Excelente aula, professor! Então o problema do pulso do TOF pode ser resolvido usando MALDI ou ESI por extração ortogonal e o problema da baixa resolução pode ser resolvido utilizando o refletor de íons? Sem essa modificação que o refletor causa na resolução eu posso afirmar que a resolução do TOF é baixa?
Exato. A extração ortogonal e o refletor de íons ajudam nesses problemas. O TOF (comercial) é um detector de alta resolução, mas a resolução é elevada com o refletor. Alguns TOFs "caseiros" para aplicações específicas podem possuir uma resolução mais baixa para permitir que outros tipos de experimentos sejam realizados.
Tem. Cada tipo de analisador tem um uso diferente. Moléculas grandes são normalmente analisadas em maldi-tof, maldi-q-tof esi-q-FTICR ou Orbitrap por conta da resolução limite de massa/carga superior que é alto nessas técnicas. É possível usar íon traps e quádruplos, mas muitas vezes tem que promover a múltipla protonação (ou o termo correto que é supercharging) das espécies pra diminuir o m/z e cair na faixa de leitura desses instrumentos
Na aula vimos diversas partículas carregadas sendo aceleradas, pelas leis de maxwell elas deveriam emitir radiação. Essa emissão tem relevância para análise ou ela é desprezível? Isso me chamou mais atenção no EM por TF já que você disse que tem amortecimento por colisão. Deveria existir também amortecimento por emissão (ou isso só é relevante para partículas subatômicas?)
De fato ocorrem vários fenômenos com os íons. Numa descrição simplificada você pode esquecer deles, mas os importantes seria a repulsão ion-ion (efeito de carga espacial), perda de energia por colisão e emissão, reações com neutros, excitação por colisão e absorção de radiação (normalmente radiação de fundo - corpo negro). Os processos de desativação normalmente são ignorados, mas os processos de ativação podem ser utilizados para fragmentar os íons para fazer experimentos de MS2, por exemplo. Não tenho conhecimento de experimentos que medem a emissão por conta dos íons em movimento, mas o grupo da Rebecca Jockush no Canadá mede a emissão de luz de uma sonda fluorimétrica no interior de um iontrap ou de um FT-ICR.
Muito obrigada pela excelente aula professor.
Obrigada pela aula, Professor! Me ajudou demais a montar um seminário sobre FT-ICR-MS :)
Se tiver qualquer dúvida, é só perguntar!
Excelente aula, professor! Então o problema do pulso do TOF pode ser resolvido usando MALDI ou ESI por extração ortogonal e o problema da baixa resolução pode ser resolvido utilizando o refletor de íons? Sem essa modificação que o refletor causa na resolução eu posso afirmar que a resolução do TOF é baixa?
Exato. A extração ortogonal e o refletor de íons ajudam nesses problemas. O TOF (comercial) é um detector de alta resolução, mas a resolução é elevada com o refletor. Alguns TOFs "caseiros" para aplicações específicas podem possuir uma resolução mais baixa para permitir que outros tipos de experimentos sejam realizados.
Não ficou muito claro para mim se tem um analisador que seria muito bom para partículas muito pequenas e outro para macromoléculas?
Tem. Cada tipo de analisador tem um uso diferente. Moléculas grandes são normalmente analisadas em maldi-tof, maldi-q-tof esi-q-FTICR ou Orbitrap por conta da resolução limite de massa/carga superior que é alto nessas técnicas.
É possível usar íon traps e quádruplos, mas muitas vezes tem que promover a múltipla protonação (ou o termo correto que é supercharging) das espécies pra diminuir o m/z e cair na faixa de leitura desses instrumentos
Na aula vimos diversas partículas carregadas sendo aceleradas, pelas leis de maxwell elas deveriam emitir radiação. Essa emissão tem relevância para análise ou ela é desprezível?
Isso me chamou mais atenção no EM por TF já que você disse que tem amortecimento por colisão. Deveria existir também amortecimento por emissão (ou isso só é relevante para partículas subatômicas?)
De fato ocorrem vários fenômenos com os íons. Numa descrição simplificada você pode esquecer deles, mas os importantes seria a repulsão ion-ion (efeito de carga espacial), perda de energia por colisão e emissão, reações com neutros, excitação por colisão e absorção de radiação (normalmente radiação de fundo - corpo negro).
Os processos de desativação normalmente são ignorados, mas os processos de ativação podem ser utilizados para fragmentar os íons para fazer experimentos de MS2, por exemplo. Não tenho conhecimento de experimentos que medem a emissão por conta dos íons em movimento, mas o grupo da Rebecca Jockush no Canadá mede a emissão de luz de uma sonda fluorimétrica no interior de um iontrap ou de um FT-ICR.
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