Achei toda conversa interessante mas me identifiquei quando vocês falaram sobre os preços que se pagam nas trocas de faixas. Eu vivi isso no Tae Kown Do. Comecei em 1989 ainda adolescente. Naquela época o TKD, pelo menos com o mestre José Silva, hoje, oitavo Dan, era bem mais marcial do que tudo o que a gente vê atualmente em competições. Eu mesmo, entrei no TKD pensando exclusivamente em "saber me defender", em fim... mas, eu era muito muito muito pobre, a ponto de as vezes nem ter o que comer direito. Mas eu era totalmente dedicado, obstinado em treinos... fazia as 2 aulas que aconteciam a cada dia na Academia (normalmente tinha uma turma pra uma e outra pra outra aula). Eu treinava tanto que eu saia da Academia e continuava treinando na rua onde encontrasse espaço livre. Convidava amigos de treino e continuava. Até inventava treinos estranhos como de olho vendado, ou com o adversário com alguma coisa na mão (imitando um agressor com um pedaço de pau na mão por exemplo). E ficava direto, treinando o corpo de tudo quanto é forma. Eu treinava as aptidões, resistência, controle até subindo árvores e passando por todos os galhos, só que fazendo tudo isso de cabeça pra baixo. E as vezes fazia isso com os olhos fechados e a noite pra ativar ao máximo a sensibilidade tátil. Lembro que na faixa branca, eu ficava vidrado observando os graduados e acabava o treino, ia pra casa pra treinar tudo o que eu os via fazendo, e assim aprendi todos os Pomsaes (Katá como diria no Karatê) e todas as movimentações de branca à preta. Só me faltava o pomsae de faixa preta, que também aprendi assim que cheguei na segunda faixa, a amarela. Estou contando tudo isso só pra se ter uma ideia do quanto eu treinava, ok? Abria as pernas "espacate", abria um livro, me inclinava pra frente e ficava assim até esquecer da perna. As vezes pegava no sono em "espacate". Passei da branca pra amarela em 2 meses, da amarela pra verde clara em 2 meses, da verde clara pra verde escura em 2 meses... aí, ficou impossível pagar os próximos exames e assim fiquei aproximadamente 9 anos na faixa verde escura. Via todos meus amigos que começaram comigo, chegando à faixa preta, e eu com a mesma experiência só que na eterna verde escura. Foi dando um certo desânimo. Até que parei. Mas hoje já com 49 anos, ainda sou adepto da vida saudável e das artes marciais, só que só pelo youtube. Há 2 anos, fiz 2 treinos de Jiu Jitsu e achei um MUNDO diferente e fascinante!! Bagunçou com minha mente rs Mesmo já quase idoso, continuo com o mesmo espírito focado, necessidade imperativa de absorver novos conhecimentos, estudar cada movimento, e ficar calado o tempo todo repetindo mil vezes cada movimento, em cada posição, cada variação, repetir tudo sem parar até absorver e tudo ficar "automático..." Caramba, estou contando minha vida! Desculpe aí, valeu!? rs Ótima conversa com esse fantástico representante do Judô brasileiro!
Putz, achava o Flávio foda por ter sido atleta olímpico mas não gostava do Flávio na Globo, acho que porque não gosto da Globo. Mas que cara gente boa, humilde, inteligente. Que bom mudar a imagem que tinha dele. Parabéns pela conversa! Parabéns e sucesso Flávio!
Kyra, referente ao final do vídeo, desejo todo sucesso à vcs sobre uma possível parceria. Tenho muita expectativa de que seria algo benéfico para a sociedade, muito além de retorno financeiro. Aproveito pra dizer que admiro muito....mas muito o Flávio Canto. Forma de pensar, auto-rigidez sobre melhorar a cada dia, disciplina, perseverança, dentre outros. É um dos meus ídolos, apesar de ele não se apegar a este conceito. Kyra, eu gostaria muito que a sua iniciativa com o Canto transparecesse uma irmandade/camaradagem entre judô e bjj. Tenho meus 37 anos, fiz 1 ano de cada modalidade e digo, tanto por parte de alunos, como de alguns professores, que a rivalidade é grande. Tive decepções com professores em ambas as artes. São artes irmãs e complementares. Nós temos que nos unir, todos direcionados para o respeito, a não-agressão e não-violência. Temos que ser os guerreiros da paz. "Lutar para se aperfeiçoar e não se aperfeiçoar para lutar."- Kigoro Kano.
Nossa! Uma das melhores conversas que já vi na vida. Sem contar que a referência que esses dois e filosofia de vida e a quantidade de projetos surreal! Tem minha admiração e respeito. E Flávio vc é sim um ídolo, mostro do esporte, da persistência e sucesso em tudo. Show acredito que vou ver esse podcast mais algumas vezes.
Queria saber se a distância entre o jiu-jitsu e o judô seria mais ou menos a mesma entre o futebol e futsal? Lembrando que uma modalidade foi cria da outra assim como o tênis e o tênis de mesa...
Eu serei faixa marrom para sempre. Tem que fazer um curso de faixa preta que dura um ano, aula todo sábado, e neste ano de 2023, aqui em Brasília, custa 3.000.
Do mundo? ... rs... Tem uma no Kazaquistão que gosto muito, sigo o Sensei de lá.. É um centro de excelência em atletas desde pequenos. E a qualidade dos alunos desde faixas iniciais são de cair o queixo...
Achei toda conversa interessante mas me identifiquei quando vocês falaram sobre os preços que se pagam nas trocas de faixas. Eu vivi isso no Tae Kown Do. Comecei em 1989 ainda adolescente. Naquela época o TKD, pelo menos com o mestre José Silva, hoje, oitavo Dan, era bem mais marcial do que tudo o que a gente vê atualmente em competições. Eu mesmo, entrei no TKD pensando exclusivamente em "saber me defender", em fim... mas, eu era muito muito muito pobre, a ponto de as vezes nem ter o que comer direito. Mas eu era totalmente dedicado, obstinado em treinos... fazia as 2 aulas que aconteciam a cada dia na Academia (normalmente tinha uma turma pra uma e outra pra outra aula). Eu treinava tanto que eu saia da Academia e continuava treinando na rua onde encontrasse espaço livre. Convidava amigos de treino e continuava. Até inventava treinos estranhos como de olho vendado, ou com o adversário com alguma coisa na mão (imitando um agressor com um pedaço de pau na mão por exemplo). E ficava direto, treinando o corpo de tudo quanto é forma. Eu treinava as aptidões, resistência, controle até subindo árvores e passando por todos os galhos, só que fazendo tudo isso de cabeça pra baixo. E as vezes fazia isso com os olhos fechados e a noite pra ativar ao máximo a sensibilidade tátil. Lembro que na faixa branca, eu ficava vidrado observando os graduados e acabava o treino, ia pra casa pra treinar tudo o que eu os via fazendo, e assim aprendi todos os Pomsaes (Katá como diria no Karatê) e todas as movimentações de branca à preta. Só me faltava o pomsae de faixa preta, que também aprendi assim que cheguei na segunda faixa, a amarela. Estou contando tudo isso só pra se ter uma ideia do quanto eu treinava, ok? Abria as pernas "espacate", abria um livro, me inclinava pra frente e ficava assim até esquecer da perna. As vezes pegava no sono em "espacate". Passei da branca pra amarela em 2 meses, da amarela pra verde clara em 2 meses, da verde clara pra verde escura em 2 meses... aí, ficou impossível pagar os próximos exames e assim fiquei aproximadamente 9 anos na faixa verde escura. Via todos meus amigos que começaram comigo, chegando à faixa preta, e eu com a mesma experiência só que na eterna verde escura. Foi dando um certo desânimo. Até que parei. Mas hoje já com 49 anos, ainda sou adepto da vida saudável e das artes marciais, só que só pelo youtube. Há 2 anos, fiz 2 treinos de Jiu Jitsu e achei um MUNDO diferente e fascinante!! Bagunçou com minha mente rs Mesmo já quase idoso, continuo com o mesmo espírito focado, necessidade imperativa de absorver novos conhecimentos, estudar cada movimento, e ficar calado o tempo todo repetindo mil vezes cada movimento, em cada posição, cada variação, repetir tudo sem parar até absorver e tudo ficar "automático..." Caramba, estou contando minha vida! Desculpe aí, valeu!? rs Ótima conversa com esse fantástico representante do Judô brasileiro!
Putz, achava o Flávio foda por ter sido atleta olímpico mas não gostava do Flávio na Globo, acho que porque não gosto da Globo. Mas que cara gente boa, humilde, inteligente. Que bom mudar a imagem que tinha dele. Parabéns pela conversa! Parabéns e sucesso Flávio!
Kyra, referente ao final do vídeo, desejo todo sucesso à vcs sobre uma possível parceria. Tenho muita expectativa de que seria algo benéfico para a sociedade, muito além de retorno financeiro. Aproveito pra dizer que admiro muito....mas muito o Flávio Canto. Forma de pensar, auto-rigidez sobre melhorar a cada dia, disciplina, perseverança, dentre outros. É um dos meus ídolos, apesar de ele não se apegar a este conceito. Kyra, eu gostaria muito que a sua iniciativa com o Canto transparecesse uma irmandade/camaradagem entre judô e bjj. Tenho meus 37 anos, fiz 1 ano de cada modalidade e digo, tanto por parte de alunos, como de alguns professores, que a rivalidade é grande. Tive decepções com professores em ambas as artes. São artes irmãs e complementares. Nós temos que nos unir, todos direcionados para o respeito, a não-agressão e não-violência. Temos que ser os guerreiros da paz. "Lutar para se aperfeiçoar e não se aperfeiçoar para lutar."- Kigoro Kano.
Nossa! Uma das melhores conversas que já vi na vida. Sem contar que a referência que esses dois e filosofia de vida e a quantidade de projetos surreal! Tem minha admiração e respeito. E Flávio vc é sim um ídolo, mostro do esporte, da persistência e sucesso em tudo. Show acredito que vou ver esse podcast mais algumas vezes.
Obrigada
Admiração já existia aos dois como referência de atletas. Depois desse podcast, ultrapassou para respeito e referência! Parabéns de coração 🥋🙇🏻♂️🇧🇷🙏
Kyra, parabéns execelente entrevista. Oss
Impressionante, profundo e bonito o que ele fala sobre a percepção da inclusão social que ele tinha antes, e depois ao conhecer a Rocinha!
Mto! Trabalho do Reação é sensacional
Toda conversa com o mestre Flávio é ótima!
Que conversa boa. Ficarei aguardando o que vem de bom dessa parceria.
Eu acredito no poder de mudança através da união do esporte com a educação.
Top demais parabéns
Poxa, não sei de quem sou mais fã!
Muitos atletas brasileiros devem a o judô... Mas o judô brasileiro deve muito a Flávio Canto
grandes referências ! esse episódio foi muito inspirador. oss
Muito maneiros os presentes!!!!
Parceria forte esses 2! Sucesso! Ossss...
Kyra Parabéns pela entrevista pelo pod cast você é inspiração para muitos Oss
Que conversa massa! Oss
Essa camisa do jigoro kano e maneira hein
Referências!! ✨
Queria saber se a distância entre o jiu-jitsu e o judô seria mais ou menos a mesma entre o futebol e futsal? Lembrando que uma modalidade foi cria da outra assim como o tênis e o tênis de mesa...
Eu serei faixa marrom para sempre. Tem que fazer um curso de faixa preta que dura um ano, aula todo sábado, e neste ano de 2023, aqui em Brasília, custa 3.000.
Camiseta linda! E o kimono? 🥰🥰🥰
Thomaz eh um.nome lindo
Roberto Thomaz !!!!
"Tenho 5 filhos, compro 4 Danoninhos e vê no que dá" é ótimo!!! kkkkk
Meu avô falava isso brincando kkk
kkkk@@graciekyra
O Instituto Reação é a maior academia de judô do mundo?
Do mundo? ... rs... Tem uma no Kazaquistão que gosto muito, sigo o Sensei de lá.. É um centro de excelência em atletas desde pequenos. E a qualidade dos alunos desde faixas iniciais são de cair o queixo...
Flavio é "fora da curva". Como disse Bruno Henrique, do Flamengo, "otopatamá".