2024 31 agosto Ricardo Carranza Poetry Paintings The Buddha Woman

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  • เผยแพร่เมื่อ 23 ก.ย. 2024
  • MULHERES BUDA: O PROCESSO
    Concebida pela intuição, a ideia de um mundo transcendente nasceu com o homem. A pressão da natureza selvagem provocou naquele homem primitivo a busca de um eixo estável. O ritual ocupou esse espaço e desde então nunca foi completamente abandonado. Mas a ideia de um Deus onipotente, onisciente e, consequentemente, onipresente, só foi instituída com a invenção da escrita. Assim como os ritos primitivos, a ideia de um Deus único se mantém até o presente, ainda que a natureza permaneça selvagem e os contradiga frontalmente.
    Sem uma intenção racional, muito menos religiosa, considero a transcendência parte integrante e decisiva na condução do meu trabalho. Meu comportamento é o mesmo de o mais comum dos homens. Tomo uma xícara de café; olho a paisagem urbana pela janela; ouço música etc. Entretanto, quando estou criando, aquela primitiva, às vezes insuportável, sensação da presença do mal, da morte e da fuga do tempo desaparecem. Eu ainda sou Ricardo Carranza. Assino minha obra com meu sobrenome Carranza. Mas tenho comigo um outro. Esse outro, com quem me harmonizo, chama-se Soma. Foi Soma que me conduziu à associação da mulher com a divindade; sem a presença de Buda, a série de deformações lançadas no aspecto físico da mulher seria, ao menos para mim, insuportável. O mito forneceu o elemento universal, isto é, um eixo que torna compreensível as contradições, muitas vezes grotescas, da representação das Mulheres Buda. E nisto a Arte e as religiões em essência, tem em comum: uma ideia que nos reúna acima de diferenças e divergências; uma ideia que dê sentido ao absurdo. Assim toda Arte é universal e pacifista.
    Quando estou pintando, Soma dirige a minha intuição. Carranza coloca a tela no cavalete, abre os potes de tinta, prepara as cores, e trabalha, horas e horas, como se soubesse de antemão o resultado.
    Quando Soma se despede, como uma brisa suave do entardecer que vem e vai sem deixar vestígios, eu fecho a porta do ateliê.
    Todas as noites, na sombra azul do quarto de dormir, eu revejo a criação como diversa e única, com a esperança de continuar no dia seguinte.
    Ricardo Carranza
    Credits:
    Artwork: The Buddha Woman. Acrylic on cotton 1.58X1.08m, 2024.
    Video: Edite Galote Carranza, gravado no ateliê do artista em 29/08/2024.
    Website: carranzapoetry...

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