Els Lagrou, antropóloga
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- เผยแพร่เมื่อ 21 เม.ย. 2019
- Roda de conversa “plantas mestras”
Dia 14 de novembro 2018, 14-16H
Vídeo: Manuel Águas e Gabriel Sayad
Introdução: música do Antonio Arvind e parceiros
"É preciso muitos estudos para saber que não sabemos nada"
Els Lagrou começa dizendo que devemos nos unir e conectar nesse momento difícil, e enfrentar o grande desafio de diálogo entre as ciências entre si e com outros campos de conhecimento, campos indígenas, campo da arte...
Ela lembra que levamos muito tempo para compreender e dialogar com as diferentes linguagens indígenas. Ela dá o exemplo do Ken Kensinger, missionário americano que veio converter os índios Huni Kui do Peru mas foi por eles convertido em antropólogo. Na época ele era linguista para aprender o idioma Huni Kui para traduzir para a Bíblia. Chama esse fenômeno de "conquista silenciosa" da Amazônia, que continua hoje com a missão evangélica. Porém alguns índios ainda conseguem resistir nos rios Jordão ou Tarauacá, no Acre.
Kensinger fala da oposição entre Dauya (especialista das plantas) e o Mukaya (pajé que comunica com os espíritos sem precisar das plantas. Separar o homem da natureza é a origem do monoteísmo. Assim como foi um erro opor homem e cultura, e omitir os mitos ancestrais. "O homem é o enfeite do mundo" diz Ailton Krenak.
Ela conclui questionando o estudo pelos cientistas ocidentais, que não sabem nada das culturas ancestrais, no sentido que tentam validar os conhecimentos nativos com instrumentos deles, ou seja, inadequados.
ELS LAGROU é antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De origem belga, fez mestrado em História Contemporânea em Louvain e veio para o Brasil estudar os povos ameríndios, onde fez mestrado e doutorado em Antropologia Social, com especialização em Antropologia da Arte. Publicou, dentre outros, os livros “A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica” (2007), sobre os Kaxinawa; “Arte Indígena no Brasil: agência, alteridade e relação” (2009). Como curadora, Els organizou junto ao Museu do Índio a exposição No Caminho da Miçanga (2015) que apresenta peças de povos indígenas desde o Brasil e Américas, até Ásia e África.
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Maravilhoso!
Bella. Bello.
Alguém tem 'A Queda do Ceu' , do Davi pra me enviar?
Qual é o nome do texto que ela está lendo?
Eu gostaria de participar do selvagem em 2023. Como faço para obter informações desse futuro evento?
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