Um comentário que eu me esqueci de fazer no vídeo é que teoricamente as vagas que são disponibilizadas para Transferência Externa para a poli são vagas que sobraram da Transferência Interna. Ou seja, NA TEORIA, se um curso disponibiliza vagas para a Transferência Externa, suas chances de consegui-lo na Transferência Interna são garantidas. Aqui eu tabelei as vagas disponibilizadas na Transferência Externa para poli nos últimos anos: docs.google.com/spreadsheets/d/10fMzSYLLBTVSiSx7JHh3pS6xHaJZJy8n5X4rfAFztZU/edit#gid=0
Felipe, pode falar um pouco sobre propósito na carreira de engenharia? Ando bem preocupado ultimamente com isso, vou entrar pra engenharia de computação na poli e oq me motivou é toda essa parte de poder construir coisas, estar fazendo parte de grupos que desenvolvem projetos interessantes e participam de competições, e quem sabe, poder aliar na minha carreira a engenharia com questões sobre meio ambiente e a sociedade, mas ouço tanta gente com esse papo de "engenheiro Uber" "engenharia é ficar fazendo planilha no Excel" "engenharia não vale a pena" que acabo pensando se escolhi bem, você conhece alguém da engenharia que trabalha com algo mais voltado ao meio ambiente ou algo assim? Coisas nessas áreas são sempre mal remuneradas? Você se sente realizado na sua carreira? Da pra trabalhar com engenharia e ganhar bem e poder ajudar a sociedade? Trabalhar com engenharia é só "ficar fazendo planilha no Excel"? Se puder me falar um pouco sobre isso me ajudaria muito!
Olá. Depois eu posso sim vir a fazer um vídeo sobre esse tema, mas esse é o típico vídeo onde é preciso ter muito cuidado, pois a médio/longo prazo vai encher de gente nova caindo neste vídeo por conta do tema. Mas já posso fazer alguns comentários breves por aqui apenas para dar uma resposta inicial a algumas de suas perguntar. - Engenharia é um dos três cursos de maior reconhecimento social (minha opinião), junto com Direito e Medicina. Por conta disso, muita gente escolhe o curso não por conta de afinidade, mas pelo prestígio/dinheiro. É fácil ver a diferença quando comparamos com outros cursos como por exemplo pedagogia, onde por via de regra, quem está lá é pq tem uma grande afinidade pelo ensino. - Aproveitando o gancho do comentário anterior, muita gente entra na Engenharia não preocupado com onde vai trabalhar, ou o que vai fazer, mas apenas com a questão financeira. E quando eu digo "muita", quero dizer "MUITA" gente. Na poli por exemplo não é nada incomum você encontrar pessoas que já entram sabendo que vão para o mercado financeiro/consultoria, pois são áreas onde o salário inicial consegue ser 10 mil reais (ou até mais do que isso). Se a pessoa realmente gosta e se sente realizada pela área, eu até entendo. O problema são as pessoas que seguem esse caminho exclusivamente pelo dinheiro, e acabam se frustrando depois. - Falsas promessas. Aqui entra tanto a questão do "meu parente falou que um engenheiro ganha muito dinheiro" até o próprio CREA, que fixa um piso salarial de mais de 8 mil. Por conta disso, o pessoal fica com a mentalidade de que uma vez formado vai ganhar pelo menos 8 mil de salário, o que é longe de ser verdade. - Saturação. Por conta dos pontos anteriores, temos muitas pessoas formando em engenharia, porem o mercado nacional não tem espaço para tanta gente assim. Aqui temos então 3 situações. Se o engenheiro é extremamente qualificado, ele sai do país. Se ele é bem qualificado, consegue um lugar no mercado. Se ele não é bem qualificado, fica desempregado (Aqui entra o "Engenheiro Uber"). Alguns dos vídeos que eu observei no TH-cam com esse tema abordam justamente essa questão tecnológica do mercado nacional. - Sobre a questão de trabalhar com meio ambiente/sustentabilidade, me vem a cabeça agora as empresas que estão investindo em desenvolvimento sustentável. Existe sim possibilidade de trabalhar com isso. Eu mesmo atualmente estou envolvido em um projeto que junta algumas instituições de pesquisa (como a USP) com a Shell, onde estamos montando toda uma infraestrutura para coleta e análise de dados da Floresta Amazônica. Com relação a remuneração, não tenho dados para passar aqui. O que a gente sabe é que paga menos que mercado financeiro/consultoria, que são as áreas que saltam os outros de várias pessoas. - Sobre me sentir realizado na carreira, sim, eu me sinto. Mas confesso que sou um caso a parte, pois optei pela carreira de ensino. Me sinto bem realizado no ambiente da sala de aula, mas são pouquíssimos os engenheiros que partem para esse caminho. - Isso de trabalhar com planilha do Excel não é algo exclusivo das Engenharias. Por incrível que pareça, existem várias profissões onde dependendo de onde você vá atuar, você fique mexendo em planilhas boa parte do dia. Diria que isso não é uma regra. Para fechar, eu sinto que neste sentido a TI é a futura engenharia. Tudo bem que a TI tem a seu favor o fato do mercado estar extremamente aquecido, mas dado o número absurdo de pessoas se formando na área (ou fazendo cursos e afins), mas me surpreenderia em daqui a alguns anos ouvir o estereótipo do "Programador Uber".
Oii Felipee! Você tem algum vídeo no seu canal comentando sobre com o que você trabalha? Remuneração, rotina etc? Queria conhecer mais sobre o caminho que você seguiu, você tá sempre trabalhando com projetos? O que você faz? Desculpe por tantas perguntas, mas fiquei curiosa e queria saber 😅
@@Ana-lw9us Olá Ana! Nunca cheguei a fazer um vídeo específico sobre a minha trajetória profissional por ela ser acadêmica, o que não é muito do interesse da galera aqui do canal que é mais de mercado (mas não me impede de gravar algo neste sentido no futuro). A minha interação maior com o mercado foi mais durante os meus dois estágios feitos em empresa mesmo. Atualmente eu sou aluno de doutorado aqui da poli, e também sou professor de faculdade particular. Meu foco é virar um professor pesquisador, que é o professor de faculdade pública (mais especificamente estou focando na poli mesmo). Minha participação em projetos ocorre em duas frentes. Ou eu "crio" um projeto junto com colegas da pós-graduação (ex: fizemos um projeto para acesso remoto a infraestrutura de laboratório de um laboratório da poli durante a pandemia) ou então eu sou inserido num projeto grande por meio de contato com professores (ex: projeto que estou inserido de análise de dados da Amazônica conforme comentei no comentário acima). Estes projetos acabam resultados em artigos científicos, que é o grande destaque da produtividade científica no mundo. A minha rotina vai depender muito de como estão alocadas as aulas que eu estou dando naquele determinado semestre. Eu costumo separar o meu tempo fora de aula em avançar com a minha pesquisa de doutorado, trabalhar em projetos e preparar material de aula. Ah, tem os vídeos aqui do canal também hahaha, mas como eu só gravo 1 por semana, não me ocupa muito tempo.
@@fvalencia uaaau, que incrível! 💗 Estou tendo bastante interesse na área academica, adoraria ver um vídeo seu falando mais detalhes sobre sua trajetória :))
No meu caso eu passei para eng elétrica (havia me enganado antes), eu gosto bastante da parte de elétrica mas preferia mudar pra computação, por isso vo ver e aproveitar bem o primeiro ano e tentar transferência depois....Se mudar é bom e se não mudar também...
Felipe, entrei na USP pelo provão paulista em engenharia elétrica e pretendo estudar bastante pra poder transferir pra computação, conversei com um pessoal e eles disseram que mesmo tendo preferência é difícil demais conseguir transferir, queria confirmar essa informação com você e perguntar se vc conhece gente que conseguiu transferir da elétrica pra computação.
Olha, não vou dizer que é garantida a transferência da elétrica para a computação, mas pelo menos tomando como base os últimos dois processos de transferência interna de começo de ano, me parece que todos os alunos que prestaram conseguiram transferir, tanto que sobrou 1 vaga até para quem não é da elétrica. Não posso garantir que este mesmo cenário vai acontecer no seu ano, mas eu particularmente não conheço ninguém da elétrica que não conseguiu transferir, então sei lá hahaha. Só deixando um adendo aqui para caso alguém veja esse comentário no futuro. Você não consegue transferir para elétrica e em seguida transferir para a computação, pois ao ser agraciado com uma transferência, sua prioridade cai pro menor nível possível.
Felipe, sobre a transferência interna na EESC: - Engenharia elétrica tbm tem prioridade pra transferir pra eng de computação? - Como lá não tem o biênio como a Poli, quais matérias são levadas em consideração?
Vou deixar o link do último edital de transferência da EESC aqui, ai você consegue pegar todas essas informações e muito mais: eesc.usp.br/comunicacao-admin/wp-content/uploads/2022/12/EDITAL_TRANSFERENCIA_INTERNA_2023.pdf Também estou conversando com um colega nosso do canal pra ver se trazemos um vídeo falando especificamente do processo de transferência deles, em algum momento do ano.
Felipe, entrei em SI na USP leste mas quero Ciência da computação no IME. Poderia falar um pouco sobre a concorrência e como funciona a prova de transferência de lá? Preciso saber se vale a pena me matricular ou prestar Fuvest dnv.
Não consigo dar muitos detalhes sobre a prova da Transferência Interna para o BCC por dois motivos. - O primeiro é que eles não divulgam provas anteriores - O segundo é que eles não divulgam dados relacionados a concorrência Mas pelo que eu já ouvi, falando com pessoal, não é uma transferência fácil, no sentido que várias pessoas querem, e não é pq você faz um curso de computação na USP que necessariamente você vai conseguir a vaga. Tentei agora pegar as informações do último edital, mas parece que o site do IME ta com problema. Sugiro você ficar de vez em quando buscando por "Transferência Interna BCC IME" no Google que em algum momento o site deve voltar. Em linhas gerais, eles fazem uma análise do seu histórico escolar, mas também existe uma prova de lógica de programação que você precisa fazer (e que pontua para o processo). Vou deixar um link do Reddit onde um cara fala um pouco sobre sua experiência no processo: www.reddit.com/r/USP/comments/s500us/prova_de_transfer%C3%AAncia_interna_pra_ci%C3%AAncia_da/
Olá, Felipe! Então devo considerar que a transferência de química tecnológica para Engenharia Quimica é quase impossível. A exceção seria tentar Lorena, correto? Grata!
Eu acho que sim. Inclusive isso é algo que alguns alunos acabam fazendo. No caso não é nem questão de "tentar" reaproveitar as matérias. Pelo menos as matérias do biênio, você consegue equivalência tranquilamente, seja pela transferência interna ou ingressando por um novo vestibular.
@@fvalencia Fui atrás e aparentemente 30% dos ingressantes desse ano de Engenharia de Produção na poli são rebixos (sou bixo e esse dado ainda não está perfeito porque ainda não acharam todos os ingressantes, mas é algo por ai). Assustador, não?
Geralmente o pessoal vai ser unânime em falar para fazer provas anteriores. O motivo é que tem algumas disciplinas que são clássicas no sentido dos professores copiarem o "jeitão" das provas ao longo dos anos. Mas eu gostava de fazer os exercícios das listas sim. Tudo bem que tem umas listas que são enormes hahaha.
Espero que seja hahaha. Digo, pelas matérias, parece que aborda bem a parte de Ciência de Dados e IA (muito mais que um curso convencional de computação).
eai felipe, terminei meu primeiro ano de eng eletrica na poli, mas descobri que pretendo trabalhar em finanças futuramente. Sei que muitos politecnicos formados vão para o mercado financeiro, mas pela dificuldade que sinto na poli (mesmo estudando bastante acabo tirando notas abaixo da media e acabo me frustrando com isso) gostaria de transferir para contabilidade ou outro curso da FEA. Voce acha que eu consigo? Ou tem algum outro comentario à esse meu contexto?
Eae! Então, o problema aqui é que me parece ser raro a FEA abrir vagas pra Transferência Interna. Neste post por exemplo, fala que a FEA ficou 2 anos sem abrir vagas: www.reddit.com/r/USP/comments/tyn44j/transfer%C3%AAncia_interna_fea/ Já no link da Transferência Interna deste ano, eles só abriram uma vaga para atuarias noturno: www.fea.usp.br/economia/graduacao/transferencia/interna Então talvez você tenha dificuldade por conta disso.
@@fvalencia entendi, mt obg! Acho q no meu caso o melhor seria fazer a fuvest de novo msm, pq a transferencia externa tbm depende da existencia de vagas
Acredito que sim. Quando eu entrei na poli eu lembro que tinha casos de pessoas com média menor que 5 transferindo para a elétrica. Geralmente como a elétrica é um curso com alta evasão, não é difícil transferir não.
Não existe uma média específica para transferência. Vai variar processo a processo dependendo do número de vagas que abriram e a média dos alunos que estão concorrendo. E não existe uma prioridade para a Engenharia Mecânica, então todos concorrem contra todos de igual pra igual.
Sim pra ambos. Produção é um curso que geralmente tem baixa evasão dos alunos, por isso abrem poucas vagas de transferência. Além disso, é um curso que bastante gente quer, por isso as notas acabam sendo altas.
@@fvalencia Felipe, as notas do vestibular para passar em produção também são as mais altas? Tem algum lugar onde consigo ver mais ou menos a nota necessária para este curso?
@@brunomesquita1673 Atualmente Engenharia de Computação e Engenharia de Produção são os cursos mais difíceis de ingressar na poli. Você consegue ter uma noção dos anos anteriores aqui: manualdovestibulando.com/notas/59/fuvest/EngenhariadeProducao.html
Assim como os alunos de Engenharia Elétrica tem preferência para transferir pra Engenharia de Computação, a reciproca também é verdadeira. Mas sendo sincero com você, na prática são raríssimos os casos onde alguém ingressa na Engenharia de Computação e transfere pra Elétrica. É bem mais comum alguém ingressar na Engenharia de Computação e transferir pra Ciência da Computação, então você não precisa se preocupar com essa prioridade, caso queira transferir para a Elétrica.
Um comentário que eu me esqueci de fazer no vídeo é que teoricamente as vagas que são disponibilizadas para Transferência Externa para a poli são vagas que sobraram da Transferência Interna. Ou seja, NA TEORIA, se um curso disponibiliza vagas para a Transferência Externa, suas chances de consegui-lo na Transferência Interna são garantidas.
Aqui eu tabelei as vagas disponibilizadas na Transferência Externa para poli nos últimos anos: docs.google.com/spreadsheets/d/10fMzSYLLBTVSiSx7JHh3pS6xHaJZJy8n5X4rfAFztZU/edit#gid=0
pqp, eu quero mecânica e nn tem na externa😭😭😭😭
@@Luiz.Streck Força na Transferência Interna que é possível!
Felipe, pode falar um pouco sobre propósito na carreira de engenharia? Ando bem preocupado ultimamente com isso, vou entrar pra engenharia de computação na poli e oq me motivou é toda essa parte de poder construir coisas, estar fazendo parte de grupos que desenvolvem projetos interessantes e participam de competições, e quem sabe, poder aliar na minha carreira a engenharia com questões sobre meio ambiente e a sociedade, mas ouço tanta gente com esse papo de "engenheiro Uber" "engenharia é ficar fazendo planilha no Excel" "engenharia não vale a pena" que acabo pensando se escolhi bem, você conhece alguém da engenharia que trabalha com algo mais voltado ao meio ambiente ou algo assim? Coisas nessas áreas são sempre mal remuneradas? Você se sente realizado na sua carreira? Da pra trabalhar com engenharia e ganhar bem e poder ajudar a sociedade? Trabalhar com engenharia é só "ficar fazendo planilha no Excel"? Se puder me falar um pouco sobre isso me ajudaria muito!
Olá.
Depois eu posso sim vir a fazer um vídeo sobre esse tema, mas esse é o típico vídeo onde é preciso ter muito cuidado, pois a médio/longo prazo vai encher de gente nova caindo neste vídeo por conta do tema.
Mas já posso fazer alguns comentários breves por aqui apenas para dar uma resposta inicial a algumas de suas perguntar.
- Engenharia é um dos três cursos de maior reconhecimento social (minha opinião), junto com Direito e Medicina. Por conta disso, muita gente escolhe o curso não por conta de afinidade, mas pelo prestígio/dinheiro. É fácil ver a diferença quando comparamos com outros cursos como por exemplo pedagogia, onde por via de regra, quem está lá é pq tem uma grande afinidade pelo ensino.
- Aproveitando o gancho do comentário anterior, muita gente entra na Engenharia não preocupado com onde vai trabalhar, ou o que vai fazer, mas apenas com a questão financeira. E quando eu digo "muita", quero dizer "MUITA" gente. Na poli por exemplo não é nada incomum você encontrar pessoas que já entram sabendo que vão para o mercado financeiro/consultoria, pois são áreas onde o salário inicial consegue ser 10 mil reais (ou até mais do que isso). Se a pessoa realmente gosta e se sente realizada pela área, eu até entendo. O problema são as pessoas que seguem esse caminho exclusivamente pelo dinheiro, e acabam se frustrando depois.
- Falsas promessas. Aqui entra tanto a questão do "meu parente falou que um engenheiro ganha muito dinheiro" até o próprio CREA, que fixa um piso salarial de mais de 8 mil. Por conta disso, o pessoal fica com a mentalidade de que uma vez formado vai ganhar pelo menos 8 mil de salário, o que é longe de ser verdade.
- Saturação. Por conta dos pontos anteriores, temos muitas pessoas formando em engenharia, porem o mercado nacional não tem espaço para tanta gente assim. Aqui temos então 3 situações. Se o engenheiro é extremamente qualificado, ele sai do país. Se ele é bem qualificado, consegue um lugar no mercado. Se ele não é bem qualificado, fica desempregado (Aqui entra o "Engenheiro Uber"). Alguns dos vídeos que eu observei no TH-cam com esse tema abordam justamente essa questão tecnológica do mercado nacional.
- Sobre a questão de trabalhar com meio ambiente/sustentabilidade, me vem a cabeça agora as empresas que estão investindo em desenvolvimento sustentável. Existe sim possibilidade de trabalhar com isso. Eu mesmo atualmente estou envolvido em um projeto que junta algumas instituições de pesquisa (como a USP) com a Shell, onde estamos montando toda uma infraestrutura para coleta e análise de dados da Floresta Amazônica. Com relação a remuneração, não tenho dados para passar aqui. O que a gente sabe é que paga menos que mercado financeiro/consultoria, que são as áreas que saltam os outros de várias pessoas.
- Sobre me sentir realizado na carreira, sim, eu me sinto. Mas confesso que sou um caso a parte, pois optei pela carreira de ensino. Me sinto bem realizado no ambiente da sala de aula, mas são pouquíssimos os engenheiros que partem para esse caminho.
- Isso de trabalhar com planilha do Excel não é algo exclusivo das Engenharias. Por incrível que pareça, existem várias profissões onde dependendo de onde você vá atuar, você fique mexendo em planilhas boa parte do dia. Diria que isso não é uma regra.
Para fechar, eu sinto que neste sentido a TI é a futura engenharia. Tudo bem que a TI tem a seu favor o fato do mercado estar extremamente aquecido, mas dado o número absurdo de pessoas se formando na área (ou fazendo cursos e afins), mas me surpreenderia em daqui a alguns anos ouvir o estereótipo do "Programador Uber".
Oii Felipee! Você tem algum vídeo no seu canal comentando sobre com o que você trabalha? Remuneração, rotina etc? Queria conhecer mais sobre o caminho que você seguiu, você tá sempre trabalhando com projetos? O que você faz?
Desculpe por tantas perguntas, mas fiquei curiosa e queria saber 😅
@@Ana-lw9us Olá Ana!
Nunca cheguei a fazer um vídeo específico sobre a minha trajetória profissional por ela ser acadêmica, o que não é muito do interesse da galera aqui do canal que é mais de mercado (mas não me impede de gravar algo neste sentido no futuro). A minha interação maior com o mercado foi mais durante os meus dois estágios feitos em empresa mesmo.
Atualmente eu sou aluno de doutorado aqui da poli, e também sou professor de faculdade particular. Meu foco é virar um professor pesquisador, que é o professor de faculdade pública (mais especificamente estou focando na poli mesmo). Minha participação em projetos ocorre em duas frentes. Ou eu "crio" um projeto junto com colegas da pós-graduação (ex: fizemos um projeto para acesso remoto a infraestrutura de laboratório de um laboratório da poli durante a pandemia) ou então eu sou inserido num projeto grande por meio de contato com professores (ex: projeto que estou inserido de análise de dados da Amazônica conforme comentei no comentário acima). Estes projetos acabam resultados em artigos científicos, que é o grande destaque da produtividade científica no mundo.
A minha rotina vai depender muito de como estão alocadas as aulas que eu estou dando naquele determinado semestre. Eu costumo separar o meu tempo fora de aula em avançar com a minha pesquisa de doutorado, trabalhar em projetos e preparar material de aula. Ah, tem os vídeos aqui do canal também hahaha, mas como eu só gravo 1 por semana, não me ocupa muito tempo.
@@fvalencia uaaau, que incrível! 💗 Estou tendo bastante interesse na área academica, adoraria ver um vídeo seu falando mais detalhes sobre sua trajetória :))
@@Ana-lw9us Sou suspeito para falar da área acadêmica mesmo hahaha.
Mas pode deixar que em algum momento esse vídeo ai sai.
No meu caso eu passei para eng elétrica (havia me enganado antes), eu gosto bastante da parte de elétrica mas preferia mudar pra computação, por isso vo ver e aproveitar bem o primeiro ano e tentar transferência depois....Se mudar é bom e se não mudar também...
@alexandre21051999 conseguiu transferir??? to ingressando agora e to no exato mesmo caso que o seu.
Felipe, entrei na USP pelo provão paulista em engenharia elétrica e pretendo estudar bastante pra poder transferir pra computação, conversei com um pessoal e eles disseram que mesmo tendo preferência é difícil demais conseguir transferir, queria confirmar essa informação com você e perguntar se vc conhece gente que conseguiu transferir da elétrica pra computação.
Olha, não vou dizer que é garantida a transferência da elétrica para a computação, mas pelo menos tomando como base os últimos dois processos de transferência interna de começo de ano, me parece que todos os alunos que prestaram conseguiram transferir, tanto que sobrou 1 vaga até para quem não é da elétrica.
Não posso garantir que este mesmo cenário vai acontecer no seu ano, mas eu particularmente não conheço ninguém da elétrica que não conseguiu transferir, então sei lá hahaha.
Só deixando um adendo aqui para caso alguém veja esse comentário no futuro. Você não consegue transferir para elétrica e em seguida transferir para a computação, pois ao ser agraciado com uma transferência, sua prioridade cai pro menor nível possível.
Felipe, sobre a transferência interna na EESC:
- Engenharia elétrica tbm tem prioridade pra transferir pra eng de computação?
- Como lá não tem o biênio como a Poli, quais matérias são levadas em consideração?
Vou deixar o link do último edital de transferência da EESC aqui, ai você consegue pegar todas essas informações e muito mais: eesc.usp.br/comunicacao-admin/wp-content/uploads/2022/12/EDITAL_TRANSFERENCIA_INTERNA_2023.pdf
Também estou conversando com um colega nosso do canal pra ver se trazemos um vídeo falando especificamente do processo de transferência deles, em algum momento do ano.
Felipe, entrei em SI na USP leste mas quero Ciência da computação no IME. Poderia falar um pouco sobre a concorrência e como funciona a prova de transferência de lá? Preciso saber se vale a pena me matricular ou prestar Fuvest dnv.
Qual foi a sua classificação em SI?
@@paulolaguna5522 entrei no noturno, fiquei em 134° de 84 vagas
@@EdoardoEdo10 AC? Vc foi convocado em qual chamada? Pergunto pois estou na classificação 200.
@@paulolaguna5522 AC, 3a chamada
Não consigo dar muitos detalhes sobre a prova da Transferência Interna para o BCC por dois motivos.
- O primeiro é que eles não divulgam provas anteriores
- O segundo é que eles não divulgam dados relacionados a concorrência
Mas pelo que eu já ouvi, falando com pessoal, não é uma transferência fácil, no sentido que várias pessoas querem, e não é pq você faz um curso de computação na USP que necessariamente você vai conseguir a vaga.
Tentei agora pegar as informações do último edital, mas parece que o site do IME ta com problema. Sugiro você ficar de vez em quando buscando por "Transferência Interna BCC IME" no Google que em algum momento o site deve voltar.
Em linhas gerais, eles fazem uma análise do seu histórico escolar, mas também existe uma prova de lógica de programação que você precisa fazer (e que pontua para o processo). Vou deixar um link do Reddit onde um cara fala um pouco sobre sua experiência no processo: www.reddit.com/r/USP/comments/s500us/prova_de_transfer%C3%AAncia_interna_pra_ci%C3%AAncia_da/
Olá, Felipe! Então devo considerar que a transferência de química tecnológica para Engenharia Quimica é quase impossível. A exceção seria tentar Lorena, correto? Grata!
Isso mesmo, Naise.
Infelizmente faz mais de 10 anos que a Engenharia Química da poli não abre vaga para Transferência Externa.
Felipe, você acha que vale a pena prestar o vestibular de novo e tentar reaproveitar as matérias caso não dê pra fazer a transferência interna?
Eu acho que sim. Inclusive isso é algo que alguns alunos acabam fazendo.
No caso não é nem questão de "tentar" reaproveitar as matérias. Pelo menos as matérias do biênio, você consegue equivalência tranquilamente, seja pela transferência interna ou ingressando por um novo vestibular.
@@fvalencia Fui atrás e aparentemente 30% dos ingressantes desse ano de Engenharia de Produção na poli são rebixos (sou bixo e esse dado ainda não está perfeito porque ainda não acharam todos os ingressantes, mas é algo por ai). Assustador, não?
@@RuntaBRkot Caraca, por toda essa quantidade eu não esperava.
bom dia Felipe, vc acha que para as matérias do Biênio é melhor estudar fazendo os exercícios das listas?
Geralmente o pessoal vai ser unânime em falar para fazer provas anteriores. O motivo é que tem algumas disciplinas que são clássicas no sentido dos professores copiarem o "jeitão" das provas ao longo dos anos.
Mas eu gostava de fazer os exercícios das listas sim. Tudo bem que tem umas listas que são enormes hahaha.
Felipe, entrei na estatística e ciencia de dados na usp são carlos, é um bom curso para ciencia de dados//inteligência artificial//mercado financeiro?
Espero que seja hahaha.
Digo, pelas matérias, parece que aborda bem a parte de Ciência de Dados e IA (muito mais que um curso convencional de computação).
eai felipe, terminei meu primeiro ano de eng eletrica na poli, mas descobri que pretendo trabalhar em finanças futuramente. Sei que muitos politecnicos formados vão para o mercado financeiro, mas pela dificuldade que sinto na poli (mesmo estudando bastante acabo tirando notas abaixo da media e acabo me frustrando com isso) gostaria de transferir para contabilidade ou outro curso da FEA. Voce acha que eu consigo? Ou tem algum outro comentario à esse meu contexto?
Eae!
Então, o problema aqui é que me parece ser raro a FEA abrir vagas pra Transferência Interna.
Neste post por exemplo, fala que a FEA ficou 2 anos sem abrir vagas: www.reddit.com/r/USP/comments/tyn44j/transfer%C3%AAncia_interna_fea/
Já no link da Transferência Interna deste ano, eles só abriram uma vaga para atuarias noturno: www.fea.usp.br/economia/graduacao/transferencia/interna
Então talvez você tenha dificuldade por conta disso.
@@fvalencia entendi, mt obg! Acho q no meu caso o melhor seria fazer a fuvest de novo msm, pq a transferencia externa tbm depende da existencia de vagas
@@AntonioRodrigues-cz6vf Acredito que sim
Felipe vc acha que com media em torno de 6 da para transferir para engenharia elétrica (eletrônica) ?
Acredito que sim.
Quando eu entrei na poli eu lembro que tinha casos de pessoas com média menor que 5 transferindo para a elétrica.
Geralmente como a elétrica é um curso com alta evasão, não é difícil transferir não.
Existe uma média pra transferência? quero ir de petróleo pra mecânica, existe prioridade em mecânica?
Não existe uma média específica para transferência. Vai variar processo a processo dependendo do número de vagas que abriram e a média dos alunos que estão concorrendo.
E não existe uma prioridade para a Engenharia Mecânica, então todos concorrem contra todos de igual pra igual.
Perfeito Felipe! Bom, vou ralar pra conseguir isso
Nota para produção é muito mais alta do ques as outras? Há poucas vagas tambem?
Sim pra ambos.
Produção é um curso que geralmente tem baixa evasão dos alunos, por isso abrem poucas vagas de transferência.
Além disso, é um curso que bastante gente quer, por isso as notas acabam sendo altas.
@@fvalencia Felipe, as notas do vestibular para passar em produção também são as mais altas? Tem algum lugar onde consigo ver mais ou menos a nota necessária para este curso?
@@brunomesquita1673 Atualmente Engenharia de Computação e Engenharia de Produção são os cursos mais difíceis de ingressar na poli. Você consegue ter uma noção dos anos anteriores aqui: manualdovestibulando.com/notas/59/fuvest/EngenhariadeProducao.html
Felipe, tem alguma preferência pra transferir pra elétrica?
Assim como os alunos de Engenharia Elétrica tem preferência para transferir pra Engenharia de Computação, a reciproca também é verdadeira. Mas sendo sincero com você, na prática são raríssimos os casos onde alguém ingressa na Engenharia de Computação e transfere pra Elétrica. É bem mais comum alguém ingressar na Engenharia de Computação e transferir pra Ciência da Computação, então você não precisa se preocupar com essa prioridade, caso queira transferir para a Elétrica.
@@fvalencia entendi. Muito obrigada!