Dilúculo: O Poder Transformador de Não Reagir à Fofoca
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- เผยแพร่เมื่อ 15 ม.ค. 2025
- Uma parceria da ABRANCS com o projeto AJUDE-SE.
No Talmud, a questão da má língua, conhecida como Lashon HaRa, é tratada com severidade, sendo equiparada a alguns dos pecados mais graves. Os sábios frequentemente comparam o impacto da má língua a crimes como assassinato, idolatria e adultério, enfatizando que palavras negativas podem destruir não apenas o alvo, mas também o falante e o ouvinte. Em Arachin 15b, o Talmud ensina que "Lashon HaRa mata três pessoas: quem fala, quem ouve e quem é alvo das palavras", destacando o alcance mortal e a dimensão espiritual do dano causado.
Além disso, em Shabbat 33a, a má língua é apontada como uma das razões para as pragas e desgraças que recaem sobre o mundo, uma ideia que reforça o impacto coletivo de palavras maliciosas. O Talmud ilustra esse conceito ao comparar a língua a uma flecha em Erchin 16a. Enquanto uma espada só fere de perto, a flecha, como as palavras, tem o poder de atingir à distância, muitas vezes sem que a vítima possa se defender.
Outro exemplo marcante está em Yoma 9b, onde os sábios conectam o Lashon HaRa à destruição do Segundo Templo, atribuindo sua queda ao ódio gratuito entre as pessoas, amplificado por difamações e intrigas. Essa visão sublinha a dimensão comunitária da má língua, mostrando como a desunião gerada pela fofoca pode destruir até mesmo instituições sagradas.
Por fim, em Sotah 42a, o Talmud afirma que Deus não habita no mesmo espaço que um fofoqueiro, revelando que o ato de falar mal do próximo afasta a presença divina e corrói a alma do falante. Essas reflexões demonstram que, no pensamento talmúdico, a má língua não é apenas uma falha ética, mas uma transgressão espiritual que rompe a harmonia entre o ser humano, a comunidade e o Criador. Assim, o controle da fala é apresentado como um meio essencial para alcançar a paz, tanto interna quanto externa, e manter a conexão com o divino.