Digo exatamente o mesmo. A melhor descrição do enredo e dos personagens, especialmente sobre como Edmund pouco faz, de fato, e sim articula e facilita situações que colocarão as pessoas à prova e estas sim escolhem seus destinos quando tomam atitudes mesquinhas e em benefício próprio, mal sabendo que estão colocando carreiras, reputação, família e mito mais em jogo.
Thiago Cerqueira Obrigada, Thiago. Esse livro merece todos os leitores possíveis, na minha opinião; ele entretém com qualidade e ainda faz pensar. E obrigada!
***** Estou sempre por aqui. Ainda mais no canal da sábia e linda Claire Scorzi. Ainda não sei quando criarei um, mas estou amadurecendo a ideia. Até...
Estou quase terminando de ler este livro, estou fascinada por ele, realmente da pra tirar lições deste livro. Eu espero que não me decepcione com o final, oh meu Deus! 😊
Ótimo livro, um dos melhores que já li junto com o homem que ri do Victor Hugo. Comecei a pensar na conexão entre os dois quando soube do livro Lord Gwynplaine que é uma releitura do conde de monte cristo e o protagonista assume o nome de Gwynplaine, personagem de o homem que ri do Victor Hugo que como o conde se torna um nobre. Vingança e inveja acabam movendo as histórias. como a vingança pode afetar inocentes em ambos.
Gerard Depardieu fez uma, em 1998, mas é meio esquisitinho (ele, pulando ondinhas ... deve ter causado um tsunami, sabe Deus onde). A menos pior foi a de 1974, com Richard Chamberlain, Louis Jourdan, Tony Curtis. (deve ter no TH-cam)
Ai, Claire, você sempre com as melhores resenhas. Terminei hoje O Conde de Monte Cristo e confesso que queria mais! hahaha Dumas sabe como prender o leitor.
tenho vontade de ler Memórias de um Médico mas é muito difícil achar todos os volumes pena que não tem edições novas,até existe em sebos mas sempre estão em péssimo estado.Alexandre Dumas é espetacular. parabéns pelo video
Cris Takahashi Infelizmente boa parte dos clássicos ainda é maltratada pelo nosso mercado editorial: poucas traduções, poucas edições, e a obra completa, menos ainda. Obrigada!
Para executar sua vingança, Edmond pôs todos os sentimentos de lado. O orgulho, o amor, a amizade... Ele sentiu as duras consequências de se deixar envolver pelos sentimentos dos outros. Com o melhor amigo, experimentou a traição. Com a sua amada, a infidelidade. Com a lei, a injustiça. Com a honra, a morte do próprio pai que se enforcou por vergonha dele. Abrir mão dos sentimentos é pura vontade de potência. É como estar executando um plano, ao invés de estar simplesmente vivendo. Edmond sabia que no momento em que ele se deixasse envolver pelo que sentia, todo o seu plano fracassaria. Nos momentos em que esteve com a Mercedes, ele não estava se entregando ao sentimento. Ele sabe que, aqueles em que ele confiou, demonstraram o oposto do que ele sentia. É como se ele estivesse em uma constante desilusão, até o ponto em que jamais voltaria a acreditar no que os outros lhe fizeram sentir. Eu não acho que o Edmond foi um personagem fraco. Admiro a força dele. Ele sim pode não apenas falar, mas demonstrar que é forte. Sentimentos são frutos da razão. Eles são processados dentro da nossa cabeça e não por estímulos que associamos a circunstâncias do meio. Daí se tira que nada é o que é. Tudo é como você experiencia aquilo. Um brinde ao coração de gelo do Edmond ⚡
Nossa Claire, que leitura rica! eu ainda não li o Conde, mas reconheci nessa sua definição de vingança uma sensação que eu tive com O Morro dos Ventos Uivantes, o protagonista Heathcliff passou por todos os tipos de humilhações e injustiças na sua infância, e então crescido arquiteta um plano de vingança aparentemente muito justificado, mas quando se concretiza, vemos como tudo é tão lamentável e absurdo. Vingança definitivamente não é justiça. Um beijo!
Realmente, Claire, nenhuma adaptação para a tv faz jus a essa belíssima obra. Essa confusão entre vingança e justiça é o ponto alto da obra para mim, as vezes, torcia pelos atos de Dantés e em outras o abominava. Vale até um estudo psicológico no personagem principal hahahaha Ótima resenha!
Marina Vieira É verdade, Marina! O protagonista é bem desenhado, coisa que os românticos nem sempre faziam. Mas Dumas conseguiu com Edmond/ Conde. Obrigada!
Vdd Claire, ver esses grandes mas como O Sofrimento do justo e o quanto a ira do homem não opera a justiça de Deus, tão bem tratados, ainda mais em texto integral da zahar, tem sido maravilhoso... Deviam republicar mais Dumas por aqui...
O homem que ri do victor hugo também lembra o conde de monte cristo. Tem vingança em o homem que ri, o protagonista se torna um nobre muito rico enquanto a menina que o ama pensa que ele morreu quando foi preso. A partida de barco do conde com a haydee teve parecido com o homem queri quando o protagonista abandona sua fortuna para trás para partir com a menina que o ama.
Hoje que estou começando o segundo volume . Tenho a edição da Zahar. Estou na leitura conjunta com o Christian Assunção. Gosto muito das suas resenhas também. 😍 Perfeita sua colocação!" Os inocentes sempre acabam atingidos"
Ótimo vídeo Claire! Eu simplesmente devorei esse livro na minha primeira leitura, e gostei tanto que entrou na minha lista de favoritos. E concordo com você que o abade Faria é um personagem fofo, e super carismático, uma das melhores partes do livro são as que mostram a bonita amizade dele com o Edmond. :D
***** Obrigada, Fernanda. E que bom que mais alguém gostou do abade Faria - algumas das falas dele são justo as que eu marquei; e a amizade dele com Edmond é uma das minhas partes favoritas do romance :)
Excelente vídeo Claire. Faço minhas as suas palavras. Gostei muito dos comentários sobre a presença de Deus na história. Fiquei até com vontade de reler o livro. Um grande abraço. Jeferson Barbosa
Romeu Julieta Jeferson, eu fiquei tão cativada pela história que acabei "economizando" o livro quando ia chegando o final... não queria que terminasse. Obrigada!
Gostei bastante do vídeo !!! Muitas reviravoltas, é muito gostoso quando o livro desperta na gente essa vontade voraz de não parar a leitura, ao mesmo tempo que desperta no leitor emoções sobre as ações dos personagens. Aí a gente começa a querer entender o porquê daquelas atitudes e tentamos julgá-las, mas, nem sempre como vc disse, é justiça. É muito bom esse tipo de leitura. Vou ler sim, tô com muita vontade :)
Luana Polomanei Luana, prepare-se para amar e se revoltar, para chorar e sorrir, chorar de tristeza e chorar de emoção com cenas representativas de amizade e perdão; para roer as unhas, torcer, se envolver, falar sozinha questionando os personagens... Delícia! Recomendo demais! Obrigada :)
Incrível a relação que vc fez sobre justiça e vingança tratados na obra. É o tipo de obra que a faz a gente “remoer” e “remoer” esses temas. É um livro que vence o tempo por conta do seu conteúdo rico. Que carisma o do personagem central, o Edmond Dantes, não ? E a circunstância faz a pessoa: de um jovem de coração puro, ele se torna uma pessoa fechada, com perspicaz observação, infelizmente, tomada por um cruel e sombrio desejo de vingança. A obra dá mesmo o que falar. Não sei se concorda, Claire, mas a impressão que tive é a de que, enquanto, Edmond faz coisas questionáveis para buscar justiça, ele, no seu interior, preserva os bons sentimentos. Penso que em O Conde de Monte Cristo encontramos o romantismo na sua melhor forma. No tempo da história da obra temos o conceito de amor espiritual e casto, um tanto quanto diferente do conceito de amor sexualizado predominante atualmente. De uma forma geral, a sociedade mostrada no livro tem um tremendo apego ao conceito de honra; hoje em dia, tem-se pouca ideia do que isso seja, ou se dá pouca importância a isso. Quando li “Senhora”, percebi uma semelhança entre Aurélia, personagem do romance de José de Alencar, e Edmond, pois ela é uma moça que busca vingar-se de um traidor. As versões cinematográficas da obra não conseguem, a meu ver, transmitir um terço das reviravoltas e ganchos após ganchos encontrados no livro. Certa vez, ouvi de uma Professora de Literatura que Alexandre Dumas estava consultando arquivos da polícia de Paris e encontrou um relato no qual se inspirou para escrever O Conde de Monte Cristo; bem, nunca saberemos se isso é verdade.
Sanag265 Você apontou várias coisas que eu esqueci de comentar no vídeo! Incluindo notas que fiz durante meu histórico de leitura no Skoob. Como a pergunta que fica em nós ao ver o Conde capaz de conspirar para o mal e ao mesmo tempo fazendo coisas boas (o caso dos Morrel). Não é melhor a sensação de fazer o bem do que a de fazer o mal? Não é mais gratificante? E sim!!!! Sim!!! A diferença entre "Senhora" e "O Conde..." é que Aurélia não vai tão longe, mas acaba 'educando' Fernando. E a técnica de Alencar é iniciar a história no presente, com Aurélia já rica e admirada em sociedade, para depois fazer o flashback e nos contar sua história. E o fato de como o Romantismo marca a obra de Dumas. Adorei, adorei, adorei seu comentário! Obrigada!
Claire Scorzi Tão bom ter a certeza absoluta de que é gratificante fazer o bem. Para o leitor atento, fica a mensagem de que o bem realmente vence o mal. Como esse livro rende colóquio, e dos bons ! É obra que versa acima de tudo sobre humanidade, se vê praticamente todos os temas que mexe com o ser humano no romance: esperança, raiva, ódio, amor, vingança, ganância, honra, lealdade, atitude... Com todo respeito que devo aos grandes escritores, sussurro para você que Edmond Dantes é na minha opinião um dos personagens mais completos que já encontrei num livro; por favor, não conte para ninguém!...rs Tem tanto romance longo que a gente espreme e percebe que o cerne da história caberia em, no máximo, 200 páginas; entretanto, o célebre escritor francês não desperdiça uma palavra que seja. E que final, puxa, que final ! Acabo de dizer para minha edição bem ali na estante: "um dia, vou reler-te". Já fiz duas leituras da obra, uma na adolescência, e outra há dois anos nessa edição belíssima da Zahar; é texto que flui. Verdade, Claire, você me fez voltar atenção para essa importante diferença na condução da história da Aurélia, de José de Alencar, e do Dantes. Na realidade, quando fiz a comparação, fiquei tomado pela complexidade e ousadia dos dois protagonistas, pois penso, e isso, é claro, é muito subjetivo, que nesse ponto eles se parecem. Não sei se é verdade, mas certa vez li ou ouvi que Alexandre Dumas ganhava dinheiro por cada linha que escrevia para esse romance, e que, por isso, o livro havia ficado tão longo. Se for verdade, e talvez seja no contexto da Paris de outrora, a genialidade do escritor fica ainda mais imensurável. Obrigado pelo vídeo. Assistirei outras vezes, conheço-me....:))
Sanag265 Também ouvi essa história de que Dumas ganhava por linha. Se for assim, "há males que vem pra bem", ou mais exato, há compromissos que geram bons resultados. Porque ele teria de criar intrigas, acontecimentos suficientes, para encher essas páginas... ;) O que Dantès tem de apaixonante é essa dualidade - bem justificada, mesmo quando é não é possível concordar com suas atitudes - que habita em todos nós, e que penso o autor soube explorar tão bem. Não soa gratuito, nem incoerente, nem tratado "por cima",; mas bem exposto, inclusive com as dúvidas e as crises. Nisto, ele e Aurélia se parecem. Aurélia está cheia de ressentimento, e ao mesmo tempo ama... Também acho que há livros que dariam conta de seus enredos em menos páginas; mas O Conde deveria mesmo ter esse tamanho, na minha opinião. E obrigada de novo. :)
Ótima leitura, Claire. Lembro desse seu vídeo do Shakespeare. Vi numa época em que estava fazendo maratona no seu canal. Sua resenha só me deixou mais ansiosa pra ler esse clássico. Beijo!
Aline Aimee Obrigada. Recomendo, o livro é infinitamente melhor do que qualquer adaptação que eu conheça ou tenha visto! E fico contente pela maratona... ^^
Me deixou com a maior vontade de ler rs' Às vezes eu mesmo penso sobre como todas as pessoas são "seres humanos", mesmo os vilões e que esses vilões muitas vezes tiveram motivos até compreensíveis de fazer o que fizeram, mas sem defender o erro, de minha parte kkkkkk
Só vi o filme, que é ótimo por sinal. Fico tentando a ler, mas como é um tijolão, penso que poderia usar o tempo pra ler outras obras que têm mais prioridade na minha lista. Linda a mensagem final. Lembro do vídeo que você havia falado isso. Como humanos somos sempre tentados pela satisfação e prazer mesquinhos da vingança, que é ótima, não vou ser hipócrita. Mas só por um instante. E se buscamos algo mais nobre na vida, um sentido maior e espiritual para nossa existência, com certeza a vingança não nos trará nenhum alento nem nada disso, no máximo um afago no ego e na vaidade que logo se esvai. Já o perdão literalmente nos liberta. E diria mais, liberta a outra pessoa também. Uma vez li uma frase num livro que dizia que esse mundo é feito de "vítimas de vítimas", no entender de que no final das contas todos nós estamos numa situação parecida. E como você mesma disse, todos nós também cometemos injustiças e poderemos precisar de perdão..
***** Acho que é impossível ler O Conde de Monte Cristo e não parar para pensar nessas questões. E sim, não devemos cair na hipocrisia e dizer que não somos tentados a nos vingar do mal que nos fazem; fiz questão de colocar, aliás, que o desejo de Dantès se é vingança, parte de uma indignação justa - é inegável que ele era inocente e sofreu sem culpa. Porém, na sua busca por vingança (que talvez de início pudesse ser considerada justiça) ele exagera, e causa o mal.
Claire Scorzi Só um adendo, tentei editar mas o TH-cam pra variar não funcionou. Quando digo que a vingança é ótima me referia a quando acontece por si só, sem que façamos nada. Eu não seria capaz de arquitetar nada contra ninguém, nem a quem tenha me feito algum mal. Como eu falei, tento não me ver como vítima. Embora o caso do livro seja algo mais drástico, mas mesmo assim acho que não procuraria vingança como o personagem, no máximo sentiria prazer de vê-los se danando por conta própria, rs, que, sinceramente, eu acho que é o que acaba acontecendo com quem faz o mal, por mais que a realidade pareça nos mostrar o contrário, que quem faz o bem só se dá mal e os que fazem o mal se dão bem. Mas acredito numa justiça cósmica, rs (pra não usar a palavra divina, porque temos livre arbítrio e não acredito num Deus punitivo). Nossa, essa assunto dá tanto pano pra manga, não é? Mas é bom falar disso. Me lembra também a noção de ética de Kant. Não sou tão conhecedor dele nem lembro muito bem, mas acho que ele fala mais ou menos que o que importa é a nossa atitude e consciência, fazermos o bem e o que é certo porque é a coisa certa a ser feita, até por nós mesmos, como um fim em si. No final das contas só o bem importa. O mal é só a ausência dele. Sabe o que me lembrou também, aquele livro A Consolação da Filosofia, do Boécio. Que também ficou preso, mas pelo que me lembro ele não nutria sentimento de vingança, mas agiu de uma forma como Sócrates, ou como a filosofia de Kant de muito tempo depois, e, em última instância, até mesmo como Jesus agiu. Desculpa as minhas divagações. rs. Caí da cama.
Há alguns anos venho adiando a compra desse livro, mas creio que chegou a hora de eu obtê-lo, seus vídeos como sempre instigando a leitura e avaliando pontos que eu nem sabia que tinha nesse livro( eu o li numa versão adaptada), ótimo vídeo Claire.
Tiago Cysne Obrigada! Tiago, eu nunca teria comprado esse livro porque as versões pra cinema me davam uma compreensão errada e mesmo pobre dele; ganhei de presente, e foi uma surpresa! Amei!
amei a resenha demais claire. assim que eu tiver dinheiro comprarei. esses dias comprei uma biografia do Torquato Neto um poeta do movimento Tropicalia. ai acabou o money por enquanto rsrs.
Oi, Claire! votei nesse livro como calhamaço e fiz a leitura na mesma época que você, mas só agora vim comentar (: confesso que, de forma geral, também gostei muito do livro e ele fez com que eu tivesse vontade de ler outros livros do Dumas. Fiquei apaixonada pelo Dantes do início do livro e por suas esperanças juvenis, mas confesso que fui ficando um pouco decepcionada com como ele foi ficando amargo ao longo do livro. Entendo e compreendo o motivo da amargura, mas me incomodou um pouco o quanto ele se tornou dissimulado ao longo da obra. E, em alguns momentos, a vingança atingia também aqueles que o Conde amava e, muitas vezes, quis que ele percebesse isso e desistisse das vinganças :~ - porém, também acho que alguns acontecimentos eram inevitáveis e ele só os acelerou com sua vingança. fora isso, fiquei apaixonada por Morel, Valentine e pelo avô dela. Acho que foram os meus personagens favoritos do livro. ah, acho que adoraria acompanhar "O Conde de Monte Cristo" por folhetim. Confesso que a leitura foi um pouco difícil para mim em alguns momentos - o momento mais difícil e tedioso para mim foi a apresentação de Albert, Franz e Vampa na Itália :P (e tomei antipatia por Albert a partir daquele momento). no mais, foi uma boa experiência. Foi o maior calhamaço que li na vida e vivi sentimentos intensos por personagens que convivi por tanto tempo. Não sei se fico com saudades - há muito sofrimento no livro. O livro me faz pensar o quanto o perdão é importante na nossa vida, e eu queria que - se a história se passasse num mundo real - Dantes pudesse perceber isso e tivesse a oportunidade de aproveitar mais sua vida e viver por si - não pelos outros, não por vingança.
Melina Fernandes Eba, comentário bacana, e longo!!! Eu não sei como me sentirei se for reler - é provável que releia um dia, pois sua leitura foi muito empolgante para mim - mas sim, o sentimento de amargura cresce muito ao longo do livro e lamentamos a metamorfose de Dantès - ainda que isso tenha de acontecer, pois é a razão de ser do romance, a vingança... Obrigada por compartilhar suas impressões :)
Resenha maravilhosa, Claire. Sempre um prazer assistir seus vídeos. Já tenho meu exemplar e depois desse vídeo já vou adiantar o livro na minha lista. Bjs
Sim, existem as duas possibilidades:"vingança ou perdão. Dentro do meu entendimento religioso, Deus não tem essa opção, Ele SEMPRE perdoa. Por isso, acho que a vingança da personagem não tem nada de divina, é desejo dele mesmo, não o vejo como instrumento da justiça de Deus, que, a meu ver, é feita sim, masde outra forma. Excelente vídeo, como sempre!
Amei o vídeo! Concordo que nenhuma adaptação conseguiu fazer jus ao livro. A forma que o Conde consegue executar sua vingança é muito sutil mesmo, muito engenhoso e talvez isso seja o que mais me causou impacto. A questão da vingança ser injusta é uma verdade muito forte, os efeitos colateiras são bem visíveis na trama. Um dos livros que mais gostei de ler. Ótimo vídeo com ótimas reflexões como sempre!
A versão francesa de 1979 foi bem próximo do livro, inclusive com o final do conde com a haydee. O livro foi adaptado para o formato de série, cobrindo quase toda a história.
Questões que são importantes para mim, o filme para mim é quase fundamental, agora que você diz que nenhuma adaptação fez justiça, fico imaginado a experiencia de leitura que terei no contato com essa obra... abração ;)
marcos apolo junior A adaptação que vi era razoável, mas agora sei que seu final é diferente do livro; sobre adaptações pro cinema que me contaram, ou que li a respeito, o mesmo: o romance, imenso, acaba simplificado e perde vários de seus ganchos dramáticos, e subtemas.
Oi! Obrigada. Sobre a edição da Martin Claret : a editora é loteria, tem edições boas e outras ruins. Como nunca examinei essa do "O Conde..." não posso opinar.
O Convite para ler os Clássicos compõe-se de 9 vídeos mais um "por que ler" - todos numa playlist "Convite para ler os clássicos". O vídeo de convite III eu acho, traz alguns títulos franceses. Foi uma série resumida, como eu digo em alguns vídeos :)
10 ปีที่แล้ว
Olá Claire! Um livro que me mostrou o poder da ficção como nenhum outro, o que é um autor bom de contar história... lindo. Encontrei esse vídeo sobre o livro e achei muito interessante: th-cam.com/video/fC_9Fv6-kb4/w-d-xo.html
Daiane Araujo Daiane, oi! Não foi deste livro que você disse: "Quer ler um livro bom leia um clássico?" ;) E vou conferir o vídeo, eu sou inscrita nesse canal aí, mas ainda não assisti todos os vídeos da série "Literatura Fundamental".
Eu fiquei querendo ler esse livro depois que assisti a "O Escafandro e a Borboleta". Não sei se você viu o filme, mas nele o protagonista é fissurado neste livro. Tomei isso como uma indicação do personagem.
Por enquanto só li a versão adaptada, mas mesmo assim achei a vingança de Dante um tanto quanto exagerada, ele deu uma extrapolada que no fundo o deixou com gostinho amargo desse prato saboroso que é a vingança...
Cintia Daflon O problema da vingança é justo esse: sai do controle do vingador; extrapola. Atinge inocentes. Por mais justa que fosse a reivindicação dele, que pagassem o que lhe fizeram - e, na versão integral, vê-se que ele sofreu muito, de variadas formas, em variados níveis - vingar-se não é a solução.
Claire Scorzi Estou mais ansiosa ainda para ler a versão integral, mas antes tenho que terminar o Ilusões Perdidas do Balzac, Moby Dick e a Odisséia... muito livro... pouco tempo de vida.
Claire Scorzi E isso não é nem metade dos tijolões que tenho aqui pra ler... o pior é que preciso ler 9 livros pra poder comprar 1 e necessito urgente de me desapegar de alguns livros porque não há mais espaço nem para colocar outra estante nessa casa. Acho que preciso de terapia (risos), mas estou melhorando...
Vindo aqui em 2024 depois de assistir o filme.
A melhor resenha de O Conde de Monte Cristo. Vim por recomendação da Tatiana Feltrin do The Little Things
Digo exatamente o mesmo. A melhor descrição do enredo e dos personagens, especialmente sobre como Edmund pouco faz, de fato, e sim articula e facilita situações que colocarão as pessoas à prova e estas sim escolhem seus destinos quando tomam atitudes mesquinhas e em benefício próprio, mal sabendo que estão colocando carreiras, reputação, família e mito mais em jogo.
Que resenha incrível, estou na metade da leitura do livro e agora com mais vontade de terminar essa obra maravilhosa...📖❤️
2025, por coincidência estou assistindo a nova série de produção italiana na Raiplay, muito boa ❤concordo com vc Claire, o abade é muito fofo 🥰
"Podemos fazer o mal também, na busca de reparar o mal que nos foi feito." Simplesmente preciso ler esse livro. Que resenha espetacular!!
Thiago Cerqueira Obrigada, Thiago. Esse livro merece todos os leitores possíveis, na minha opinião; ele entretém com qualidade e ainda faz pensar. E obrigada!
***** De acordo!
***** Obrigada. O livro merece :)
***** Estou sempre por aqui. Ainda mais no canal da sábia e linda Claire Scorzi. Ainda não sei quando criarei um, mas estou amadurecendo a ideia. Até...
Estou quase terminando de ler este livro, estou fascinada por ele, realmente da pra tirar lições deste livro. Eu espero que não me decepcione com o final, oh meu Deus! 😊
Preciso ler o conde do monte Cristo. Ótima recomendação.
Que resenha sensacional Claire, maravilhosa!!!
Belíssima!
Estou na duvida se leio O Conde de Monte Cristo ou Os Miseráveis primeiro.
Excelente!
Incrível..👏👏👏👏
Ótimo livro, um dos melhores que já li junto com o homem que ri do Victor Hugo.
Comecei a pensar na conexão entre os dois quando soube do livro Lord Gwynplaine que é uma releitura do conde de monte cristo e o protagonista assume o nome de Gwynplaine, personagem de o homem que ri do Victor Hugo que como o conde se torna um nobre.
Vingança e inveja acabam movendo as histórias. como a vingança pode afetar inocentes em ambos.
Sempre que vejo vídeos da Claire, dá vontade de abraçá-la.
Esperar e ter esperança
Muito obrigado por essa excelente resenha!
Obrigado por mais uma resenha muito boa!!!!
Deveria ter uma minissérie deste livro.
Gerard Depardieu fez uma, em 1998, mas é meio esquisitinho (ele, pulando ondinhas ... deve ter causado um tsunami, sabe Deus onde). A menos pior foi a de 1974, com Richard Chamberlain, Louis Jourdan, Tony Curtis. (deve ter no TH-cam)
excelente.
Que video belo, meus parabéns pela forma como retratou a obra!
Excelente resenha! Conseguiu verbalizar de forma muito clara e precisa as nuances da história e seus personagens! Parabéns! 👏👏👏
MELHOR resenha, era isso que eu procurava, análise profunda. Parabéns pelo conteúdo!
Suas resenhas são muito boas, difícil encontrar resenhas de clássicos de tanta qualidade. Parabéns pelo seu trabalho.
Que resenha incrível!!
Ai, Claire, você sempre com as melhores resenhas. Terminei hoje O Conde de Monte Cristo e confesso que queria mais! hahaha Dumas sabe como prender o leitor.
+Sabrinna Rebelo Ele sabia mesmo! Eu não queria parar de ler, dia após dia!
A melhor resenha sobre esse livro!
Amo essa resenha!
Dumas é demais!
Concordando com você :)
Que resenha maravilhosa! Estou terminando a primeira parte do livro! Top demais!!!!
tenho vontade de ler Memórias de um Médico mas é muito difícil achar todos os volumes pena que não tem edições novas,até existe em sebos mas sempre estão em péssimo estado.Alexandre Dumas é espetacular.
parabéns pelo video
Cris Takahashi Infelizmente boa parte dos clássicos ainda é maltratada pelo nosso mercado editorial: poucas traduções, poucas edições, e a obra completa, menos ainda. Obrigada!
A diferença entre Justiça e Vingança é que uma é neutra e a outra é apaixonada
Para executar sua vingança, Edmond pôs todos os sentimentos de lado. O orgulho, o amor, a amizade... Ele sentiu as duras consequências de se deixar envolver pelos sentimentos dos outros. Com o melhor amigo, experimentou a traição. Com a sua amada, a infidelidade. Com a lei, a injustiça. Com a honra, a morte do próprio pai que se enforcou por vergonha dele. Abrir mão dos sentimentos é pura vontade de potência. É como estar executando um plano, ao invés de estar simplesmente vivendo. Edmond sabia que no momento em que ele se deixasse envolver pelo que sentia, todo o seu plano fracassaria. Nos momentos em que esteve com a Mercedes, ele não estava se entregando ao sentimento. Ele sabe que, aqueles em que ele confiou, demonstraram o oposto do que ele sentia. É como se ele estivesse em uma constante desilusão, até o ponto em que jamais voltaria a acreditar no que os outros lhe fizeram sentir. Eu não acho que o Edmond foi um personagem fraco. Admiro a força dele. Ele sim pode não apenas falar, mas demonstrar que é forte. Sentimentos são frutos da razão. Eles são processados dentro da nossa cabeça e não por estímulos que associamos a circunstâncias do meio. Daí se tira que nada é o que é. Tudo é como você experiencia aquilo. Um brinde ao coração de gelo do Edmond ⚡
@@cacadordenarcisistas4235parabéns!
Nossa Claire, que leitura rica! eu ainda não li o Conde, mas reconheci nessa sua definição de vingança uma sensação que eu tive com O Morro dos Ventos Uivantes, o protagonista Heathcliff passou por todos os tipos de humilhações e injustiças na sua infância, e então crescido arquiteta um plano de vingança aparentemente muito justificado, mas quando se concretiza, vemos como tudo é tão lamentável e absurdo. Vingança definitivamente não é justiça.
Um beijo!
Pessoalmente, eu entendo melhor Dantès do que Heathcliff... rs Mas, realmente, ambos enfocam o mesmo tema, os horrores da vingança.
E obrigada :)
A referência a Shakespeare no final do vídeo é de muita perspicácia. Excelente!
andréa leitão Obrigada; acho legal quando podemos comparar / cruzar visões diferentes de um tema por outros escritores.
Estou lendo e simplesmente não consigo parar de ler! Boa resenha!
+Leonardo Nascimento Exatamente como eu! rs Obrigada!
Realmente, Claire, nenhuma adaptação para a tv faz jus a essa belíssima obra.
Essa confusão entre vingança e justiça é o ponto alto da obra para mim, as vezes, torcia pelos atos de Dantés e em outras o abominava. Vale até um estudo psicológico no personagem principal hahahaha
Ótima resenha!
Marina Vieira É verdade, Marina! O protagonista é bem desenhado, coisa que os românticos nem sempre faziam. Mas Dumas conseguiu com Edmond/ Conde. Obrigada!
gosto muito dos comentários dessa moça :)
Obrigada!
Vdd Claire, ver esses grandes mas como O Sofrimento do justo e o quanto a ira do homem não opera a justiça de Deus, tão bem tratados, ainda mais em texto integral da zahar, tem sido maravilhoso... Deviam republicar mais Dumas por aqui...
O romance chega a ser épico, não, Rafael? Extraordinário!
Sim perfeito, o inferno, purgatório e paraíso de Edmond DANTÈs 😍😍😍😍
❤️
Livro esplêndido
+Anne Fernandes Sim, um livro estupendo!
Adorei suas reflexões dessa história, foi m vídeo muito original e saiu do lugar-comum de comentários sobre o livro. Parabéns e obrigada!
Obrigada a você, Ana, pelo comentário! :)
Que livro mais delicioso, fez-me lembrar mesmo de 'Os Miseráveis'.
Parabéns pela resenha, Claire!
Obrigada, Gilmar. Este romance foi lido com paixão, de tão bom que é :)
Percebi isso. rs Você falou com muito amor e afeto. Fiquei interessado nele. Já o guardei na lista das próximas leituras. \o/
O homem que ri do victor hugo também lembra o conde de monte cristo. Tem vingança em o homem que ri, o protagonista se torna um nobre muito rico enquanto a menina que o ama pensa que ele morreu quando foi preso.
A partida de barco do conde com a haydee teve parecido com o homem queri quando o protagonista abandona sua fortuna para trás para partir com a menina que o ama.
Show de bola...
Obrigada!
vídeo simplesmente perfeito
Obrigada :)
Claire, que resenha primorosa, obrigado!
Wendel Valadares Obrigada a você pelo elogio!
Ótimaaaa! Não me canso de você, Claire. Extraordinária... Terminei de lê-lo ontem e estou encantado com a obra.
Obrigada! Esse clássico é uma delícia! ^^
Hoje que estou começando o segundo volume . Tenho a edição da Zahar. Estou na leitura conjunta com o Christian Assunção. Gosto muito das suas resenhas também. 😍
Perfeita sua colocação!" Os inocentes sempre acabam atingidos"
Ótimo vídeo Claire! Eu simplesmente devorei esse livro
na minha primeira leitura, e gostei tanto que entrou na minha lista de favoritos. E concordo com você que o abade Faria é um personagem fofo, e super carismático, uma das melhores partes do livro são as que mostram a bonita amizade dele com o Edmond. :D
***** Obrigada, Fernanda. E que bom que mais alguém gostou do abade Faria - algumas das falas dele são justo as que eu marquei; e a amizade dele com Edmond é uma das minhas partes favoritas do romance :)
Excelente vídeo Claire. Faço minhas as suas palavras. Gostei muito dos comentários sobre a presença de Deus na história. Fiquei até com vontade de reler o livro. Um grande abraço.
Jeferson Barbosa
Romeu Julieta Jeferson, eu fiquei tão cativada pela história que acabei "economizando" o livro quando ia chegando o final... não queria que terminasse. Obrigada!
Que excelente vídeo.obrigada.
De nada! Valeu :)
Gostei bastante do vídeo !!!
Muitas reviravoltas, é muito gostoso quando o livro desperta na gente essa vontade voraz de não parar a leitura, ao mesmo tempo que desperta no leitor emoções sobre as ações dos personagens. Aí a gente começa a querer entender o porquê daquelas atitudes e tentamos julgá-las, mas, nem sempre como vc disse, é justiça. É muito bom esse tipo de leitura. Vou ler sim, tô com muita vontade :)
Luana Polomanei Luana, prepare-se para amar e se revoltar, para chorar e sorrir, chorar de tristeza e chorar de emoção com cenas representativas de amizade e perdão; para roer as unhas, torcer, se envolver, falar sozinha questionando os personagens... Delícia! Recomendo demais! Obrigada :)
Incrível a relação que vc fez sobre justiça e vingança tratados na obra.
É o tipo de obra que a faz a gente “remoer” e “remoer” esses temas.
É um livro que vence o tempo por conta do seu conteúdo rico.
Que carisma o do personagem central, o Edmond Dantes, não ?
E a circunstância faz a pessoa: de um jovem de coração puro, ele se torna uma pessoa fechada, com perspicaz observação, infelizmente, tomada por um cruel e sombrio desejo de vingança.
A obra dá mesmo o que falar.
Não sei se concorda, Claire, mas a impressão que tive é a de que, enquanto, Edmond faz coisas questionáveis para buscar justiça, ele, no seu interior, preserva os bons sentimentos.
Penso que em O Conde de Monte Cristo encontramos o romantismo na sua melhor forma.
No tempo da história da obra temos o conceito de amor espiritual e casto, um tanto quanto diferente do conceito de amor sexualizado predominante atualmente.
De uma forma geral, a sociedade mostrada no livro tem um tremendo apego ao conceito de honra; hoje em dia, tem-se pouca ideia do que isso seja, ou se dá pouca importância a isso.
Quando li “Senhora”, percebi uma semelhança entre Aurélia, personagem do romance de José de Alencar, e Edmond, pois ela é uma moça que busca vingar-se de um traidor.
As versões cinematográficas da obra não conseguem, a meu ver, transmitir um terço das reviravoltas e ganchos após ganchos encontrados no livro.
Certa vez, ouvi de uma Professora de Literatura que Alexandre Dumas estava consultando arquivos da polícia de Paris e encontrou um relato no qual se inspirou para escrever O Conde de Monte Cristo; bem, nunca saberemos se isso é verdade.
Sanag265 Você apontou várias coisas que eu esqueci de comentar no vídeo! Incluindo notas que fiz durante meu histórico de leitura no Skoob. Como a pergunta que fica em nós ao ver o Conde capaz de conspirar para o mal e ao mesmo tempo fazendo coisas boas (o caso dos Morrel). Não é melhor a sensação de fazer o bem do que a de fazer o mal? Não é mais gratificante? E sim!!!! Sim!!! A diferença entre "Senhora" e "O Conde..." é que Aurélia não vai tão longe, mas acaba 'educando' Fernando. E a técnica de Alencar é iniciar a história no presente, com Aurélia já rica e admirada em sociedade, para depois fazer o flashback e nos contar sua história. E o fato de como o Romantismo marca a obra de Dumas. Adorei, adorei, adorei seu comentário! Obrigada!
Claire Scorzi Tão bom ter a certeza absoluta de que é gratificante fazer o bem.
Para o leitor atento, fica a mensagem de que o bem realmente vence o mal.
Como esse livro rende colóquio, e dos bons !
É obra que versa acima de tudo sobre humanidade, se vê praticamente todos os temas que mexe com o ser humano no romance: esperança, raiva, ódio, amor, vingança, ganância, honra, lealdade, atitude...
Com todo respeito que devo aos grandes escritores, sussurro para você que Edmond Dantes é na minha opinião um dos personagens mais completos que já encontrei num livro; por favor, não conte para ninguém!...rs
Tem tanto romance longo que a gente espreme e percebe que o cerne da história caberia em, no máximo, 200 páginas; entretanto, o célebre escritor francês não desperdiça uma palavra que seja.
E que final, puxa, que final !
Acabo de dizer para minha edição bem ali na estante: "um dia, vou reler-te".
Já fiz duas leituras da obra, uma na adolescência, e outra há dois anos nessa edição belíssima da Zahar; é texto que flui.
Verdade, Claire, você me fez voltar atenção para essa importante diferença na condução da história da Aurélia, de José de Alencar, e do Dantes.
Na realidade, quando fiz a comparação, fiquei tomado pela complexidade e ousadia dos dois protagonistas, pois penso, e isso, é claro, é muito subjetivo, que nesse ponto eles se parecem.
Não sei se é verdade, mas certa vez li ou ouvi que Alexandre Dumas ganhava dinheiro por cada linha que escrevia para esse romance, e que, por isso, o livro havia ficado tão longo.
Se for verdade, e talvez seja no contexto da Paris de outrora, a genialidade do escritor fica ainda mais imensurável.
Obrigado pelo vídeo.
Assistirei outras vezes, conheço-me....:))
Sanag265 Também ouvi essa história de que Dumas ganhava por linha. Se for assim, "há males que vem pra bem", ou mais exato, há compromissos que geram bons resultados. Porque ele teria de criar intrigas, acontecimentos suficientes, para encher essas páginas... ;)
O que Dantès tem de apaixonante é essa dualidade - bem justificada, mesmo quando é não é possível concordar com suas atitudes - que habita em todos nós, e que penso o autor soube explorar tão bem. Não soa gratuito, nem incoerente, nem tratado "por cima",; mas bem exposto, inclusive com as dúvidas e as crises.
Nisto, ele e Aurélia se parecem. Aurélia está cheia de ressentimento, e ao mesmo tempo ama...
Também acho que há livros que dariam conta de seus enredos em menos páginas; mas O Conde deveria mesmo ter esse tamanho, na minha opinião.
E obrigada de novo. :)
Claire Scorzi :-)
Ótima leitura, Claire. Lembro desse seu vídeo do Shakespeare. Vi numa época em que estava fazendo maratona no seu canal. Sua resenha só me deixou mais ansiosa pra ler esse clássico. Beijo!
Aline Aimee Obrigada. Recomendo, o livro é infinitamente melhor do que qualquer adaptação que eu conheça ou tenha visto! E fico contente pela maratona... ^^
Ehhhhhhh Finalmente essa resenha tão esperada.ツ
Millena Rodrigues Pois é, atrasei um dia. Mas saiu! rs
Claire Scorzi gostei muito da sua resenha
Millena Rodrigues Muito obrigada!
Me deixou com a maior vontade de ler rs'
Às vezes eu mesmo penso sobre como todas as pessoas são "seres humanos", mesmo os vilões e que esses vilões muitas vezes tiveram motivos até compreensíveis de fazer o que fizeram, mas sem defender o erro, de minha parte kkkkkk
Só vi o filme, que é ótimo por sinal. Fico tentando a ler, mas como é um tijolão, penso que poderia usar o tempo pra ler outras obras que têm mais prioridade na minha lista.
Linda a mensagem final. Lembro do vídeo que você havia falado isso.
Como humanos somos sempre tentados pela satisfação e prazer mesquinhos da vingança, que é ótima, não vou ser hipócrita. Mas só por um instante. E se buscamos algo mais nobre na vida, um sentido maior e espiritual para nossa existência, com certeza a vingança não nos trará nenhum alento nem nada disso, no máximo um afago no ego e na vaidade que logo se esvai.
Já o perdão literalmente nos liberta. E diria mais, liberta a outra pessoa também. Uma vez li uma frase num livro que dizia que esse mundo é feito de "vítimas de vítimas", no entender de que no final das contas todos nós estamos numa situação parecida. E como você mesma disse, todos nós também cometemos injustiças e poderemos precisar de perdão..
***** Acho que é impossível ler O Conde de Monte Cristo e não parar para pensar nessas questões. E sim, não devemos cair na hipocrisia e dizer que não somos tentados a nos vingar do mal que nos fazem; fiz questão de colocar, aliás, que o desejo de Dantès se é vingança, parte de uma indignação justa - é inegável que ele era inocente e sofreu sem culpa. Porém, na sua busca por vingança (que talvez de início pudesse ser considerada justiça) ele exagera, e causa o mal.
Claire Scorzi Só um adendo, tentei editar mas o TH-cam pra variar não funcionou. Quando digo que a vingança é ótima me referia a quando acontece por si só, sem que façamos nada. Eu não seria capaz de arquitetar nada contra ninguém, nem a quem tenha me feito algum mal. Como eu falei, tento não me ver como vítima. Embora o caso do livro seja algo mais drástico, mas mesmo assim acho que não procuraria vingança como o personagem, no máximo sentiria prazer de vê-los se danando por conta própria, rs, que, sinceramente, eu acho que é o que acaba acontecendo com quem faz o mal, por mais que a realidade pareça nos mostrar o contrário, que quem faz o bem só se dá mal e os que fazem o mal se dão bem. Mas acredito numa justiça cósmica, rs (pra não usar a palavra divina, porque temos livre arbítrio e não acredito num Deus punitivo).
Nossa, essa assunto dá tanto pano pra manga, não é? Mas é bom falar disso. Me lembra também a noção de ética de Kant. Não sou tão conhecedor dele nem lembro muito bem, mas acho que ele fala mais ou menos que o que importa é a nossa atitude e consciência, fazermos o bem e o que é certo porque é a coisa certa a ser feita, até por nós mesmos, como um fim em si.
No final das contas só o bem importa. O mal é só a ausência dele.
Sabe o que me lembrou também, aquele livro A Consolação da Filosofia, do Boécio. Que também ficou preso, mas pelo que me lembro ele não nutria sentimento de vingança, mas agiu de uma forma como Sócrates, ou como a filosofia de Kant de muito tempo depois, e, em última instância, até mesmo como Jesus agiu.
Desculpa as minhas divagações. rs. Caí da cama.
Jamais a vingança trará bons frutos.
Adoro os seus vídeos de resenhas, mesmo!
Obrigada. Eu faço com carinho pois só resenho o que gosto.
que vontade de ter esse livro depois dessa resenha
+bill x Esse livro é demais!
+Claire Scorzi obrigado por ter me apresentado a ele
bill x De nada. O prazer foi meu :D
Há alguns anos venho adiando a compra desse livro, mas creio que chegou a hora de eu obtê-lo, seus vídeos como sempre instigando a leitura e avaliando pontos que eu nem sabia que tinha nesse livro( eu o li numa versão adaptada), ótimo vídeo Claire.
Tiago Cysne Obrigada! Tiago, eu nunca teria comprado esse livro porque as versões pra cinema me davam uma compreensão errada e mesmo pobre dele; ganhei de presente, e foi uma surpresa! Amei!
amei a resenha demais claire.
assim que eu tiver dinheiro comprarei.
esses dias comprei uma biografia do Torquato Neto um poeta do movimento Tropicalia. ai acabou o money por enquanto rsrs.
Gabriel Dottling Sei como é; e obrigada!
Maravilhosa resenha! Lindo e muito instigante... como sempre aliás!
Você é ótima nisso, que talento Claire! Abraços!
Julia Ramos Obrigada, Julia! Deve ser porque realmente adoro falar de livros, e de livros que amei :)
Oi, Claire! votei nesse livro como calhamaço e fiz a leitura na mesma época que você, mas só agora vim comentar (:
confesso que, de forma geral, também gostei muito do livro e ele fez com que eu tivesse vontade de ler outros livros do Dumas. Fiquei apaixonada pelo Dantes do início do livro e por suas esperanças juvenis, mas confesso que fui ficando um pouco decepcionada com como ele foi ficando amargo ao longo do livro. Entendo e compreendo o motivo da amargura, mas me incomodou um pouco o quanto ele se tornou dissimulado ao longo da obra. E, em alguns momentos, a vingança atingia também aqueles que o Conde amava e, muitas vezes, quis que ele percebesse isso e desistisse das vinganças :~ - porém, também acho que alguns acontecimentos eram inevitáveis e ele só os acelerou com sua vingança.
fora isso, fiquei apaixonada por Morel, Valentine e pelo avô dela. Acho que foram os meus personagens favoritos do livro.
ah, acho que adoraria acompanhar "O Conde de Monte Cristo" por folhetim. Confesso que a leitura foi um pouco difícil para mim em alguns momentos - o momento mais difícil e tedioso para mim foi a apresentação de Albert, Franz e Vampa na Itália :P (e tomei antipatia por Albert a partir daquele momento).
no mais, foi uma boa experiência. Foi o maior calhamaço que li na vida e vivi sentimentos intensos por personagens que convivi por tanto tempo. Não sei se fico com saudades - há muito sofrimento no livro. O livro me faz pensar o quanto o perdão é importante na nossa vida, e eu queria que - se a história se passasse num mundo real - Dantes pudesse perceber isso e tivesse a oportunidade de aproveitar mais sua vida e viver por si - não pelos outros, não por vingança.
Melina Fernandes Eba, comentário bacana, e longo!!! Eu não sei como me sentirei se for reler - é provável que releia um dia, pois sua leitura foi muito empolgante para mim - mas sim, o sentimento de amargura cresce muito ao longo do livro e lamentamos a metamorfose de Dantès - ainda que isso tenha de acontecer, pois é a razão de ser do romance, a vingança... Obrigada por compartilhar suas impressões :)
Resenha maravilhosa, Claire. Sempre um prazer assistir seus vídeos. Já tenho meu exemplar e depois desse vídeo já vou adiantar o livro na minha lista. Bjs
***** Acredito que não vá se arrepender, Dayana. Belo livro, belas reflexões... E obrigada :)
Sim, existem as duas possibilidades:"vingança ou perdão. Dentro do meu entendimento religioso, Deus não tem essa opção, Ele SEMPRE perdoa. Por isso, acho que a vingança da personagem não tem nada de divina, é desejo dele mesmo, não o vejo como instrumento da justiça de Deus, que, a meu ver, é feita sim, masde outra forma. Excelente vídeo, como sempre!
Amei o vídeo! Concordo que nenhuma adaptação conseguiu fazer jus ao livro. A forma que o Conde consegue executar sua vingança é muito sutil mesmo, muito engenhoso e talvez isso seja o que mais me causou impacto. A questão da vingança ser injusta é uma verdade muito forte, os efeitos colateiras são bem visíveis na trama. Um dos livros que mais gostei de ler.
Ótimo vídeo com ótimas reflexões como sempre!
Obrigada. Este foi um dos meus "Melhores livros" de 2015. :)
A versão francesa de 1979 foi bem próximo do livro, inclusive com o final do conde com a haydee. O livro foi adaptado para o formato de série, cobrindo quase toda a história.
Questões que são importantes para mim, o filme para mim é quase fundamental, agora que você diz que nenhuma adaptação fez justiça, fico imaginado a experiencia de leitura que terei no contato com essa obra... abração ;)
marcos apolo junior A adaptação que vi era razoável, mas agora sei que seu final é diferente do livro; sobre adaptações pro cinema que me contaram, ou que li a respeito, o mesmo: o romance, imenso, acaba simplificado e perde vários de seus ganchos dramáticos, e subtemas.
Tenho k ler este livro!
Vc pode me dizer se nessa edição sua o texto das paginas ficaram aparecendo na página do outro lado? tipo a sombra do texto. Obrigada
Só um pouco.
Esse livro tem uma? Ou duas edições?
Amei a resenha Claire.
Muita vontade de ler esse livro.
Só gostaria de saber se a Edição do Conde de Monte Cristo, da Martin Claret, vale a pena?
Oi! Obrigada. Sobre a edição da Martin Claret : a editora é loteria, tem edições boas e outras ruins. Como nunca examinei essa do "O Conde..." não posso opinar.
Claire Scorzi obrigado por responder. Sou fã de suas resenhas e acompanho sempre.
Um abraço!
eu tinha essa edição e era cheia de erros.
Bom video! Bem... O link do video do Shakespeare não está aparecendo.
Aqui aparece; só tem que clicar em 'mostrar mais' no box de informações.
Claire Scorzi Ah sim,eu estava no mobile... obrigado. ^^
Lucas Elias de Paula:)
Claire, vc fez vídeo convite para ler os clássicos sobre literatura francesa? Não consigo acha-lo!
O Convite para ler os Clássicos compõe-se de 9 vídeos mais um "por que ler" - todos numa playlist "Convite para ler os clássicos". O vídeo de convite III eu acho, traz alguns títulos franceses. Foi uma série resumida, como eu digo em alguns vídeos :)
Olá Claire! Um livro que me mostrou o poder da ficção como nenhum outro, o que é um autor bom de contar história... lindo. Encontrei esse vídeo sobre o livro e achei muito interessante:
th-cam.com/video/fC_9Fv6-kb4/w-d-xo.html
Daiane Araujo Daiane, oi! Não foi deste livro que você disse: "Quer ler um livro bom leia um clássico?" ;) E vou conferir o vídeo, eu sou inscrita nesse canal aí, mas ainda não assisti todos os vídeos da série "Literatura Fundamental".
Eu fiquei querendo ler esse livro depois que assisti a "O Escafandro e a Borboleta". Não sei se você viu o filme, mas nele o protagonista é fissurado neste livro. Tomei isso como uma indicação do personagem.
Alister Vieira Não vi O escafandro e a borboleta. Mas acho que o protagonista tem excelente gosto :)
Por enquanto só li a versão adaptada, mas mesmo assim achei a vingança de Dante um tanto quanto exagerada, ele deu uma extrapolada que no fundo o deixou com gostinho amargo desse prato saboroso que é a vingança...
Cintia Daflon O problema da vingança é justo esse: sai do controle do vingador; extrapola. Atinge inocentes. Por mais justa que fosse a reivindicação dele, que pagassem o que lhe fizeram - e, na versão integral, vê-se que ele sofreu muito, de variadas formas, em variados níveis - vingar-se não é a solução.
Claire Scorzi Estou mais ansiosa ainda para ler a versão integral, mas antes tenho que terminar o Ilusões Perdidas do Balzac, Moby Dick e a Odisséia... muito livro... pouco tempo de vida.
Cintia Daflon Nossa! Só tijolões... kkkk
Claire Scorzi E isso não é nem metade dos tijolões que tenho aqui pra ler... o pior é que preciso ler 9 livros pra poder comprar 1 e necessito urgente de me desapegar de alguns livros porque não há mais espaço nem para colocar outra estante nessa casa. Acho que preciso de terapia (risos), mas estou melhorando...
Cintia Daflon Nem fale... tenho mais de 30 tijolões por ler, fora o restante... rs