Impecável. Ainda bem que deixei pra ver esse filme só hoje, 5 meses depois da minha separação. Porque foi exatamente isso que eu vivi. O triste, foi que eu tentei recuperar, mas não há como fazer isso sozinha.
Oi André, parabéns pelo seu trabalho! Te ouvir sempre me faz pensar muito. Faz uma versão estendida das suas reflexões sobre esse filme? :) Adoraria te ouvir falar, por exemplo, sobre como você vê essa dinâmica de culpabilização/covardia com o próprio desejo no entrecruzamento com papéis de gênero e relações de poder dentro de um relacionamento. Nesse caso isso pode estar entre as coisas não ditas na briga: eles estão em um relacionamento heterosexual em que de certa forma inverteram os papéis tradicionais de cuidado do filho e da casa e da exposição do trabalho e reconhecimento público. A forma como cada um lida com o próprio desejo me parece ter essa nuance, e também como isso vai ser lido socialmente. No filme, essa briga poderia ter acontecido em qualquer momento - antes ou depois - fora do julgamento. O espectador veria a cena e tiraria suas conclusões, independente do que aconteceu no tribunal, mas ela não necessariamente estaria como prova. Fiquei pensando que ela aparecer durante as cenas de tribunal, como exposição radical da intimidade do casal, conversa com como as negociações internas do casal e as negociações pessoais de gênero de cada um aparecem, são vistas e julgadas na cena pública. Fica aquele mal estar do que é visto, do que é só ouvido, do que é público, do que é privado. Nesse sentido eu não vivi, como espectadora, mais violenta a briga do que o julgamento. Ela é mais rápida e mais explícita, apesar de tantos não ditos. Mas o julgamento, com seus muitos não ditos também, é no limite uma constante, ele passa de um momento para a vida inteira: a absolvição é puramente formal, a queda é um ponto focal que separa um antes de questionamento e um depois de dúvida.
muito bom seu comentário, Bruna. um aspecto do filme que não coube no vídeo é como, do ponto de vista de uma crítica (psico)social, mais uma vez o trabalho emocional sobra todo para essa mulher. é como se o preço que ela tivesse que pagar, com juros e correção, por ter invertido temporariamente os papéis clássicos, fosse o de ter que lidar com tudo: o julgamento, a reputação arruinada, o dinheiro, a fratura na relação com o filho, enfim. gostei demais da provocação sobre uma versão estendida, obrigado!
minha felicidade assistindo esse video é ver todas as minhas conclusões serem traduzidas de forma mais clara e mais inteligente por você, nao tudo, claro, mas grande parte.
Impecável. Ainda bem que deixei pra ver esse filme só hoje, 5 meses depois da minha separação. Porque foi exatamente isso que eu vivi. O triste, foi que eu tentei recuperar, mas não há como fazer isso sozinha.
Cheguei aqui pelo Ora Thiago 😊
faz de All of us Strangers pvrr nunca te pedi nada
Oi André, parabéns pelo seu trabalho! Te ouvir sempre me faz pensar muito. Faz uma versão estendida das suas reflexões sobre esse filme? :)
Adoraria te ouvir falar, por exemplo, sobre como você vê essa dinâmica de culpabilização/covardia com o próprio desejo no entrecruzamento com papéis de gênero e relações de poder dentro de um relacionamento. Nesse caso isso pode estar entre as coisas não ditas na briga: eles estão em um relacionamento heterosexual em que de certa forma inverteram os papéis tradicionais de cuidado do filho e da casa e da exposição do trabalho e reconhecimento público. A forma como cada um lida com o próprio desejo me parece ter essa nuance, e também como isso vai ser lido socialmente.
No filme, essa briga poderia ter acontecido em qualquer momento - antes ou depois - fora do julgamento. O espectador veria a cena e tiraria suas conclusões, independente do que aconteceu no tribunal, mas ela não necessariamente estaria como prova. Fiquei pensando que ela aparecer durante as cenas de tribunal, como exposição radical da intimidade do casal, conversa com como as negociações internas do casal e as negociações pessoais de gênero de cada um aparecem, são vistas e julgadas na cena pública. Fica aquele mal estar do que é visto, do que é só ouvido, do que é público, do que é privado.
Nesse sentido eu não vivi, como espectadora, mais violenta a briga do que o julgamento. Ela é mais rápida e mais explícita, apesar de tantos não ditos. Mas o julgamento, com seus muitos não ditos também, é no limite uma constante, ele passa de um momento para a vida inteira: a absolvição é puramente formal, a queda é um ponto focal que separa um antes de questionamento e um depois de dúvida.
muito bom seu comentário, Bruna. um aspecto do filme que não coube no vídeo é como, do ponto de vista de uma crítica (psico)social, mais uma vez o trabalho emocional sobra todo para essa mulher. é como se o preço que ela tivesse que pagar, com juros e correção, por ter invertido temporariamente os papéis clássicos, fosse o de ter que lidar com tudo: o julgamento, a reputação arruinada, o dinheiro, a fratura na relação com o filho, enfim. gostei demais da provocação sobre uma versão estendida, obrigado!
eu me sinto muito bem te ouvindo! amo demais.... Parabéns André!
minha felicidade assistindo esse video é ver todas as minhas conclusões serem traduzidas de forma mais clara e mais inteligente por você, nao tudo, claro, mas grande parte.
Perfeito! Só quem passou por relacionamentos fracassados sente profundamente essa discussão deles
Seu canal é o meu favorito, adorando suas análises!
💖💖💖💖💖💖
❤
análise excelente!!
Adorei, parabéns!!!❤
Oi, André! Te acompanho no Spotify
Você é mt lindo, condiz com sua voz 😂❤
essa protagonista ja me deu ranço no começo do filme