Que bonito. Estou tentando escrever meu TCC de Comunicação Social, que é uma análise fílmica. Mas cada vez mais a gente tem acionado conceitos da geografia/arquitetura para falar do discurso midiático, e é meu caso. Antes escultor que pintor, acho que Lefebvre mesmo fala isso no começo do livro (que li, mas entendi pouco então vim procurar esse vídeo). É bonito pensar que o filme em si, como produto, também não possui intencionalidade (já que não consideramos aqui a intenção de quem o faz), mas é corpo capaz de afetar outros corpos e produzir novas relações sociais e por consequência produzir o espaço.
Olá, professor. Me permita uma consideração e um questionamento. Como premissa, a sobrevivência do animal homem enquanto natureza é dada pela relação imediata no ambiente. Se isso é correto avanço na pergunta: Seria, talvez, a produção do espaço (social) esse desdobramento do animal homem quando desenvolve idealizações sobre as possibilidades que o ambiente oferece ? E isso necessariamente se manifestaria, naquilo que poderíamos chamar de trabalho ? Um trabalho que ao transformar o ambiente e o próprio sujeito da ação, estabelece novos patamares da vida social. Uma ambientação produzida.
Oi Fernando, bom dia! Em linhas gerais não veria nenhum problema em concordar com o fato de parte do trabalho humano possuir um caráter teleológico. Até porque seria muita presunção de nossa parte imaginarmos que tudo o que fazemos é resultado de um pensar anterior, de algum tipo de planejamento. Por outro lado, não podemos desconsiderar que muitos outros animais possuem intencionalidade e se organizam em grupos para a caça, a preservação do grupo, a manutenção das condições de reprodução, o poder e assim por diante. A ideia de que só os humanos pensam já foi derrotada há algumas décadas. Ok. O problema, de fato, é o tal do espaço. Porque só espaço? o que houve com o tempo? O que é o espaço? Veja... não estou afirmando que o espaço (social) não exista... só estou afirmando que da forma como está sendo conceituado, estamos confundindo as coisas do mundo, na sua generalidade, para chama-la de espaço sem dizer, de fato, quando e como isso tudo (seja socialmente produzido ou não) pode ser entendido por espaço. Sem isso, tudo vira espaço e, sem dúvida, tal generalização torna o reconhecimento do tal do espaço em algo inútil do ponto de vista epistemológico. Assim, para resumir: que aspecto da relação entre as coisas do mundo posso chamar de espaço?
Que bonito. Estou tentando escrever meu TCC de Comunicação Social, que é uma análise fílmica. Mas cada vez mais a gente tem acionado conceitos da geografia/arquitetura para falar do discurso midiático, e é meu caso. Antes escultor que pintor, acho que Lefebvre mesmo fala isso no começo do livro (que li, mas entendi pouco então vim procurar esse vídeo). É bonito pensar que o filme em si, como produto, também não possui intencionalidade (já que não consideramos aqui a intenção de quem o faz), mas é corpo capaz de afetar outros corpos e produzir novas relações sociais e por consequência produzir o espaço.
Uma reflexao excelente. Obrigada.
Olá, professor. Me permita uma consideração e um questionamento.
Como premissa, a sobrevivência do animal homem enquanto natureza é dada pela relação imediata no ambiente. Se isso é correto avanço na pergunta:
Seria, talvez, a produção do espaço (social) esse desdobramento do animal homem quando desenvolve idealizações sobre as possibilidades que o ambiente oferece ? E isso necessariamente se manifestaria, naquilo que poderíamos chamar de trabalho ?
Um trabalho que ao transformar o ambiente e o próprio sujeito da ação, estabelece novos patamares da vida social. Uma ambientação produzida.
Oi Fernando, bom dia! Em linhas gerais não veria nenhum problema em concordar com o fato de parte do trabalho humano possuir um caráter teleológico. Até porque seria muita presunção de nossa parte imaginarmos que tudo o que fazemos é resultado de um pensar anterior, de algum tipo de planejamento. Por outro lado, não podemos desconsiderar que muitos outros animais possuem intencionalidade e se organizam em grupos para a caça, a preservação do grupo, a manutenção das condições de reprodução, o poder e assim por diante. A ideia de que só os humanos pensam já foi derrotada há algumas décadas. Ok. O problema, de fato, é o tal do espaço. Porque só espaço? o que houve com o tempo? O que é o espaço? Veja... não estou afirmando que o espaço (social) não exista... só estou afirmando que da forma como está sendo conceituado, estamos confundindo as coisas do mundo, na sua generalidade, para chama-la de espaço sem dizer, de fato, quando e como isso tudo (seja socialmente produzido ou não) pode ser entendido por espaço. Sem isso, tudo vira espaço e, sem dúvida, tal generalização torna o reconhecimento do tal do espaço em algo inútil do ponto de vista epistemológico. Assim, para resumir: que aspecto da relação entre as coisas do mundo posso chamar de espaço?
@@DouglasSantosGeo Vou buscar refletir por outras hipóteses. Grato. Sigamos.
@@fernandobudiao2200 Sim, meu amigo. Que fazer? Sigamos...