Akira, por si mesmo, deixa claro porque é um marco da história do cinema. Tanto nos aspectos estéticos e técnicos, que são notados e admirados logo de cara, com uma animação fluida, belíssima, com um trabalho de cores impecável e uma representação de cenários, efeitos, poderes, reações e movimentos de cair o queixo, a história e a mitologia em si marcam todo o cinema de ficção científica cyberpunk. Neo Tóquio e Kaneda serão base de cidades/protagonistas que surgirão no futuro, numa realidade que trabalha a questão do pós-guerra encarando mais as consequências do que as causas. Feito num momento de tensão da Guerra Fria e refletindo o horror atômico e nuclear marcado na alma dos japoneses, Akira mantém-se atemporal ao abordar os aspectos de uma sociedade quebrada, violenta e dominada por tiranos. O crime, a morte e a repressão está a cada esquina, a cada canto escuro, e a inocência infantil é algo que morre logo nos primeiros anos, criando monstros em potencial (como é o caso do Tetsuo), e que são somente frutos do meio que nasceram, frutos de um violência sistemática e imparável. As abordagens dos conflitos sociais, da força repressiva do Estado, da transformação do medo e desespero em fanatismo religioso, da resistência agressiva, do genocídio legal, da criação de armas que não podem ser controladas, se unem a aspectos filosóficos e psicológicos sobre o que é o bem e o mal, sobre a corrupção pelo poder, sobre como o passado influencia nossas ações no futuro, sobre os traumas que nos moldam, sobre quem nos tornamos de acordo com o ambiente em que vivemos, além de muitas reflexões subjetivas, muitas inconclusões, muitas interpretações variadas regadas de lisergia. Não é um enredo fácil e compreensível de cara, é necessário ater-se aos detalhes, e dificilmente tudo será compreendido, mesmo que se assista várias vezes. Afinal, estamos lidando com todo um mundo novo construído baseado num pensamento do mundo oriental, do qual não fazemos parte. E mesmo assim, Akira consegue atingir o homem do Ocidente e fazê-lo sentir o desespero da morte e da destruição em massa, da falta de esperança e da esperança na ascensão de um herói inesperado. O que mais gostei do filme foi o vilão e sua amizade com o protagonista, isso foi algo marcante, quando temos um flashback e descobrimos a quanto tempo eles são amigos e como o Kaneda sempre o protegeu é algo realmente legal. - Tetsuo? - Kaneda? - Tetsuo! - Kaneda! - TETSUO! - KANEDA! - TETSUOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO - KANEDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Quando você pensa que acabou de ver uma das cenas de destruição mais avassaladoras já feitas Akira surge com outra três vezes mais épica. Assisti-lo é uma descarga de adrenalina tão forte quanto dirigir a três quilômetros por hora, como saltar de um avião a duzentos quilômetros por hora. Mas isto é apenas a cobertura de uma série de metáforas e problemas que preocupavam o mundo nos anos 80: a delinquência juvenil, o colapso social, o fundamentalismo religioso e a ameaça atômica. E depois ainda dizem que desenho é coisa de criança.
Sim, concordo! Com esse tanto de remakes, Akira, podia vir com uma nova versão em anime. Na mesma qualidade de Pluto. No caso o filme nem tirou tanta coisa assim, é que só os dois foram feitos simultaneamente. E por isso que do meio pra frente do mangá que nem foram desenhadas foram pensadas de outra forma pelo mesmo autor e diretor do filme. Gosto de ver os dois como outra visão daquele mundo distópico.
eu achei a obra do filme magnifica e tinha que ser aquilo ali mesmo. Mas me refiro que, o autor fez o mangá e suas cenas baseadas também em filmes explosivos de hollyood com muitas cenas de ação e explosão em um mundo cyber punk e com uns personagens extras que nos cativa no mangá que no filme ou não aparece ou só aparece de relance. A guangue dos palhaços e seu líder por exemplo que tem uma extrema importância no mangá e a origem da moto vermelha e que no filme, tem quase nada. Fora outros. Dai acharia que deveria ter uma série anime mas como um projeto paralelo, sem desmerecer o filme que afinal, foi o que abriu a porta das obras japonesas no ocidente. Ótimo conteúdo o seu. Grande abraço!@@carpetevermelho
@@cristianomariano2914 exatamente. Você disse tudo aí. E faz todo sentido mesmo. Duas tramas com pontos de partida iguais, mas com tramas diferentes e propostas diferentes. Eu amo as duas e se não fosse o filme, não conheceriamos muitos animes como hj
Akira, por si mesmo, deixa claro porque é um marco da história do cinema. Tanto nos aspectos estéticos e técnicos, que são notados e admirados logo de cara, com uma animação fluida, belíssima, com um trabalho de cores impecável e uma representação de cenários, efeitos, poderes, reações e movimentos de cair o queixo, a história e a mitologia em si marcam todo o cinema de ficção científica cyberpunk. Neo Tóquio e Kaneda serão base de cidades/protagonistas que surgirão no futuro, numa realidade que trabalha a questão do pós-guerra encarando mais as consequências do que as causas. Feito num momento de tensão da Guerra Fria e refletindo o horror atômico e nuclear marcado na alma dos japoneses, Akira mantém-se atemporal ao abordar os aspectos de uma sociedade quebrada, violenta e dominada por tiranos. O crime, a morte e a repressão está a cada esquina, a cada canto escuro, e a inocência infantil é algo que morre logo nos primeiros anos, criando monstros em potencial (como é o caso do Tetsuo), e que são somente frutos do meio que nasceram, frutos de um violência sistemática e imparável.
As abordagens dos conflitos sociais, da força repressiva do Estado, da transformação do medo e desespero em fanatismo religioso, da resistência agressiva, do genocídio legal, da criação de armas que não podem ser controladas, se unem a aspectos filosóficos e psicológicos sobre o que é o bem e o mal, sobre a corrupção pelo poder, sobre como o passado influencia nossas ações no futuro, sobre os traumas que nos moldam, sobre quem nos tornamos de acordo com o ambiente em que vivemos, além de muitas reflexões subjetivas, muitas inconclusões, muitas interpretações variadas regadas de lisergia. Não é um enredo fácil e compreensível de cara, é necessário ater-se aos detalhes, e dificilmente tudo será compreendido, mesmo que se assista várias vezes. Afinal, estamos lidando com todo um mundo novo construído baseado num pensamento do mundo oriental, do qual não fazemos parte. E mesmo assim, Akira consegue atingir o homem do Ocidente e fazê-lo sentir o desespero da morte e da destruição em massa, da falta de esperança e da esperança na ascensão de um herói inesperado.
O que mais gostei do filme foi o vilão e sua amizade com o protagonista, isso foi algo marcante, quando temos um flashback e descobrimos a quanto tempo eles são amigos e como o Kaneda sempre o protegeu é algo realmente legal.
- Tetsuo?
- Kaneda?
- Tetsuo!
- Kaneda!
- TETSUO!
- KANEDA!
- TETSUOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
- KANEDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
Quando você pensa que acabou de ver uma das cenas de destruição mais avassaladoras já feitas Akira surge com outra três vezes mais épica. Assisti-lo é uma descarga de adrenalina tão forte quanto dirigir a três quilômetros por hora, como saltar de um avião a duzentos quilômetros por hora. Mas isto é apenas a cobertura de uma série de metáforas e problemas que preocupavam o mundo nos anos 80: a delinquência juvenil, o colapso social, o fundamentalismo religioso e a ameaça atômica. E depois ainda dizem que desenho é coisa de criança.
Eu gistaria de sabe como a história terminou no mangá, ninguém no TH-cam fala disso.
muito bom o vídeo, parabéns 🤟
Cara o vídeo tá melhor mas investe em um microfone de lapela não é tão caro e teu áudio vai ficar melhor
depois que eu li o mangá, vi que o filme tirou muita coisa interessante. Eles deveriam fazer uma série baseada no mangá
Sim, concordo! Com esse tanto de remakes, Akira, podia vir com uma nova versão em anime. Na mesma qualidade de Pluto. No caso o filme nem tirou tanta coisa assim, é que só os dois foram feitos simultaneamente. E por isso que do meio pra frente do mangá que nem foram desenhadas foram pensadas de outra forma pelo mesmo autor e diretor do filme. Gosto de ver os dois como outra visão daquele mundo distópico.
eu achei a obra do filme magnifica e tinha que ser aquilo ali mesmo. Mas me refiro que, o autor fez o mangá e suas cenas baseadas também em filmes explosivos de hollyood com muitas cenas de ação e explosão em um mundo cyber punk e com uns personagens extras que nos cativa no mangá que no filme ou não aparece ou só aparece de relance. A guangue dos palhaços e seu líder por exemplo que tem uma extrema importância no mangá e a origem da moto vermelha e que no filme, tem quase nada. Fora outros. Dai acharia que deveria ter uma série anime mas como um projeto paralelo, sem desmerecer o filme que afinal, foi o que abriu a porta das obras japonesas no ocidente. Ótimo conteúdo o seu. Grande abraço!@@carpetevermelho
@@cristianomariano2914 exatamente. Você disse tudo aí. E faz todo sentido mesmo. Duas tramas com pontos de partida iguais, mas com tramas diferentes e propostas diferentes. Eu amo as duas e se não fosse o filme, não conheceriamos muitos animes como hj
❤❤❤❤❤
Bem legal a comparação manga x anime. Ganhou um inscrito 👍
Tenho a coleção da JBC e também da Globo, lançada nos anos 90.
Ai siim! Cloeção de peso tem aí! Arrasou muito
O video ficou bem melhor mesmo!
Que bom! :D
Mano gostei bastante do vídeo, depois vou ver outros vídeos do canal e as vezes até me inscrevo
Obrigado mesmo! E que bom que gostou do vídeo! Espero que goste dos outros também!
Tops...
q brisa torta esse áudio em só um ouvido
Era outros tempos. A edição e captação por algum motivo foi tudo para um ouvido só. Pedimos desculpa pelo incomodo
cadê o áudio a voz não tem kkk
agora tem kkkk