Me sinto representado por Daniel Cara, estamos diantes de uma experiência macabra na educação pública, se esse laboratório for incentivado pode ser que no futuro muito próximo algumas disciplinas na educação básica seja ministrada a distância.
Muito obrigada! Ouvir um profissional como você explicar o que eu percebia, sentia, em relação à minha filha, e ainda com tanta clareza, é maravilhoso. Estou aqui pensando porque o professor não propõe o cancelamento do ano letivo. Além de todos lobbystas da EAD, eu sei que professores e pais ainda querem acreditar que isso pode dar certo: EAD durante a pandemia de 2020. Aliás gostaria que você tivesse explicado como é equivocada, do ponto de vista do aprendizado, o pânico das famílias acerca da "perda" de um ano letivo. É quase impossível convencer uma mãe com esse tipo de crença, que pressionar essas crianças será pior para elas, sem o seu embasamento e o seu título. Os professores dessas escolas particulares estão pressionadíssimos. A escola da minha filha "avisou" que se a inadimplência for grande, a escola "será levada" à falência e não poderá honrar com os compromissos salariais de profesdores e funcionários durante a pandemia. Isso coloca nós pais que decidimente nos preocupamos com os funcionários e professores da escola num dilema. Afinal as escolas estão lucrando e ainda jogando uma parte dos custos operacionais nas costas dos professores (luz, internet, compra e manutenção de equipamentos para gravar as aulas, etc). Interessante é que mães, aquelas que não tem o pânico do filho ficar para trás no caminho rumo ao sucesso pela perda de um ano letivo, é que estão se organizando para que esse ano letivo seja cancelado. O que não impede que escolas públicas e privadas continuem mandando atividades de aprendizado aos alunos, nem que os professores deixem de trabalhar à distância e dessa forma mantendo seus empregos, mas sem pressionar as crianças, as famílias e os professores ainda mais do que a própria pandemia e o isolamento social. A escola da minha filha, particular, tem tanto medo da chamada polarização política que não investe em discutir esses assuntos que estão na ordem do dia, como o que é vírus, e todos esses exemplos que o professor deu. Mas deixa seus filhos horas nas redes vendo sabe-se lá que fontes para entender o que acontece. Não é desesperadoramente ridículo? Já não está na hora dos profissionais da educação compreenderem que precisam urgentemente educar a população em geral e principalmente mães e pais, de como de fato funciona o aprendizado? Será que não é preciso investir numa comunicação massiva neste sentido?
Muito bom! Ponto de vista interessante. Sou professora em duas redes: municipal e estadual, em Minas Gerais. Tenho acompanhado toda essa "sangria desatada" por aulas EAD para crianças e adolescentes com muita preocupação. Aqui em Minas o governo estadual parece estar preparando algo com a utilização da Rede Minas, mas não sabemos exatamente como se dará, pois ainda não foi passado nada a nós professores, houve um decreto que convocou o setor administrativo e funcionários da limpeza, decreto que permitia o trabalho presencial, o sindicato interviu e a justiça suspendeu as atividades, inclusive o chamado teletrabalho. Na última sexta o governador Zema disse em uma entrevista à Rádio Itatiaia que os professores não querem trabalhar, colocando a opinião pública contra a categoria. Muitos pais estão em redes sociais esbravejando contra os professores, exigindo que algo seja feito, como se nós não quiséssemos trabalhar. É tudo muito triste e humilhante. O que essas pessoas não percebem é que estamos defendendo a saúde, a vida e o direito à educação de qualidade para todos nossos alunos, pois nos preocupa como essas aulas atingirão à todos. Enfim, é um momento muito complicado.
Nossa! Um governador que cumpre um papel desse nesta conjuntura, putz! Como disse o Cara, quando retornarmos, teremos muito trabalho, pq responder a todas essas pressões não será fácil. Aqui no ES, a secretaria estadual de educação, fez exatamente o que foi dito pelo Daniel: logo nas primeiras semanas, compraram um material EAD do Amazonas, abriram canais na TV aberta e na internet. Muitos problemas de acesso, de compreensão das aulas, mas o maior tem sido os conteúdos que já foram contestados por associações de professores/as de história, geografia, filosofia... Provável que fique para o ensino médio, incluindo a modalidade EJA, aulas EAD no currículo comum. Se não tivermos sindicatos e movimentos sociais muito bem articulados, esse será o grande legado do coronavírus para a educação. AH! E tem as formações EAD para o magistério, sendo preparadas para nós! Cenas do próximo capítulo.
Não há nada ainda que seja capaz de substituir aulas presenciais, nem na educação básica nem tão pouco em graduações e saliento ainda o processo de alfabetização.
Equidade e aprendizagem contextualizada numa pedagogia de projeto, relevante para o momento em que vivemos. Os professores precisam ser treinados nessa pedagogia e trabalhar interdisciplinarmente. Prof. Daniel, material didático é estático demais, tem que ter professores capacitados nessa pedagogia, que é uma pedagogia do vínculo.
Aqui no ES, a secretaria estadual de educação, fez exatamente o que foi dito pelo Daniel: logo nas primeiras semanas, compraram um material EAD do Amazonas, abriram canais na TV aberta e na internet. Muitos problemas de acesso, de compreensão das aulas, mas o maior tem sido os conteúdos que já foram contestados por associações de professores/as de história, geografia, filosofia... Provável que fique para o ensino médio, incluindo a modalidade EJA, aulas EAD no currículo comum. Se não tivermos sindicatos e movimentos sociais muito bem articulados, esse será o grande legado do coronavírus para a educação. AH! E tem as formações EAD para o magistério, sendo preparadas para nós! Cenas do próximo capítulo.
Não funciona mesmo. Não há interação entre aluno e aluno, muito menos aluno é professor. Meu neto está perdido, pois dão as aulas e nem dizem qual disciplina é e é escola particular de renome.'
Para o capitalismo,'e necessário que mais pessoas fiquem sem educação pública,tendo que pagar por ela, proporcionando,assim,altos lucros aos grandes grupos econômicos que investem nessa área.O problema é que a maioria do povo brasileiro não tem condições de pagar por educação.
Só uma pergunta: sou realmente ignorante, não sou de direita muito menos concordo com quaisquer iniciativas desse atual ministério da DES educação mas, não sei de nenhum movimento efetivo por parte do governo anterior, de esquerda, em nutrir aos professores com salários dignos e substancial formação!? Me parece que "içu tudu ki tá aí taokei", não surgiu do nada, quase duas décadas de ouro praticamente perdidas onde houve ProUni pra encher bolso de universidades privadas e, como já coloquei com toda minha ignorância, quase nada para a educação básica. No mínimo só poderia dar neste abismo de uma EAD totalmente descolada de nossa realidade.🙈
Muito ruins essas observações, parece pressupor que o ensino presencial é um paraíso. Nada mais falso. O que o EAD faz é tornar explícita uma realidade e claro que há dificuldades. Mas o que o professor propõe no lugar? Atividades sobre vírus? Por favor.
Análise PERFEITA da atual situação educacional do Brasil.
Um verdadeiro "faz de contas."
Me sinto representado por Daniel Cara, estamos diantes de uma experiência macabra na educação pública, se esse laboratório for incentivado pode ser que no futuro muito próximo algumas disciplinas na educação básica seja ministrada a distância.
Vídeo necessário
Muito obrigada! Ouvir um profissional como você explicar o que eu percebia, sentia, em relação à minha filha, e ainda com tanta clareza, é maravilhoso.
Estou aqui pensando porque o professor não propõe o cancelamento do ano letivo.
Além de todos lobbystas da EAD, eu sei que professores e pais ainda querem acreditar que isso pode dar certo: EAD durante a pandemia de 2020.
Aliás gostaria que você tivesse explicado como é equivocada, do ponto de vista do aprendizado, o pânico das famílias acerca da "perda" de um ano letivo. É quase impossível convencer uma mãe com esse tipo de crença, que pressionar essas crianças será pior para elas, sem o seu embasamento e o seu título.
Os professores dessas escolas particulares estão pressionadíssimos. A escola da minha filha "avisou" que se a inadimplência for grande, a escola "será levada" à falência e não poderá honrar com os compromissos salariais de profesdores e funcionários durante a pandemia.
Isso coloca nós pais que decidimente nos preocupamos com os funcionários e professores da escola num dilema. Afinal as escolas estão lucrando e ainda jogando uma parte dos custos operacionais nas costas dos professores (luz, internet, compra e manutenção de equipamentos para gravar as aulas, etc).
Interessante é que mães, aquelas que não tem o pânico do filho ficar para trás no caminho rumo ao sucesso pela perda de um ano letivo, é que estão se organizando para que esse ano letivo seja cancelado.
O que não impede que escolas públicas e privadas continuem mandando atividades de aprendizado aos alunos, nem que os professores deixem de trabalhar à distância e dessa forma mantendo seus empregos, mas sem pressionar as crianças, as famílias e os professores ainda mais do que a própria pandemia e o isolamento social.
A escola da minha filha, particular, tem tanto medo da chamada polarização política que não investe em discutir esses assuntos que estão na ordem do dia, como o que é vírus, e todos esses exemplos que o professor deu. Mas deixa seus filhos horas nas redes vendo sabe-se lá que fontes para entender o que acontece.
Não é desesperadoramente ridículo?
Já não está na hora dos profissionais da educação compreenderem que precisam urgentemente educar a população em geral e principalmente mães e pais, de como de fato funciona o aprendizado?
Será que não é preciso investir numa comunicação massiva neste sentido?
Obrigada pelo vídeo! Sou professora da rede estadual paulista e estou vivendo essas situações na pele.
perfeito, principalmente no finalzinho do vídeo👏👏
Muito bom! Ponto de vista interessante. Sou professora em duas redes: municipal e estadual, em Minas Gerais. Tenho acompanhado toda essa "sangria desatada" por aulas EAD para crianças e adolescentes com muita preocupação. Aqui em Minas o governo estadual parece estar preparando algo com a utilização da Rede Minas, mas não sabemos exatamente como se dará, pois ainda não foi passado nada a nós professores, houve um decreto que convocou o setor administrativo e funcionários da limpeza, decreto que permitia o trabalho presencial, o sindicato interviu e a justiça suspendeu as atividades, inclusive o chamado teletrabalho. Na última sexta o governador Zema disse em uma entrevista à Rádio Itatiaia que os professores não querem trabalhar, colocando a opinião pública contra a categoria. Muitos pais estão em redes sociais esbravejando contra os professores, exigindo que algo seja feito, como se nós não quiséssemos trabalhar. É tudo muito triste e humilhante. O que essas pessoas não percebem é que estamos defendendo a saúde, a vida e o direito à educação de qualidade para todos nossos alunos, pois nos preocupa como essas aulas atingirão à todos. Enfim, é um momento muito complicado.
Nossa! Um governador que cumpre um papel desse nesta conjuntura, putz! Como disse o Cara, quando retornarmos, teremos muito trabalho, pq responder a todas essas pressões não será fácil. Aqui no ES, a secretaria estadual de educação, fez exatamente o que foi dito pelo Daniel: logo nas primeiras semanas, compraram um material EAD do Amazonas, abriram canais na TV aberta e na internet. Muitos problemas de acesso, de compreensão das aulas, mas o maior tem sido os conteúdos que já foram contestados por associações de professores/as de história, geografia, filosofia... Provável que fique para o ensino médio, incluindo a modalidade EJA, aulas EAD no currículo comum. Se não tivermos sindicatos e movimentos sociais muito bem articulados, esse será o grande legado do coronavírus para a educação. AH! E tem as formações EAD para o magistério, sendo preparadas para nós! Cenas do próximo capítulo.
Obrigado, Daniel Cara!
Não há nada ainda que seja capaz de substituir aulas presenciais, nem na educação básica nem tão pouco em graduações e saliento ainda o processo de alfabetização.
Equidade e aprendizagem contextualizada numa pedagogia de projeto, relevante para o momento em que vivemos. Os professores precisam ser treinados nessa pedagogia e trabalhar interdisciplinarmente. Prof. Daniel, material didático é estático demais, tem que ter professores capacitados nessa pedagogia, que é uma pedagogia do vínculo.
Aqui no ES, a secretaria estadual de educação, fez exatamente o que foi dito pelo Daniel: logo nas primeiras semanas, compraram um material EAD do Amazonas, abriram canais na TV aberta e na internet. Muitos problemas de acesso, de compreensão das aulas, mas o maior tem sido os conteúdos que já foram contestados por associações de professores/as de história, geografia, filosofia... Provável que fique para o ensino médio, incluindo a modalidade EJA, aulas EAD no currículo comum. Se não tivermos sindicatos e movimentos sociais muito bem articulados, esse será o grande legado do coronavírus para a educação. AH! E tem as formações EAD para o magistério, sendo preparadas para nós! Cenas do próximo capítulo.
Não funciona mesmo. Não há interação entre aluno e aluno, muito menos aluno é professor. Meu neto está perdido, pois dão as aulas e nem dizem qual disciplina é e é escola particular de renome.'
👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼
Para o capitalismo,'e necessário que mais pessoas fiquem sem educação pública,tendo que pagar por ela, proporcionando,assim,altos lucros aos grandes grupos econômicos que investem nessa área.O problema é que a maioria do povo brasileiro não tem condições de pagar por educação.
E mais pessoas fiquem desempregadas. Daí eu pergunto e quem irá comprar o que produzem?
Por quê você não se muda pra Cuba ou Venezuela, e para de encher o saco! Com certeza teu sonho é abrir uma escola experimental que o Estado banque!
Fato
Cadê o investimento na área da educação! E o pior é esse louco desse ministro da Educação!!
Não gostei! Totalmente subjetivo.
🌹✨
Só uma pergunta: sou realmente ignorante, não sou de direita muito menos concordo com quaisquer iniciativas desse atual ministério da DES educação mas, não sei de nenhum movimento efetivo por parte do governo anterior, de esquerda, em nutrir aos professores com salários dignos e substancial formação!? Me parece que "içu tudu ki tá aí taokei", não surgiu do nada, quase duas décadas de ouro praticamente perdidas onde houve ProUni pra encher bolso de universidades privadas e, como já coloquei com toda minha ignorância, quase nada para a educação básica. No mínimo só poderia dar neste abismo de uma EAD totalmente descolada de nossa realidade.🙈
0 aluno perde terrivelmente com essa tal de educação a distância, isso representa a decadência cultural!😢😢😢😢
Muito ruins essas observações, parece pressupor que o ensino presencial é um paraíso. Nada mais falso. O que o EAD faz é tornar explícita uma realidade e claro que há dificuldades. Mas o que o professor propõe no lugar? Atividades sobre vírus? Por favor.