Banda Club Pardilhoense | CTEstarreja | Ipsas Salinas

Banda Club Pardilhoense ao vivo no Cineteatro de Estarreja.
10 de novembro de 2024.
Ipsas Salinas “Três Quadros Pardilhoenses” (2024), de Vasco Valente.
I. Tecedeiras
II. Balada das ribeiras
iii. Procissão de são pedro de pardilhó
Direção: Fernando Ferreira
“Ipsas salinas ariani de parte stario fontanella” é uma das primeiras referências geográficas (encontrada num documento do séc. X) à atual vila de Pardilhó.
Serve esta frase - traduzida mais ou menos para “aquelas salinas à volta de Fontanela” - como mote da criação desta obra musical encomendada pela Banda Club Pardilhoense, no ano em que celebra 150 anos de existência.
“Ipsas salinas” trata-se de três quadros musicais relacionados com a vila de Pardilhó:
O primeiro, “Tecedeiras”, é uma referência a uma das profissões mais proeminentes desta terra e de modo leve, ligeiro e mecânico
acaba por ser uma “canção de trabalho” retratando o dia a dia das mulheres que labutavam nos teares existentes em muitas casas
antigamente. Muitas outras profissões poderiam ser aqui expostas, mas sendo eu descendente de uma das “mestras” do tear em Pardilhó senti uma certa obrigação moral (e nostalgia natural) de me debruçar por este caminho.
O segundo quadro, “Balada das Ribeiras”, é uma alusão e quiçá um convite a um passeio pela beleza natural desta terra (e das suas ribeiras naturalmente). O pôr-do-sol com vista sobre a Ria de Aveiro em Pardilhó mantém-se como uma das imagens mais bela que tenho desta vila.
Por fim o último quadro, “Procissão de São Pedro de Pardilhó”, é uma alusão à romaria do padroeiro da vila espelhando-se, neste caso, na procissão majestosa que vai à Ribeira e volta à Igreja. Os sinos chamam o povo para a procissão e a Banda carrega os fiéis pelo caminho, numa(s) marcha(s) solene(s).