e entende que ali eram jogados os restos mortais e corpos carbonizados, por isso corre para tirar os filhos e todos tomam banho em pÃĒnico quando chegam em casa. Nessa cena, dÃĄ para perceber cinzas caindo do cabelo deles e a banheira ficando suja no final.
A cena do par de sapatos eu tambÃĐm nÃĢo entendi
@@catarinacunha5739 Pois ÃĐ. AlguÃĐm comentou que eram os sapatos do prÃģprio Rudolf, mas ele estava calçado (sapatos brancos). Mas parece que sÃĢo os sapatos de um dos filhos dele. SÃģ nÃĢo entendi como foram parar ali.
@@MultiSUPERLATIVO quando vi interpretei isso, que algum dos filhos dele poderia ter ido atÃĐ ali e voltado para casa sem os sapatos, eles trataram com bastante normalidade, mas realmente nÃĢo sei se pode ter um significado subliminar ou mais preciso
Nossa! Esse filme fala muito do Brasil!
Sim!
PH eu tb jÃĄ visitei Sachsenhausen - o guia do meu grupo era um filÃģsofo espanhol. E ele nos levou ao escritÃģrio da ÃĐpoca, logo depois da entrada - e lÃĄ alÃĐm de documentos existem os catÃĄlogos com as estrelas que eram aplicadas nos uniformes, todas indicadas por cor. Cores diferentes para diferentes prisioneiros: judeus usavam uma cor, negros usavam outra, gays, escritores, polÃticos todos tinham cada um a sua cor. Eram judeus em sua maioria, mas muitas outras raças nÃĢo puras ao entendimento de Hitler. NinguÃĐm tinha nome - sÃģ eram identificados por nÚmeros e nas guaritas eles tinham os livros com os nÚmeros e a altura das pessoas, pra facilitar a mira do tiro se eles tentassem fugir (por isso em toda a extensÃĢo dos muros haviam rÃĐguas comparativas). Eu tive essa mesma sensaçÃĢo que vc teve na cidade de Sachsenhausen, a gente passa ao lado de escolas, casas, parques. E eu fiquei mais perturbada ainda depois que nosso guia disse que eles tinham tantas cinzas dos corpos cremados diariamente que começaram a fabricar tijolos e paralelepÃpedos e pavimentaram as ruas, muitos dos muros do prÃģprio local, os bancos de cimento sÃĢo feitos de cinzas humanas. Enfim assisti somente hoje o filme e corri aqui pra ver tua crÃtica pq ÃĐ um filme difÃcil de superar sozinha. E como dizem os guias por lÃĄ, estes lugares existem para lembrar o horror que aconteceu lÃĄ, e para que nunca mais volte a acontecer... de nenhuma maneira e a NENHUM outro povo. Obrigada por sua crÃtica.
Eu estou sem palavras com essa resenha. Cara, que pensamento magnÃfico!ððð
IncrÃvel a sua anÃĄlise. Muito obrigada.
TambÃĐm conheci esse campo que vocÊ falou. LÃĄ, eu entendi aquela expressÃĢo: silÊncio ensurdecedor.
à um local que vai nos fazendo murchar.
TambÃĐm fiquei impressionada com a cidade ao redor do campo.
Que vÃdeo sensacional! ParabÃĐns Ph pelo trabalho, ele traz questionamentos muito profundos, urgentes e extremamente atuais. Muito obrigada
Uau ðŪ
Uau, que Bela reflexÃĢo, eu tive pensamentos parecidos e eu acho que eu fui alÃĐm. Ãtima crÃtica, m. eu gostaria de saber se N gostou de algo no filme. Abraços!
A anÃĄlise do filme foi mt boa, nÃĢo tinha pegado a parte da janela... SÃģ nÃĢo gostei dessa pergunta final militada meio errada ao meu ver, fechamos a janela do carro por conta da segurança nÃĢo tem nada ver a negar a realidade do lado de fora
Eu vi Zona de Interesse assim que estreou. A Última vez que me senti assim tÃĢo impactada com um filme foi hÃĄ 20 anos atrÃĄs quando vi Dogville. Realmente ÃĐ a banalidade do mal, do terror. A perversidade, o sadismo. Eu atÃĐ sonhei com o filme depois que vi. Foi a melhor crÃtica tambÃĐm! ParabÃĐns! VocÊ conseguiu descrever exatamente o que foi este filme. Em alguns momentos, o som ÃĐ o personagem principal. AliÃĄs, a famÃlia Hoss existiu!
Lembro de um video que assiste aqui no yuo tube, onde pessoas que residem em condomÃnios no Morumbi decidiam o que deveria ser feito com os moradores de ParaisopÃģlis: PolÃcia!
Excelente reflexÃĢo e crÃtica social.
Fiquei pensando em como qualquer um de nÃģs seria capaz dessa indiferença... Somos indiferentes todos os dias. A diferença ÃĐ que na maioria das vezes nÃĢo estamos tÃĢo prÃģximos das atrocidades que acontecem com pessoas que sÃĢo desumanizadas. Mas ÃĐ uma grande diferença.
Nem assisti ao filme e estava em lÃĄgrimas ao final do vÃdeo.
Assisti em 4 etapas, foi me embrulhando o estÃīmago. Vc explica esse nojo e vai alÃĐm: uma aula.
IncrÃvel ouvir que as palavras ditas por vocÊ se acoplam , se entrelaçam com a realidade que o filme passa de forma clara mais tbm nas entrelinhas nos coloca no cenÃĄrio. VocÊ realmente usa as palavras e com isso usa a nossa imaginaçÃĢo para sentir , entender e entrar nas partes , detalhes da vida , que se revela no filme. Cara, parabÃĐns pelo trabalho.
Estive neste campo de concentraçÃĢo em setembro de 2023. A sensaçÃĢo que tive ao chegar foi um clima de âturismoâ em torno na entrada muito desconfortÃĄvel ( senti o mesmo ao iniciar este filme). O que nÃĢo consegui compreender ÃĐ que fica na PolÃīniaâĶ.onde o povo foi cruelmente quem mais sofreu.
Aquilo era simplesmente uma mÃĄquina de matar gente. Vi nos livros e escola, mas sÃģ estando lÃĄ para ver a dimensÃĢo do terror.
ParabÃĐns pela crÃtica.
Cada som vindo do outro lado do muro parece nos ferir sem nos tocar e a frieza das almas deles ÃĐ indescritÃvel...
Esse filme acabou comigo.
De tudo que toca nesse filme as cenas da mÃĢe da esposa do HÃķss ÃĐ chocante. Ela chegando e apontando como a vida tÃĄ melhor e depois a ficha caindo ÃĐ exatamente a sensaçÃĢo que sentia, vontade de vomitar, chorar.
Maravilhoso PH!!!! Ã sobre isso sem palavras!!!
"IgnorÃĒncia escolhida." Perfeito! Cabe em muitas nuances da nossa prÃģpria sociedade. Em tempo, muito boa sua pronuncia.
O final dessa anÃĄlise foi incrÃvel: "Por quÊ?". ParabÃĐns!
De uns anos para cÃĄ meu olhar ficou bem mais atento. Percebo os tantos Hoss que um dia eu considerei gente boa. Pessoas que jÃĄ foram da minha convivÊncia, amigos de trabalho, de balada. Fico me perguntando que tipo de pessoa eu seria, nÃĢo fosse a prÃģpria vida me dar os sinais de que gente boa pode ser ruim sim.
A essÊncia da banalizaçÃĢo do mal ÃĐ o racismo. NÃģs brasileiros temos a mesma raiz. Obrigada e parabÃĐns PH.
Cara, sua anÃĄlise ÃĐ sensacional. ParabÃĐns
Muito tocante e profundo como sempre!
Que crÃtica fenomenal! Embrulha o estÃīmago entender as nuances e saber que nÃĢo estamos muito longe disso, vivemos num mundo cercado de guerras reais e depois dos primeiros choques, nÃģs acostumados a ver a matança âmeu Deus, onde vamos parar?â E mudamos o canal. Buscamos outra fuga. O que vai sobrar de nÃģs?
Ainda nÃĢo vi o filme, descobri hÃĄ alguns minutos a existÊncia dele. Mas no seu vÃdeo vc fala sobre como a dona da casa em dado momento decora seu jardim com plantas altas para "esconder, se afastar" do muro, do que acontecia atrÃĄ do muro, me fez pensar em quantas coisas nÃģs colocamos na nossa frente, ao nosso redor, ouvidos para nos afastar da realidade que vivemos em nossas casas, ruas, vizinhança, cidade, trabalho, escola, igreja, famÃlia, PaÃs, no nosso mundo...
Gostei muito do seu vÃdeo e de seus comentÃĄrios sobre, espero poder ver o filme em breve.
No momento em que ele fala "os Hoss e sua vida de sonho americano... digo, de sonho alemÃĢo durante a segunda guerra", eu consegui imaginar o capitÃĢo AmÃĐrica falando "Entendi a referÊncia!"
A Sandra Huller relata no roundtable da The New York Times (aqui no YT), que Jonathan Glazer recomendou aos atores assistirem alguns filmes, dentre eles o documentÃĄrio O Ato de Matar (The Act Of Killing, 2012), sobre as milicias e os chefes dos grupos paramilitares que atuaram durante a ditadura indonÃĐsia. O final do filme, e a reaçÃĢo de Rudolph enquanto desce as escadas, ÃĐ referÊncia a este documentÃĄrio.
Cara, sou jornalista cultural e essa ÃĐ uma das melhores crÃticas que jÃĄ vi.
Filme e crÃtica incrÃveis
Ph, sua reflexÃĢo ÃĐ mais do que necessÃĄria. Que obras de arte como essa, continuem escancarando as nossas feridas coletivas.
PH, que anÃĄlise incrÃvel! Me atrevo a dizer que talvez seja a melhor que jÃĄ assisti em seu canal! Muito obrigada por tanto! Admiro seu trabalho e sua capacidade de se aprofundar em temas importantes de uma forma singela e simples (em sua aparÊncia, apenas ð).
ððžððž
Assisti hÃĄ menos de 1hora e te achei aqui! VocÊ foi cirÚrgico! Obrigado pela resenha!
O trabalho de som desse filme ÃĐ absurdamente bom!
Quando o menino mais velho tranca o mais novo na redoma, sobe ao fundo a fumaça do trem. Uma das cenas q mais me impactou.
PH eu tinha achado o filme tÃĢo sem graça e vocÊ me fez perceber que eu estava era REALMENTE ignorando tudo e esperando que aquela famÃlia fizesse algo interessante, mas aà ÃĐ que tÃĄ, sÃģ delas estarem vivendo pacatamente jÃĄ estÃĢo fazendo muito, muito mal para pessoas ao lado de sua casa. Muito foda sua anÃĄlise
Bicho, esse cara ÃĐ foda! Comecei o vÃdeo com toda aquele sufoco crescendo no peito igual ao ver o filme, e no final da crÃtica CIRÃRGICA do PH, engasguei... FODA!
sua reflexÃĢo final, me pegou tambÃĐm, enquanto eu assistia o filme! Eu tenho me perguntado, quantas janelas eu tenho fechado ao longo da vida!!
Provavelmente, na minha opiniÃĢo, uma das suas melhores anÃĄlises que jÃĄ vi. Enriquece profundamente a nossa experiÊncia apÃģs assistir o filme.
ParabÃĐns por sua excelente crÃtica sobre esse filme assombroso terrÃvel e necessÃĄrio para uma reflexÃĢo maior.
SÃģ o PH mesmo pra fazer a gente chorar sem nem ter visto o filme, que aliÃĄs nÃĢo sei se verei, entendo a importÃĒncia dele... mas me sinto muito mal depois de ver... demoro a me recuperar, quando terminei de ver A Lista de Schindler chorei copiosamente por meia hora...ðĒ
Excelente sua analise. Cirurgica e precisa de todas as atrocidades reais e negadas por alguns nos tempos atuais.
VocÊ manda bem demais nas crÃticas! ParabÃĐns pelo excelente trabalho! ðð―
VocÊ simplesmente nÃĢo possui defeitos em suas anÃĄlises ! ðŦķðž
Assisti a vÃĄrias crÃticas e vocÊ foi o Único que tocou na real ferida que cutuca a obra: nÃĢo ÃĐ um filme sobre o nazismo, ÃĐ um filme sobre nÃģs. Inclusive me incomodou fortemente a cena em que as pessoas trabalham tranquilamente no, agora, museu. à sÃģ mais um aspirador de pÃģ entre tantos aspiradores de pÃģ que usamos todos os dias.
JÃĄ tinha assistido ao filme. Mas como ele despertou algumas polÊmicas, fui ver o que vocÊ pensava do filme. Creio que foi uma das melhores crÃticas sobre o filme - e muito mais do que sobre o filme- sobre a nossa prÃģpria realidade e sobre a nossa indiferença diante do sofrimento, da injustiça e do mal.
Esse filme me lembrou o documentÃĄrio sobre os moradores do condomÃnio Alphaville, localizado ao lado de uma comunidade. A banalizaçÃĢo do mal ainda existe, porque ÃĐ mais confortÃĄvel pra quem estÃĄ em cima (ou pelo menos nÃĢo tÃĢo lÃĄ embaixo) permanecer na bolha de efemeridade que o privilÃĐgio concede.
Eu vi esse documentÃĄrio, a moça infiltrada conversa com.os moradores. Chocante!
Eu sÃģ posso dizer, vejam este filme vale muito a pena. Vejam ainda no idioma dele, pois para mim ser visto em portuguÊs ÃĐ quase um âcrimeâ. ððð
NÃĢo consigo esquecer a histÃģria que nÃģs ÃĐ contada pelos sons, e pequenos apontamentos como o fumo da mÃĄquina ao fundo. FantÃĄstico a forma como diretor nos conta este histÃģria.
VocÊ ÃĐ genial. Suas crÃticas sÃĢo de uma profundidade absurda. Muito obrigada por mais esta.
Excelente anÃĄlise! Que texto, meu amigo! ParabÃĐns, PH!
à Ph, muito obrigado pela crÃtica, e principalmente pela reflexÃĢo! NÃĢo adianta nÃĢo olhar, a realidade estÃĄ ali.
JÃĄ assisti vÃĄrios filmes sobre o tema e sempre ÃĐ surreal pra mim humanos ter passado por isso dos dois lados.
Impressionante!
Ph. Excelente!
A pergunta no final do texto, acompanhada de um silÊncio cortante, rasga a alma! :(
Isso ÃĐ a respeito da IIWW, mas ÃĐ a respeito qualquer mansÃĢo brasileira cercada pela misÃĐria.