Dostoievski é meu autor russo favorito, pela complexidade dos personagens e pelo desafio que ele vencia quando escrevia ele não era da nobreza. Imagino se ele tivesse tempo para refinar mas sua obra.
Sim, por outro lado, sem querer romantizar o sofrimento, sinto que a obra do Dostoiévski foi muito marcada pelas tragédias pessoais, como o assassinato do pai e a prisão na catorga. Sem esses acontecimentos, a obra dele talvez fosse um pouco diferente. Que você acha?
Olá, Aline! "Os Demônios" tornou-se meu romance preferido. É uma pena que existam tão poucas análises da obra aqui no TH-cam, quando comparado a outros títulos de Dostoiékski. Suas análises são sempre primorosas. Abraço!
Li Os Demônios há poucos meses. Foi bom assistir seu vídeo e seus comentários sobre esse romance extraordinário. Interessante e pitoresco saber que a mãe de Turguêniev também se chamava Várvara como a mãe de Nikolai.
Terminei hoje, e é o terceiro romance que leio do autor no ano, sendo crime e castigo e o idiota, os demais. É difícil pra mim classificá-los, gostei de todos os três, e encontrei mais dificuldades na leitura da parte II do Idiota, e a parte I dos demônios. Mas, enfim sobre o presente livro: O início deixa o leitor um pouco disperso, o narrador é personagem, narra, participa da história, e ainda conta o que ouviu de outrem. Nessa mesma parte do livro, demora um pouco para entender se haveria um personagem principal (não que precise de um) mas o senhor stephan causou um certo desagrado em mim, provavelmente por intenção do autor - o fato dele ser "brulesco" e misturar o francês nas frases torna muito chato de ler as partes dele, digo isso porque ele parece ser o protagonista da história num primeiro momento. Mas começa a melhorar: ao introduzir a peculiar personagem de Stavrógin, e principalmente Kirílov (quem sabe, junto com rogójin do idiota e svdrigailov de crime e castigo) um dos mais brilhantes personagens secundários da carreira do autor com os quais tive contato, tornam a obra muito interessante. Na segunda parte, eu já estava muito mais compenetrado na trama: o duelo de stravógin, a prosa com o vilão fédka, a história de liebdiakin e sua irmã, o desenvolvimento do canalha que é piotr, e principalmente (motivos que me fazem sentir prazer em ter comprado esse livro) o dialógo entre os nossos num jantar, que teve a frase que vc começou o video, e o capitulo que foi proibido que trata da confissão de stavrogin. A parte terceira, finalmente, anuncia a tragédia: aqui o autor não perdoou ningúem. Acho que não teve um final feliz pros "nossos", talvez só o senhor g.v. que conseguia concluir uma baita de uma crônica kk Enfim, um livrasso, fiquei absorto na trama, apesar do início meio nebuloso, eu consegui domar esse livro denso de muito conteudo e reflexão em duas semanas e meia, tamanha a qualidade da trama e do que é contado na história. Se você vai começar com a obra de dostoiévski, eu recomendo que deixe esse livro pra quando já tiver mais contato com obras russas ou com as do próprio autor, mas se vc já tem alguma habitualidade com esse tipo de escrita, vai fundo! Excelente vídeo
Os Demônios pra mim é surpreendente e bem escrito do começo ao fim. Todo o clima de conspirações, delírios, risos ( loucura) possuídos são fantásticos . Um clima pesado e ao mesmo tempo revelador. Eu simplesmente tenho Os Demônios um dos melhores livros de Dostoiévski juntamente com os Irmãos Karamazov. BjOs 💗
Sua resenha é ótima!!! Acho a sua abordagem a melhor de todos booktubers que conheço. A sua análise do Pais e Filhos tbm é formidável. Esse livro é surpreendente. Pesadíssimo! Os personagens são muito bem construídos e possuem uma enorme densidade psicóloga. Os momentos de alívio cômico, por sua vez são ótimos. Como, por exemplo, a relação entre Stiepan e a Varvara, lá no início. Vc já fez alguma resenha do Adolescente? Dos livros longos do Dóst, me falta ler esse.
Eu li e estou relendo para ver se "me compra". Com as suas pontuações, ficou bem melhor. Penso que, taaaalvez, a defesa dos valores e tradição russos e o desprezo pelas ideias socialistas pode ter se dado para "garantir" um não-retorno à Sibéria ou à possibilidade de ser fuzilado. Então o czar seria muito bom de psicologia, porque com o quase-fuzilamento, teria conseguido não só abafar ideais igualitários, com criar um defensor das coisas tais como estavam, e isso em um escritor que seria lido por muitos, em folhetins. Propaganda pró-situação bem abrangente. Depois que assisti a seu vídeo, entendi o porquê de colocar a personagem conservadora como pai da personagem revolucionária. É o choque de gerações, agora em uma perspectiva mais ampla. O casal governador-Iulia devem representar os governos que se deixam infiltrar, por diversas formas, pelas novas ideias. O baile, com mistura de classes sociais, e todo o desastre que ele vira, seria uma analogia da sociedade imiscuída com as ideias da nova geração. A Varvara seria a elite da sociedade quando não toma o devido cuidado com as novas ideias. O Stepan parece ter muitas características do Dostoievski. Que, aliás, parece que passava por dificuldades financeiras não porque deixasse de ganhar um b dinheiro com suas obras, mas porque gastava tudo em jogo. Li alguma coisa sobre isso. A leitura de Os demônios vai ficar mais interessante agora. Muito obrigada.
Aline, terminei o livro e vim assistir seu vídeo logo em seguida! Gostei muito da leitura, não foi menos incrível do que eu esperava. Deixei este por último na minha maratona por imaginar que fosse o mais difícil, mas me surpreendi como a leitura fluiu e foi até divertida em alguns momentos, que novelão! O maior desafio foi o número de personagens, que eu precisei anotar (deu duas páginas kkkk), mas na metade do livro eu já não precisei consultar. Eu ainda não li Pais e Filhos e certamente perdi a referência, mas as ditas passagens não perderam seu brilho. O livro foi profético, concordo com sua análise. Se a crítica especializada da época torceu o nariz, só reforça a genialidade de Dostoievski, que estava muito à frente do tempo dele. Os Irmãos Karamazov ainda está um degrau acima nos meus preferidos, ainda assim gostei muito. Parabéns pela análise e pelo canal!
Aline, vc é MARAVILHOSA! Eu apoio seu canal com mta satisfação, pq pra mim, vc é a pessoa que destrincha obras que eu amoooo de uma forma incrível! Desde início de 2020, vc é uma grande influenciadora pra mim, eu só tenho a agradecer! Estou sempre por aqui, apesar de ter a vida corrida e comentar pouco. Sou meio louca com as redes sociais e vivo desativando rsrsrs, mas sempre que estou por lá, eu adoro te acompanhar tbm! Sua resenha sobre esta obra prima de Dostoiévski está sensacional! Era a minha resenha mais esperada do ano! Obrigada por mais esse ano de dedicação com o canal, sou mto grata! Um forte abraço! ❤️🥰😘
E aí pessoal que veio assistir esse vídeo. Olha, eu terminei de ler Os Demônios ontem e gostaria de ter absorvido tão bem quanto o pessoal aqui dos comentários que diz que o livro é um dos seus favoritos e tudo mais. Infelizmente, a obra não se comunicou bem comigo - por mais que mesmo assim eu tenha conseguido captar, entender que ela é muito sólida, muito bem sustentada por profundas reflexões sobre o momento vivido pelo autor. Os principais motivos que me fizeram não ser tão envolvido pelo livro são dois - e ao mesmo tempo um só. Cara, pra mim, um brasileiro pobre vivo em 2024, foi muito difícil, às vezes impossível mesmo, visualizar o cenário onde a história se passava, foi muito difícil entender como raios viviam aqueles aristocratas russos do século 19. Não consegui entender o que aquele pessoal faz da vida além de eventos sociais, não consegui entender o que é que os jovenzinhos da história foram fazer no exterior, não entendi qual era exatamente o laço que havia entre certos personagens, não consegui criar uma imagem mental de boa parte deles - Liámchim, Liebiádkin, Líputin, Kirílov, Chátov, Virguínski, não entendi qual é o trabalho deles, a rotina deles, como se conheceram, onde se conheceram, quem cada um deles era naquele grupo, no sentido de como um era visto pelo outro e vice-versa, etc. Enfim, não entendi um monte de coisas.😅 Conforme o final do livro foi se aproximando, no entanto, eu fui sacando o que tava acontecendo. Aliás, não acho que a minha dificuldade em compreender o ambiente seja culpa do Dostoiévski, acho que a culpa é minha mesmo. Prum russo daquela época, todas essas explicações que eu gostaria de ter recebido seriam completamente descartáveis, porquê pra esse sujeito hipotético isso tudo seria evidente, ele não precisaria de muito pra conseguir se pôr naquela situação. Pra esse sujeito, cada ação de cada personagem já indica algo sobre a sua personalidade e sobre a sua conduta, o que não acontece comigo. Quando Elisavieta Nikolaiévna, por exemplo, age de maneira efusiva e carinhosa com Stiepán Trofimovitch, isso já fiz uma série de coisas sobre ela, sobre quem ela é naquele mundinho aristocrático russo. Mas eu demorei pra entender isso, não me impressionava essa conduta numa pessoa que não via alguém querido há muito tempo. Eu podia citar várias coisas, mas acho que já deu pra entender que eu fiquei meio perdido durante boa parte do livro, fazendo ideias erradas sobre os personagens e tudo mais. O outro motivo é a linguagem. Mais especificamente, as regras de etiqueta e algumas referências à eventos históricos e também uns termos que eu demorei a compreender que conotação tinham praquelas pessoas da história. "Eslavófilo", por exemplo. No começo, eu achei que um eslavófilo era tipo um fã dos países nórdicos, sei lá. Noruega, Finlândia. Mas não tem nada a ver com isso. E quanto às regras de etiqueta, às vezes um personagem fazia algo que, na história, é escandaloso, ridículo, estranho, mas que pra mim não era. Isso tornou mais difícil pra mim entender o que o pessoal estava sentindo, o que cada um dos participantes do ato pensava sobre ele. Enfim, só queria contribuir pra discussão dando a visão de uma pessoa que reconhece o extremo esforço colocado na obra, mas que enfrentou fortes barreiras na leitura kkk A moça do vídeo ajudou um pouco na compreensão da história, obrigado.
Crime e Castigo è meu livro da vida, e Irmãos Karamazov è o segundo...😁 Tenho Os Demônios e a sua resenha me deixou com ainda mais vontade de ler, vou passa-lo na frente da fila. Obrigada 🙏🏼
Excelente resenha. Os Demônios para mim é o melhor livro de Dostoievski, um livro difícil e que não é tão popular como Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov.
Cada vez que penso no Kiríllov/Nietzsche ainda fico surpreso (como assim Os Demônios não é tão comentado??? 🤯😅) Amei o comentário sobre a criação de diferentes tipos de niilistas, isso requer um olhar super aguçado e acho interessante como ainda somos assim, ou seja, cada um ainda tem a tendência de viver certa ideia a sua própria maneira. Assim que terminar, venho comentar o final ✌🏼
Sua resenha foi fantásticamente analista a e direta. São personagens frustrados querendo ser modernos e famosos com ideias imaturas, é um romance muito chato na verdade, anodizas e anedotas
a medida que eu ia lendo, ia escrevendo numa listinha pra deixar junto com o livro pra facilitar. Alem de ter varios personagens, eles tem varios nomes e prenomes pelos quais podem ser chamados
Dostoiévski é um espanto, porque fazia tudo isso no século 19, antes de Freud, antes de Nietzsche. Ótima resenha, parabéns!
Dostoievski é meu autor russo favorito, pela complexidade dos personagens e pelo desafio que ele vencia quando escrevia ele não era da nobreza. Imagino se ele tivesse tempo para refinar mas sua obra.
Sim, por outro lado, sem querer romantizar o sofrimento, sinto que a obra do Dostoiévski foi muito marcada pelas tragédias pessoais, como o assassinato do pai e a prisão na catorga. Sem esses acontecimentos, a obra dele talvez fosse um pouco diferente. Que você acha?
@@AlineAimee ainda preciso estudar um pouco mas da obra dele. Para ter uma opinião.
Olá, Aline! "Os Demônios" tornou-se meu romance preferido. É uma pena que existam tão poucas análises da obra aqui no TH-cam, quando comparado a outros títulos de Dostoiékski. Suas análises são sempre primorosas. Abraço!
Que bom que gostou do vídeo! E tomara que mais leitores cheguem a essa obra-prima!
Escutei até o spoiler, volto depois. Até aqui, perfeito
Li Os Demônios há poucos meses. Foi bom assistir seu vídeo e seus comentários sobre esse romance extraordinário. Interessante e pitoresco saber que a mãe de Turguêniev também se chamava Várvara como a mãe de Nikolai.
Li Os Demônios esse ano. A obra é realmente tudo isso que a Aline falou. Digo ainda que esta análise é a melhor que vi até agora no YT.
Muito obrigada!
Simplesmente EU AMO UMA BOOKTUBER,demorou mas chegou hein kkkkkkkkkkkkk.Obrigado pelo teu trampo e Feliz Natal!
Aaahhh! Obrigada!!! E Feliz Natal!!! 💛🎄
Terminei hoje, e é o terceiro romance que leio do autor no ano, sendo crime e castigo e o idiota, os demais. É difícil pra mim classificá-los, gostei de todos os três, e encontrei mais dificuldades na leitura da parte II do Idiota, e a parte I dos demônios. Mas, enfim sobre o presente livro: O início deixa o leitor um pouco disperso, o narrador é personagem, narra, participa da história, e ainda conta o que ouviu de outrem. Nessa mesma parte do livro, demora um pouco para entender se haveria um personagem principal (não que precise de um) mas o senhor stephan causou um certo desagrado em mim, provavelmente por intenção do autor - o fato dele ser "brulesco" e misturar o francês nas frases torna muito chato de ler as partes dele, digo isso porque ele parece ser o protagonista da história num primeiro momento. Mas começa a melhorar: ao introduzir a peculiar personagem de Stavrógin, e principalmente Kirílov (quem sabe, junto com rogójin do idiota e svdrigailov de crime e castigo) um dos mais brilhantes personagens secundários da carreira do autor com os quais tive contato, tornam a obra muito interessante. Na segunda parte, eu já estava muito mais compenetrado na trama: o duelo de stravógin, a prosa com o vilão fédka, a história de liebdiakin e sua irmã, o desenvolvimento do canalha que é piotr, e principalmente (motivos que me fazem sentir prazer em ter comprado esse livro) o dialógo entre os nossos num jantar, que teve a frase que vc começou o video, e o capitulo que foi proibido que trata da confissão de stavrogin. A parte terceira, finalmente, anuncia a tragédia: aqui o autor não perdoou ningúem. Acho que não teve um final feliz pros "nossos", talvez só o senhor g.v. que conseguia concluir uma baita de uma crônica kk
Enfim, um livrasso, fiquei absorto na trama, apesar do início meio nebuloso, eu consegui domar esse livro denso de muito conteudo e reflexão em duas semanas e meia, tamanha a qualidade da trama e do que é contado na história. Se você vai começar com a obra de dostoiévski, eu recomendo que deixe esse livro pra quando já tiver mais contato com obras russas ou com as do próprio autor, mas se vc já tem alguma habitualidade com esse tipo de escrita, vai fundo! Excelente vídeo
Aline, sua resenha foi a melhor da Net. Parabéns.
Os Demônios pra mim é surpreendente e bem escrito do começo ao fim. Todo o clima de conspirações, delírios, risos ( loucura) possuídos são fantásticos . Um clima pesado e ao mesmo tempo revelador. Eu simplesmente tenho Os Demônios um dos melhores livros de Dostoiévski juntamente com os Irmãos Karamazov. BjOs 💗
Sua resenha é ótima!!! Acho a sua abordagem a melhor de todos booktubers que conheço. A sua análise do Pais e Filhos tbm é formidável.
Esse livro é surpreendente. Pesadíssimo! Os personagens são muito bem construídos e possuem uma enorme densidade psicóloga.
Os momentos de alívio cômico, por sua vez são ótimos. Como, por exemplo, a relação entre Stiepan e a Varvara, lá no início.
Vc já fez alguma resenha do Adolescente? Dos livros longos do Dóst, me falta ler esse.
Obrigada! Ainda não resenhei O adolescente.
Eu li e estou relendo para ver se "me compra". Com as suas pontuações, ficou bem melhor. Penso que, taaaalvez, a defesa dos valores e tradição russos e o desprezo pelas ideias socialistas pode ter se dado para "garantir" um não-retorno à Sibéria ou à possibilidade de ser fuzilado. Então o czar seria muito bom de psicologia, porque com o quase-fuzilamento, teria conseguido não só abafar ideais igualitários, com criar um defensor das coisas tais como estavam, e isso em um escritor que seria lido por muitos, em folhetins. Propaganda pró-situação bem abrangente.
Depois que assisti a seu vídeo, entendi o porquê de colocar a personagem conservadora como pai da personagem revolucionária. É o choque de gerações, agora em uma perspectiva mais ampla.
O casal governador-Iulia devem representar os governos que se deixam infiltrar, por diversas formas, pelas novas ideias. O baile, com mistura de classes sociais, e todo o desastre que ele vira, seria uma analogia da sociedade imiscuída com as ideias da nova geração.
A Varvara seria a elite da sociedade quando não toma o devido cuidado com as novas ideias.
O Stepan parece ter muitas características do Dostoievski. Que, aliás, parece que passava por dificuldades financeiras não porque deixasse de ganhar um b dinheiro com suas obras, mas porque gastava tudo em jogo.
Li alguma coisa sobre isso.
A leitura de Os demônios vai ficar mais interessante agora. Muito obrigada.
Que resenha maravilhosa!! Parabéns e obrigada.
Muito obrigada!
Oba! Estou lendo Os Demônios e estou gostando muito, mas ainda estou na segunda parte. Assim que terminar vou voltar aqui pra assistir sua análise!
Volta e conta o que achou! :-)
Aline, terminei o livro e vim assistir seu vídeo logo em seguida! Gostei muito da leitura, não foi menos incrível do que eu esperava. Deixei este por último na minha maratona por imaginar que fosse o mais difícil, mas me surpreendi como a leitura fluiu e foi até divertida em alguns momentos, que novelão! O maior desafio foi o número de personagens, que eu precisei anotar (deu duas páginas kkkk), mas na metade do livro eu já não precisei consultar. Eu ainda não li Pais e Filhos e certamente perdi a referência, mas as ditas passagens não perderam seu brilho. O livro foi profético, concordo com sua análise. Se a crítica especializada da época torceu o nariz, só reforça a genialidade de Dostoievski, que estava muito à frente do tempo dele. Os Irmãos Karamazov ainda está um degrau acima nos meus preferidos, ainda assim gostei muito. Parabéns pela análise e pelo canal!
Acho que Irmãos Karamazov toca mais o meu coração também.
Aline, vc é MARAVILHOSA! Eu apoio seu canal com mta satisfação, pq pra mim, vc é a pessoa que destrincha obras que eu amoooo de uma forma incrível! Desde início de 2020, vc é uma grande influenciadora pra mim, eu só tenho a agradecer!
Estou sempre por aqui, apesar de ter a vida corrida e comentar pouco.
Sou meio louca com as redes sociais e vivo desativando rsrsrs, mas sempre que estou por lá, eu adoro te acompanhar tbm!
Sua resenha sobre esta obra prima de Dostoiévski está sensacional! Era a minha resenha mais esperada do ano!
Obrigada por mais esse ano de dedicação com o canal, sou mto grata!
Um forte abraço! ❤️🥰😘
Puxa, muito obrigada por esse retorno maravilhoso e pela companhia! Faço com carinho! Boas festas! 💛🎄
Adorei, Aline! Obrigada pela aula!
Que bom que gostou! Obrigada pela companhia!
E aí pessoal que veio assistir esse vídeo. Olha, eu terminei de ler Os Demônios ontem e gostaria de ter absorvido tão bem quanto o pessoal aqui dos comentários que diz que o livro é um dos seus favoritos e tudo mais. Infelizmente, a obra não se comunicou bem comigo - por mais que mesmo assim eu tenha conseguido captar, entender que ela é muito sólida, muito bem sustentada por profundas reflexões sobre o momento vivido pelo autor.
Os principais motivos que me fizeram não ser tão envolvido pelo livro são dois - e ao mesmo tempo um só. Cara, pra mim, um brasileiro pobre vivo em 2024, foi muito difícil, às vezes impossível mesmo, visualizar o cenário onde a história se passava, foi muito difícil entender como raios viviam aqueles aristocratas russos do século 19. Não consegui entender o que aquele pessoal faz da vida além de eventos sociais, não consegui entender o que é que os jovenzinhos da história foram fazer no exterior, não entendi qual era exatamente o laço que havia entre certos personagens, não consegui criar uma imagem mental de boa parte deles - Liámchim, Liebiádkin, Líputin, Kirílov, Chátov, Virguínski, não entendi qual é o trabalho deles, a rotina deles, como se conheceram, onde se conheceram, quem cada um deles era naquele grupo, no sentido de como um era visto pelo outro e vice-versa, etc. Enfim, não entendi um monte de coisas.😅 Conforme o final do livro foi se aproximando, no entanto, eu fui sacando o que tava acontecendo. Aliás, não acho que a minha dificuldade em compreender o ambiente seja culpa do Dostoiévski, acho que a culpa é minha mesmo. Prum russo daquela época, todas essas explicações que eu gostaria de ter recebido seriam completamente descartáveis, porquê pra esse sujeito hipotético isso tudo seria evidente, ele não precisaria de muito pra conseguir se pôr naquela situação. Pra esse sujeito, cada ação de cada personagem já indica algo sobre a sua personalidade e sobre a sua conduta, o que não acontece comigo. Quando Elisavieta Nikolaiévna, por exemplo, age de maneira efusiva e carinhosa com Stiepán Trofimovitch, isso já fiz uma série de coisas sobre ela, sobre quem ela é naquele mundinho aristocrático russo. Mas eu demorei pra entender isso, não me impressionava essa conduta numa pessoa que não via alguém querido há muito tempo. Eu podia citar várias coisas, mas acho que já deu pra entender que eu fiquei meio perdido durante boa parte do livro, fazendo ideias erradas sobre os personagens e tudo mais.
O outro motivo é a linguagem. Mais especificamente, as regras de etiqueta e algumas referências à eventos históricos e também uns termos que eu demorei a compreender que conotação tinham praquelas pessoas da história. "Eslavófilo", por exemplo. No começo, eu achei que um eslavófilo era tipo um fã dos países nórdicos, sei lá. Noruega, Finlândia. Mas não tem nada a ver com isso. E quanto às regras de etiqueta, às vezes um personagem fazia algo que, na história, é escandaloso, ridículo, estranho, mas que pra mim não era. Isso tornou mais difícil pra mim entender o que o pessoal estava sentindo, o que cada um dos participantes do ato pensava sobre ele.
Enfim, só queria contribuir pra discussão dando a visão de uma pessoa que reconhece o extremo esforço colocado na obra, mas que enfrentou fortes barreiras na leitura kkk
A moça do vídeo ajudou um pouco na compreensão da história, obrigado.
Perfeito Aline, perfeita a análise!! Parabéns...
Crime e Castigo è meu livro da vida, e Irmãos Karamazov è o segundo...😁 Tenho Os Demônios e a sua resenha me deixou com ainda mais vontade de ler, vou passa-lo na frente da fila. Obrigada 🙏🏼
Boa leitura! Volta depois e conta o que achou!
Excelente resenha. Os Demônios para mim é o melhor livro de Dostoievski, um livro difícil e que não é tão popular como Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov.
Sim, é impressionante que seja menos debatido, não?
Talvez seja pq expõe muitas das práticas usadas por certos movimentos políticos atuais
Menina vc é maravilhosa. Parabéns pelo canal, ganhou mais um inscrito. 😊
Cada vez que penso no Kiríllov/Nietzsche ainda fico surpreso (como assim Os Demônios não é tão comentado??? 🤯😅)
Amei o comentário sobre a criação de diferentes tipos de niilistas, isso requer um olhar super aguçado e acho interessante como ainda somos assim, ou seja, cada um ainda tem a tendência de viver certa ideia a sua própria maneira.
Assim que terminar, venho comentar o final ✌🏼
Venha sim! Estou curiosa com a sua opinião!
Aline, parabéns pela resenha. Sensacional!
Bela resenha!
Obrigada!
Excelente resenha, Aline! Uma verdadeira aula!
Obrigada! 🙂
Que legal! Acabei de reler esse livro e achei a sua resenha. Ótimo vídeo! Parabéns!
Obrigada!
Pais e filhos é a marvel pra toda a familia, e Os demônios é a dc sombria e realista.
AMO essas comparações hahahaha muito bom
Beleza,vídeo sem blablabla.Obrigado.
Sua resenha foi fantásticamente analista a e direta. São personagens frustrados querendo ser modernos e famosos com ideias imaturas, é um romance muito chato na verdade, anodizas e anedotas
Drama : Vitor Hugo
Minha cabeça deu um nó só com a quantidade de personagens citados 🤯
E deixei de citar vários! É muita gente mesmo! 😆
a medida que eu ia lendo, ia escrevendo numa listinha pra deixar junto com o livro pra facilitar. Alem de ter varios personagens, eles tem varios nomes e prenomes pelos quais podem ser chamados
Grande livro + está edição e um lixo, esse bezerra mudou a visão principal do livro
Quero ler e estou na dúvida de qual tradução comprar. Qual vc indicaria?
Eu gosto muito da tradução da 34. O Paulo traduz direto do russo.