Desculpe lá, mas nunca o deveria ter ouvido com sotaque brasileiro ! Foi pensado e escrito com sotaque português. Era como eu me pôr a ouvir o grande, enorme, Carlos Drummond de Andrade com sotaque português !!!!
@@manuelamanso9935 Desculpe-me, também, mas a melhor interpretação já gravada desse poema pertence ao falecido Antonio Abujamra, ou simplesmente Abu. Procure-a.
@@manuelamanso9935 penso eu, que diferença faz o sotaque quando o que importa é o significado das palavras? aínda mais quando as palavras são do mesmo idioma do autor e do leitor. é o mesmo que um poliglota a debater determinado assunto, com alguém com idioma nativo diferente do seu, derrepente se pegar a pensar se o conhecimento que ele tem do assunto que está a discutir foi adquirido num ou noutro idioma. simplesmente não faz sentido, pois o que importa é a idéia, o sentido e o significado. tanto que ao ler um livro, a única coisa que faz sentido é o significado do que está escrito, pois até onde sei, livro nenhum tem sotaque.
A 1 vez q assisti documentario sovre Egito, parecia q o narrador estava pronunciando errado ou com sotaque, tenho livros, mas nem gosto d m envolver... Vi o vídeo do poema "falhei em tudo", do fernando pessoa, é isso aí q voces estão falando...
Eu não gosto de poesia, nem tão pouco tenho preferência por contéudo português necessariamente....mas adoro Pessoa. O gajo era inspirado por algo maior....
Vivo no Canadá. A língua portuguesa e a minha língua mãe que adoro . Uma belíssima interpretação de um poema que tantas vezes li e ouvi e que sempre me fez pensar … obrigada 😊
"Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!"
"Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, E não tivesse mais irmandade com as coisas Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida". Sublime 💗
" Tenho em mim todos os sonhos do Mundo ". " e saboreio num cigarro a libertação de todos os pensamentos " Um orgulho dos falantes da língua portuguesa.
Amo tudo que o versátil poeta português , Fernando pessoa escreveu . Muitas vezes me ponho a pensar que ele é imortal , e está vivo por detrás de alguma porta observando tudo para escrever futuramente outros poemas capazes de nos causar espanto pela dura realidade . Viva para sempre o grande poeta português Fernando pessoa!!! Uberlândia, mg, 21_07_2022 .
Digam me senhores, ler poesias é para uma categoria de leitores muito raros, agora ouvi las é uma coisa raríssima para pessoas especiais. Já ouvi e já li essa poesia milhares de vezes,em sua língua original e realmente sublime.
Mário Viegas, a voz e representação transforma a tabacaria num momento de vida de muitos. A história de qum pensa mas não vê. Nada. Nós morreremos e tudo continuará igual a nada...
Para mim é a grande vitória da poesia do Pessoa - fazer-nos sentir normal com as nossas derrotas e a nossas fraquezas humanas e a dificuldade em entender o sentido da vida.
Tenho pena que não existam outros poetas capazes de causar tamanha reflexão na vida universal que nos rodeia. A descrição dos pormenores e o pensamento profundo fazem-me sentir que estou ao lado dele a ouvir a extrema sabedoria que tenta expressar pelos versos :/ é preciso paciencia e reler muitas vezes o que escreve, só para perceber a exacta complexidade do conceito exprimido. O meu genio preferido :) És grande Fernando
léu Obrigado, no entanto devo frisar que o termo recitação também está bem utilizado. O poema é recitado, pois acaba por ser uma leitura de Mário Viegas espelhando o personagem que encara. A encenação não espelha a declamação, mas sim o alinhamento da recitação do autor com o actuar do personagem.
Grande verdade, Nosso Mário Viegas Era expert em pessoa e poucos recitavam ou falavam pessoa Como Mário, RIP 🤍 Esteja Aonde Esteja Mário 🙏🏻, Bom Ano e Paz ☮️
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, E não tivesse mais irmandade com as coisas Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida. Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu. Estou hoje dividido entre a lealdade que devo À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro. Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. A aprendizagem que me deram, Desci dela pela janela das traseiras da casa. Fui até ao campo com grandes propósitos. Mas lá encontrei só ervas e árvores, E quando havia gente era igual à outra. Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar? Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos! Gênio? Neste momento Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu, E a história não marcará, quem sabe?, nem um, Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras. Não, não creio em mim. Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas! Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo? Não, nem em mim... Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando? Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas - Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -, E quem sabe se realizáveis, Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente? O mundo é para quem nasce para o conquistar E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão. Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez. Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo, Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu. Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda, Ainda que não more nela; Serei sempre o que não nasceu para isso; Serei sempre só o que tinha qualidades; Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta, E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira, E ouviu a voz de Deus num poço tapado. Crer em mim? Não, nem em nada. Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo, E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha. Escravos cardíacos das estrelas, Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama; Mas acordamos e ele é opaco, Levantamo-nos e ele é alheio, Saímos de casa e ele é a terra inteira, Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido. (Come chocolates, pequena; Come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria. Come, pequena suja, come! Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes! Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho, Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.) Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei A caligrafia rápida destes versos, Pórtico partido para o Impossível. Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas, Nobre ao menos no gesto largo com que atiro A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas, E fico em casa sem camisa. (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas, Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva, Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta, Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida, Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua, Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais, Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê - Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire! Meu coração é um balde despejado. Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco A mim mesmo e não encontro nada. Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta. Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam, Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam, Vejo os cães que também existem, E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo, E tudo isto é estrangeiro, como tudo.) Vivi, estudei, amei e até cri, E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu. Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira, E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso); Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. Essência musical dos meus versos inúteis, Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse, E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte, Calcando aos pés a consciência de estar existindo, Como um tapete em que um bêbado tropeça Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada. Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta. Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada E com o desconforto da alma mal-entendendo. Ele morrerá e eu morrerei. Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos. A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também. Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta, E a língua em que foram escritos os versos. Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu. Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas, Sempre uma coisa defronte da outra, Sempre uma coisa tão inútil como a outra, Sempre o impossível tão estúpido como o real, Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície, Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra. Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?) E a realidade plausível cai de repente em cima de mim. Semiergo-me enérgico, convencido, humano, E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário. Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos. Sigo o fumo como uma rota própria, E gozo, num momento sensitivo e competente, A libertação de todas as especulações E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto. Depois deito-me para trás na cadeira E continuo fumando. Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando. (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira Talvez fosse feliz.) Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela. O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?). Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica. (O Dono da Tabacaria chegou à porta.) Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me. Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu. Álvaro de Campos, 15-1-1928
Literalmente indescritível!!! Acredito que esse poema faria até uma máquina questionar o sentido da vida, enquanto a mim contemplo a síntese de todos os pensamentos do mundo exprimindo um absoluto nada.
É prazeroso ouvir uma recitação tão perfeita. Chega a causar reflexão e incita sentimentos. Inclusive, traz à tona um medo que tenho: de que no futuro, não haja como esse, escritores talentosos, haja vista que nos presentes dias, são poucas as pessoas que gostam e amam toda boa obra, toda boa poesia.
Eu já adormeci muitas vezes a ouvi-lo na voz maravilhosa do Mário Viegas que também adoro. Ninguém diz poesia como ele dizia. Foi único, pena ter-nos deixado tão cedo.
Aparte o mundo exterior, é este o tipo de pensamentos que me assolam nas noites, aquelas em que não as faço adormecidas. Este poema é tão real tanto por fora como por dentro, exímio entendo, transparente, trespassante e cru. Fico sempre comovido quando o ouço ou releio. Nascemos sem pedir ou querer. É um testemunho da vida.
Esta experiência de escutar e reparar no poema de Pessoa, improvável quanto inevitável, faz-me lembrar de mim; do meu eu-profundo e irreconhecível porque sonhado de modo inesperado quiçá intemporal... ; este experienciar dá-me amplitude de pensamento e sentimento de humanidade intermitente qual divino!
(...) " Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido." (...)
Já ouvi essa versão, mas prefiro a do Mário Viegas.Não é por ser português, mas..acho a versão do Viegas simplesmente brilhante, sem desprimor para Abujarma..
A fase de pessimismo de Álvaro de Campos,possivelmente é um reflexo do tempo final de Mário de Sá-Carneiro onde se sente desiludido ante as sensações da humanidade.Pode ser uma lúgubre homenagem à fase final do seu melhor amigo e principal influência na sua literatura.
*Obs: Antônio Abujamra faz uma excelente declamação deste poema. O que Mário Viegas faz é a interpretação do mesmo. Como se estivesse vivendo o momento em que o poema foi escrito.
Sou brasileiro, e ja ouvi esse poema tantas vezes, que finalmente resolvi ouvi-lo com o sotaque português. Simplesmente sublime.
Desculpe lá, mas nunca o deveria ter ouvido com sotaque brasileiro ! Foi pensado e escrito com sotaque português. Era como eu me pôr a ouvir o grande, enorme, Carlos Drummond de Andrade com sotaque português !!!!
@@manuelamanso9935 lol
@@manuelamanso9935 Desculpe-me, também, mas a melhor interpretação já gravada desse poema pertence ao falecido Antonio Abujamra, ou simplesmente Abu. Procure-a.
@@manuelamanso9935 penso eu, que diferença faz o sotaque quando o que importa é o significado das palavras? aínda mais quando as palavras são do mesmo idioma do autor e do leitor.
é o mesmo que um poliglota a debater determinado assunto, com alguém com idioma nativo diferente do seu, derrepente se pegar a pensar se o conhecimento que ele tem do assunto que está a discutir foi adquirido num ou noutro idioma.
simplesmente não faz sentido, pois o que importa é a idéia, o sentido e o significado.
tanto que ao ler um livro, a única coisa que faz sentido é o significado do que está escrito, pois até onde sei, livro nenhum tem sotaque.
A 1 vez q assisti documentario sovre Egito, parecia q o narrador estava pronunciando errado ou com sotaque, tenho livros, mas nem gosto d m envolver... Vi o vídeo do poema "falhei em tudo", do fernando pessoa, é isso aí q voces estão falando...
"O mundo é para quem nasce para conquistá-lo e não para quem acha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão."
" ...para quem sonha que pode conquistá-lo..."
Alimentem-se de POESIA sempre!!!!
A coisa mais sublime, inteligênte, e torturante já posta em papel.... nada se compara.
A declamação é uma obra-prima. As lágrimas correm a minha face enquanto o digito.
Que linda é a língua portuguesa!
@@leusuzuki763 , sim. Obrigado pela correção! Abraço!
Abraços de Moçambique ❤️🇲🇿 escuto pelo menos 1 vez por cada semana
O MAIOR POEMA DA LÍNGUA PORTUGUESA. É UM CHOQUE DE REALIDADE.O FINAL DO POEMA É EXTRAORDINÁRIO., ELE PENSA TANTO E TUDO VOLTA A SER COMO É.
Exatamente!
Pessoa leva a exaustão da existência do próprio ser, e começamos de novo.
Dois génios. Este poema está declamado exatamente como deveria, perfeição.
Uma grande herança dos nossos irmãos Portugueses
Pessoa é o maior poeta da língua portuguesa e de qualquer língua que já inventaram, ou que podem inventar.
Eu não gosto de poesia, nem tão pouco tenho preferência por contéudo português necessariamente....mas adoro Pessoa. O gajo era inspirado por algo maior....
De grandes eventos, sem segurança
Pode ser sem curso
Vivo no Canadá. A língua portuguesa e a minha língua mãe que adoro . Uma belíssima interpretação de um poema que tantas vezes li e ouvi e que sempre me fez pensar … obrigada 😊
Perdi as contas de quantas vezes ouvi esse áudio.
O poema de Fernando pessoa me causa um misto de emoções indescritíveis, é prazeroso ler e ouvir minha amada língua portuguesa no seu esplendor.
"Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!"
Mas penso *ser* tanta coisa!
"Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida". Sublime 💗
" Tenho em mim todos os sonhos do Mundo ". " e saboreio num cigarro a libertação de todos os pensamentos " Um orgulho dos falantes da língua portuguesa.
A melhor interpretação que já encontrei desse poema!
Tem a do Sr. Antônio Abujamra, que foi feita para um programa chamado Provocações...
Recomendo que veja
Também recomendo que vejas a interpretação de Abujamra para o programa Provocações, é formidável!
th-cam.com/video/a1IBpsuCI14/w-d-xo.html
Engrosso o coro da recomendação pela versão do Abujamra
Abujamra que me perdoe, isso aqui é incomparável.
Falhei em tudo
Pessoa->Orgulho de Portugal . Mário Viegas : Um génio extraordinário (injustamente esquec(ido).
Adoro ambos (há muitos anos).
Na minha opniao a maior obra prima de poesia ,magnifico.E esse video é exatamente como imaginava o narrador quando li essa obra quando tinha 14 anos.
Absolutamente GENIAL e SUBLIME. Não tenho mais palavras. Viva MÁRIO VIEGAS e Viva ÁLVARO DE CAMPOS (FERNANDO PESSOA).
Muito BOM! Tenho saudades do nosso querido Mário Viegas... a minha avó adorava escutar e eu continuo 🙏
Amo tudo que o versátil poeta português , Fernando pessoa escreveu .
Muitas vezes me ponho a pensar que ele é imortal , e está vivo por detrás de alguma porta observando tudo para escrever futuramente outros poemas capazes de nos causar espanto pela dura realidade .
Viva para sempre o grande poeta português Fernando pessoa!!!
Uberlândia, mg, 21_07_2022 .
Mario Viegas, Antônio Abujamra...
Simplesmente maravilhoso...
Digam me senhores, ler poesias é para uma categoria de leitores muito raros, agora ouvi las é uma coisa raríssima para pessoas especiais. Já ouvi e já li essa poesia milhares de vezes,em sua língua original e realmente sublime.
Mário Viegas, a voz e representação transforma a tabacaria num momento de vida de muitos. A história de qum pensa mas não vê. Nada. Nós morreremos e tudo continuará igual a nada...
Fernando pessoa simplesmente meu favorito
Maravilha de leitura! Nada escapa na cadeia fónica. Grande Mário Viegas e Grande Pessoa - um ótimo encontro da voz com a letra poética.
Outros poemas de Pessoa na recitação de Viegas:
th-cam.com/users/results?search_query=fernando+pessoa+M%C3%A1rio+Viegas
Hoje é um dia que me sinto fracassado por tantas lutas e me veio esse lindo texto. Obrigado 🇧🇷
Para mim é a grande vitória da poesia do Pessoa - fazer-nos sentir normal com as nossas derrotas e a nossas fraquezas humanas e a dificuldade em entender o sentido da vida.
Sou Brasileiro neto de colonos portugueses e muito orgulhoso dessa bela língua e deste grande poeta arauto do idioma luso
Neto de colonos? Ou neto de imigrantes portugueses?
Como bisneta de um imigrante português, também sinto-me orgulhosa de poder dividir um pouco desse momento para ouvir um pouco desse fonema.
@@jeanlundi2141 falei colonos porque quando chegaram aqui só tinha matagal. Ou seja, colonizaram o local
Fiz de mim o que não sou, e o que poderia fazer de mim, não fiz. Puta que pariu... Gênio, imortal.
Tenho pena que não existam outros poetas capazes de causar tamanha reflexão na vida universal que nos rodeia. A descrição dos pormenores e o pensamento profundo fazem-me sentir que estou ao lado dele a ouvir a extrema sabedoria que tenta expressar pelos versos :/ é preciso paciencia e reler muitas vezes o que escreve, só para perceber a exacta complexidade do conceito exprimido. O meu genio preferido :) És grande Fernando
Também tem o Drummond , Vinicios de Morais que refletem muito e tem uma grande sensibilidade para abordar alguns temas... são otimos tbm
Não existem ou você não conhece?
@Mercury Hermes Eugénio de Andrade
@Mercury Hermes Florbela Espanca
Precisa urgentemente ler Drummond. Espero que o tenha feito nesses 4 anos desde seu comentário...
Esse sotaque portugues deu um toque na melancolia haha
Lol mais "melancolico" que o Pessoa não haverá muitos.
Lindo! Que saudades de Mário Viegas!
Um dos poemas mais fabulosos do universo dito pelo grande e saudoso Mário Viegas
Abraço! Falo das Minas Gerais, terra da Inconfidência Mineira.
Essa foi a melhor leitura desse poema que já vi.
Leitura-interpretação de Mario Viegas ... sublime. Obrigado
@@leusuzuki763 Obrigado
Nossa! Pra ser perfeito tinha que ser muito menos.
Maravilhosa interpretação!
Enfim, tem olhos nas minhas lágrimas...
Este poema é considerado por muito críticos o mais espetacular do século XX.
"Tenho em mim todos os sonhos do mundo." Fernando Pessoa.
A sua poesia marca os meus dias. Esta recitação de Mário Viegas é brilhante.
léu Obrigado, no entanto devo frisar que o termo recitação também está bem utilizado. O poema é recitado, pois acaba por ser uma leitura de Mário Viegas espelhando o personagem que encara. A encenação não espelha a declamação, mas sim o alinhamento da recitação do autor com o actuar do personagem.
Esse cara cita poemas divinamente . Muito bom !
Grande verdade, Nosso Mário Viegas Era expert em pessoa e poucos recitavam ou falavam pessoa Como Mário, RIP 🤍 Esteja Aonde Esteja Mário 🙏🏻, Bom Ano e Paz ☮️
Se ouvi umas 300 vezes foi pouco. Bora ouvir de novo.
Não me canso de ouvir. É maravilhoso.
Sem palavras, eu amo quando ele comprimenta os Esteves😂❤
"O sem Metafísica"!
@@Eu-bm3dx amoooo
Olha eu aqui novamente, durmo e acordo com esse vídeo ❤
Extraordinario!!desde Rosario, Argentina, muchas gracias!!
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Álvaro de Campos, 15-1-1928
Victor Hugo Facilitou e muito a compreensão do poema, obrigado.
Obrigado, Victor Hugo.
Vlw Victor Hugo!
Muito BOM
Vlw 👍
Literalmente indescritível!!! Acredito que esse poema faria até uma máquina questionar o sentido da vida, enquanto a mim contemplo a síntese de todos os pensamentos do mundo exprimindo um absoluto nada.
Estou no final de 2023 e ainda escuto esse poema!
Mário Viegas é magnífico(que saudades...)Pessoa é infinitamente fabuloso, Portugal é do tamanho do universo
ó valente o poema é do cesar
@@Alex-tw4ld sim,claro! A César o que é de César
Mas qual César, qual carapuça?
'Tabacaria ' extraordinário poema de Fernando Pessoa!
@@emanuelvalente1526 lamento emanuel enganei-me no video um abraço
Ouvi de olhos fechados... para ver, sentindo. Lindo!
❤Amei. Desde os 17 anos , sou apaixonada por esse poema❤
Não consigo parar de pensar sob a luz desta obra prima.
É prazeroso ouvir uma recitação tão perfeita. Chega a causar reflexão e incita sentimentos. Inclusive, traz à tona um medo que tenho: de que no futuro, não haja como esse, escritores talentosos, haja vista que nos presentes dias, são poucas as pessoas que gostam e amam toda boa obra, toda boa poesia.
A história é cíclica. Haverá concerteza novos e bons poetas. E génios tb.
@@jeanlundi2141 duvido muito kkk
Como alguém conseguiu pensar assim?
Fazes-nos tanta falta Mário!
Linda declamação. Entonação perfeita. Dicção excelente.
Imagine ele declamando Florbela Espanca, seria belíssimo.
Pensamento com amor pode fluir em distância inimaginável ...
Gosto muito disso !
Magnífico 😍
Tão profundo em seus sentidos que o meu chega arrepiar só de pensar... pensar...
Tão profundo...tão sublime...tão genial!!!!!!!!!!!!!
um génio a dizer outro.
Excelente poema da obra deste gênio chamado Fernando pessoa
Caramba! Já conhecia e adorava este magnífico poema mas nunca tinha chorado como aconteceu ao ouvir esta sublime declamação do grade Mário Viegas!!
Amei a interpretação! ♥
Não canso de ouvir esse lindíssimo poema da vida real! 🥰👏👏👏
Muito intenso, complexo e ao mesmo tempo suave e simples.
profundo, lindo e sublime
Amo esses versos, amo essa interpretação perfeita.
Lindo, a minha bebé adormece com este poema.😍🤱🏻💗
Eu já adormeci muitas vezes a ouvi-lo na voz maravilhosa do Mário Viegas que também adoro. Ninguém diz poesia como ele dizia. Foi único, pena ter-nos deixado tão cedo.
Aparte o mundo exterior, é este o tipo de pensamentos que me assolam nas noites, aquelas em que não as faço adormecidas. Este poema é tão real tanto por fora como por dentro, exímio entendo, transparente, trespassante e cru. Fico sempre comovido quando o ouço ou releio. Nascemos sem pedir ou querer. É um testemunho da vida.
Língua perfeita.
Uma verdadeira maravilha. Sublime! Obrigada por partilharem.
O tom, o ritmo não seriam mais perfeitos se fossem do próprio autor. Tudo lindo. Obrigado!
Realmente genial!
Que poema! Que declamação! :D *Palmas
Que lindo, que sublime, que profundo, que inigualável, que indizível.
Mário Viegas era um tipo genial. Dito por quem tem uma visão política oposta à dele.
Fiz de mim o que não soube, e o que podia fazer de mim não o fiz 👌❤️
Fantástico.
Simplesmente Genial!!!
Que belo vídeo! Desde que li tabacaria eu imaginava essas cenas... Entrei em um transe nesses 15 minutos!
Maravilhoso!
Esta experiência de escutar e reparar no poema de Pessoa, improvável quanto inevitável, faz-me lembrar de mim; do meu eu-profundo e irreconhecível porque sonhado de modo inesperado quiçá intemporal... ; este experienciar dá-me amplitude de pensamento e sentimento de humanidade intermitente qual divino!
Meu coração é um balde despejado...
A minha bebé dorme com este poema...
"Vejo os cães que também existem"
😂😂👏👏👏👏👏👏 sensacional
(...) " Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido." (...)
Você é o melhor narrador
Absolutamente genial! Aconselho a escutarem a versão de Napoleão Mira, que é igualmente sublime.
MrNguela aconselho a versão de antonio Abujamra 😉
Já ouvi essa versão, mas prefiro a do Mário Viegas.Não é por ser português, mas..acho a versão do Viegas simplesmente brilhante, sem desprimor para Abujarma..
Únicos Fernando Pessoa e Mário Viegas.
Sensacional!👋🏾👋🏾👋🏾
Que lindo...
A fase de pessimismo de Álvaro de Campos,possivelmente é um reflexo do tempo final de
Mário de Sá-Carneiro onde se sente desiludido ante as sensações da humanidade.Pode ser
uma lúgubre homenagem à fase final do seu melhor amigo e principal influência na sua
literatura.
*Obs: Antônio Abujamra faz uma excelente declamação deste poema. O que Mário Viegas faz é a interpretação do mesmo. Como se estivesse vivendo o momento em que o poema foi escrito.
Exatamente 😁
Mário Viegas consegue sintonizar com Pessoa...
incrível
Maravilho poema!
Saudades do poeta
Escutar esse poema
Como te amo.
Para min, falada, não há língua mais bela que a língua portuguesa.
"o Dono da Tabacaria sorriu".