Dias Perfeitos romantiza o trabalho precarizado? | A curiosa conexÃĢo com A Cidade e a Cidade de 2009
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AnÃĄlise FILOSÃFICA de Dias Perfeitos (2023) / Perfect Days (2023) e A Cidade e a Cidade (2009)
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Neste vÃdeo, vocÊ vai explorar uma anÃĄlise instigante: Dias Perfeitos, o filme de Wim Wenders, romantiza o trabalho precarizado? Vamos refletir sobre essa questÃĢo e, ainda, traçar uma conexÃĢo inesperada com o livro A Cidade e a Cidade, de 2009, de China MiÃĐville. Mergulhe nessa discussÃĢo que une cinema, literatura e psicologia para compreender como realidades duplas e a dissonÃĒncia cognitiva influenciam nossa percepçÃĢo de vidas marginalizadas. Se vocÊ se interessa por anÃĄlises sociais profundas e por entender os impactos psicolÃģgicos de uma sociedade que muitas vezes escolhe o que âverâ ou âignorar,â esse vÃdeo ÃĐ para vocÊ!
Excelente vÃdeo! Esse filme ÃĐ quase uma terapia fazendo repensarmos o que devemos valorizar de verdade nessa sociedade tÃĢo materialista, imediatista e insatisfeita. Achar que ele romantiza a pobreza ÃĐ sem cabimento total, considerando tudo apresentado explicitamente e implicitamente durante o filme, seja pelas pequenas alegrias dele durante o dia, a satisfaçÃĢo de ser dono do prÃģprio tempo e de ter orgulho no trabalho que faz, tÃĢo necessÃĄrio quanto qualquer outro, entre muito mais momentos. Enfim, ÃĐ aquilo: existem pessoas tÃĢo pobres que elas sÃģ possuem dinheiro...
"A prÃģxima vez serÃĄ na prÃģxima vez. O agora ÃĐ o agora." - Perfect Days (2023)
Bem reducionista dizer que este filme se baseia na "beleza do cotidiano", porque isso significaria aceitar as formas de violÊncia impostas por aqueles que dizem o que ÃĐ o normal. Quando nosso personagem ÃĐ forçado a fazer dois turnos de serviço, por exemplo - numa escolha muito acertada do roteiro -, toda a suposta beleza inerente ao cotidiano simplesmente desaparece: para ter acesso à sensibilidade, ÃĐ necessÃĄrio tempo e disposiçÃĢo - nÃĢo sÃģ vontade -, algo que, sem dÚvidas, os correlatos brasileiros de Hirayama tÊm bem menos do que ele.
NÃĢo ÃĐ uma celebraçÃĢo do cotidiano: estamos na celebraçÃĢo de um personagem, em suas condiçÃĩes prÃģprias de vida e maneiras particulares de lidar com elas. NÃĢo ÃĐ uma experiÊncia universal, como a (boa) arte nÃĢo pretende ser.
HÃĄ quem olhe para a tela do celular. HÃĄ quem olhe para a copa das ÃĄrvores.
Hoje, diante do espaço de tempo que se abre no intervalo entre uma atividade, ou mesmo no meio de uma atividade que começa a se mostrar entediante, olhamos para a tela de um celular. Olhe ao redor quando estiver fora de casa, veja isso nas pessoas: cada uma com seu celular enquanto esperam o metrÃī, enquanto caminham, enquanto estÃĢo diante de outras pessoas, num encontro. Hirayama, protagonista de Dias Perfeitos, diante do espaço de tempo que se abre, ele olha para a copa das ÃĄrvores.
HÃĄ filmes que sÃĢo mais que filmes... SÃĢo liçÃĩes para a vida... Enquanto eu acompanhava o dia a dia do Sr. Hirayama eu me perguntava se naquele momento eu estava me divertindo. Mas estava fazendo a pergunta errada... Perfect Days nÃĢo ÃĐ o tipo de filme que vocÊ reÚne uma turma barulhenta para ver, nÃĢo ÃĐ um ÃĐpico de trÊs horas e meia, nÃĢo ÃĐ uma montanha russa, como diz o tio Scorcese, nÃĢo ÃĐ um filme de ÃĐpoca, embora elementos de outro tempo estejam pairando sobre a narrativa, embelezando de graça retrÃī uma Tokyo moderna e acelerada.
Esse filme ÃĐ sobre como se relacionar com sua prÃģpria rotina, como viver feliz dentro de um modelo de vida simples, sem adesÃĢo à insana maratona por auferir riqueza. A beleza de cada gesto simples do dia a dia, de cada interaçÃĢo, de cada contemplaçÃĢo... Definitivamente, nÃĢo ÃĐ sÃģ um filme de um senhor introspectivo limpando banheiros pÚblicos... à um filme sobre mim, sobre vocÊ, sobre nÃģs... Nossas jornadas diÃĄrias vistas de forma sensÃvel e positiva... Wim Wenders nos entregou uma obra que vai alÃĐm do que se espera de um filme... Uma aula do bom viver.
Geralmente, filmes que tratam de personagens solitÃĄrios o fazem por um viÃĐs dramÃĄtico, como sujeitos que por formaçÃĢo reativa, consequÊncia de algum acontecimento traumÃĄtico, decidiram se isolar do mundo. Dias Perfeitos trata da beleza que hÃĄ na solidÃĢo, quando ela, embora esteja fechada em si, pÃĩe sobre o mundo um olhar atento.
Nos faz pensar: ÃĐ Hirayama o solitÃĄrio ali, olhando para a copa das ÃĄrvores, atento ao que acontece ao redor, escutando a quem se dirige a ele, ou sÃĢo os outros, hiper conectados, incapazes de se relacionar? Talvez seja ele o menos solitÃĄrio entre todos. Talvez ele viva uma outra qualidade de solidÃĢo.
Outra coisa que esse filme transmite: a cada sujeito cabe a sua forma de solidÃĢo, assim como a cada um cabe a prÃģpria medida da felicidade. Minha solidÃĢo nÃĢo ÃĐ silenciosa. Nela eu falo sozinho, com meu cachorro, canto mÚsica. Hirayama nÃĢo fala, ÃĐ silencioso e gosta do silÊncio. A nÃĢo ser quando ouve mÚsica. Cada um tem a sua prÃģpria forma de ser sozinho.
A cena do mendigo que abraça as ÃĄrvores e dança nas ruas: ninguÃĐm ali olha para ele. à Hirayama quem o enxerga, tal qual enxerga a copa das ÃĄrvores, faz do silÊncio delas uma amiga. Isso me lembrou Manoel de Barros. Sua sobrinha talvez nÃĢo se conecte com sua mÃĢe como o faz com ele, que sem palavras, produz uma troca com o outro.
Claro que hÃĄ ali tambÃĐm uma recusa da convivÊncia com os outros. Mas nÃĢo ÃĐ uma recusa autista, recusado Outro, fechada em si. Como uma coisa que ÃĐ, ele observa sem intervir os outros sendo como observa as ÃĄrvores que tambÃĐm sÃĢo. Como as folhas que se movem com o vento, ele observa sem interagir a vida dos outros que se movem com a vida. Quando ÃĐ convocado a intervir, ele ensina algo muito emocionante: brincar com as sombras. SÃģ mesmo alguÃĐm que se relaciona com a prÃģpria solidÃĢo ÃĐ capaz de brincar com as prÃģprias sombras.
GratidÃĢo, Sr. Wenders, obrigado Sr. Hirayama, esses ensinamentos me acompanharÃĢo daqui por diante.
To ficando cada vez mais encantada com esse filme por causa dos seus vÃdeos e nem assisti ainda ð
ðRicardo, seu vÃdeo me fez pensar muito sobre nossa relaçÃĢo com o diferente! A forma como vocÊ conectou 'Dias Perfeitos' e 'A Cidade e a Cidade' ÃĐ brilhante. Ver o Hirayama encontrando felicidade num trabalho que muitos desprezam, resistindo à pressÃĢo social, enquanto outros preferem 'desver' o que nÃĢo se encaixa em seus padrÃĩes (como no livro), ÃĐ muito impactante. VocÊ nos mostra que podemos encontrar significado onde outros nÃĢo veem, mesmo que isso nos torne 'estranhos'. ParabÃĐns pelo vÃdeo magistral que nos faz questionar o que consideramos 'normal'!ððð
Obrigado por seguir divulgando um dos filmes mais belos dos Últimos anos. Que "Dias Perfeitos" e suas reflexÃĩes continuem chegando a mais e mais pessoas
Dias perfeito nos monstra que satisfaçÃĢo pessoal nada tem a ver com posiçÃĢo sociais e bens materiais. Pessoas que falam que Dias perfeitos romantizam trabalho precÃĄrio nÃĢo sabem o significado da palavra trabalho. Todo trabalho ÃĐ importante para funcionamento da nossa sociedade. O ruim ÃĐ os salÃĄrios e as condiçÃĩes de trabalho de algumas atividades profissionais. Esse filme ÃĐ uma linda liçÃĢo de empatia e autoestima. Esse homem tem uma autoestima em um nÃvel que poucos tem. à por isso que ele nÃĢo precisa ter vergonha do seu trabalho. Ele saber o quanto bom profissional ele ÃĐ. E de como ÃĐ importantÃssimo o trabalho dele. Ele nÃĢo precisa de âcurtidas e likes vaziosâ para se sentir importante ou coisa assim. O ego dele estÃĄ em outro patamar. ParabÃĐns por trazer um pouco desse filme maravilhoso.
Muito obrigado!
Para compreender a profundidade de Dias perfeitos ÃĐ necessÃĄrio abandonar o olhar materialista e capitalista que somos ensinados a cultivar. O valor que o personagem principal encontra em sua vida ÃĐ muito mais significativo e enriquecedor, porÃĐm exige a coragem do desapego .
Exato. ComentÃĄrio sensacional.
Alguns esquecem que a tirania capitalista coloniza primeiro o olhar que temos do mundo.
Concordo com vocÊ. O filme estÃĄ muito alÃĐm da analise do materialismo. Um dos filmes que mais me encantou nos Últimos tempos. Intersomos.
A questÃĢo ÃĐ que muitas pessoas nÃĢo tem outra opçÃĢo que cultivar o desapego pues sua realidade ÃĐ de marginalizaçÃĢo dentro do capitalismo.
@@JM-ob6vj Em tempos de crise climÃĄtica, penso que o minimalismo de Harayama e suas pequenas plantinhas a regar todo o dia sÃĢo formas de combater o capitalismo.
o primeiro vÃdeo foi Ãģtimo, e esse mais ainda
parabens pelo trabalho
Fico honrado! Obrigado!
Ricardo, por favor faz vÃdeo de "Ainda Estou Aqui"!!
Muito interessante ,fiquei com vontade de ler o livro .Aprecio a profundidade de suas anÃĄlises .
Muito obrigado! Recomendo o livro ð
Adorei o vÃdeo!
ReflexÃĢo muito boa, obrigado!
Muito bom!!
O filme me gerou certo desconforto no inÃcio, mas depois me senti bem..
A romantizaçÃĢo da pobreza, de relacionamentos ruins ...inÚmeros filmes assim....
Adoro filmes orientais tambÃĐm embora o filme TÚmulo dos Vagalumes de Isao Takahata me deixou traumatizada por um tempo.
ficou brilhante, vou compartilhar esse video no meu bluesky
Muito obrigado mesmo! ð
à preciso imaginar SÃsifo feliz.
ðŦļðŠĻ
Perfeito! ParabÃĐns pelo vÃdeo e pelo canal! Maratonando! Abraços!!
Muito obrigado, Marcelo! Seja bem vindo!
Linda analise sobre o vÃdeo! ð obrigada!
Eu agradeço sua gentileza, obrigado!
Fiquei pensando muito sobre essa possivel romantizaçÃĢo. Nao tinha concluÃdo nada ate ver seu video. Obrigada pela reflexÃĢo.
Eu que agradeço!
Que beleza de vÃdeo, Ricardo. JÃĄ quero ler esse livo! Valeu pela dica.
Muito obrigado, Denise! E o livro ÃĐ muito bom, curti bastante!
Este foi um dos melhores, senÃĢo o melhor filme que assisti este ano.
Adorei sua anÃĄlise, obrigada. Os trabalhos agora sÃĢo precarizados sÃģ porque sÃĢo manuais e simples, ou ditos âestranhosâ? NÃĢo ÃĐ possÃvel gostar e ver dignidade neles? SÃĢo perguntas que me façoâĶ SÃĢo tantas realidades.Veja q no filme nÃĢo se fala em mÃĄ remuneraçÃĢo ou jornada extenuante.
HÃĄ alguns anos o filme âA partidaâ me tocou profundamente e me deu a exata dimensÃĢo da nobreza destas atividades tÃĢo menosprezadas.
Muito obrigado! boa reflexÃĢo!
Faz anÃĄlise psicolÃģgica da personagem Jinx com base na histÃģria de Arcane(sÃĐrie), possivelmente o transtorno psicolÃģgico que ela deve ter, por favor aaaaððž
Poucas pessoas falam do possÃvel trauma que ele carrega. Talvez essa solidÃĢo seja uma valvula de escape.
Uma coisa que nÃĢo entendi muito no filme ÃĐ quando ele vai comer o sanduÃche na praça com as ÃĄrvores, tem uma moça que fica sentada no banco ao lado olhando estranho para ele kkkk nÃĢo da pra discernir se ÃĐ um olhar de medo, de desaprovaçÃĢo ou de interesse kkkkk durante o filme fiquei me perguntando o que serÃĄ que ela estava pensando, parecia bem esquisita... em determinado momento atÃĐ achei que ia rolar um romance entre os dois kkkkk o que vocÊs entenderam dessa cena?
Up
Up
Up
Dias Perfeitos ÃĐ um dos meus filmes da vida âĪ. Quem acha que o filme romantiza o trabalho precarizado, nÃĢo entendeu nada.
Muito bom o vÃdeo. NÃĢo hÃĄ romantizaçÃĢo alguma em "Dias perfeitos". Ao contrÃĄrio, ÃĐ a expressÃĢo mais concreta do que significa uma autÊntica resistÊncia ao que a civilizaçÃĢo espera de nÃģs.
Muito obrigado!
1:23 Os livros do China MiÃĐville sÃĢo sempre muito diferentes uns dos outros. A Cidade & A Cidade ÃĐ um livro policial tradicional no sentido de ser movido pela investigaçÃĢo de um crime. Fica ali na fronteira da "histÃģria do morto", que ÃĐ mais habitual da atmosfera noir. O que nÃĢo ÃĐ nem um pouco tradicional ÃĐ o lugar onde se passa a histÃģria: duas cidades fronteiriças, mas que ocupam o mesmo espaço fÃsico. Estranho assim como parece.
O livro permite metÃĄforas para um par de situaçÃĩes - Israel vs Palestina, Classe rica vs classe pobre. Mas o MiÃĐville ÃĐ esperto de nÃĢo se prender a nenhuma delas, conseguindo que esse elemento exista perfeitamente na fantasia sem a necessidade de um correlato no mundo real.
Para um morador de metrÃģpole, os contrastes sÃĢo rotina.
A premissa ÃĐ extraordinariamente interessante e meticulosamente desenvolvida. A questÃĢo colocada: e se duas cidades opostas existissem lado a lado (com mais do que uma sobreposiçÃĢo ocasional), mas fossem separadas, nÃĢo por um muro real como Berlim Oriental e Ocidental, mas pelo hÃĄbito profundamente aculturado de ignorÃĒncia deliberada, uma negaçÃĢo estudada do outro, uma determinaçÃĢo feroz de nÃĢo ver? O dilema central: quando um assassinato ÃĐ cometido em uma cidade e o corpo ÃĐ jogado na outra, como os detetives investigam o crime sem violar os tabus de sua sociedade?
O primeiro terço do livro (e uma breve coda no final) sÃĢo preenchidos com ressonÃĒncia simbÃģlica. Infelizmente, no entanto, o mistÃĐrio em si ÃĐ convencional, a açÃĢo previsÃvel e o assassino facilmente adivinhado. O segundo terço ÃĐ menos eficaz do que o primeiro, e a seçÃĢo final ainda menos eficaz.
Se Mieville tivesse incorporado a essÊncia simbÃģlica de sua concepçÃĢo original ao elaborar seu enredo, esta poderia ter sido uma obra digna de Kafka e Schulz - suas principais influÊncias. Como estÃĄ, ÃĐ um mistÃĐrio mais ou menos com um cenÃĄrio assustadoramente memorÃĄvel.
Por outro lado... o cenÃĄrio continua a ressoar muito depois que o livro ÃĐ concluÃdo, pois tem muito a nos dizer sobre os compromissos desconfortÃĄveis ââque fazemos em um ambiente urbano complexo. Talvez, afinal, essa ressonÃĒncia seja suficiente.
Me apropriei: "Em sua Montevideo particular, ele escolhe viver a vida possÃvel, e talvez essa escolha seja sua expressÃĢo mais profunda de liberdade." ð
Adorei o vÃdeo. "Dias Perfeitos" ÃĐ mesmo um filme sensacional. Uma histÃģria extremamente simples, mas que desperta tanto na gente... Tantas reflexÃĩes sobre propÃģsito, sobre como vemos nossa rotina, sobre a solidÃĢo e liberdade... IncrÃvel. TambÃĐm nÃĢo concordo que o filme romantize a precarizaçÃĢo do trabalho, acho que esse pensamento pode surgir quando tentamos trazer a ideia central do filme para a nossa realidade no Brasil. AtÃĐ pq no prÃģprio filme vemos o Hirayama "se rebelando" quando o colega se demite. DÃĄ pra ter uma ideia de que, apesar de valorizar seu trabalho, ele nÃĢo estaria disposto a cumprir jornada dupla por ele. Para mim, a ideia central do filme ÃĐ a forma como ele enxerga a vida... E o que me deixou pensando apÃģs assistir ao filme foi se esse seu estilo de vida ÃĐ fruto da sua solidÃĢo ou nÃĢo. Ele me parece muito interessado no prÃģprio desenvolvimento pessoal, e isso de certa forma o distancia das pessoas prÃģximas a ele, principalmente das que nÃĢo enxergam o mundo da mesma forma. Enfim, um Ãģtimo filme, com uma atuaçÃĢo memorÃĄvel. Fiquei muito interessada no livro tambÃĐm, jÃĄ adquiri pelo teu link. Obrigada!
Muito obrigado mesmo, pelo comentÃĄrio e por usar o link! Boa leitura!
Fiquei pensando quem estÃĄ em dissonÃĒncia cognitiva? Hirayama lavando privadas em banheiros pÚblicos, feliz e focado ou o resto da populaçÃĢo perdido nas infindÃĄveis telas projetando-se o tempo todo? Para mim, o filme ÃĐ de uma singeleza onde reside muito da filosofia budista do desapego, do epicurismo e do carpie diem. ParabÃĐns pelo trabalho.
Muito obrigado!
Excelente
Obrigado!
OlÃĄ , gostaria de sugerir a anÃĄlise da sÃĐrie de animaçÃĢo da netflix ( Carol e o Fim do Mundo ) Obrigado.
Trabalho precarizado? Acho que as pessoas confundiram as bolas aÃ. Ele trabalha meio perÃodo, com horÃĄrio certo, bom horÃĄrio de almoço... Ser precarizado ÃĐ nÃĢo ter direito a isso.
Por causa de sua voz, inicialmente pensei que fosse um canal "secreto" do Kim Kataguiri. ð
estar no mundo mas nao ser do mundo
Nao acho que o filme romantiza a precariedade laboral pois se trata de uma escolha da personagem principal. Ele ÃĐ um homem rico que quer levar uma vida simples. Seria diferente se ele nao tivesse escolha. Neste caso, seria trabalho precarizado. Alem doais, o filme tem uma licença poetica pra falar de coisas mais profundas, venda a vida de outra perspectiva que nao a material, realmente.
Aos 5:46 vocÊ quis dizer que vacas tambÃĐm sÃĢo animais? VocÊ ÃĐ vegano?
SerÃĄ que a sociedade japonesa ÃĐ assim mesmo ? Eles tratam as pessoas como se fossem sub-humanos ? Quero dizer, no exemplo da cena em que o protagonista entrega o filho para a mÃĢe, o rapaz do vÃdeo nÃĢo mostrou muitas cenas, mas o que eu a entender ÃĐ que a mulher nem olhou na cara do homem, como se ele nÃĢo estivesse lÃĄ, alÃĐm disso, falou um monte de barbaridades, no Brasil isso ai ia dÃĄ cadeia, mas no JapÃĢo, o pouco que eu sei dessa cultura, o povo de lÃĄ ÃĐ talhado na retidÃĢo, em outras palavras, sofra, mas sofra sozinho, calado, jamais questione.
Quem limpa banheiro precisa ser sempre adaptado com tristeza? Pobre nÃĢo pode gostar do seu trabalho? Sem falar que ficou claro que ele ja foi rico e escolheu esse emprego.
Inclusive o filme ainda mostra ele insatisfeito quando tem que suprir a falta de outro profissional, trabalhando dobrado.
confesso que nÃĢo gosto muitos dos filmes desse diretor e esse filme tem um monte de erros e inconsistÊncias... a Única coisa que pode salvÃĄ-lo ÃĐ a trilha sonora