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O Experimento do Quarto de Mary
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- เผยแพร่เมื่อ 10 ส.ค. 2022
- O experimento do Quarto de Mary é um experimento mental que nos faz pensar sobre o que é conhecimento e como o obtemos. Imagine uma pessoa que só enxerga preto-e-branco vendo uma cor pela primeira vez. Ela aprende algo novo ao ter a experiência de ver uma cor pela primeira vez? Esse vídeo é uma breve introdução a uma área maravilhosa conhecida como teoria do conhecimento.
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Um muito obrigado aos apoiadores do Catarse que tornaram esse vídeo possível: Adriano Cardoso Lima, Aurilio Garcia, Patricia Guedes, René Da Silva Bastos, Pedro Amorim, Simone Neves e Yann Motta.
Eu diria que Mary não aprendeu algo novo sobre o vermelho, mas sobre si mesma, sobre como a sua própria mente e consciência experiencia e interpréta aquela cor.
Pra mim, é isso
Mas e a emoção que sente ao VER o vermelho? Essa ela não conhecia.
@@uncleiroh7910 Mas esse é o ponto, a emoção pertence a ela, e não ao vermelho, o vermelho apenas proporcionou aquela emoção
Acho que passar a enxergar cores configura aprender algo novo, logo enxergar a cor vermelha e saber como ela é, comparando-a com as outras cores que agora ela também enxerga, é um aprendizado. Subjetividade também é apreendida
Você é o único que explica física sem parecer chato, desagradável, e sem parecer que você tá tentando se sentir superior aos ignorantes, parabéns!
Único que você conhece
Sendo mais rigoroso, são assuntos comumente estudados em filosofia e não física.
@@saulofurtado Faz sentido, seriam experimentos mentais que usam física para questionar o considerado certo?
@@saulofurtado mais ou menos, os experimentos EPR já vão comemorar 100 anos. Vale lembrar que a filosofia é a mãe e pai de todas as ciências modernas.
@@alexandrealecrim8322 Por isso eu escrevi "comumente", ou seja, é mais comum, mas não exclusivo. Sim, a filosofia é o/a pai/mãe da ciência, mas veja, a ciência está contida na filosofia, ou a filosofia contém a ciência, ou seja, tudo que está na ciência está na filosofia, mas nem tudo que está na filosofia está na ciência. Epistemologia (teoria do conhecimento) é um assunto de cunho filosófico que pode ou não ser do interesse de cientistas.
Não sei sobre o a cor vermelha em si, mas acredito que a resposta mais plausível é que Mary aprendeu algo novo sobre ela mesma: como é sentir o vermelho. Isso significa que o conhecimento físico dela é complementado com o conhecimento intrapessoal. O que na minha opinião faz sentido, pois quando aprendemos sobre as coisas, também aprendemos sobre nós, e usamos o conhecimento que temos sobre nós para acessar o conhecimento sobre as coisas.
Concordo
É como um daltônico
Vamos dizer que um daltônico sabe que existe a cor vermelha mas ele nao sabe como ela é entao a mary aprendeu algo sim na minha opinião
Ela apenas 'aprendeu' o que é ver e sentir o vermelho para ela, algo extremamente limitado em aplicação e relevância.
Que texto.
Minha tese é que sim, Mary aprendeu algo novo. Supondo que ela não tenha problemas de visão, ela apenas não teve acesso empírico à cor vermelha, ao ter contato com a cor vermelha, ela passa associar as próprias sensações de experimentar a cor vermelha ao conteúdo que ela tem sobre a cor, porque ela sabia o que as outras pessoas sentiam, mas não o que ela mesma sentiria.
Rasou
Exatamente afinal nenhum conteúdo teórico que ela absorvesse seria comparável a ela olhar para a cor vermelha e essa frequência de onda de luz adentrar no olho passar pelos cones e bastonetes e mandar o impulso nervoso específico da cor vermelha para o cérebro fazendo assim ela interpretar a cor de modo que nunca antes tinha interpretado.
melhor comentario!!
Esse cara me da vontade de estudar,simplesmente,o melhor canal de ciência do TH-cam.
Kkk Kkk verdade😆😆😆😂😂😂 esses rapaz é um nerdão😎😆 sinto até um pouco de inveja kkkk
@@laudemara.b.1736 não ele chapa nossos cocos!!
@@laudemara.b.1736 descobri esses dias que sou o nerd da sala kddjsks
@@laudemara.b.1736mas ele ensina, e não necessariamente nos aprendemos, mas ele gera curiosidade, e nós mostra que não sabemos, nós mostra como aprender, e caso queiramos, podemos assistir os vídeos chatos e os livros longos pra tentarmos achar as pequenas nuancias de beleza em meio à vastidão de tédio que é estudar, podemos finalmente encaixar cada peça de nosso universo e adiquirirmos a maior satisfação que existe, a de saber porque.
Vsaurce mandou abraços
Eu acredito que ela aprendeu algo novo sim. Muita coisa a gente só interioriza e se apropria devidamente do conhecimento quando experienciamos por nós mesmos. Não tem como saber o que é um orgasmo, o amor por um filho, a emoção de uma conquista que exigiu muito esforço sem ter a experiência de fato. Inclusive, acho que um dos principais problemas da nossa educação formal é achar que somente o fisicalismo é suficiente para crianças aprenderem sobre o mundo. E a experiência também nos ajuda a melhorar nossa empatia, já que só podemos entender emoções que outros dizem sentir quando as sentimos nós mesmos.
Acredito que o cérebro dela experieciou pela primeira vez a cor vermelha. A comparação com outro objeto de mesma cor e a medida que vai se repetindo é uma apreensão desta cor e a identificação da cor com o nome da cor fecha a aprendizagem que vem da linguagem e comunicação.
Até que eu concordo com você em relação a aprender algo novo pela experiência. Mas no que se diz a empatia, creio que se aprenda muito mais com alguma espécie de estudo como a filosofia ou ciência mais pura mesmo, por exemplo, do que somente vivência. Caso contrário, não veríamos tanta gente isolada (vários introspectivos ou que não gostam de muito contato humano) serem tão altruístas, empáticos do que gente que tem vários amigos, conhecem várias pessoas, namoram muitas pessoas. Também podemos levantar outra discussão: ou o cara que não tem muita experiência vive na ilusão que o mundo e as pessoas são especiais, pois não teve muito contato com a realidade ou o cara individualista que tem várias experiências concluiu que as pessoas e o mundo não valem muito a pena. Nem sei o que tô dizendo direito, acho que dá para entender um pouco kkk
mano finalmente achei alguem com o nome igual ao meu kkkk que incrível
Acho que a experiência, o sentir, o viver, é o que nos torna humanos, em razão à sensibilidade, como você falou muito bem sobre a empatia, não sabemos como é algo até vivê-lo :)
Então sim, acho que ela aprendeu algo novo, ela sentiu na prática um conhecimento, ela viveu a 'qualia"
@@franciscosousa401 Acredito que a filosofia, assim como a psicologia ou outras ciências, podem te dar um direcionamento, visto que ela te apresenta ideias já pensadas anteriormente, mas o pensamento não depende de nenhuma delas, apenas da capacidade humana de raciocinar. Em relação a empatia tem uma parte que é característica pessoal (e nem vou entrar no mérito de quais fatores poderiam influenciar isso pq são muitos), mas passar pela experiência ou sentir na pele não tem comparação com a teoria do que seria passar por aquilo. Exemplo que dou é minha primeira experiência com LSD (que na maioria das vezes causa ansiedade em algum momento durante o efeito). Eu tive que lidar diversas vezes com ataques de ansiedade da minha namorada quando brigávamos e posteriormente ouvia dela o que ela sentia, lia sobre como eram as sensações físicas e psicológicas, mas era difícil pra mim alcançar um grau de empatia satisfatório, principalmente de cabeça quente, pois eu pessoalmente não tinha tido crises de ansiedade. A partir do momento que eu tive minha primeira crise de ansiedade com o LSD minha mente se abriu em relação a ansiedade e minha compreensão daquilo alcançou um nível totalmente diferente, e a empatia aumentou consideravelmente por isso.
Ela aprende algo novo. Pois a concepção mental é diferente da sensação. É como comparar racionalidade com emoção. 'Saber que' é racionalidade, e 'saber como' é sensação, emoção, indescritível. Só se compreende uma emoção por empatia, por sentir tal como.
Até porque nosso fundo do iceberg, o inconsciente, possui experiências indescritíveis à razão consciente. Por isso, ainda não atingimos nosso potencial completo, pois tal treino não se consegue por meio de livros, mas de prática. Por exemplo, amar a todos incondicionalmente. Quem consegue isso, passa a ser dono de um poder e de uma energia sem tamanho. Quem não pagaria todo o dinheiro do mundo pra conseguir? Daí vem outra grande discussão: o que está na contramão disso, em nós.
Passou 4 minutos e minha mente tá parecendo boca de fumo
Eu iria propor outro experimento para complementar:
A Mary após sair do quarto, iria se encontrar na frente de vários quadros inteiros pintados de várias cores e teria que dizer qual delas é o vermelho (sem nenhum objeto associado a nenhuma das cores). Com o resultado deste experimento, poderíamos dizer tanto se o fisicalismo ajudou ela a saber qual cor era a vermelha e também poderíamos saber se ela aprendeu algo novo tendo que comparar cores diferentes e utilizar seus conhecimentos para adivinhar qual era a vermelha.
Percebo que esse experimento seria bem diferente do Quarto de Mary, pois dependeria de uma resposta final para que se prossiga. Mas mesmo assim, poderíamos analisar diferentes respostas e tentar entender quais fatores levariam Mary a ter escolhido qual quadro
se ela puder neste seu experimento usar um prisma pra dividir a luz branca, pelo know-that dela ela iria identificar pela ordem dos feixes de luzes qual era o vermelho e identificar no quadro, agora só olhando um monte de cores... dificilmente, ela tambem podeira medir o comprimento de onda das cores do quadro... mas ela nao riria advinha, quem tem conhecimento nao precisa advinhar a cor e sim descobrir por meio de experimentos somado ao conhecimento dela
@@alixbastos Sim sim, essa poderia ser uma das resoluções pro experimento
@@alixbastos mas aí surge a pergunta: ela precisaria saber como são as outras cores no espectro pra poder resolver o problema dos quadros?
O fisicalismo nunca iria ajudar ela porque a ciência uma cor nova ocorre em primeira pessoa. Eu não posso te falar como ou o que é azul se você é cego.
@@lucasgotardo4919 não precisaria. Se ela sabe qual é o comprimento de onda do vermelho, ela saberia que todos os outros comprimentos não são vermelho, mesmo sem saber quais cores são.
Ótimo vídeo, Pedro.
A produção está impecável, parabéns a toda equipe, trabalho excepcional!!!
Eu não conhecia esse experimento e achei interessantíssimo, lembrei em partes da temática de Schopenhauer em sua obra Die Welt als Wille und Vorstellung (o mundo como vontade e representação), que fala sobre cada indivíduo ter sua própria noção de realidade baseada em suas funções cognitivas e experimentações e que, na relação sujeito-objeto, existe uma separação explícita do que é físico e do que é conceito.
Excelente vídeo, como sempre, Pedro!
Se a maçã fosse verde? Quem nunca enxergou possui algumas dessas premissas, em seu cotidiano. Fantástico!😊
Eu estou me graduando em Psicopedagogia, e o centro dos meus estudos é a Aprendizagem, então acho que eu posso fazer algumas contribuições aqui na pergunta 4:10, eu sempre presumo que esses questionamentos muito difíceis de se responder são devido a ambiguidade ou subjetividade das palavras que compõem a pergunta, nesse caso, ela "Aprendeu algo novo?" requer saber, o que afinal é "Aprender"? E por isso que eu vou tentar responder aqui, baseado nos meus estudos que eu tive até então no meu curso.
Muitos autores tem diferentes ideias sobre o aprender, Piaget, por exemplo, diz que esse processo consiste na equilibração, assimilação e acomodação, não vou entrar em detalhes, mas acredito que no caso de Mary, ela estaria "Acomodando" a um de seus "Esquemas"(também faz parte da teoria dele), a informação da cor vermelha que ela viu pela primeira vez, então nesse caso, sim ela aprendeu algo novo.
Já para alguns outros autores, como os Comportamentalistas (que vem da área de psicologia), pode-se citar Skinner como exemplo, a aprendizagem consiste em uma mudança de comportamento por parte do sujeito, ou seja, se ele aprende que colocar a mão no fogo queima, haverá uma mudança de comportamento buscando evitar isso nas próximas experiências relacionadas ao fogo, e nesse caso, acredito que por ela possuir TODAS as informações sobre o vermelho, incluindo objetos(como placas, associações a sentimentos, etc...), acredito que experienciar subjetivamente a cor vermelha, a Qualia, não alteraria seu comportamento diante dessa cor, então nesse caso, não haveria aprendizagem.
Assim como tudo na vida, depende do ponto de vista que você escolhe observar um fenômeno, mas no meu ponto de vista pessoal, eu realmente acredito que ela aprenda algo novo ao ver a cor vermelha pela primeira vez.
Eu acredito que ela aprenda também mesmo que não seja vista por outras pessoas, a sensação de ver a cor pela primeira vez pode não ter mudado seu comportamento mas sim seu cérebro, suas emoções, sua forma de ver o mundo, algo assim, acredito que cada um tem um ponto de vista ao ver cor pela primeira vez, imagine ficar 30 anos vendo em preto e branco e em um instante visto uma paisagem com todas as cores que o ser humano consegue enxergar, ela pode ter mudado internamente.
Também filosoficamente né?,imagine que você estudou e se aprofundou em algo desde de que se entende por gente,mas nunca experenciou por si só.ela também deve ter mudado a forma como enxerga a si mesma.muito bom os comentários 👏👏👏
Já eu acredito que o comportamento de Mary, ao menos na primeira instância, ficaria bem mais "infantil" e empolgado ao experienciar vermelho, já que seria uma sensação completamente nova sobre algo que ela pensava saber inteiramente.
Eu só discordo da parte sobre comportamentalismo. Uma mudança de comportamento não é necessariamente evasiva. Cores inevitavelmente geram reações que partem diretamente da experiência direta (qualia) da exposição a elas. Um exemplo simples de mudança de comportamento é "gostar" ou "não gostar" da cor - assim como alguém pode descrever um prato que parece maravilhoso, mas na hora de experimentar isso não se encaixa nas nossas expectativas, é inevitável que alguém tenha algum veredito ao ver uma cor pela primeira vez. Mesmo se ela acreditasse que gostaria da cor e de fato terminasse gostando, ainda assim existe uma mudança de um campo de dúvida para uma certeza.
Msm no segunda caso ela esta aprendendo, já que ela agora sabe identificar a cor sem precisar de nenhuma medição, antes td era preto e branco então em teoria ela so conseguia dizer as cores ao medir as ondas eletromagnéticas refletidas por cada objeto.
Sou portador de TEA e as cores sempre foram, para mim, um fator fundamental para uma identificação sensorial e emocional do meu mundo. Opino que para a Mary o vislumbre do "Vermelho" tenha sido algo inusitado para ela a ponto de ter que rever seus conhecimentos; como um meio de aceitação e assimilação do objeto revelado.
Acompanho o canal há um bom tempo já e nossa, a produção tá cada vez mais afiada ein! O conteúdo, desde o início, sempre muito bem preparado, explicado de maneira didática e incrível! Pedro, sou muito teu fã cara! Hahahaha
Pedro, muito obrigado! Estava falando ante-ontem com minha filha sobre exatamente isso...que é impossível alguem, por mais detalhe que seja dado, explicar a outra pessoa o que se sente. Ela também ficou fascinada por essa ideia, e realmente é incrível. Particularmente não conhecia esse experimento, mas confesso que desde que tinha 12 anos sempre me perguntei porque algumas pessoas gostam de certa comida e outras nao. Tudo bem, no geral elas provavelmente sentem a mesmo "gosto-base", mas será que as que as que não gostam sentem um leve sabor incômodo que as outras nao sentem? Muito curioso! Ótimo assunto. Parabéns como sempre!
Só video de qualidade premium, uma honra assisti-los de graça.
Adorando esse formato novo, mais cinematográfico!! Cada dia melhor 🔥🔥🔥
Eu acho que nós humanos somos mais do que só conhecimento, existe o fator felicidade de experiênciar algo novo, mesmo já sabendo exatamente oque aquilo era sinto que isso intrigaria mais ainda o individuo sobre a cor vermelha, e é assim que você instiga um humano a continuar tentando evoluir racionalmente, e pra cada pessoa existe diferentes coisas que fizeram com que ela aprendesse algo novo. Aprender racionalmente é algo considerado cansativo pro cérebro, ou seja, existe um fator maior de processos no cerebro e gasto de energia, ou seja: experiencias são a unica coisa que mantem os humanos a tentar buscar mais e experienciar mais, pra aprender mais. Filosofei forte
cara, todo video que eu vejo do pedrão... repito, TODO VIDEO... eu fecho o video e fico quase 20 minutos refletindo cara... 3 HORAS DA MANHA E ESTOU REFLETINDO SOBRE O VIDEO... esse cara é simplesmente incrível
Vídeo impecável!
Algo a se questionar nesse experimento é: Qual foi o processo de aquisição de conhecimento da Mary, antes de vivenciar a cor vermelha? Caso ela seja onisciente sobre o assunto, então de fato não aprendeu algo novo pois já teria experimentado a a sensação de ver o vermelho mesmo sem nunca ter visto. Porém, caso ele tenha passado pelo processo de aprendizagem desse conhecimento ai sim ela teria aprendido algo novo, pois, neste caso o aprendizado é um processo de vivencia e ela ainda não teria vivenciado o encontro com a cor vermelha e o que/como é ter essas sensações.
Acho que onisciencia não se aplicaria, chega a ser contra intuitivo pensar ter a experiência sem nunca ter visto, já que é requisito da experiência ter visto, sentido ou vivido algo. É o que define a palavra. No caso da onisciencia, teríamos que assumir que ela já viu o vermelho. Isso tudo claro no meu ponto de vista 😃
Acredito que ela aprendeu algo novo sim. A partir do momento em que ela viu o objeto vermelho, o cérebro dela recebeu essa informação pela visão, e isso gerou potencial de ação para excitar neurônios que formariam engramas para associar o conhecimento teórico com essa experiência de ter visto a nova cor. Portanto uma nova memória foi criada, ou seja, um novo conhecimento
Isso é como contar um spolier de filme pra alguém,a pessoa vai saber oq vai acontecer e existe o cenário q ela vai exagerar a situação e se decepcionar ou subestimar e ainda se surpreender. Em ambos os casos ela aprendeu alguma coisa q n imaginava ou pelo menos n imaginava o todo.
Sim, estava pensando a mesma coisa. A cor como experiência visual foi alocada como informação no cérebro dela, isso pra mim conta como nova informação/conhecimento.
Eu entendo que a imagem do vermelho também é uma informação, mas somente porque atualmente existe uma limitação humana de como "informar alguém" como é a imagem do vermelho, é uma falha de passar a informação de forma 100% precisa e isso ocorre pois o ser humano é limitado, a pessoa precisa experienciar por si mesma.
Em relação a relevância da informação, eu acredito que o mais indicado seria mostrar 50 cores que a Mary nunca viu juntamente com a vermelha de uma vez só e pedir para ela apontar para o vermelho com base nas informações que ela tem, se ela apontar para a cor correta, então a informação da experiência visual não se tornará mais relevante, mas não penso que isso seria possível pois ainda acredito nessa limitação humana.
@@thiagopereira3054 Não acredito q essa possibilidade de suprir a Mary com várias informações capazes de fornecer a definição de vermelho eliminasse o fato de que experiênciar a cor vermelha geraria informação. Ainda que dentro do seu laboratório fechado ela fosse capaz de induzir sinais elétricos associados a experiências de ver a cor vermelha, isso ainda assim geraria uma informação associada a experenciar a cor vermelha, pois, do ponto de vista cerebral, ver a cor vermelha ou receber impulsos no cerebro que te permitam "visualizar" a cor vermelha são a mesma coisa.
@@Hayatto Ainda acho que no caso de ver uma cor deve ser impossível se decepcionar kkkkkk imagina ver um espectro de luz diferente? deve ser muito loucoooo
Aprendeu a utilizar a visão para identificar de forma rápida e quase sempre muito eficiente, o vermelho dentre outras cores sem a necessidade de nenhuma ferramenta ou análise mais aprofundada.
Sobre a pergunta eu acredito que sim, partindo do pressuposto que aprender é ter uma perspectiva nova sobre algo. Por exemplo eu posso ver vários jogos de futebol, mas somente jogando irei aprender a quantidade de força necessária para executar diferentes passes.
A Mary aprendeu algo. Sei lá. Não importa se ela sabe tudo sobre, ela não tinha visto ainda.
Mas se ela sabe tudo sobre, ela sabia como era ver a cor vermelha
@@nubaheaper Ela sabia como que era a cor vermelha, mas a prática e a teoria são coisas distintas. Por mais que tu possa prever todos os resultados de alguma ação, mesmo que a previsão seja exata, a experiência da prática de tal ação agrega ao conhecimento, logo o conhecimento não é completo, até que seja feito na prática. Não acha?
@@nubaheaper Só se ela fosse um robô. Acho que nós seres humanos temos uma limitação natural. Acho que ver uma cor sem contexto pra Mary deve ser tipo ouvir um som aleatório pra nós que não temos ouvido absoluto e ter que falar qual é a nota. Eu sinceramente não acredito que tenha como identificar a nota só "sabendo tudo sobre sons"
@@nubaheaper sabe tudo sim só não sente nada sobre
É a mesma coisa que passar a vida inteira estudando o que acontece com o corpo humano quando ele se estraçalha contra o chão quando cai de um prédio, a velocidade, o tempo de queda, qual altura é letal e qual tem chance de sobrevivência MAS não saber o que é viver essa situação
Se não ficou claro dessa maneira pode deixar que eu te empurro :)
@@mi_schmidt entao ela não sabe tudo
Melhor canal do TH-cam Man, esse cara me faz gostar de física, minhas notas até melhoram, tirei a maior nota em física Man 😂😂vlw Pedro Tmj, continua passando teu conhecimento pra nós😌
Parabéns mano
@@hugoluiz_11 vlw kskssk
Ótimo vídeo, Pedro e toda a equipe do Ciência Todo Dia!!! Parabéns!!! O aprendizado se faz pelo conhecimento físico e por nossas experiências, vivências e pelo treino. Pode até ser que alguns aspectos do conhecimento humano possam ser adquiridos única e exclusivamente pelo conhecimento físico (Fisicalismo) mas, em última instância, a nossa experiência, nossas convicções, a forma como observamos o mundo, somado às nossas crenças, acaba por "modificar" o conhecimento físico e, sim, a Mary aprendeu algo novo e surpreendente.
Toda essa experiência é muito útil no processo de ensino aprendizagem nas escolas e salas de aula. Conteúdos maçantes são jogados aos alunos como se o que importasse fosse apenas o "saber - que" (know-that), mas o "saber-como" (know-how) é muito mais palatável e passível de despertar nossa curiosidade, então utilizar um para explicar o outro parece uma forma mais inteligente de passar todo esse conhecimento, uma vez que quem vai recebê-lo estará mais aberto a de fato dispensar energia cerebral para interpretá-lo.
Nesse canal em alguns momentos viajamos para o inimaginável limite da expansão do universo e de repente mergulhamos de ponta dentro de nós mesmos...RS... mas em específico neste vídeos percebi uma explicação lógica para o que chamamos de fé...
O Pedro ensina tão bem que sempre que assisto os vídeos, parece que eu domino totalmente o assunto e só tô trocando uma idéia sobre, mesmo nunca tendo nem ouvido falar dos assuntos que ele traz.
É tipo os outros espectros da luz como infravermelho que a gente não é capaz de ver e mesmo sabendo tudo sobre essa frequência eletromagnética não somos capazes de imaginar uma cor e nem se quer pensar em como seria ver esse espectro no dia a dia usando apenas nosso conhecimento e imaginação.
Eu acho que sim pois para aprender algo complexo ou interessante você precisa em muitas vezes vivenciar aquilo ou aquele para aprender sobre o assunto, é como uma pessoa em cativeiro por anos ela saindo de lá vai aprender coisas sobre o mundo, sobre as cores, sobre tudo. Aprender na prática é vivenciar na literatura é estudar então pelas informações encontradas nesse vídeo podemos afirmar que Mary aprendeu na prática sobre o mundo e sua ambientação de cores que vemos todos os dias." A vida não é aprender é viver aquele momento"
Cara, seu canal, seus vídeos, seus temas e conteúdos são de uma qualidade absurda. Da pra ficar horas e horas imerso, vidrado, assistindo aos seus vídeos. Poucos canais me prendem assim. Excelente trabalho!!!
Esses vídeos do Ciência Todo Dia são sempre interessantes!
CONCORDO TOTALMENTE
Acredito que ela aprendeu sim. Assim como a fé e a esperança não sendo algo palpável mas sabemos o que é, quando vivenciamos superações e a coragem interna de seguir para o alvo de nosso destino, temos a fiel certeza e convicção de que algo reside dentro de nós que nos impulsiona a continuar na batalha, seguir na luta de ganhar, de sermos melhores. Não é algo palpável...não vemos mas sentimos, e quando sentimos temos a noção de que algo além do físico existe.
"A fé ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos"
Excelente apresentação, bem didática. Pedro vc poderia ser apresentador de TV e de documentários. Ou criar documentários e vendê-los para Netflix, Discovery, Paramount, Amazon etc. Parabéns pelo canal.
Cara, que vídeo incrível! Parabéns a todos da produção! Além do assunto ser muito interessante a apresentação está impecável.
Msm acostumado a ver seus vídeos a anos quando vc vem com um novo tema, uma nova linguagem, científica... Antes de ver o vídeo já penso "será que vou entender, vai fritar meu cérebro" e me surpreendo o quão é acessível a linguagem que vc usa para explicar temas que o público geral que gosta de ciências nunca tinha ouvido. Há se as escolas fossem assim com certeza atrairia muito mais intesses! Parabéns e sucesso Pedro!
Garoto, você está abrindo portas para muitas pessoas. Parabéns pelo seu canal. Continue lançando a luz do esclarecimento sobre assuntos científicos, de maneira simples e natural. Abraços.
"Tem coisas que se entende, não se aprende!" Digo essa frase a um bom tempo quando tem algo que sei que não consigo explicar para outras pessoas, acredito que o fenômeno que ocorre neste experimento está relacionado. Sem nenhum embasamento, mas acredito que nosso cérebro trabalha com assimilação, e a sensação experimentada pelo Mary estaria ligada ao fato de esclarecimento e analogia criada com aquela informação que já tinha, uma ligação do conhecimento com a experiência.
Um exemplo é ter visto um celta preto e um corsinha amarelo, através dessa bagagem adquirida através da experiencia posso imaginar um celta amarelo, mesmo sem ter visto um, e quando ver, terei a sensação de esclarecimento da expectativa. Um outro exemplo pode ser vista através de teorias cientificas que são trabalhadas em cima de hipóteses, teorias e matemática aplicada para sua construção e somente depois de certo tempo são realmente provadas e experimentadas, Einstein entende sobre isso!
Minha conclusão é: Ela não aprendeu nada, somente assimilou e calou sua curiosidade de experienciar aquele conhecimento, está ligado a sensações biológicas experimentadas, que pela explicação nos comovemos e sentimos uma nota desse sentimento, porem na ótica epistemológica, ela não aprendeu nada novo!
Acho que ela aprendeu algo novo sim, ainda que esse tipo de conhecimento "não seja relevante", como vc disse no vídeo, para salvar o fisicalismo.
Me lembrou a postura das ciências médicas que há algumas décadas diziam que o conhecimento da medicina indigena era irrelevante (por não corresponder ao método científico), e hj procura extrair todo o conhecimento dos pajes para entender como a biodiversidade de uma floresta pode produzir medicamentos importantes
Importante lembrar que muitos medicamentos foram criados a partir de estudos advindos de conhecimentos de nativos de suas respectivas áreas.
Quanto ao questionamento da Mary aprender algo novo ao ver a cor vermelha pela primeira vez --> Acredito que sim. Há coisas que só conseguimos internalizar, seja parcial ou integralmente, por meio da experiência direta. Além disso, a nossa interpretação da realidade também está condicionada às nossas experiências.
Filosofia no ciência todo dia sempre é fenomenal, mas esse é meu favorito dem dúvida, fala desde experiências subjetivas até a filosofia lockiana...
Muito bom!
Para acreditar no fisicalismo é necessário acreditar que o conhecimento humano é apenas uma chance do acaso. Você não aprende algo por ter estudado e se esforçado. Você aprende algo novo por que aleatóriamente abriu um livro, aleatóriamente olhou para os traços que compõem as letras, aleatóriamente isso fez sentido para você e assim por diante... Sem contar que este livro foi escrito por processos aleatórios também.
Adoro seus vídeos! Parabéns pelo excelente trabalho 👏🏼👏🏼👏🏼
Quanto a minha resposta... Bem, acho que o conhecimento é um todo, tanto físico, quanto subjetivo. As experiências complementam o saber objetivo. Assim, ao vivenciar algo novo, ver os diferentes tons de vermelho - fora todo o restante de cores, sons e cheiros - novas conexões entre os neurônios são formadas e, neste sentido, Mary aprendeu algo novo. 😊
Acho que você não entendeu nada. A questão é que sem as sensações subjetivas e conscientes não há um conhecedor, não há uma mente. Tudo que há é acúmulo de dados sem sentido, pois não há quem os interprete. É por isso que as IAs não estão se aproximando de se tornarem humanas: elas não têm sensações conscientes, apenas processam dados sem saber o que estão processando, já que não há ninguém para saber, não há mente, não há individualidade, pois não há consciência, entendeu? Essa é a grande questão! As sensações conscientes indicam uma mente consciente, um conhecedor. Sem elas só há dados vazios, que não fazem sentido algum em si mesmos.
@@mariaalicedaniapedroza3667 obrigado, vc esclareceu mt coisa pra mim
@@mariaalicedaniapedroza3667 eu não entendi uma coisa: a mary antes se sair do quarto não seria uma mente conhecedora capaz de interpretar os dados que tinha, mas ainda assim desprovida de sensações conscientes e subjetivas? Nesse caso haveria vários dados sendo interpretados por uma consciência e, ao mesmo tempo, ausência de sensações conscientes e subjetivas
@@brunohenrique9746 Por nada! Disponha!
@@brunohenrique9746 Essa história dá apenas como exemplo uma das sensações subjetivas possíveis - a de cor. O que está sendo dito é que sem a sensação consciente não há conhecimento: temos apenas coleta da dados, como um computador. O fato de Mary ter outras sensações conscientes me parece que não é o ponto aqui.
Parabéns pela aula de filosofia!
que qualidade de vídeo FODA, explicação muito dinâmica
Pedro. Faz um sobre o problema de Gettier. Vai ser otimo complementar este video. Fica a dica. Parabens pelo video
Salve, Pedro !!!
Como sempre, você apresentando novos caminhos do conhecimento e nos instigando com as dúvidas !
Em resposta à tua questão, eu digo: não, a Mary NÃO aprendeu algo que ela NÃO sabia sobre a cor vermelha...
Mas acho que ela EXPERIMENTOU algo que ela nunca havia experimentado antes sobre a cor vermelha !!
E renovo meus cumprimentos pelo canal, de longe, o mais bacana sobre divulgação científica !!!
Ela não aprendeu algo sobre o vermelho, mas ela conheceu algo novo. Ela sabia tudo sobre o vermelho, mas ela não fazia idéia de como é.
Acredito que sim, pois mesmo sabendo de várias coisas quando você interage com essas coisa a experiência e diferente. Um exemplo é quando você ler um livro de terror e gosta da sensação de medo, mas é outra coisa quando você vai numa casa assombrada ou e perseguido por um psicopata.
Ela aprendeu tudo que estava ao alcance dela
Os vídeos do canal estão melhorando cada vez mais
Quem mais achou que a Mary existia e não era um experimento maluco?
Vou falar de uma questão também sensorial, a audição. E também do conhecimento físico e de aprendizagem. Sou surdo, autista, tdah e tenho superdotação, mas vou falar apenas da surdez. Eu nasci surdo, perda profunda, e a partir dos 7 anos comecei a usar aparelhos auditivos que não me permitiam ganho, apenas percepção sonora. Aos 31 anos fiz a cirurgia de implante coclear e passei a ouvir de forma biônica. Ao ouvir com o implante pela primeira vez, eu notei um som muito diferente do que eu estava habituado a ouvir, pra mim era um som metálico. *Conhecimento físico, eu sabia de som metálico pelo fato da vibração metálica que estudamos em física no ensino médio quando o som reverbera em ondas. Essa percepção a partir de um conhecimento físico, mas o conhecimento prático experimental me permitiu outro aprendizado. Uma clareza quando se junta o conhecimento teórico completo com o conhecimento prático. Então sim, há um aprendizado.
Pedro, continue crescendo, seu alcance não tem limite, sua edição e tudo oque você representa no momento é impressionante, parabéns
Ela aprendeu o que sentir quando vê a cor vermelha.
Novamente, meus parabéns pelo excelente trabalho! 👏🏼
Agora, sobre a discussão a respeito do experimento, acredito que o saber-que é de suma importância, mas se torna incompleto sem o saber-como...... objetividade e subjetividade se complementam, na minha humilde opinião.
Por isso eu acredito que a Mary aprendeu algo novo sim, embora não precisamos necessariamente descreditar o fiscalismo.
Excelente! Concordo em tudo
Meu vestibular de filosofia, na redação o tema era sabedoria e conhecimento..... Colocando tudo que eu expliquei em "ciências físicas" assim falando, é exatamente tudo que vc disse.... Parabéns demais pelo vídeo
Ela no mínimo adquiriu a capacidade de produzir novos conhecimentos sobre o fenômeno a partir da experiência. Por exemplo, se fizermos uma analogia com o Amor vamos entender melhor. Ela poderia saber tudo sobre o amor: reações fisiológicas, alterações químicas no cérebro, conhecer todos os livros, poemas e músicas que falam sobre o amor. Porém, só quando ela vivenciar o amor é que ela genuinamente poderá escrever seus próprios poemas sobre ele ou até descobrir reações na mente e no corpo até então não descritas pela ciência. Ou seja, ela poderá criar novo conhecimento sobre o assunto a partir da experiência própria.
Pelo próprio vídeo, Mary não tinha o conhecimento "Qualia", uma vez que nunca tinha vivenciado a experiência de, efetivamente, ver a cor vermelha. Então, sim, Mary aprendeu uma coisa nova; ela adquiriu o conhecimento Qualia da cor vermelha.
Mas ai é que está ! O Qualia é conhecimento ? Serve para algo ? Na minha opinião não, não serve para nada. Não é conhecimento, não agregou nada que ela já não sabia sobre a cor, ela apenas teve uma experiência subjetiva, mas que no fim das contas não muda absolutamente nada, ela poderia entender tudo sobre a cor vermelha sem nunca ter visto ela, assim como nós não vemos o infra vermelho mas utilizamos ele para inúmeras aplicações no dia a dia, e ver ele ou não simplesmente não faz a menor diferença.
@@cvmytbl9256 claro que serve, imagine que a primeira interação da Mary fosse com uma bomba cheia de fios coloridos jogada no quarto. A bomba vem com uma instrução ‘para se salvar, corte o fio vermelho’. Sem ter visto a cor vermelha em um objeto que ela já sabia ser vermelho, ou seja, sem ter o conhecimento qualia, como ela saberia qual daquelas cores que ela nunca viu antes é o vermelho?
@@aurioneto Através das frequências de onda emitidas por cada uma das cores. A qualia é apenas a interpretação do nosso cérebro para a determinada frequência, se chega a frequência "x" nos nossos olhos enxergarmos vermelho, a qualia é apenas o vermelho, mas a Mary sabe tudo da cor e sabe que cada objeto emite ondas de frequências distintas, ela saberia distinguir a cor, só não exergaria o vermelho que nós enxergamos.
Assim como nós distinguimos o infravermelho do vermelho e nem por isso enxergamos os dois. Sabemos tudo sobre o infravemelho e nunca vimos ele e ai é que fica a questão, ver o infravemelho faz alguma diferença na nossa vida ?
@@cvmytbl9256 mas sem um medidor de frequência, como ela vai saber qual é o fio vermelho?
@@aurioneto E quem disse que ela não pode usar o medidor ué ? Kkkkkk
3:33
"E vc tbm n"
YT: *Comercial* IFood !!
juro literalmente foi isso
Um prazer e nostalgia assistir esse video, lembrar das aulas de Lógica na graduação em filosofia, ver as estruturas dos silogismos e os seus problemas na teoria do conhecimento, para entender também a construção argumentativa de como e o que se diz sobre as coisas... Obrigado!
Eu comparo isso a quando vou viajar para algum lugar que ainda não conheço pessoalmente e, antes de ir, pesquiso tudo que posso sobre o lugar, utilizando inclusive o Google Street View para ver o hotel em que vou ficar, passear pelas ruas do entorno, fazer todo o trajeto virtual dos locais que quero visitar, etc. Quando eu chego fisicamente no local, sinto como se já tivesse ido lá, e pouca coisa me surpreende ou, às vezes, nada. Apesar disso, gosto de viajar, mas fica aquela sensação de estar indo mais para constatar que o que eu tinha estudado, visto e lido, está de fato correto. Assim, acho que a resposta para a pergunta do vídeo é: Não. Não houve aprendizado, mas apenas a experiência da constatação de ter a prova real do que Mary já sabia.
a marry tecnicamente n ´´ aprendeu´´ nada de novo, porem ela vivenciou a cor vermelha
Eu estava conversando com um amigo meu, teologo, que sabe muito o know that sobre teologia, porem ele é ateu e nunca se deu o trabalho de experimentar, vivenciar e praticar a fé (know how), e acho que um cientista estudioso para constatar algo de forma eficaz é necessario realizar todos os experimentos possiveis, sem qq tipo de pre-conceito e aberto ao mundo de possibilidades.
Eu vejo esses vídeos por diversão, e eu me divirto bastante, é um grande canal e está ganhando um alcance gigantesco... Muito bom trabalho!
4:10 Na minha opinião, ela aprendeu algo novo, pois ela sabia tudo sobre a cor vermelha, sabia até como as pessoas sentiam ao ver a cor vermelha, mas ela nunca tinha sentido. Por exemplo, eu sei que ao andar numa montanha russa vou sentir adrenalina, mas quando ando pela primeira vez eu finalmente sinto a adrenalina, aprendendo como é sentir aquilo, porque eu poderia saber que o coração acelera mas quando ele finalmente acelera aprendo algo novo, aprendo como me sinto com o coração acelerado. É, é só isso.
Basicamente você estaria experenciando uma nova sensação ao ver ou sentir algo. Então adquiriu algo novo.
@@hrtfhaebhkfyasyfvjse Exatamente, o canal agora deveria ser filosofia todo dia
Eu acredito que isto sejam diferentes tipos de conhecimentos, a Mary tinha conhecimento científico sobre o vermelho e depois que ela viu ela adquiriu um conhecimento tácito e empírico sobre o vermelho. Portanto, se ela adquiriu um novo conhecimento ela aprendeu sim.
Interessante, vi sobre isso pela primeira vez no canal do Ludoviajante, mas ouvir de forma mais aprofundada também é bem legal
Esse canal é incrível ele faz eu querer estudar sobre a ciência sem parar o dia todo sem dúvidas o melhor canal de todo
Eu acho que tem um erro nesse experimento, ver a cor vermelha é físico, experienciar não deixa de ser algo físico.
Sou daltonico vejo so em tons de preto e branco e realmente sei todas as cores mas nunca vi ela so por pessoas toque testura e referências tipo maça vermelha banana amarela
Vi muitos comentários mas poucos se referem aos quale, acredito que isso se dá pelo uso da palavra "Aprender", que leva a pensar em conhecimento e qualia não é bem um conhecimento linguístico logo talvez a melhor forma de expressar seria perguntar: "ela ganhou uma informação nova no cérebro dela?", ao qual de certa forma sim, a experiencia da "Vermelhidão do vermelho" que eu diria ser quem sabe uma conexão única entre diferentes fatores e partir dessa conexão formada entre certas coisas emerge a vermelhidão do vermelho como qualia, mas isso ainda mantem essa conexão como sendo algo completamente singular impossível de ser replicado.
Achei perfeito o vídeo, para mim, explica algo muito além, como Deus, uma incógnita que muitos creem com base na experiência que só eles tiveram, e muitos outros que passaram a seguir depois da "experiência de conhecê-lo".
Na minha opinião, todo conhecimento físico pode descrever algo, mas para o ser humano nem tudo é físico.
Sim ela aprendeu algo novo! Se ela visse outro objeto vermelho apenas a olho nu, do qual ela não conhece, ela não saberia que aquela é a cor vermelha, porque o cérebro dela não tem essa associação. Então ao associar a maçã a cor vermelha, ela aprendeu a identificar a cor em outros objetos
*Sim, a mary aprendeu algo novo, pq o conhecimento físico é algo q só pode ser compreendido e adquirido através da experiência física.*
4:16 sim ela aprendeu algo novo, já que experiência e algo teórico são coisas diferentes
Após todo vídeo explicando formei uma primeira opinião;
Para ficar fácil de explicar, acho que a o saber como seria mais eficaz do que o saber que, diariamente executamos tarefas sem fazer o questionamento do tipo “ como isso funciona?” Ou “porque tem que ser dessa forma ?” E mesmo assim as tarefas são concluídas, você pode fazer esse experimento indo em uma padaria, e pedindo um pão na chapa, você terá uma experiência deliciosa com aquele pão Quentinho , manteiga derretida super saborosa, mas se levar um bloco de notas e procurar o padeiro perguntar “porque e como acontece o processo de fermentação da massa do pão” ou como funciona todo sistema de gás e aquecimento do forno e até mesmo porque tem que ser aquela temperatura expeficifica pro pão ficar crocante “ ele muito pouco provavelmente va saber, então o vermelho só é vermelho pq olhamos o vermelho. Não sei se fez sentido minha opniao mas queria participar 😊
Você conhece a Mary?
Não acredito!!! Pra quem estuda filosofia, mesmo sem ser em graduação, já conhecia esse experimento. É incrível como o conceito de qualia atua
Ela com certeza aprendeu algo novo.
Existem ramos em que o conhecimento se divide, e o conhecimento técnico-científico é apenas um desses ramos. Nós possuímos o conhecimento moral e instintivo que já existem dentro de nós antes de nós nascermos de fato. Um bebê não precisa aprender a mamar, a chorar ou a dormir, ele simplesmente sabe como fazer isso, e é por isso que não conseguiríamos ensinar uma suposta criatura inteligente que nunca experienciou o ato de mamar, chorar ou dormir. É algo puramente subjetivo. Eu introduzi o que eu chamo de pressuposto inconsciente, ou pressuposto sensível.
Não há pensamento que não esteja preso a algum tipo de pressuposto. O ato de pensar é um ato que se escraviza a alguma lei; ele é ligado por essa lei de tal forma que jamais pode se separar dela. A criança conhece instintivamente o ato de chorar e pressupõe inconscientemente que esse ato possui algum significado e que pode levar a algum fim. É por essa mesma razão que um camaleão muda a sua cor para se adequar ao ambiente ao redor, porque ele pensa, e em seu pensamento pressuposto, inconsciente e instintivo, chega à conclusão de que ele deve se camuflar modificando a sua coloração original.
No caso do conhecimento científico, nós partimos de pressupostos conscientes. Nós sabemos que um mais um é dois porque aprendemos de forma inteligível e consciente que de fato é assim, e partimos do pressuposto de que essa é a forma correta de se calcular. Ao mesmo tempo, diferentemente da experiência inconsciente que leva o bebê a chorar, eu não tenho como experienciar sensorialmente a matemática; não dá para sentir o toque, o gosto ou o cheiro da matemática. Eu a conheço porque parto do pressuposto de que ela existe no mundo intangível, e eu determino que ela deve ser da forma que é. Eu chamo isso de pressuposto determinista.
O ponto é que os pressupostos não se diminuem ou anulam uns aos outros. Existem níveis de conhecimento que só podem ser acessados pelos pressupostos que eu inconscientemente sinto e existem outros que só podem ser acessados pelos pressupostos que eu conscientemente determino. Saber que pensamentos nascem de pressupostos e que o conhecimento é fruto dessa relação nos ajuda a entender melhor como funciona o homem e por que existem tantas diferentes formas de pensar.
No caso da Mary, ela possui todo o conhecimento possível a respeito do conhecimento nascido do pressuposto determinista, mas é completamente ignorante quanto ao conhecimento do pressuposto inconsciente e sensível.
By the way, é por isso que um Sorcerer não poderia ensinar um Wizard a castar uma Fireball. Ele só sabe instintivamente como conjurá-la. Ele não podeira ensinar o Wizard a castar a Fireball assim como não poderia ensinar alguém que acabou de ganhar pulmões a respirar o ar que ele respira todos os dias. Como ele nasce sabendo respirar, ele não consegue compreender todo o mecanismo instintivo da respiração, e nem poderia explicar como ele mesmo consegue respirar.
Acredito que sim Mary aprendeu algo novo e que já foi contextualizado no inicio do video, uma parte subjetiva anteriormente dada de forma totalmente objetiva, Mary descobriu uma nova forma de ver o mundo. É como uma nova dimensão a partir de outras ja conhecidas.
Sobre o momento que Mary vê uma maçã, lembrou-me uma fala do personagem de Robin Williams em Gênio Indomável (que tal um vídeo sobre os gênios instintivos?) que ele diz para Matt Damon que ele não sabia o que era sentir o cheiro e a luz da Capela Sistina só de ler em livros. Dentro dessa perspectiva o conhecimento também tem o componente sensorial, imagino.
Pedro faz um vídeo sobre a confirmação da ignição para a fusão nuclear! Será o começo de uma nova era com essa fonte de energia limpa
Eu acredito que o conhecimento de uma experiência apenas sua,é exatamente esse crescimento interior.
Você aprende mais sobre si mesmo,sobre seus sentimentos. Então mesmo que a Mary saiba tudo sobre a cor vermelha,nesse dia ela aprendeu algo novo; Oque a cor vermelha desperta nela.
Eu acho que em uma discussão como essa é importante ressaltar até onde vai o fisicalismo, o subjetivismo não é algo além do fisicalismo, pois o mesmo pode ser explicado por conceitos biológicos, a neurociência, a eletrodinâmica, etc...
Se fosse para ter todo o conhecimento relacionado a cor vermelha como é o caso de Mary, além de todos os processos físicos e químicos relacionados a essa cor, Mary também teria de saber a maneira como tal conceito interage com os mecanismos biológicos do seres vivos, INCLUIDO O DELA. (e no caso a única forma disso seria indo ao parque)
Ou seja, se for para considerar que uma pessoa tem total conhecimento sobre a cor vermelha ela sabe não só como ela a enxerga, mas também como qualquer outra pessoa ou ser.
O subjetivismo está interno ao fisicalismo e não separado.
Pelo menos essa foi minha interpretação, adorei o vídeo!
Resumindo: eu acredito que é falho afirmar que ela já havia todo o conhecimento "físico" sobre a cor vermelha, logo ela aprendeu algo novo sim. Mas isso não deixa de ir contra o conceito do fisicalismo, já que tal experiência subjetiva apenas o complementa.
Se partirmos do principio que todo conhecimento se advém da experiência, mesmo que ela tenha desenvolvido um saber racional sobre a cor vermelha, ela só conheceu a cor vermelha quando foi impactada sensivelmente por esta. Agora se partirmos do principio que o conhecimento é algo composto não só pela sensibilidade mas também pela razão, onde cada tipo dessas faculdades nos possibilitam conhecer determinadas propriedades dos objetos, ela já conhecia o vermelho, conhecia as propriedades que a razão dela possibilita que ela conhecesse, e ao ser impactada pela cor vermelha sensivelmente, ela passou a ter conhecimento de outras propriedades da cor, que ela não tinha acesso apenas pela razão. A minha ontologia e epistemologia, me levam a ter a segunda ideia de conhecimento, como a mais adequada. Me parece evidente a existencia de propriedades nos objetos que só são acessiveis pela razão e outras só acessiveis pelos sentidos, acho que o ponto que pega é: como somos capazes de sintetizar a unidade dos objetos utlizando duas faculdades que aparentam ser muito distintas entre si, que apreendem propriedades dos objetos que são particulares de acesso apenas por um desses tipos de faculdade? Em resumo, como conseguimos relacionar percepcões racionais e sensiveis de um dado objeto e sintetizar que aquele conjunto de propriedades percebidas existem em uma unidade distinta de todo o resto do mundo? Ah, e fica uma denuncia aqui, Rogerinho: o fisicalismo apesar de hypado por conta da revolução cientifica, quando olhado mais de perto, claramente fica tão manco quanto o empirismo radical lockiano. Mas no inicio do seculo XXI pensar de tal forma claramente atribui ao pensador o rótulo de idealista mistico doutrinado pela ontologia da igreja catolica medieval.
Acredito que ela aprendeu até pq o aprendizado é feito a cada segundo da nossa vida. Pode ser uma coisa ínfima, um detalhe mas acredito que é aprendizado
Primeiro, a estética do seu vídeo está incrível.
Segundo, ela aprendeu sim, pois mesmo conhecendo algo, é MUITO diferente quando você tem contato com ele.
Posso dar exemplo sobre crise de ansiedade, eu estudei, eu entendi, eu sabia como lidar, mas nunca tinha passado, até acontecer e conseguir experiênciar e fazer testes em mim mesmo com o que sabia. Foi como abrir uma porta que só ouvia sons vindo dela, e então eu pude ver quem fazia o som, como era o som, o ganho que ele teve, etc.
Eu lembro que uma vez, quando joguei RPG pela primeira vez, o Mestre utilizou uma explicação muito similar para diferenciar Inteligência e Sabedoria. Não acredito que Mary se tornou mais inteligente, mas tenho certeza que ela se tornou mais sábia. Inteligência é você saber como as coisas são na teoria, sabedoria é sobre entender na prática. Ignorar o saber prático é ignorar muito da nossa cultura e do saber popular, e valorizar apenas o saber intelectual vindo das universidades.
Ótimo ponto, Pedro. Como experimento mental tudo é válido e possível, mas a dúvida é implausível. Só reconhecemos propriedades físicas porque possuímos os sentidos que as identificam. A Mary não teve experiência alguma porque todas as formas de aferição que a humanidade desenvolveu foi originada de experiências sensoriais, ainda que essas alcancem grandezas infinitesimais ou astronômicas. No quarto, Mary não aprendeu efetivamente nada, apenas assimilou instruções que recebeu de alguém de fora do quarto com a premissa autoritária da presunção de verdade. A mesma disposição discricionária que estabelece que todas as propriedades físicas foram identificadas sem a concorrência dos sentidos, poderia ser utilizada para afirmar que a Mary no quarto é bolha de sabão, um ornitorrinco, ou um um ponto e vírgula ambulante. A abstração admite qualquer coisa. A realidade e a aferição pelos sentidos, não. Podemos não saber se uma superfície fria é percebida da mesma forma por todos, mas podemos afirmar que uma superfície e mais fria que outra e estabelcer consensos suficientes para determinar o que é mais ou menos frio, mais ou menos vermelho etc.
Por outro lado, a mesma discricionariedade nos permite, por exemplo não dedicar sentido algum ao experimento. Ou ainda perguntar se existe equivalência real entre conhecer absolutamente as propriedades físicas da maçã, e morder um pedaço. Eu diria que prefiro comer maças. E ninguém que não a tocou, comeu, viu, ou cheirou pode afirmar verdadeiramente que sabe de que se trata. Aliás ela só pode ser inserida no mundo da abstração porque alguém que teve noção dela no mundo sensível a colocou lá.
Aprendeu com certeza algo novo, identificar o vermelho quando isolado por exemplo, pois antes se mostrassem pra ela 3 pontos sendo um azul, um verde e outro vermelho, ela nao saberia qual é o vermelho, mesmo com todas informações. e agora ela sabe!
O saber das experiências que temos das coisas que aprendemos da terra, ainda é subjetivo, porque existem no todo, no espaço formas e cores que ainda não tivemos contato.
Podemos nos basear na informações e fatos que temos ao nosso redor, mas nunca será a verdade absoluta do que vivemos.
Amo esse Canal.
Notável! Que poder de comunicação!
Abraço de Portugal 😊
Pedro Loss é uma pessoa ansiosa hahaha. Cara, que vídeo foda!
Sem brincadeira, que canal foda! To assistindo faz horas, sério que brisa!
Maluco, vídeo bom foi pouco, melhor exemplo para falar de ponto de vista mas de um jeito mais científico, curti!
Pedro, esses dias eu li algo que bugou meu cérebro: as pessoas antigamente não "viam" a cor azul, ou não tinham noção dela, acho que vale um vídeo e tem a ver com o quarto de Mary
5:55 até 6:14 enriquecedor! Gratidão 🙏🌹