Eu tenho Anna Karienina lacrado, da finada Cosac Naif. Vendo voce fazer essa analise, vou abrir o quanto antes pra ler. Esse ano eu quero colocar os classicos parados da estante pra leitura. Comecei 2025 com Os Irmãos Karamazov
Quando adolescente eu gostava desse livros agua com açucar bem bobinho, quando adulta comecei a ler livros classicos, e quando tentei ler os livros de Bridgerton n consegui passar de um, quase q n consegui ler o livro todo ate o final, é tudo muito superficial, e hoje em dia parece q todos tem q detalhar cenas de sexo, e se compararmos Bridgerton q foi escrito por uma mulher q era super fã de Jane Austen, se pegarmos as duas obras mais famosas das duas Orgulho e preconceito não tem uma cena picante e é tão mais envolvente, como a narrativa de Jane faz vc ficar presa nas nuances de cada personagem, e até aqueles personagens q n tem muito a acrescentar na trama são tão mais profundos. Depois q comecei a ler livros classicos não consigo mais ler livro bobo, da um desinteresse muito grande.
Nossa, perfeito. A forma que eu descrevia para as pessoas a diferença entre bom e ruim era resumida em "densidade e honestidade". Esse vídeo ressoou muito com o que eu penso. Vou recomendar esse vídeo quando tiver que explicar.
O Anna Karienina tá custando 2 reais no Kindle :) um grande clássico custando mais barato que uma banana 😄 tem que aproveitar, já garanti a minha cópia
Cuidado que essas versões de clássicos muito baratas para Kindle costumam ter péssimas traduções. Além disso, dificilmente possuem boas notas de rodapé, que ajudam muito no entendimento e contextualização da obra. Recomendo as edições da Companhia das letras, Martin Claret e Editora 34.
Entendo o ponto do contexto e dos detalhes, mas às vezes os escritores fazem oq chamamos de prosa roxa e dificultam uma coisa que não precisava ser dificultada. Geralmente recomendam não escrever prosa roxa.
Esse vídeo veio na hora certa! Achei uma coleção da Marian Keyes aqui em casa, da minha época de adolescente, mais de 20 anos atrás, e postei no Instagram falando que são livros bem ruins, a galera ficou chocada e caíram matando em cima de mim 😂 Depois que a gente lê os clássicos junto com o Raul, essas porcarias ficam intragáveis.
Raul, não sei se você já mencionou em outro vídeo, mas tem algum livro atual que você considera tão bom quanto um clássico (em termos de qualidade literária)?
Pensei que ninguém podia ser pior que a Coleen Hover.... esse Sparks é foda. E não se importe em furar a bolha e ver booktuber idiota xingando não, tem que falar a real mesmo.
Não, Valeska. Comecei uma faculdade de letras faz alguns anos, paga, porque meu plano na época era trabalhar com tradução. Vi que o curso era ridiculamente fraco e a larguei. Virei tradutor sozinho, traduzi mais de uma dezena de livros e depois comecei a trabalhar com o Instagram. No começo, como professor de português. Tenho uma visão geral sobre as escolas de crítica moderna e os principais nomes da academia. Mas julguei que seria melhor, antes de me enfiar em discussões acadêmicas teóricas e gerais, LER com muito cuidado as obras que são consideradas clássicos da literatura. Ler as obras, ler os comentadores das obras e estudar a vida dos autores. Tenho feito isso há alguns anos, já.
Eu acredito que você não será atacado, pois o público que leu os livros do Nicholas Sparks deve estar hoje com seus 30 a 40 anos de idade. Embora boa parte dessa galera tenha involuído nos últimos anos, ainda existem muitas pessoas sãs com essa faixa de idade. Agora, se você fizesse uma comparação entre livros, e colocasse qualquer um da Colleen Hoover como exemplo de leitura ruim... Meu amigo, você seria cancelado e perseguido por uma quantidade absurda de jovenzinhos alucinados e chorosos, os famigerados "Enzos e Valentinas" hahahaha
Caí aqui de paraquedas, mas tudo isso me soa muito estranho. Um livro ser melhor q outro só por ser mais complexo, ter mais contexto, mais background, soa o mesmo que dizer que arte grega é melhor que arte moderna, como da Tarsilia do Amaral, simplesmente por ter sido usado uma técnica mais complexa. Sendo que técnia por técnia não significa nada. Não concordo com esse tipo de análise. Dizer que um livro é melhor que o outro simplesmente por ser mais técnico, mais "realista", parece uma discussão pobre. Não to discordando da conclusão, mas tudo que foi apresentado no vídeo me soa muito estranho e superficial. To falando numa boa, não to dando hate não.
Acho que essa análise até ressalta diferenças de qualidade narrativa, mas, por ser muito pontual, é insuficiente para dizer se um livro é bom ou ruim, ou se um livro é melhor que outro. Para isso, seria necessária uma abordagem mais ampla, analisando como um todo a estrutura da obra, a construção do narrador, a cadeia de metáforas ou outras figuras de linguagem, o desenvolvimento dos personagens, as particularidades da trama, como o livro mais "mostra" do que "diz", sem mastigar tudo ao leitor, como o livro toca algo universal etc.
@@lucasmariano4361 mas aí é que tá. Apesar de ser a "mesma" cena, elas podem possuir propostas diferentes dentro da obra. A descrição simplória pode ter sido escolhida como forma de fazer o leitor não se demorar ali, e dar mais foco a outros pontos da obra que o autor quer enfatizar mais. Isso não faz da cena um exemplo de inferioridade, entende o que quero dizer? Não necessariamente é falta de objetividade.
@@alinotic também acho isso. Falar sobre como o livro faz o leitor sentir, em vez de dizer o que ele tem que sentir. Como a obra desperta diferentes emoções em diferentes pessoas. Sobre como as várias camadas permitem interpretações diferentes, o uso de palavras que podem desencadear tudo isso, etc. Isso me parece mais objetivo.
Cara, tu claramente não tem bagagem o suficiente para argumentar sobre e muito provavelmente saiu escrevendo a primeira coisa que pensou, sem muito meditar. Faz isso não. Você deixou translúcido a sua ignorância no assunto. Estuda primeiro, se aprofunda no assunto e depois de uns 10 anos de dedicação expõe seu pensamento.
Acredito que o ponto exposto pelo Raul não se propõe a uma avaliação técnica, mas à quantidade de camadas que podem ser envelopadas em uma cena categoricamente clichê. Você coloca em perspectiva a pretensão do autor com a cena, por exemplo, mas faz realmente sentido tirar a atenção do core da narrativa que é o casal insipiente? Acho que não, e mais, a principal crítica sequer é sobre o detalhamento ou o foco. É inegável que enquanto Tolstoi abraça vários núcleos da narrativa e consegue preencher a substância de uma cena com muito subtexto, Sparks se limita a uma redundância em “um par de olhos enevoados” e um adjetivo desprezível. Digamos que a pretensão seja esta, de direcionar a atenção a outro evento, então acrescentar uma redundância e um adjetivo que não tem função narrativa não faz sentido. E concluindo, existem técnicas e técnicas de fato, e a escolha de Tolstoi, um realista com pretensões megalomaníacas, em relação a uma trama de natureza simplista, focada em ser digerida facilmente não é ideal, ainda assim quando comparamos Sparks a obras que subjazem a mesma proposta temos também uma discrepância notável, referencio de memória - o primeiro amor de Ivan Turgeniev, e noites brancas de Dostoievski que subjazem uma natureza similar porém com uma sofisticação muito mais elevada dentro da nomeada literatura russa. O conflito não é técnico, Sparks é um escritor carente de substância, que escreve 50 livros por ano sem qualquer pretensão elementar, e repetindo tramas até a saturação.
Eu tenho Anna Karienina lacrado, da finada Cosac Naif. Vendo voce fazer essa analise, vou abrir o quanto antes pra ler.
Esse ano eu quero colocar os classicos parados da estante pra leitura. Comecei 2025 com Os Irmãos Karamazov
Essa análise foi tão cativante, profunda, detalhada e precisa que eu simplesmente preciso ler Anna Kariênina agora kkk
Pô, meu velho, fico feliz demais que você tenha gostado. No final, a ideia é essa: fazer com que vocês QUEIRAM ler os livros.
Quando adolescente eu gostava desse livros agua com açucar bem bobinho, quando adulta comecei a ler livros classicos, e quando tentei ler os livros de Bridgerton n consegui passar de um, quase q n consegui ler o livro todo ate o final, é tudo muito superficial, e hoje em dia parece q todos tem q detalhar cenas de sexo, e se compararmos Bridgerton q foi escrito por uma mulher q era super fã de Jane Austen, se pegarmos as duas obras mais famosas das duas Orgulho e preconceito não tem uma cena picante e é tão mais envolvente, como a narrativa de Jane faz vc ficar presa nas nuances de cada personagem, e até aqueles personagens q n tem muito a acrescentar na trama são tão mais profundos. Depois q comecei a ler livros classicos não consigo mais ler livro bobo, da um desinteresse muito grande.
Estou finalizando Anna Kariênina, o timing perfeito do vídeo! Análise incrível, Raul 👏🏻
Nossa, perfeito. A forma que eu descrevia para as pessoas a diferença entre bom e ruim era resumida em "densidade e honestidade". Esse vídeo ressoou muito com o que eu penso. Vou recomendar esse vídeo quando tiver que explicar.
Melhor canal que conheci em 2024! Obrigada por isso.
Já curto antes de ver o vídeo, já sei a qualidade que tem!
Achei interessante. Queria ver outros vídeos no canal fazendo mais comparações!
O Anna Karienina tá custando 2 reais no Kindle :) um grande clássico custando mais barato que uma banana 😄 tem que aproveitar, já garanti a minha cópia
Cuidado que essas versões de clássicos muito baratas para Kindle costumam ter péssimas traduções. Além disso, dificilmente possuem boas notas de rodapé, que ajudam muito no entendimento e contextualização da obra. Recomendo as edições da Companhia das letras, Martin Claret e Editora 34.
Pode liberar o vídeo onde faz o comparativo de Crepúsculo e Dom Casmurro? Fiquei curiosa 😊
Não foi um vídeo, foi uma sequências de stories no Instagram! Você pode dar uma olhadinha lá, ainda está salva num destaque.
Análise incrível!!👏🏼👏🏼 estou animada para ler Anna Karienina.
Vídeo muito bom!
Ótimo vídeo! Faça mais, Raul!
Entendo o ponto do contexto e dos detalhes, mas às vezes os escritores fazem oq chamamos de prosa roxa e dificultam uma coisa que não precisava ser dificultada. Geralmente recomendam não escrever prosa roxa.
Sério, esse trecho do Nicholas Sparks estava igualzino as redações dos meus alunos de quinto ano do ensino fundamental!
tô aprendendo muito com os seus ensinamentos vi todos os vídeos por incrível que pareça tô gostando de vídeos longos depois que apaguei tiktok
Esse vídeo veio na hora certa! Achei uma coleção da Marian Keyes aqui em casa, da minha época de adolescente, mais de 20 anos atrás, e postei no Instagram falando que são livros bem ruins, a galera ficou chocada e caíram matando em cima de mim 😂 Depois que a gente lê os clássicos junto com o Raul, essas porcarias ficam intragáveis.
Agora eu entendi pq passei ANOS dizendo que eu NÃO GOSTO DE livros de ROMANCES. Na verdade eu não conhecia nada além dos “água com açúcar” rs
Vc ja leu "precisamos conversar sobre o Kevin"? Adoro esse livro!
Raul, não sei se você já mencionou em outro vídeo, mas tem algum livro atual que você considera tão bom quanto um clássico (em termos de qualidade literária)?
Com essa simples passagem de Anna karienina já me deu vontade de reler o livro!!!
Por favor, me indiquem seus livros preferidos de romance ❤️
To lendo Anna Karienina agora e que livro bom!!!!
Finalmente eu encontrei um vídeo que eu precisava ver, e não sabia KKKKKKK
Outro patamar! 👏🏻
Pensei que ninguém podia ser pior que a Coleen Hover.... esse Sparks é foda. E não se importe em furar a bolha e ver booktuber idiota xingando não, tem que falar a real mesmo.
Olhos enevoados = catarata 😆
😂😂😂
Faz um vídeo analisando o livro "Helena" de Machado de Assis, por favor 🙃
E SENHORA, LUCÍOLA E DIVA TBM!!
Pegou pesado demais, bastava o casal de A Volta ao Mundo em 80 Dias pra detonar esses pedaços de papel sujo, digo, os "livros" mais vendidos.
Vídeo maravilhoso!
Raul, você tem formação acadêmica na área?
Não! Ele ja falou antes, ele iniciou 3, inclusive letras, mas não concluiu nenhuma! Um bom autodidata vale por centenas de acadêmicos de meia tigela!
@@shauansantos1276😂😂😂😂
@@StephenkingBrEu sou formada em Letras e concordo com ele.
Não, Valeska. Comecei uma faculdade de letras faz alguns anos, paga, porque meu plano na época era trabalhar com tradução. Vi que o curso era ridiculamente fraco e a larguei. Virei tradutor sozinho, traduzi mais de uma dezena de livros e depois comecei a trabalhar com o Instagram. No começo, como professor de português. Tenho uma visão geral sobre as escolas de crítica moderna e os principais nomes da academia. Mas julguei que seria melhor, antes de me enfiar em discussões acadêmicas teóricas e gerais, LER com muito cuidado as obras que são consideradas clássicos da literatura. Ler as obras, ler os comentadores das obras e estudar a vida dos autores. Tenho feito isso há alguns anos, já.
Perfeito!
Eu acredito que você não será atacado, pois o público que leu os livros do Nicholas Sparks deve estar hoje com seus 30 a 40 anos de idade. Embora boa parte dessa galera tenha involuído nos últimos anos, ainda existem muitas pessoas sãs com essa faixa de idade. Agora, se você fizesse uma comparação entre livros, e colocasse qualquer um da Colleen Hoover como exemplo de leitura ruim... Meu amigo, você seria cancelado e perseguido por uma quantidade absurda de jovenzinhos alucinados e chorosos, os famigerados "Enzos e Valentinas" hahahaha
Caí aqui de paraquedas, mas tudo isso me soa muito estranho. Um livro ser melhor q outro só por ser mais complexo, ter mais contexto, mais background, soa o mesmo que dizer que arte grega é melhor que arte moderna, como da Tarsilia do Amaral, simplesmente por ter sido usado uma técnica mais complexa. Sendo que técnia por técnia não significa nada. Não concordo com esse tipo de análise. Dizer que um livro é melhor que o outro simplesmente por ser mais técnico, mais "realista", parece uma discussão pobre. Não to discordando da conclusão, mas tudo que foi apresentado no vídeo me soa muito estranho e superficial. To falando numa boa, não to dando hate não.
Acho que essa análise até ressalta diferenças de qualidade narrativa, mas, por ser muito pontual, é insuficiente para dizer se um livro é bom ou ruim, ou se um livro é melhor que outro.
Para isso, seria necessária uma abordagem mais ampla, analisando como um todo a estrutura da obra, a construção do narrador, a cadeia de metáforas ou outras figuras de linguagem, o desenvolvimento dos personagens, as particularidades da trama, como o livro mais "mostra" do que "diz", sem mastigar tudo ao leitor, como o livro toca algo universal etc.
@@lucasmariano4361 mas aí é que tá. Apesar de ser a "mesma" cena, elas podem possuir propostas diferentes dentro da obra. A descrição simplória pode ter sido escolhida como forma de fazer o leitor não se demorar ali, e dar mais foco a outros pontos da obra que o autor quer enfatizar mais. Isso não faz da cena um exemplo de inferioridade, entende o que quero dizer? Não necessariamente é falta de objetividade.
@@alinotic também acho isso. Falar sobre como o livro faz o leitor sentir, em vez de dizer o que ele tem que sentir. Como a obra desperta diferentes emoções em diferentes pessoas. Sobre como as várias camadas permitem interpretações diferentes, o uso de palavras que podem desencadear tudo isso, etc. Isso me parece mais objetivo.
Cara, tu claramente não tem bagagem o suficiente para argumentar sobre e muito provavelmente saiu escrevendo a primeira coisa que pensou, sem muito meditar. Faz isso não. Você deixou translúcido a sua ignorância no assunto. Estuda primeiro, se aprofunda no assunto e depois de uns 10 anos de dedicação expõe seu pensamento.
Acredito que o ponto exposto pelo Raul não se propõe a uma avaliação técnica, mas à quantidade de camadas que podem ser envelopadas em uma cena categoricamente clichê.
Você coloca em perspectiva a pretensão do autor com a cena, por exemplo, mas faz realmente sentido tirar a atenção do core da narrativa que é o casal insipiente? Acho que não, e mais, a principal crítica sequer é sobre o detalhamento ou o foco. É inegável que enquanto Tolstoi abraça vários núcleos da narrativa e consegue preencher a substância de uma cena com muito subtexto, Sparks se limita a uma redundância em “um par de olhos enevoados” e um adjetivo desprezível. Digamos que a pretensão seja esta, de direcionar a atenção a outro evento, então acrescentar uma redundância e um adjetivo que não tem função narrativa não faz sentido.
E concluindo, existem técnicas e técnicas de fato, e a escolha de Tolstoi, um realista com pretensões megalomaníacas, em relação a uma trama de natureza simplista, focada em ser digerida facilmente não é ideal, ainda assim quando comparamos Sparks a obras que subjazem a mesma proposta temos também uma discrepância notável, referencio de memória - o primeiro amor de Ivan Turgeniev, e noites brancas de Dostoievski que subjazem uma natureza similar porém com uma sofisticação muito mais elevada dentro da nomeada literatura russa. O conflito não é técnico, Sparks é um escritor carente de substância, que escreve 50 livros por ano sem qualquer pretensão elementar, e repetindo tramas até a saturação.
Quer namorar cmg?
Olhos de ressaca 😂